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História Olhos em chamas - Adversário a altura


Escrita por: IsaTigresa

Notas do Autor


Que a pradaria continue
Não vou me demorar que sei que a maioria não vai ler essa nota de inicio

Aviso a todos que a conteúdo de violência, descriminação entre outras coisas que podem ser fortes para pessoas mais sensíveis, recomendo parcimônia ao ler, aviso também que sou contra todos tipo de ato violento, ou discriminatório. Os fatos citados no capitulo são de uso exclusivamente de artificio do desenvolvimento do roteiro por trás da estória aqui contada.

Isa Tigresa 🐯

Capítulo 51 - Adversário a altura


Casa dos Snape – Rua da Fiação – Cokeworth – Inglaterra

“– Brigue com alguém do seu tamanho, seu covarde! – A voz grossa o fez virar na mesma hora. Porém, nem mesmo teve tempo de pensar ou ver quem era, pois já foi recebido com um soco no meio da cara.”

Na hora que Tobias foi atingido, tombou para o lado, batendo na parede com o ombro. Aproveitou para usá-la como escora para não cair no chão diante do grupo de jovens que olhava para a figura que o acertara. Os meninos fitavam um homem alto e corpulento, com cara de poucos amigos. O estranho invasor usava terno e uma boina, que deixava um pouco dos seus cabelos negros e olhos de âmbar transparecerem o fulgor da fúria que sentia. Eles estavam assustados e surpresos, sem compreender por qual motivo aquele desconhecido entrara na casa para defendê-los. Sem dar tempo de iniciarem qualquer diálogo ou começar explicações, Tobias se impulsionou pronto para bater no homem que o golpeou. Ao se aproximar, com os punhos cerrados, tentou acertar um soco, mas recebeu outro bem no meio do rosto, voltando a se apoiar na parede do corredor da casa. Ele lançava à esposa um olhar de ódio por ela não estar fazendo absolutamente nada para impedir que aqueles degenerados seguissem ali.

No final do corredor, Eileen experimentava a sensação do seu sangue gelar vendo o que estava acontecendo diante dos seus olhos. Não podia crer que os fantasmas do seu passado retornaram para assombra-la, se unindo aos demônios que guiavam o seu presente. Ela não sabia ao certo o que poderia ser pior, naquele momento... por um lado, enfrentaria toda a ira de Tobias quando aquela algazarra toda acabasse. Por outro, ver novamente aquele homem, que ela jurava que jamais voltaria a encontrar novamente, era inimaginável e perturbador. Sobretudo, quando se dera conta de que não havia mudado muito, ao contrário dela.

– Mas, que porra! Quem é você, seu verme maldito? Esse filho da puta é seu macho, vagabunda? – Tobias levantava novamente, gritando com a esposa, ao mesmo tempo em que limpava o fio de sangue que saia do canto da boca. Estava com ódio do homem que estava a sua frente e o avaliava pensando em como o mataria com crueldade para servir de exemplo. Seria o primeiro que ele enterraria nos fundos da residência para servir de adubo.

– Vou ensiná-lo a nunca mais levantar a mão para crianças ou mulheres, covarde! – O homem possuía um forte sotaque como o de Sacha.

Tobias não perdeu muito tempo queria briga e, de preferência, jogar todos aqueles seres que via como lixo para fora da sua casa. Entretanto, pensava em como se divertiria antes...  arrebentaria o mais velho, que ousara lhe bater, apenas como esporte para treinar alguns golpes com alguém do seu nível. Assim descontaria toda a sua frustração e ódio contra um anormal idêntico àqueles que considerava porcos do leste europeu. Tinha raiva dos imigrantes que iam para lá roubar vagas de trabalho na fábrica... sempre os viu como animais e, aquele homem, era só mais um. Depois surraria o filho. Pensava no quanto Severus se revelava um viadinho fraco que merecia ser morto de pancada, junto à bicha que estava caída no chão. Tinha que dar exemplo, ou os matava, ou os espancava até que virassem homens de verdade. O último pensamento o fez abrir um sorriso malicioso. Bateria nas três meninas e as carregaria para o quarto. Lá mostraria a elas o que um macho faz com uma mulher na cama.

Cheio de coragem e empolgado com as ideias que passavam na sua mente de ouvi-las gritando, partiu para cima do homem de terno lhe dando um soco. Porém, não obteve o êxito esperado, quando seu murro sequer surtiu efeito. O estranho não demorou para revidar o pegando de surpresa. Tobias estava tão certo do seu sucesso, depois de anos esmurrando a esposa e o filho sem ter qualquer revide, que não se preocupou em evitar o recebimento de um golpe. Foi, então, que recebeu uma série de socos em sequência que o derrubaram nocauteado. Como um peso morto, escorregou desacordado pela parede, em que batera a cabeça, até cair sentado. Os jovens olhavam espantados para as marcas da pancada da cabeça e do corpo de Tobias ali.

O homem, finalmente, olhou para o grupo que estava em pé parado em estado de choque no corredor. Severus, por puro instinto, continuava segurando Sacha e Bella atrás dele. Estava tão surpreso com tudo aquilo que não sabia como agir ou o que pensar. Era inexplicável como um completo estranho entrará na sua casa, derrubará Tobias com socos como se ele fosse um moleque magricelo e, agora, estava ali os encarando como se nada tivesse acontecido. O homem sorriu para os jovens e olhou diretamente para a menina que estava escondida atrás do rapaz, que continuava se fazendo de escudo. No fundo, perguntava o que exatamente aquele jovem pretendia ou se achava que, realmente, conseguiria defender as meninas contra um maníaco como o que ele acabou derrubando.

– Podem relaxar... ele não vai machucar ninguém aqui – Sacha garantiu, enquanto o homem retirou a varinha de dentro do paletó do terno, conjurando cordas para amarrar Tobias firmemente. Não queria que ele acordasse e tivesse alguma chance de fazer alguma coisa. Notara que o mesmo não demoraria muito para despertar, já que ele já estava dando sinais que, logo, recobraria a consciência.

Depois de amarrar e amordaçar, Tobias, o homem se levantou e andou em direção ao grupo. Severus ainda estava pronto para um ataque e já segurava com firmeza a varinha. Antes que ele atacasse, Sacha o fez abaixar a mão, o levando a lhe lançar um olhar interrogativo e recebeu como resposta um leve aceno negativo com a cabeça. O mais velho, enquanto isso, andava em direção a Lúcios e Narcisa, estendendo a mão para ajudá-los a levantar do chão.

– Belo soco recebido, rapaz. Vai ganhar uma cicatriz bonita para conquistar as meninas – disse dando um leve tapa no ombro de Lúcios, se virando para a loira complementando:

– Ele é corajoso, se for o seu namorado, não o perca. Ainda mais se ele apanhou por sua causa – Os dois que, ainda estavam assustados, apenas assentiram dando um leve sorriso em agradecimento.

– Podem entrar, vocês que estão aí fora. Perderam toda a animação que ocorreu nessa casa – ele gritou em direção à porta, que se mantivera durante toda a confusão aberta. Ele se virou para Sacha e andou até ela. – Como você cresceu, tampinha! Quem é esse cabeludo corajoso? – Fez um gesto com a cabeça apontado para Severus.

– Pai! – Ela abraçou o homem a sua frente. – Esse é o Severus, meu namorado.

– Pai?! – Os amigos e o namorado perguntaram ao mesmo tempo, olhando do homem para Sacha. Agora começavam a notar as semelhanças entre eles.

– Sim esse é Ulrick Balaur, meu pai. – Sacha apresentou o homem para o grupo. – Mas, o que o senhor faz aqui?

Enquanto conversavam, os demais entravam pela porta indo em direção ao interior da residência. Arthur encabeçava a fila de pessoa, sendo seguido por Joan e Walter Prince, e Irina e Vladimir os avós de Sacha que decidiram ajudar. A menina olhou para o grupo que estava ali... o plano dera certo, apesar dos pesares, pois conseguiram convencer os Prince a irem junto e verem como a filha e o neto viviam e como eram tratados. Obviamente, esperavam entrar e sair antes da chegada de Tobias, por não fazerem a menor ideia de como detê-lo sem usar magia. Porém, com ele agora amarrado, em uma casa lotada de bruxos, o perigo era mínimo.

– Bom, eu fui visitar seus avós e eles me deixaram um aviso dizendo que estariam em Londres. Quando cheguei aqui, para vê-los em nossa casa, encontrei Arthur, Joan e Walter lá com eles. Me disseram que estavam de saída e me chamaram para acompanha-los até aqui – o homem explicava, enquanto cumprimentava os outros jovens superficialmente. Seus olhos estavam fixos na mulher que se mantinha parada junto à porta da cozinha, no final do corredor.

– Vocês se machucaram crianças? – Arthur se aproximou de todos ali, averiguando-os cuidadosamente. Percebendo os machucados pelos rostos de Severus e Lúcios e, uma marca roxa, no braço de Bella. Isso o deixou irritado e sua vontade era de chutar aquele homem que espancara adolescentes e os deixara assustados. Não esperavam por nada parecido com o que ali vivenciaram e, no fundo, agradeciam por terem sido salvos pelo pai da amiga. Não queriam nem pensar nos horrores que passariam nas mãos daquele trasgo se ele não aparecesse.

– Estamos bem. Que bom que não demoraram.

O grupo todo, por fim, se juntou na sala dos Snape. Eileen tentou se manter afastada de tudo aquilo. Porém, não teve muita escolha, quando Irina se aproximou dela sorrindo e com lágrimas nos olhos. A senhora a abraçou com uma felicidade genuína, como se reencontrasse uma filha perdida. Ao mesmo tempo, Joan e Walter olhavam para todos os pontos da casa, avaliando pensativos como a filha pudera se rebaixar até aquele nível de miséria e exploração.

 


Notas Finais


Ps: aviso a todos que a conteúdo de violência, descriminação entre outras coisas que podem ser fortes para pessoas mais sensíveis, recomendo parcimônia ao ler, aviso também que sou contra todos tipo de ato violento, ou discriminatório. Os fatos citados no capitulo são de uso exclusivamente de artificio do desenvolvimento do roteiro por trás da estória aqui contada.


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