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História Olhos de Apatita - Malfred (EM REVISÃO) - Dona


Escrita por: miabitt

Capítulo 26 - Dona


Fanfic / Fanfiction Olhos de Apatita - Malfred (EM REVISÃO) - Dona

Enamorado: adjetivo, que foi acometido pela paixão, atributo de quem se enamorou. Indivíduo que se apaixonou.

Outono de 2015, 11 de Junho, 12 horas e 24 minutos, véspera do dia dos namorados.

Ponto de Vista de Maria Marta:

Eu e minha filha conversamos sobre inúmeras coisas e decidimos ceder um pouco e deixar o orgulho de lado, vamos tentar sair mais e passar mais tempo juntas. Com o anoitecer ela deitou comigo e nós dormimos juntinhas, uma de frente para a outra com nossas mãos entrelaçadas. Confesso que fiquei admirando o rosto da minha menina durante alguns minutos antes de pegar no sono, ter Clara perto de mim é um presente e eu quis aproveitar cada minuto. É incrível ver a sua evolução, ver a mulher que se tornou e o quão bonita é, ela tem os olhos negros como os de Zé, mas a delicadeza de seus traços são meus! Uma verdadeira Mendonça e Albuquerque, delicada e bela.

Ela teve que sair cedo para ir até a empresa, não poderia deixar Theodora esperando por muito tempo. E falando em Theodora... Ela até que seria uma boa pretendente para Heleninha. Seu jeito aventureiro e leve de viver a vida é tudo que minha melhor amiga precisa, e quem sabe eu não manipule algumas situações para que esse casal aconteça. Será fácil para mim ver Helena com outra mulher? Não! Mas não posso prende-la a mim para sempre, ainda mais agora que finalmente pediu o divórcio de Luiz Antônio. Eu amo Helena, ela era a minha válvula de escape, um lugar seguro e agora eu preciso ser o lugar seguro dela.

Pego meu celular e lhe mando uma mensagem:

Maria Marta:

Heleninha, como está?

Venha me ver hoje, por favor.

Quero conversar com você!


Heleninha:

Eu não vou ir aí nesse estado!

Estou horrível, você que venha até mim!


Maria Marta:

Para de ser teimosa, Ana Helena!

Como acha que eu vou sair daqui?

Eu ainda estou internada.

Por favor, Heleninha! Por mim!


Heleninha:

Que inferno, Marta!

Eu vou, mas saiba que não estou no meu melhor dia.

Não vai me fazer cruzar com o traste do teu marido, eu te esgano.


Maria Marta:

Eu te amo.❤


Heleninha:

Coração vermelho é sacanagem, Maria.

Ama coisíssima nenhuma, não caio mais nos teus joguinhos...

Te amo também.


Passo o endereço do hospital para ela e aviso Zé que terei uma visita de negócios hoje, dessa forma ele não virá tão cedo e me deixará a sós para conversar com Helena. Pego um espelho que tem no armário ao lado da minha cama, estou terrível! Ajeito meu cabelo com cuidado, passo um batom nude que Clara deixou para mim hoje e coloco uma camisola de seda verde esmeralda que tem um decote bonito, já não aguentava mais usar essa roupa do hospital! Não estou como queria, mas até que resolveu.

Ponto de Vista do Narrador:

Marta espera Helena impaciente, a arquiteta demora aproximadamente uma hora para chegar até o local. A imperatriz escuta sua amiga bater na porta e a deixa entrar.

- Quem diria que eu lhe veria novamente. - Diz Helena com um lírio amarelo nas mãos, o favorito de Marta. Helena vestia um belo vestido branco que acentuava suas curvas, em seus pés um louboutin nude com uma bela sola vermelha marca registrada do sapato, carregava uma bolsa grande também nude, seus cabelos estavam bem escovados e sua maquiagem era leve. Estava com um semblante apático mas sua elegância não deixou transparecer.

- Cá estou eu, mais viva do que nunca. - Responde a imperatriz que olha Helena dos pés a cabeça. - Você disse que estava horrível mas estou vendo uma mulher fina e elegante a minha frente, como é mentirosa! - Brinca Marta.

- Olha quem está falando! Até seda está usando e quer debochar. Se de ao respeito, imperatriz. - Alfineta Helena.

- Senta aqui! - Diz Marta que bate na cama delicadamente. - Ou vai se fazer de difícil igual nas mensagens?

Helena revira os olhos e senta ao lado da amiga, Marta pega na mão dela e vê alguns machucados.

- O que é isso aqui? - Pergunta a imperatriz

- Não é nada. Eu trouxe para você, sei que é a sua favorita. - Responde e estende a mão entregando o lírio para a amada. - Feliz dia dos namorados adiantado! Sei que não vou te ver amanhã, então...

- Eu amei, Heleninha. - Responde admirando a flor. - Feliz dia dos namorados, Ana. - Diz Marta com um sorriso de canto.

- Sei que não temos um relacionamento, mas é o dia do amor e você sabe o quanto eu te amo. - A arquiteta explica.

- Eu vi o quanto você me amava no dia que levei o tiro. - Responde Marta que recebe um olhar questionador de Helena. - Eu escutei, Ana. Escutei você implorando para me trazerem de volta, não sei como consegui, mas escutei.

- Quinze horas e cinco minutos. - Helena diz em um sussurro, ela abaixa a cabeça e balança em negativa. - Foi o horário que eu te perdi Marta, ele ecoa pela minha cabeça.

- Eu estou aqui, Helena. Você não me perdeu e nunca vai perder, o teu amor me salvou. - Diz Marta olhando para a amiga. - Se não fosse você eu estaria morta agora, põem isso na tua cabeça! - Marta coloca a mão no ombro de Helena, a arquiteta esconde o rosto com as mãos.

- Eu enlouqueci, Maria Marta. Enlouqueci e fiz coisas terríveis, eu me sinto tão culpada, ela era só uma menina! - Diz Helena aos prantos. - Eu te salvei e me condenei pelo resto da vida.

- Do que você está falando, Helena? Que menina? - Pergunta Marta sem entender.

- Eu matei a amante do teu marido, Maria Marta! - A arquiteta admite e Marta tira a mão de seu ombro. - Eu matei Ísis.

- Não, Helena! Não matou, Zé disse que foi suicídio! - Rebate Marta ainda incrédula.

- Marta, olha bem nos meus olhos, eu não minto para você! - Diz Helena virando-se e ficando cara a cara com Marta. - Eu matei a Maria Ísis, surtei por medo de perder você e fui atrás dela, eu prometi que se aquela garota tocasse em você eu acabaria com ela! E eu cumpri com a minha palavra.

- Eu não sei o que te dizer. - Responde Marta atordoada.

Ouvir aquilo da boca de sua melhor amiga foi como uma facada, ela jamais esperaria que Helena fizesse algo nesse tipo. Seu rosto sereno deu lugar a um semblante tenso, suas mãos gelaram. Seu medo não era pela amiga ter matado alguém, seu medo era que Helena fosse descoberta.

Dizer para Marta que matou Ísis foi um ato de coragem para Helena, ela estava receosa mas não podia mais guardar esse segredo. Libertar isso de si foi tão bom, foi como tirar um peso de seus ombros.

- Eu estou com medo de ser presa, Marta. Mas não me arrependo, olha o que ela te fez. - Diz Helena ao perceber a cicatriz em meu peito, e Marta fita os olhos da amiga passeando em seu colo, a imperatriz pega a mão de Ana e coloca sobre o seu peito. - Por favor diz que não me odeia, fala alguma coisa!

- Ele está batendo graças a você, ainda tem coragem de achar que eu te odeio? Helena, eu sou Maria Marta... Acha mesmo que vou deixar te prenderem? E de mais a mais, todos acham que foi suicídio, e não será eu que irei desmentir essa história. Nós sempre fomos cúmplices, Ana Helena, e dessa vez não seria diferente. - Diz Marta confiante.

- Ver Ísis lá estirada no chão me lembrou as meninas, Marta. E se algo ruim acontecer com as minhas filhas? Eu posso não ser presa, mas o castigo uma hora bate na porta! - Explica a arquiteta.

- E eu como madrinha delas posso afirmar que nada irá acontecer com elas, e nem com você. Eu não vou deixar que toquem nas minhas meninas. - Diz Marta estendendo os braços para Helena abraçá-la. As duas ficam alguns segundos próximas e Marta sussurra no ouvido da amiga. - Obrigada por acabar com o meu problema. - As duas desvencilham-se uma da outra e ficam encarando-se.

- Foi um problema e tanto, olha o seu estado! Emagreceu uns dez kilos! Como você foi tola de entrar na frente daquele homem, Marta. - Diz ironica.

- Ah, então quer dizer que eu sou tola por levar um tiro pelo meu marido mas você é uma grande esperta por matar a amante do marido da SUA AMANTE! - Rebate Marta gargalhando.

- Ei, pera lá! Ela mereceu, e eu matei ela por sua causa, porquê te amo! Jamais deixaria aquela cadela tentar fazer qualquer coisa contra você novamente. - Explica Helena.

- E eu entrei na frente do Zé por amor também, Helena. Você sabe muito bem que eu o amo. - Diz Marta. - E o que você pensa em fazer da vida, Senhorita Rebouças? Está divorciada e livre agora. - Pergunta Marta.

- Eu amo o jeito que você fala meu sobrenome, é sexy! - Brinca Helena roubando de Marta um riso. - Ai Marta, eu não faço idéia! Me livrar do Luiz foi maravilhoso, mas realmente não sei o que fazer agora. Eu estou sozinha e é tão estranho.

- Por que não chama a Theodora para sair? - Pergunta Marta que recebe um olhar espantando de Helena.

- Theodora? Ela nem deve me querer mais! Não depois do chilique que você deu na empresa, deixou a mulher assustada. - Responde Helena.

- Eu vejo você quase engolindo a mulher na pia do banheiro da minha empresa e você espera ser surpreendida com flores? - Questiona Marta. - Você tem que seguir em frente agora, assassina tudo bem, agora solteirona na véspera do dia dos namorados é demais! Chama ela, compra um bom vinho, Cabernet Sauvignon é impecável! Uns quitutes, umas velas e voilà! O encontro perfeito.

- Ai, Marta. Será? Ela jamais aceitará. - Diz insegura.

- Ana Helena você não tem mais quinze anos! Usa essa tua lábia, conquista ela. És uma mulher bonita, rica e sensual, Theodora deveria agradecer por ter alguém como você. Seja essa Helena poética que és, extravasa! - Diz Marta. - Só não esqueça da sua musa aqui, não vai me abandonar por causa da Theodora.

- Ai Marta, você é a melhor! - Responde Helena e logo puxa Marta para um abraço. - Você é uma luz na minha vida, vou fazer isso agora mesmo! E eu prometo não te deixar de lado, afinal o que vivemos nunca viverei com outra mulher, você é única Maria Marta e é por isso que te amo. Eu precisava tanto de você, obrigada por voltar.

- Obrigada por me salvar. - Responde Marta.

Tudo que Helena precisava era da aprovação de Marta, não por ser influenciada pela imperatriz, mas por amá-la e não querer magoar os sentimentos da sua amada. Marta proporcionou a Helena a paz que ela precisava, a arquiteta saiu do hospital decidida a mudar sua vida e isso deixou Maria Marta aliviada para seguir seu casamento com José Alfredo. A imperatriz colocou o orgulho de lado e mostrou que seu caráter segue intacto, ela é uma nova mulher, o acidente trouxe à tona o que há de melhor em Maria Marta.

Ponto de Vista de Maria Marta:

Outono de 2015, 11 de Junho, 22 horas e 10 minutos.

Em plena véspera do dia dos namorados e José Alfredo ainda não veio para cá, eu só fiquei duas horinhas com Helena! Ele poderia ter vindo passar o restante da tarde comigo, mas nem minhas mensagens se deu ao trabalho de responder. Já caiu a noite e nem sinal dele, deve estar me traindo por ai, eu vou matá-lo!

Escuto alguém bater na porta, é uma enfermeira. Ela tem um enorme anel de rubi no dedo, é a tal mulher que Clara subornou, não consigo conter o riso.

- Dona Marta, vim lhe buscar para fazer uns exames! - Diz a senhora.

- Exame essa hora? - Pergunto incrédula, esses médicos não me dão um descanso!

- Infelizmente, sim. Venha eu lhe ajudo! - Ela diz e segura meu braço para me por na cadeira de rodas, me levando para fora da sala.

Ela me faz dar voltas por todo complexo hospitalar, que diabos essa mulher está fazendo? Parece até sequestro. Fico impaciente mas aproveito o tour pelo hospital, faz tanto tempo que não saio daquele cubículo.

Ponto de Vista de José Alfredo:

Aproveito que a enfermeira sumiu com Marta para arrumar minha surpresa para ela, ela deve estar querendo me matar agora por não ter respondido suas mensagens. Entro no quarto e monto um pequeno jantar a luz de velas usando a mesa que fica ao lado da cama de Marta, trouxe um salmão grelhado com molho de ervas, e uma edição especial de Cabernet Sauvignon sem álcool que mandei fazer, custou uma fortuna mas é o vinho favorito de Marta e ela merece. Há também chocolates suíços vindos direto de Genevè, já que não posso levar ela até lá, trago seu lugar favorito para cá. Acendo todas as velas que espalhei pelo quarto e deixo tudo prontinho. Pego inúmeras pétalas de rosas brancas e vermelhas e espalho pelo quarto e principalmente na cama. Coloco um belo vestido de seda vermelho pendurado em um cabide na cabeceira de sua cama, ela obviamente iria reclamar de me ver de terno e estar de camisola, para combinar com o vestido, um belo colar de rubis e diamantes lapidados em formato de coração, mandei fazer especialmente para ela, peguei em seu armário um de seus louboutins de bico fino para ela usar junto, ficará uma verdadeira rainha.

Apago a luz e pego o grandioso buquê de rosas que comprei para ela, são trinta rosas vermelhas, uma para cada ano de nosso casamento e mais 3 lírios amarelos distribuídos no meio do arranjo, que simbolizam nossos filhos. Agora é só esperar ela voltar.

Ouço sua voz se aproximando do quarto, parece impaciente por causa da enfermeira, não existia exame, eu que subornei a coitada para que tirasse Marta do quarto. A enfermeira abre a porta do quarto e eu vejo o rosto da minha esposa iluminar-se, seu sorriso é a melhor coisa do mundo.

- José Alfredo, você joga sujo! Isso está perfeito! - Ela diz e seus olhos brilham como estrelas no céu, a enfermeira sai do quarto e nos deixa a sós.

- Pensou mesmo que eu não viria? Eu sou seu eterno namorado, Marta. - Digo e entrego o buquê para ela. - São trinta rosas vermelhas para simbolizar nossos anos de casado, e os lírios são nossos filhos, os bens mais preciosos que você me deu e os frutos do nosso amor.

- Você é incrível, meu comendador. - Ela diz com os olhos marejados enquanto acaricia meu rosto. - E esse terno lhe caiu muito bem, gostei da gravata. - Ela diz e arruma minha gravata vermelha como sempre faz. - Uma pena eu estar com essa camisola, se você tivesse ao menos me avisado. - Ela diz e arruma o cabelo com as mãos.

- Eu tinha certeza que você reclamaria e por isso comprei uma coisinha no caminho. - Digo e a tiro da cadeira, ela segura-se em mim e eu aponto para o vestido que está na cabeceira da cama, a levo até ele com cuidado.

- É lindo demais, Zé. - Ela diz e toca o tecido.

- Foi feito especialmente para você, coloca para mim, imperatriz. - Sussurro em seu ouvido e a vejo suspirar. Sua pele esquenta e suas bochechas ficam avermelhadas.

Sento-me na poltrona que há ao lado da cama e assisto a melhor cena de todas: Maria Marta tirando sua camisola com calma, deixando seu corpo a mostra, sua pele branquinha contrasta com a luz das velas, observo cada curva daquela mulher, e sorrio ao saber que já toquei cada parte daquele corpo. Meu coração acelera e eu sinto um arrepio percorrer todo o meu corpo. Ela coloca o vestido cuidadosamente, ele serve perfeitamente nela e a deixa uma verdadeira rainha. Pego o colar de rubis e diamantes e aproximo-me de minha mulher, coloco ele em frente ao seu pescoço e o fecho. Ela coloca os sapatos e fica uma verdadeira deusa, viro-a de frente para mim e pego em sua cintura, ela deposita as mãos em meus ombros e nossos olhares se encontram.

- Até Nefertiti sentiria inveja de você, a mais bela das mulheres está aqui bem diante dos meus olhos, parece uma miragem. - Digo e ela sorri um pouco tímida. Nefertiti era uma rainha conhecida por sua incrível beleza, seu nome guarda esse significado "a mais bela chegou", mas é óbvio que eles ainda não conheciam Maria Marta, ela que é a mulher mais bela de todas.

- Eu te amo tanto, José Alfredo. Você me faz a mais feliz das mulheres. - Ela diz e olha diretamente nos meus lábios e eu não resisto dando-lhe um beijo apaixonado, o primeiro de muitos nesta noite.

- Vamos jantar? Aposto que está com saudade de comer seus pratos chiques. - Falo e a levo até a mesa.

- Salmão! José Alfredo você é o amor da minha vida! Só errou no vinho, eu não posso beber, amor. - Ela diz chateada.

- Está enganada, imperatriz! Mandei fazer um sem álcool exclusivamente para você, pensei em cada detalhe dessa noite, Marta. - Falo e vejo seu semblante mudar, a felicidade está estampada em seu rosto. Pego e abro a garrafa, servindo um pouco do vinho em nossas taças. Ela pega uma taça e eu pego a outra, brindamos logo em seguida. - Um brinde ao nosso amor e a bela mulher com quem me casei trinta anos atrás.

- Um brinde ao nosso amor e ao belo homem que passarei os próximos trinta anos da minha vida. Somos eternos namorados, José Alfredo. - Ela diz e nossas taças se encontram. Ela balança a taça e bebe um pouco do seu vinho. - Ficou igual ao original! Nem aparenta não ter álcool.

Provamos o salmão, está uma verdadeira perfeição. Estar com ela é tudo que eu precisava, é a dona do meu coração, dona de todo o meu ser.

Ponto de Vista de Maria Marta:

Ao adentrar o quarto, vejo uma cena que transborda o meu coração de felicidade. José Alfredo parado com um belíssimo buquê na mão, o quarto é todo iluminado por velas e existem pétalas de rosa por todos os lados. Ele fez tudo ficar impecável, amei cada detalhe, inclusive o belo vestido e a linda jóia que ganhei. Ele é perfeito e me fez a mais feliz das mulheres, não há duvidas que José Alfredo é o amor da minha vida.

Eu sou completamente apaixonada por José Alfredo Medeiros, tê-lo ao meu lado é um presente, não canso de admirar o homem que me deu os mais preciosos momentos da vida, que me amou como nenhum outro, e me fez sua rainha como prometido a trinta anos atrás.

- Esse salmão está maravilhoso, Zé. Do jeitinho que eu gosto. - Digo elogiando o belo prato a minha frente.

- Está mesmo, e eu nem sou muito chegado nessas coisas. Esse está maravilhoso. - Ele diz entusiasmado.

- Eu te amo tanto, meu amor. Obrigada por essa noite maravilhosa ao teu lado. - Digo e ele olha para mim.

- Eu te amo muito, minha imperatriz, nossa noite está apenas começando. - Ele diz e olha em seu relógio. - Já é meia noite, feliz dia dos namorados, meu amor. - Ele fala e pega minha mão.

- Feliz dia dos namorados, meu comendador. - Respondo com um sorriso no rosto e ele levanta da cadeira.

- Dança comigo, imperatriz? Como nos velhos tempos. - Ele diz e estende a mão para mim, que logo aceito o pedido. Ele mexe no celular e põem a minha música favorita, Dona.

Paralelo entre José Alfredo e Maria Marta:

Marta levanta-se da cadeira e eu a levo para o centro do quarto, a seguro pela cintura e ela segura em meu pescoço. A música toca "Dona desses traiçoeiros, sonhos sempre verdadeiros, oh, dona desses animais, dona dos seus ideais...", ela olha em meus olhos e eu posso observar o amor que carrega neles, começas a dançar lentamente, fazíamos isso em todos os dias dos namorados, era quase uma tradição. Vejo a ternura em seu rosto, essa mulher é completamente apaixonada por mim e eu posso afirmar que a amo mais que tudo.

- Eu te amo tanto, Zé. - Ela diz e uma lágrima desce em seu rosto, eu também não posso controlar a emoção de tê-la em meus braços novamente e acabo deixando algumas rolarem também.

- Eu te amo, Marta. - Ele responde e eu não consigo controlar a emoção, vejo seus olhos ficarem marejados e logo soltarem lágrimas teimosas, são raros os momentos que vejo meu marido chorar.

Estou tão emocionada por ele ter lembrado da nossa "tradição", eu amo dançar com meu marido, é um momento único para mim. A música vai tocando e Zé canta uma parte para mim "Um olhar me atira à cama, um beijo me faz amar, não levanto, não me escondo, porque sei que és minha Dona", a paixão consome o meu corpo e eu sinto cada parte minha esquentar. Eu preciso ter esse homem para mim essa noite.

Canto para Marta a sua parte favorita e vejo seu semblante apaixonado ao escutar minha voz. Sinto o corpo de Marta esquentar e isso me deixa louco, eu preciso ter essa mulher para mim essa noite. Ela lê meus pensamentos e me puxa pela gravata, e eu a levo até a cama, deitando-a com cuidado. Beijo-a intensamente, nossos lábios são perfeitos juntos, passo a mão em sua coxa que aparece por causa da fenda do vestido, que saudade eu senti desse corpo.

Zé me leva até a cama e deita sobre mim, o contato do seu corpo no meu causa um choque em mim, que tentação! Ele me beija apaixonado e passa a mão em minha coxa, essa fenda no vestido foi pensada com maestria. Seguro seu rosto com as mãos o impedindo de acabar nosso beijo, o gosto do vinho em seus lábios me deixa doida. Eu nem preciso do álcool para ficar atordoada, meu marido já me deixou assim quando desceu seus lábios até o meu pescoço, sua respiração acelerada passeia pela minha pele.

Marta me prende e praticamente implora para que eu continue o beijo. Após alguns segundos consigo desvencilhar nossos lábios e desço até o seu pescoço, beijando sua pele e sentindo sua respiração ficar descompassada. Ela sussurra o meu nome quando eu desço até seu decote, minha barba toca em seus seios e ela arrepia-se por inteiro. Ela me surpreende e vira o jogo, ficando em cima de mim, ela desabotoa meu paletó e retira minha gravata, ver Marta nesse vestido vermelho sentada em meu colo é uma visão do paraíso. Ela retira a minha camisa, arrancando alguns botões teimosos que insistiam em atrapalhá-la.

- Hoje você é meu, comendador. - Diz sedutora, seus olhos assumiram um tom escuro de azul e verde, uma mistura enlouquecedora que deixa a mostra o seu prazer.

Retiro a camisa de Zé e ajeito-me em seu colo, ele segura a minha cintura com força e passa os lábios em meu decote, eu arfo demonstrando prazer e ele me agarra com mais força. Impaciente, desamarra os laços do meu vestido e retira as alças dos meus ombros, fazendo com que meus seios fiquem a mostra, ele sorri ao me ver seminua em seu colo. Passa a mão delicadamente pela cicatriz em meu peito.

- É como um caminho para o paraíso. - Diz e volta a admirar os meus seios. Esse homem é tão maravilhoso que mal se importou com a enorme marca que ficou na minha pele, inclusive a ressignificou, me fazendo amá-la um pouco mais.

Marta é perfeita em todos os detalhes e essa marca em seu peito mostra o quão forte é, a torna mais linda ainda. Vejo seus seios frente a frente com meu rosto e me obrigo a aproveitá-los, meu lábios distribuem beijos em seu colo, e descem para os seus mamilos, minha língua brinca com eles e eu sinto o desespero de Marta quando dou uma leve mordida em um deles, ela crava as unhas em minhas costas e eu dou um leve gemido de dor. A pego em meus braços e inverto nossa posição, ficando em cima dela, ofegante ela tira o meu cinto e desabotoa a minha calça, meu membro já está implorando para senti-la.

- Isso já é tortura, Zé. Anda logo! - Ela ordena e eu obedeço.

Impaciente mando meu marido ir direto ao ponto, estou farta de rodeios! Ele retira minha calcinha mas prefere deixar o vestido em meu corpo para não perder tempo. Acredito que o contrate do vermelho na minha pele branca o satisfaz. Ele levanta e retira sua calça com pressa, deixando apenas sua cueca box preta a mostra, eu mordo os lábios ao ver ele se aproximar novamente. Ele deita sobre mim e segura uma de minhas pernas, sua coxa pressiona o meu sexo, o que diabos esse homem está fazendo? O fuzilo com o olhar.

- Está com pressa, Imperatriz? - Ele sussura próximo ao meu ouvido e me olha com intensidade. - Diz pra mim o que você quer. - Cretino!

- José Alfredo não é hora para joguinhos, continua! - Ela diz brava.

- Fala, Marta. O que você quer? - Ele questiona mais uma vez e eu não aguento.

- Eu quero você, agora! - Ela ordena e me empurra, fazendo com que eu deite e ela fique por cima.

- Maldita! - Ele diz bravo e eu dou um sorriso maldoso.

- Eu sempre ganho o que eu quero, comendador. E eu quero agora. - Ela responde e retira a minha cueca. Sem ter tempo de inverter nossa posição, sinto ela deslizar em meu membro devagar.

- Diaba... - Ele sussura com prazer e segura em minha cintura. Eu me aproximo de seu rosto e o seguro com a mão, obrigando-o a me dar um beijo.

Nossos corpos se juntam finalmente, e eu mato a saudade de tê-lo em mim, nossos movimentos são impecáveis, parece que nem o tempo é capaz de mudar a nossa sincronia. José Alfredo sabe exatamente onde e quando tocar em mim, e eu não sou diferente usando todo o meu poder para seduzi-lo. Que belo presente de dia dos namorados.

Meu coração acelera com ela em cima de mim, essa maldita sempre comanda a situação e eu não posso reclamar pois ela é magnífica no que faz. Ela rebola para mim e eu não consigo segurar um gemido, Marta põem a mão na minha boca com medo de alguém escutar mas eu estou pouco me importando. Ela me olha fixamente com aquele belo par de olhos e sorri vencedora, estou chegando no meu limite e o corpo de Marta já demonstra o mesmo. Ela para e eu vejo seu corpo arrepiar por inteiro e o meu não é diferente, sinto cada parte estremecer, chegamos no ápice juntos. Seu corpo amolece e ela deita sobre o meu peito, estou exausto então apenas a abraço, sua respiração implora para voltar ao normal.

Ficamos deitados por alguns minutos, Zé fazia carinho em meu braço e ora ou outra depositava um beijo em minha testa. Levanto-me e o deixo na cama, preciso de mais uma taça de vinho, ele vem atrás de mim e me abraça por trás.

- Eu comprei aquele chocolate que você ama. - Diz baixinho em meu ouvido. - Já que estamos presos nesse quarto, eu quis trazer Genevè até você. - Ele diz e dá um beijo em meu ombro. Pega a caixa do chocolate e deita na cama.

Marta aproxima-se de mim e puxa o lençol da cama, ela retira o vestido com cuidado e cobre seu corpo com o lençol, ela pega a sua taça e senta próxima a mim. Retiro um chocolate da caixa e levo até seus lábios, ela come e pede mais, entrego-lhe a caixa e pego a taça de suas mãos, tomo um gole de seu vinho. Admiro ela devorar os chocolates, e me lembro de todas as vezes que clamei a Deus para viver isso novamente.

- Feliz dia dos namorados, meu amor. - Ela diz suavemente.

- Feliz dia dos namorados, imperatriz. - Respondo.



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