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História Olhares na Escola - Desejo Secreto - Dois corações


Escrita por: WilkensOficial

Notas do Autor


Vocês não imaginam o quanto estou ansioso para iniciar OnE2 e apresentar as novas e surpreendentes tramas a vocês.... tá tudo tão incrível...
Mas voltando a OnE1 - volume um.... esse capítulo não é um dos meus favoritos por motivos pessoais e simples: Nando. Nossa, como ele sofreu, vocês não fazem ideia do quanto a verdade foi suavizada e romantizada aqui.
Um fato curioso é que "Nando" chegou a procurar por Leandro em sua casa, nossa, como foi doloroso tratá-lo mal. Era uma indecisão sem fim. Ver alguém chorar diante de você nunca é fácil né?
Quando o Leandro da vida real precisou ir embora, sua mãe pediu que Nando lhe levasse ao aeroporto. Ele foi com lágrimas nos olhos, implorando pra que seu amado ficasse... bem trágico (esse acontecimento eu guardei para outra história).
Outra curiosidade é que diferente do livro, na vida real, acreditem ou não, foram MESES de uma relação enrolada...

Enfim.. vamos ao que interessa.

Boa leitura. <3

Nos encontramos quinta-feira novamente.

Capítulo 21 - Dois corações


Fanfic / Fanfiction Olhares na Escola - Desejo Secreto - Dois corações

Acordei com o despertador do meu celular.

Finalmente levantei e fui olhar as horas. Eram cinco e trinta e cinco e já era a segunda vez que ele despertara e nem eu, nem Bruno escutamos. Olhei pra ele, dormindo todo lindo na cama. Reparei uma coisa: seu amiguinho estava tão acordado quanto o meu. Devia estar tendo o mesmo tipo de sonho que eu tive.

Cheguei perto dele e tentei acordá-lo.

Nada! Que menino do sono pesado. Seu pau estava tão duro que a borda da cueca estava levantada. Tendei dar uma espiadinha por cima de sua barriga, mas não pude ver muita coisa. Mexi ele mais um pouco pra me certificar que ele não acordaria.

Continuou imóvel.

Ele tinha feito a mesma coisa comigo, então eu tinha certo direito de fazer o mesmo. Bem devagar, fui abaixando a sua cueca, fazendo seu pau pular pra fora.

Uau! Nunca imaginei ele tão bonito. Não era gigante como eu pensei ter sentido, mas o suficiente e bem grossinha.

Não pensei duas vezes em agarrá-lo com as duas mãos. Apesar de estar bem duro, a pele era bem macia, subindo e descendo com bastante facilidade.

Minha boca encheu d’água, mas não fiz nada. Coloquei de volta na cueca e comecei a sacudir Bruno, que depois de uns dez minutos acordou. Ficou meio tímido quando viu que a situação do seu amiguinho estava bem evidente e foi para o banheiro escovar os dentes e lavar o rosto.

- Você quer tomar um banho? – Disse Bruno, logo após abrir a porta do banheiro, ainda com a escova na boca.

- Quero sim. – Respondi.

- Posso tomar com você? A gente toma de cueca. É que eu não quero atrasar já que prometi à sua mãe. – Fiquei um pouco pensativo, mas é claro que eu aceitaria qualquer coisa.

- Ah, pode.

- Beleza, chega aqui então.

Entramos os dois no Box, ligando a ducha quente. Bruno começou a me jogar água com a mangueirinha, brincando. Peguei o sabão e coloquei dentro da sua cueca. Começamos a rir. Ele pegou o sabão e, dizendo que era sabão “de bunda”, veio pro meu lado esfregá-lo em mim.

- Ah, que beleza! Tenho um escravo pra me esfregar no banho. – Disse eu, deixando que ele me esfregasse e ainda ajudando, mexendo o corpo. Ele largou o sabão e me abraçou por trás mordendo minha orelha.

- Um escravo do sexo! Vou te fazer ter orgasmos múltiplos. – Dizia ele, ainda me abraçando e alisando minha barriga. Percebi seu volume crescer de novo, apertado atrás de mim. Na hora assustei um pouco e olhei pra ver se era mesmo o que eu estava pensando. Até eu me virar, ele já tinha ficado duro como antes na cama. Ele ficou parado com um sorrisinho safado, me olhando.

Ainda com o sorriso no rosto, começou a tirar a cueca. Quase tive um infarto. Ver ele assim, de corpo inteiro, nu e molhado era a melhor visão que já tive. Seu pau estava ereto e bem inchado. Ele abriu os braços dando a entender que ia me abraçar e veio na minha direção. Saí correndo pelo pequeno Box rindo e ele correndo atrás de mim.

Finalmente conseguiu me agarrar. Senti aquele cacete quente na minha barriga e quase tive um orgasmo múltiplo mesmo.

Fazendo pouca força propositalmente, consegui me soltar dele graças ao sabão que estava no meu corpo. Tentei abrir a porta do Box, mas ele segurou e ficou parado lá na porta fazendo uma pose de segurança de festas, com os braços cruzados, as pernas meio abertas e cara de mau.

- Se quiser sair tem que pagar. – Disse ainda com cara de mau.

- Bruno, a gente vai se atrasar! – Falei, ainda rindo, mas com meu pau duro igual ao dele.

- Já disse, pra sair tem que pagar. – Repetiu.

- Pagar o que?

- Boquete. – Disse ele, tentando esconder o riso e voltar à pose séria.

- Bruno! Por favor. Já deve ser quase seis horas. A gente tem uma hora pra eu estar na minha escola. – Insisti.

- Então chupa rápido. – Olhei pra ele com uma cara do tipo “ok, o que eu tenho que fazer?”. – Ajoelha! – Ordenou, me empurrando pra baixo com a mão no meu ombro. Ajoelhei. Fiquei meio tímido, parado. Ele mesmo pegou seu pau e direcionou-o até minha boca.

Dei uma chupada só, bem rápida, mas o bastante pra ficar totalmente tonto. A sensação macia e ao mesmo tempo dura dele na minha boca era demais. Levantei de uma vez antes que não conseguisse mais parar e o empurrei, abrindo a porta do Box e pegando a toalha. Ele saiu junto e me abraçou por trás.

- Obrigado por isso. – Disse no meu ouvido. – Apesar de não ter sido quase nada. – Virou-se pra mim, dando uma leve apertadinha no meu membro por cima da toalha e fazendo um biquinho forçado. Sorri e passei a toalha pra ele.

Vestimos bem rápido as roupas que tínhamos por cima da cueca úmida e pegamos o carro. Bruno corria muito no caminho. Fiquei preocupado com radares e principalmente policiais, mas ele me tranquilizou, dizendo que não havia radares e nunca tinha visto policiais por aquele caminho.

Seis e quarenta já estávamos na porta da minha casa. Entrei silenciosamente, mas minha mãe já estava acordada dizendo que estava prestes a me ligar. Troquei de roupa rápido, peguei meus materiais e voltei para o carro antes que minha mãe fosse bisbilhotar quem estava dirigindo.

Cheguei na porta da escola, me despedi e ele se foi buzinando até dobrar a esquina. Eu ri.

A escola já estava aberta, mas pude ouvir a voz de Mel vindo de dentro da lanchonete. Fui ver o que estava acontecendo. Ela estava contando uma piada pro Edinho. Comprei as balinhas de sempre e fomos pra dentro da escola.

Melissa me guiava pela escola, meio preocupada. Eu ainda estava bobo com tudo que aconteceu e com tudo que eu tinha que fazer. Fomos até a sala deixar os materiais e andamos até a quadra.

- Menino, você não vai acreditar! – Dizia Mel, segurando meu braço.

- Bom, tenta.

- Rafa me pediu em namoro! – Disse, roendo a unha da outra mão e uma expressão meio nervosa.

- E você aceitou? – Perguntei curioso.

- Claro que não! Pelo menos ainda não! Eu não sei o que eu respondo!

- Hum…

- Me ajuda, moleque! Eu aceito ou não? – Ela realmente estava preocupada.

- Eu lá vou saber, minha filha? Quem tem que decidir isso é você. Você gosta dele?

- Não sei. – Disse fazendo uma expressão triste, mas logo levantou a cabeça de novo. – Eu tô sentindo algo por ele, mas não sei se é passageiro, entende?

- Não! Que enrolação. Se for passageiro, vocês terminam, porra! – Nessa hora lembrei de como estava sendo difícil pensar em terminar com o Nando. Ferir os sentimentos de alguém que é bom pra gente.

- Credo, Leandro, hoje você tá que tá, hein?

- Me, desculpa. Eu tô meio estressado e ansioso. Xingar ajuda um pouco. Olha, então aqui vai um conselho. Pede pra ele um tempo pra vocês terem certeza do que estão sentindo e depois vocês falam sobre namoro de novo.

- Você é demais, sabia? – Disse sorrindo e logo me abraçando. – Mas vem cá… Esse negócio de xingar ajuda mesmo?

- Claro que ajuda porra! Você devia tentar. Essa merda é do caralho!

- Ah, vá se foder, abestado! Chupa minha rola! – Mel começou a falar bem alto.

Alguns alunos que estavam na quadra começaram a rir, junto comigo. Morri de vergonha, mas aquilo realmente ajudava muito.

- Vai se foder você, piranha! – Falei, tentando ficar sério.

- Desgraçado!

- Vagabunda!

Começamos a rir que nem dois retardados. Várias pessoas ao nosso redor começaram a rir junto. Fiquei com vergonha e saí puxando Mel pelo braço, pois ela já queria brincar de xingar com os meninos da quinta série.

O sinal bateu, então fomos pra sala de aula.

Rafa estava deitado na carteira, com a cabeça em cima dos braços.

- Pode usar minha blusa como travesseiro se quiser. Hoje eu não vou conseguir dormir. – Falei, enquanto me sentava na frente dele.

- Não vou dormir não. – Disse ele, levantando a cabeça. – Tava só pensando.

- Pensando em quê? – Me fiz de bobo.

- Eu mal tava ficando com a Mel e já pedi ela em namoro. Sou muito idiota!

- Realmente você apressou as coisas um pouco mesmo, mas vocês se conhecem tem um bom tempo já. Um semestre de conversas no recreio é muita coisa! – Disse eu rindo um pouco. – Dá um tempo pra ela ver se é isso que ela quer!

- Você conversou com ela né? – Disse, levantando a cabeça como se descobrisse algo.

- Oi? – Tentei disfarçar, mas parece que não tive muito sucesso.

- O que ela disse? Desembucha! Ela quer ou não?

- É o que eu te disse. Vai com calma. Ela não sabe o que quer.

- Valeu, amigão! É um bom sinal. Pelo menos ela quer continuar ficando comigo.

- É, ela quer.

- Legal. – Disse Rafa, pra si mesmo, com os olhinhos brilhando – mas… o que você sente ao saber disso? – ele mudou de expressão, como se esperasse algo de mim. Fiquei sem jeito.

- Eu me sinto… feliz por vocês dois e torço pra dar certo!

- Hum.

O humor do Rafael melhorou cem por cento e ele ficou até meio ansioso e elétrico. Como eu previa, a aula foi um saco. Era como se eu não visse motivo nenhum pra estar ali.

Ainda na primeira aula, meu celular tocou uma musiquinha muito tosca, que eu colocava como toque para mensagens. Eu tinha esquecido de pôr no silencioso, então o professor parou a aula pra ficar me olhando com cara feia enquanto eu tentava achar o celular em algum lugar na minha calça. Finalmente achei e abri a mensagem escondido. Esperei pararem de me olhar e fui ler. Dessa vez, pensei que era Bruno, mas era do Nando. Dizia:

 

“Oi amor. Ontem você não voltou a me ligar… O que aconteceu naquela hora? Eu sei que você deve estar meio magoado e te dou toda a razão. Não tenho sido um bom namorado nesses últimos dias… Problemas familiares, mas prometo que nunca vou te fazer sofrer. Te amo muito.”

 

A mensagem não ajudou em nada. Senti o maior nó na garganta na hora. Era justo eu fazer sofrer alguém que só pensava em não me fazer sofrer? Talvez eu devesse esperar algo ruim acontecer e terminar? Não! Seria muito pior eu ficar mentindo pra ele.

Estava decidido. Mandei uma mensagem dizendo apenas:

 

“Nando, preciso falar com você. Me espera na praça perto da sua escola depois da aula.”

 

Não podia criar um clima amoroso pra terminar com ele. Não estava sendo fácil pra mim e simplesmente agiria como me sinto.

 

Após horas, que mais pareciam anos, o último sinal bateu. Avisei ao Rafa que não iria embora de van. Ele perguntou aonde eu ia, mas inventei uma desculpa qualquer.

Andei em passos largos em direção à tal praça, que não ficava muito longe. Durante o caminho, pensava em vários jeitos de dizer a ele, sem que o magoasse, mas todos com certeza magoariam. Não havia um motivo decente. Pensava também em tudo que passamos. Apesar de pouco tempo, foi muito forte.

Então o vi sentado num daqueles banquinhos, com os pés cruzados e pernas esticadas pra frente enquanto mexia numa caixinha, pensativo, com a mochila do lado. Ele estava lindo de boné branco, com os cachinhos saindo ao redor. Quando estava me aproximando, seus olhos azuis foram de encontro ao meu.

Ele sorriu. O sorriso mais sincero que ele já me mostrou. Levantou-se rápido e me abraçou.

- Também queria falar com você. – Disse ele, enquanto me abraçava.

- Nando, acho melhor eu falar primei… – Nessa hora ele abriu a tal caixinha.

Havia duas alianças. Perdi a fala.

- Eu disse que as pulseirinhas seriam apenas provisórias… – Pegou minha mão direita e colocou a aliança no meu dedo. Era linda mesmo. De prata, com uns desenhinhos gravados e nossas iniciais por dentro.

- É realmente linda! – Eu não sabia o que dizer. Eu não podia fazer isso agora, nem ali.

- Pois é. Combina com você. Mas agora eu te deixo falar. – Disse ele, orgulhoso de ter feito algo que me impressionou.

- Não era nada demais, Nando. Com isso tudo, até esqueci. Obrigado.

- De nada. Você sabe você foi a melhor coisa que me aconteceu, não sabe, Leandro? – Apenas sorri forçado.

Queria chorar. Queria ter coragem de ter falado. Mas era impossível pra qualquer pessoa com um coração.

- Eu tenho que ir agora. Minha mãe não pode perceber que não fui embora de van. Se souber vai ficar fazendo um monte de pergunta e eu vou ter que ficar respondendo. – Precisava dar uma desculpa pra ir embora logo. Era muito angustiante o quanto ele estava fofo.

Despedi-me e fui pegar um ônibus ali perto. Cheguei em casa morto de sono e com a minha cabeça girando.

Caí na cama, dormindo logo em seguida.

Sonhei que já estava adulto e ainda não tinha tido coragem de terminar com Nando. Bruno já tinha desistido de mim e era angustiante ficar com Nando. Eu não tinha vontade de beijá-lo e só queria chorar a falta do Bruno.

Acordei aliviado, percebendo que era só um sonho, sentindo mãos em meu ombro. Abri os olhos, era Bruno. Não era a melhor hora para conversarmos. Fingi um sorriso e sentei-me na cama.

- Você adora fazer isso né? – Falei, esfregando os olhos ainda.

- Fazer o quê? – Perguntou.

- Chegar quando eu tô dormindo.

- Se você não dormisse tanto, isso não aconteceria. – Disse ele, rindo.

- Mal consegui dormir à noite.

- Hum… quer dizer que já falou com o menino lá? – Perguntou ansioso com minha resposta.

- Falei.

- Então finalmente você está disponível! – Bruno já veio me abraçando.

- Bruno, espera. – Falei empurrando-o carinhosamente, antes que conseguisse me abraçar. – Eu ainda não consegui… – Disse eu, meio decepcionado comigo mesmo.

- O quê? Como assim? – Bruno dizia, apertando as sobrancelhas.

- Eu não tive coragem Bruno! Eu já tinha tudo em mente pra falar. Me dá mais um tempo. – Segurei sua mão. Nessa hora ele viu a aliança e puxou a mão dele da minha, olhando-a com certo nojo.

- Você é incrível, sabia? Sai pra terminar com o cara e volta de aliança! Tá na cara que é dele que você gosta!

- Bruno! Escuta, eu vou terminar com ele! Me dá mais uns dias!

- Mais uns dias? E nesses dias vocês vão ficar se beijando? Se agarrando? É claro que deve ser por isso que você não quer terminar. Quer saber? Volta a dormir tranquilo. Você não tem mais que terminar! – Bruno saiu do meu quarto batendo a porta. Continuei na minha cama, paralisado, sem saber o que fazer ou falar. De certo modo, ele tinha razão. Como eu continuaria com o Nando sem ter que beijá-lo? Naquele momento de raiva, peguei meu celular e liguei pro Fernando.

- Oi, amor! – Atendeu.

- Nando eu…

- Que bom que você me ligou, já ia te ligar. Acabei de comprar os convites pra festa no fim de semana. A gente podia fazer algo hoje à noite né? Pra comemorar.

- Nando, não. Não dá.

- Beleza, amanhã então!

- Olha, eu não posso. Nem hoje, nem amanhã… – Eu já ia dizer “nem nunca”, mas bateu aquele medo de ele ficar com raiva de mim e também vi uma oportunidade de terminar com ele na festa, olhando nos olhos dele. Era o mínimo que eu podia fazer por ele. – … e nem durante toda a semana, mas no dia da festa a gente se vê.

- Ah… – Falou decepcionado. – Bom, então até lá. Eu te ligo.

- Ok. Tenho que desligar agora.

- Mas você me ligou. Queria falar alguma coisa? – Só agora pensei nisso.

- Era só pra confirmar a tal festa. – Menti.

- Então tá. Beijo na boca.

- Tchau. – Eu precisava fazer nosso namoro esfriar, pra ele querer também terminar e não sofrer tanto num baque só. Além do mais, eu evitaria ter que beijá-lo.

Passei a semana inteira evitando Nando e Bruno. Foi uma semana muito difícil e cansativa. Manhãs na escola, tardes dormindo e noites no computador, com o Nando bloqueado.


Notas Finais




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