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História Olhos acastanhados e sorrisos ordinários - Ninguém deveria se acostumar com a dor


Escrita por: HeyDarling_

Notas do Autor


Oi gente😊🤍
Boa leitura 📚 ❤️

Capítulo 4 - Ninguém deveria se acostumar com a dor


Fanfic / Fanfiction Olhos acastanhados e sorrisos ordinários - Ninguém deveria se acostumar com a dor

— Eu não sabia que você era médico


— Bem, você nunca chegou a questionar com o que eu trabalho.


Os dois corpos estavam ali deitados em cima do píer, as respirações calmas eram na mesma intensidade que as batidas do coração insistiam em bater. A mulher que nunca fora de tanto grude se impressionava em ter uma grande insistência em querer estar no meio dos braços do homem.


— Acho engraçado que nesse mês inteiro eu só me concentrei em tentar fazer o plano dar certo nos mínimos detalhes – o murmuro saiu juntamente com um suspiro — E no fim o plano parece ter dado mais errado do que certo.


— Na realidade não, nós dois o convencemos que vamos casar e no máximo esse era o verdadeiro importante.


— Eu ainda me sinto péssima em ter te arrastado pra isso e principalmente sabendo agora que você teve que parar o seu trabalho como médico – um certo soluço veio acompanhado da frase, por que ela estava tão sentimental hoje? 


— Na verdade, eu tinha pedido demissão do hospital no dia que eu te conheci – Leônidas murmurou ainda acariciando as costas cobertas da mulher — Eu não fiz medicina por querer de fato, mas sim por conta do meu pai ou pelo menos no começo.


— E o que te fez mudar de ideia e continuar? 


— Foi depois que a minha mãe morreu – Heloísa levantou a cabeça olhando para o rosto do homem — Ela estava muito bem e depois de uma manhã tudo começou a desandar completamente.


Os olhos piscaram deixando a lágrima deslizar pelo rosto, os dedos avermelhados foram de imediato atrás de limpar a lágrima. Leônidas acariciou a mão da mulher sentindo o toque que ela fazia em seu rosto.


— Aí ela morreu e ninguém sabia ao certo explicar o motivo e então dali...


— Nasceu a sua vontade de tentar entender – Heloísa murmurou vendo o homem confirmar — É um motivo nobre.


— Mas doloroso – Heloísa engoliu a seco fitando o rosto do homem, aquela fora a primeira vez que ela viu o olhar dele perdido e completamente nublado de lágrimas. 


— Me desculpa, eu não deveria ter perguntando.


— Não precisa se preocupar – Leônidas afastando uma mecha do rosto dela — A gente se acostuma a sobreviver com lembranças e principalmente àquelas mais dolorosas, já que elas são as que marcam mais.


— Mas ninguém deveria se acostumar com a dor.


— Mas é o que nos sobra – Leônidas murmurou tocando o rosto dela — Mas é justamente o motivo pelo qual o amor nos ajuda. As lembranças sempre vão existir, mas o amor ajuda como um ótimo remédio para cicatrizar.


Heloísa deixou um sorriso escapar ao escutar as palavras, seus olhos agora fitaram um brilho nos olhos claros do homem e rapidamente os seus lábios eram selados. Era incrível como já parecia costume aqueles beijos, o caminho era claro e o encaixe perfeito.


— Isso já tá virando costume seu, não é? – Heloísa murmurou sorrindo.


— Com toda a certeza – Leônidas murmurou sorrindo — Você quer voltar? Ou prefere outra aventura?


— Você só me arrasta pra aventuras que eu irei perder minha cabeça – Heloísa murmurou arqueado as sobrancelhas enquanto sorria — Acho que vale um mergulho antes.


Leônidas se surpreendeu vendo a mulher começar a levantar, seus olhos percorreram aquele corpo e uma rápida mordiscada em seu lábio aconteceu. Heloísa abriu os botões do vestido e de imediato pegou na barra do vestido.


— Santo pai do céu – Leônidas murmurou escutando uma gargalhada da mulher, aquele som tinha se tornado seu preferido. 


Heloísa jogou o vestido amarelo de lado e rapidamente sentiu sua pele queimar sobre os olhos de Leônidas. O mesmo umedeceu os lábios sentindo certas fisgadas começarem a dominar seu corpo. Um pulo rápido na água foi o bastante para o homem acordar do mundo apaixonado por Heloísa. 


— Você não vem não?


— Sim senhora – Leônidas murmurou largando as roupas ao lado das delas e finalmente pulando no lado.


Por dentro da água o corpo dela fora abraçado, a barba já roçava em seu pescoço e a mão dele já lhe segurava. Heloísa virou olhando para Leônidas, tomou seus lábios de forma rápida e as pernas rapidamente foram entrelaçadas em volta de seu quadril.


— E eu aqui achando que a próxima vez só seria na lua de mel – Leônidas murmurou sentindo os beijos dela em seu pescoço.


— Se você quiser a gente para aqui agora e espera mais duas semanas – Heloísa murmurou dando leves mordiscada e beijos no pescoço dele — Não é nada demais, não é?


Leônidas olhou bem nos olhos acastanhados dela, ele já sabia bem identificar quando ela era sarcástica. Leônidas agarrou ainda mais o corpo dela, seus lábios se encontrou com aqueles avermelhados e mais uma vez o desejo crescia nos corpos de ambos.



[...]



— Aí a mãe de vocês tentou tacar um vaso na minha cabeça, algo até simples – Eugênio falou escutando as risadas dos filhos.


— Vocês tão mesmo contando a história de como se conheceram? – Heloísa murmurou enquanto adentrava com os sapatos na mão, os cabelos molhados e um sorriso no rosto.


— Eu que faço perguntas agora, onde foi que vocês passaram a tarde toda? – Violeta murmurou vendo o estado que a irmã e o cunhado se encontravam.


— Sua irmã me mostrou a beleza que o rio é – Leônidas murmurou sorrindo, era especificado que algo tinha acontecido — Lá é bem bonito.


— Até imagino as belezas que a minha irmã te mostrou – Violeta murmurou vendo a irmã ficar vermelha — Eu até falaria algo, mas acho que nem poder eu posso.


— Que bom que sabe – Heloísa murmurou sorrindo — Elisa tá aí pra mostrar que você não pode me julgar.


— Que maldade minha cunhada – Eugênio respondeu rindo — Desse jeito minha esposa vira uma pimenta e quem aguenta o esquenta sem chá sou eu.


— Tu tá reclamando de mim Eugênio? Tem medo não?


— Acho que é essa a nossa deixa pra irmos – Heloísa sussurrou para Leônidas, que ria daquela cena toda.


— Certamente – Leônidas sussurrou de resposta enquanto possuía o riso preso.



[...]



Dias depois...


Os dias insistiam em passar rápido, algo que parecia deixar Heloísa cada vez mais nervosa. Os últimos dias tinham sido na base de preparar o casamento e conviver naquela pequena família, apenas Afonso que parecia desajustado daquele contexto todo. Afonso não falou mais nada referente à Heloísa depois de todas as palavras que Leônidas tinha despejado em cima do coronel, algo que ao ver de Heloísa foi um belíssimo presente.


— Heloísa... – A voz de Violeta batendo na porta fez o corpo de Heloísa arrepiar ainda mais — Da pra você falar se tá viva ou morta? Ao menos me ajudaria saber se eu me arrumo pra um casamento ou pra um velório.


Heloísa poderia até tentar responder, mas o enjoo veio ainda mais forte e mais uma vez ela despejou o último pedaço do que restava em seu estômago. Violeta respirou fundo abrindo a porta com a força que conseguia, sua sorte ou azar, era que a tranca daquele lavabo estava quebrado.


— Heloísa... – Violeta murmurou se prontificando em ajoelhar atrás da irmã e retirar qualquer cabelo que pudesse cair no meio — O que foi que você comeu em? 


— Literalmente o mesmo que você – Heloísa murmurou respirando fundo enquanto os olhos ainda estavam fechados — Até parece que eu tomei a despensa toda das bebidas do pai.


— Talvez possa ser nervoso – a filha mais velha de Afonso murmurou massageando as costas da irmã — Quando eu me casei com Eugênio, eu também fiquei bastante nervosa.


— Deve ser apenas o começo de virose, esqueceu que Joca teve uma esses dias? 


— Você tem razão, deve ser apenas isso mesmo – Violeta falou suspirando — Você tem certeza de que quer isso? 


— Eu adoraria se você falasse de forma mais fácil – Heloísa disse limpando a boca com as costas da mão e finalmente se levantando daquele chão.


— Eu digo em relação a você se casar – Violeta respondeu também se levantando do chão — Eu conheço você e sei quando você quer falar algo, mas não consegue.


— Violeta é melhor você ir...– Heloísa responde suspirando e tentando manter a concentração entre os vidros que mexia em cima da pia.


— Me diz Heloísa – Violeta murmura se colocando ao lado da irmã e levantando seu rosto — Me diz o que tá doendo nesse coraçãozinho.


Heloísa tentou engolir aquele choro que prendia em sua garganta, mas parecia que as palavras de Violeta tinha aberto a torneira certa para mulher sentir a imensa vontade de chorar.


Violeta se surpreendeu vendo o estado que a irmã ficou. A Camargo mais velha sabia que a irmã odiava se mostrar vulnerável e ela podia contar nos dedos todas as vezes que viu a irmã chorar. Violeta não teve outra ação além de puxar a irmã para os seus braços e abraçar aquele corpo mais baixo que o seu. 


— Calma, eu tô aqui – Violeta murmurou acariciando os cabelos da irmã — Eu prometo que não saio do seu lado por nada nesse mundo, nem mesmo pelas suas presepadas.


O soluço alto da irmã fez Violeta se preocupar ainda mais, aqueles pequenos avisos lhe falavam de forma clara que algo tinha acontecido e pelo jeito era sério. Às vezes Violeta se perguntava sobre quantas feridas Heloísa também guardou durante todos aqueles anos e o seu medo era justamente aquele, algo ter tocado na pior ferida que o pai e o Matias terem feito.


— V-Violeta, aconteceu uma coisa que eu n-não fui sincera – Heloísa murmurou respirando fundo e saindo dos braços da irmã. Os olhos, já pintados pela maquiagem, foram de encontro com aqueles olhos brilhantes pelas lágrimas e com grande tom de cansaço no olhar.


— Leônidas fez algo? Me diga, Leônidas fez alguma coisa que te machucou? Ou ele te feriu – Violeta falou com sua respiração já descompassada — Se ele tiver feito algo, ele será um homem completamente morto.


— Leônidas não fez nada – Heloísa murmurou respirando fundo enquanto limpava as lágrimas – Fui eu que fiz.


— Eu não tô entendendo Heloísa, o que você fez?


— Eu menti pra você – Heloísa falou sentindo mais uma onda de choro começar, além de o estômago embrulhar mais uma vez ao olhar os olhos da irmã — Eu menti pra você quando disse que estava noiva de Leônidas. E-u nunca fui de fato noiva dele antes daquela ligação que eu te fiz, aquela em que eu te falei que tinha achado o amor da minha vida e todo o resto.


Violeta umedeceu os lábios vendo o lábio da mulher a sua frente tremer, o choro mais uma vez começaria. Heloísa se sentou no vaso abaixando a cabeça e escondendo o rosto avermelhado pelo choro. Aquela mentira já doía há dias no peito de Heloísa rasgava cada parte de si estar mentido pra irmã.


Violeta respirou fundo colocando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha, deu alguns passos em direção ao vaso e se agachou tirando a mão do rosto da irmã. 


— Posso também te contar uma coisa? – Violeta murmurou olhando naqueles olhos chorosos — Eu já sabia que você estava mentindo pra mim.


— Como que você? Ele te contou? 


— Ele não me disse nada, você que me disse e justamente no dia daquela ligação – Violeta respondeu suspirando e dando um sorriso gentil para irmã — Até o Eugênio sabe e você sabe bem como ele.


— Mas como você descobriu? – Heloísa murmurou sentindo os dedos da irmã limparem suas lágrimas e acariciarem seu rosto.


Violeta encaixou o telefone de volta no gancho, um grande suspiro escapou de seus lábios. Eugênio que saia do banheiro notou a forma como a esposa estava, ele entendeu que a cunhada certamente aprontou mais uma daquelas.


— Aconteceu algo meu amor? 


— Heloísa – Violeta murmurou respirando fundo — Acho que ela fez alguma coisa.


— Tipo?


— Tipo encher o cérebro dela de bebida e parar de distinguir o que é realidade ou ilusão – Eugênio arqueou as sobrancelhas enquanto se sentava ao lado da esposa na cama — Ela me ligou falando que tinha achado o amor da vida dela.


— Heloísa? Tem certeza que estamos falando da sua irmã? – Eugênio murmurou rindo, mas rapidamente viu a cara da esposa e desfez o sorriso — Pera é sério?


— Pelo jeito é – Violeta falou soltando o ar preso — Acho que teremos mais um novo membro na família.


— Então você já sabia e não me falou nada? – Heloísa falou olhando nos olhos da irmã — sabia que eu literalmente adoeci com a ideia de ter mentido pra você?


— Olha, eu acho que sua doença tenha outro nome, mas sinto muito por não ter sido sincera antes – Violeta murmurou sorrindo — Mas por que você continuou com essa história? 


— Você já tinha contado para o papai e no fim eu vi que era a melhor escolha a ser feita, não aguentava mais a mesma história de filha solteirona – Heloísa murmurou revirando os olhos ao falar as últimas palavras.


— Você sabe que pode ter outra escolha né? – Violeta falou limpando uma lágrima que ainda escorria no rosto da irmã — Você não precisa fazer isso por conta do papai ou qualquer outra pessoa.


— Violeta...


— De verdade, se você quiser eu lhe coloco agora mesmo dentro de um trem e nunca mais falamos nisso – O medo era fato na voz de Violeta, fora pouquíssimas vezes que viu a irmã assim.


— Eu quero fazer isso – Heloísa murmurou afastando uma mecha do rosto da irmã — Não só por já ser obrigação, mas sinto que devo fazer isso. A forma como eu conheci Leônidas não foi uma das histórias mais românticas como a sua história com Eugênio, mas tem algo nele que me faz querer ficar e ele não me olha como uma bruxa prestes a ser queimada na fogueira.


—Você não é uma bruxa pela sua história, eu preferia dizer sobrevivente – Heloísa olhou nos olhos da irmã — Mas sabe o que eu também acho? Que você está apaixonada pelo Leônidas.


— É o que?


— Você não desistiu dele por conta disso, da pra ver nos seus olhos o quanto você sente por ele e é claramente amor – Violeta murmurou afastando uma mecha do rosto da irmã — Já percebeu que toda vida quando você fala dele seus olhos brilham? Parece que forma dois corações na sua bochecha e da pra ver claramente a vontade que você tem de se agarrar com ele a cada momento. O que eu quero dizer é isso, você está apaixona.


— Você... – Heloísa até tentaria completar uma frase chamando a irmã de louca, mas voz alguma queria sair de sua garganta.


— Não adianta dizer que eu tô errada, seus olhos não mentem Heloísa e principalmente, não sinta o medo de amar ou ser amada. 


De tudo que Heloísa poderia escutar aquela certamente mais pareceu lhe atingir. Atingiu-lhe tanto que em segundos ela se atirou de cima do vaso e abriu a tampa vomitando mais uma vez. Parecia que Violeta tinha lhe dado um grande soco no estômago e principalmente por saber que aquele soco era verdadeiro, lá no fundo ela queria admitia que estivesse de fato apaixonada.



[...]



— Então, como se sente sabendo que vai casar daqui a pouco menos de uma hora? – Eugênio murmurou vendo o cunhado fazer o nó na gravata.


— Animado – Leônidas murmurou sorrindo — Mas com certo medo.


— E qual seria o motivo do medo? 


— Não fazer Heloísa feliz, é esse o meu medo – Leônidas murmurou suspirando e finalmente olhando para Eugênio — Ela passou por tanta coisa e merece ser feliz, mas eu não sei se vou conseguir fazer isso.


— Você vai, ou melhor, você já faz – Eugênio respondeu pegando o palito e entregando para o homem — Eu digo isso, porque eu conheço a Heloísa há anos. Eu nunca vi o olho da minha cunhada brilhar dessa forma e só você faz isso.


— Obrigado Eugênio.


— Não tem de que, mas já vou logo lhe avisando. Se você aprontar alguma com Heloísa, Violeta virá querer sua cabeça no jantar dela e eu ajudarei com todo o prazer a minha esposa – Eugênio murmurou olhando serio para o homem — E pode apostar que Manuela vai adorar apontar a espingarda pra você. Você pode até ter puxado charme, mas ela não tem pena não.


— Heloísa avisou a forma como a Manuela é – Leônidas murmurou rindo junto com o marido de Violeta.


— Papai? A gente pode entrar? – A voz infantil dos filhos fez Eugênio sorrir na hora e logo murmurar um "pode" — Oi tio Leo – Joaquim e Isadora murmuraram em conjunto, arrancando um rápido sorriso do homem.


— Então tica e teco, o que meus dois anjos querem?


— Mamãe mandou avisar que a tia Heloísa tá se arrumando e já, já elas iram sair – Isadora respondeu na hora e rapidamente olhou para Leônidas — Tio, você tá animado pra casar com a minha tia?


— Eu tô demais Dorinha.


— Promete que vai cuidar dela? – Agora foi à vez de Joaquim perguntar.


— Eu prometo isso aos dois – Leônidas falou se abaixando e ficando da altura das duas crianças — Eu amo demais a tia de vocês e farei de tudo pra ela ser feliz.


— Valeu tio – Joaquim murmurou sorrindo — Vem Isadora.


Eugênio ficou ali observando a cena, era claro a forma como os olhos de Leônidas brilhavam quando olhava para as duas crianças e principalmente quando interagiam com ele.


— Vejo que um dos seus planos é ser pai, não é? 


— É sim, seria uma das maiores alegrias da minha vida todinha e principalmente se tivesse os olhos da minha rosa – Leônidas murmurou sorrindo.


— Falando sério, se Heloísa não for mãe será como o maior pecado feito no mundo – Eugênio falou rindo — Minha cunhada vai ser uma mãe incrível, Violeta diz a mesma coisa quando vê ela com as crianças ou de todas as vezes que ajudou ela a cuidar deles.


— Como foi com você e Violeta?


— Bem, nos começamos os trabalhos cedo e no fim a velha desculpa de um bebê nascido cedo – Eugênio murmurou lembrando-se do nascimento de Elisa.


— Bem, eu tenho sonhado há alguns dias com uma menina – Leônidas murmurou lembrando-se do sonho daquela noite.


— Comigo aconteceu da mesma forma e olha que na minha vez foi na hora dos gêmeos – Eugênio murmurou rindo — Vamos?


— Agora mesmo.



[...]



Heloísa respirou fundo dentro daquele carro, as palavras de Violeta rodavam na sua cabeça a cada minuto. Um suspiro saiu de seus lábios enquanto ela tentava olha pela janela, ela já deveria ter entrado naquela igreja, mas por que estava demorando tanto?


— Heloísa – A voz de Violeta abrindo a porta fez a pele de Heloísa arrepiar por completo — O papai não vai vir, parece que ele passou muito mal e não vai conseguir vir.


— Então eu entro com você – Heloísa murmurou rápido, mas rapidamente olhou nos olhos da irmã — Claro, você quer entrar comigo?


— É óbvio Heloísa – Violeta murmurou sorrindo — Eu prometi pra mamãe que cuidaria de você, mesmo você me aprontando uma presepada a cada semana. 


— Eu te amo Violeta – Heloísa murmurou respirando fundo, de onde que vinha tanto aquela vontade de chorar?


— Mas Heloísa, pensa no que eu te disse. Agora você pode ainda estar declarando aos quatro ventos que aquele encontro com ele foi a pior coisa da sua vida, mas daqui a dias, semanas, meses e até mesmo anos você vai ver que foi a melhor coisa que você fez. Você merece ser amada minha irmã, dê essa chance a ele e principalmente pra você mesma. 


— Você vai me fazer chorar desse jeito – Heloísa murmurou respirando fundo, ela já podia sentir os olhos pinicarem pra chorar.


— Eu juro que essa não era a intenção – Violeta murmura estendendo a mão para a irmã sair do carro — Promete pensar no que eu te disse? E se deixar ser amada hoje e pelo resto da sua lua de mel?


— Eu prometo – Heloísa respondeu dando um leve sorriso para a irmã — Vamos? 


— Com toda a certeza – Violeta respondeu sorrindo e viu a irmã saindo do carro, entrelaçou seus dedos aos dela e dali caminharam.



[...]



— Calma homem, desse jeito tu enfarta de vez – Eugênio falou rindo vendo o estado que Leônidas se encontrava.


O homem sabia que esse casamento não era completamente verdadeiro, mas sentia tanto medo por ela. Nós últimos dias, estar ao lado de Heloísa era a grande alegria do homem. 


— Olhe, já vai começar – Eugênio murmurou fazendo Leônidas acordar de seus pensamentos.


No momento em que seus olhos viram Heloísa adentrar a igreja ao lado da irmã, ele entendeu que era aquilo que ele queria. Vê-la em um vestido de noiva foi como despertar o sonho que ele tinha daquele casamento ser ainda mais real, que ela sentisse tudo aquele turbilhão no peito e escolhesse-o por amor, não por responsabilidade. 


Leônidas deixou algumas lágrimas caírem dos seus olhos, ela era o amor da vida dele. Leônidas poderia ser apressado demais e poderiam até considerar que aquilo fosse um grande impulso, mas ele soube que era ela dês do primeiro minuto. Sua mãe sempre falava que ele saberia quando a mulher da sua vida chegasse a sua vida e bem, sua mãe tinha acertado.


Heloísa sorriu vendo o homem naquele altar, a tentativa de não chorar foi completamente em vão quando ela percebeu que Leônidas possuía lágrimas nos olhos. As palavras de Violeta estralavam em sua cabeça, talvez ela estivesse certa sobre cada uma delas. Quando foi que ela começou a se apaixonar pelo homem? 


Heloísa deixou algumas lágrimas caírem, ela certamente não sabia o que faria amanhã ou depois, mas agora certamente seguiria o conselho de deixá-lo amá-la. Ela merecia ser amada e principalmente, amar alguém que lhe amasse em cada detalhe.


— Cuide de minha irmã Leônidas – Violeta murmurou entregando a mão de Heloísa para o homem.


— Eu prometo que irei – Ele murmurou vendo Violeta proferir um beijo na testa da irmã e rapidamente seguir para o lado do marido.


— É com uma grande honra que eu inicio esse casamento.




Notas Finais


Então o que me dizem? E essa lua de mel, o que vocês esperam dela?
Ps: vocês já entenderam um pequeno segredo?

Espero que tenham gostado, comentem o que acharam e até logo 😊
Um cheiro em vocês 🤍


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