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História Olicity - Last Chance - Capítulo 12


Escrita por: buhhsmoak

Capítulo 12 - Capítulo 12


Ao contrário da recomendação de sua mãe, Felicity não conseguiu descansar. Ainda mais quando seu quarto ficava de frente para o de Oliver e imagens dele sem camisa e deitado na cama a estavam enlouquecendo.

Resolveu ir para o segundo andar e tentar descobrir o que estava acontecendo em Starling. Se tinha uma coisa que ela não gostava, era de estar por fora das coisas. Já tinha experimentado essa sensação uma vez e não lhe agradava nenhum pouco.

As luzes da ampla sala se acenderam e quando ela se acomodou na cadeira atrás dos computadores, que era igual a sua na caverna, já foi pesquisando em todos os sites e jornais locais notícias dos últimos dias. Nenhuma delas faziam sentido, era como se todos os bandidos resolvessem sair pelas ruas fazendo tudo as claras, sem medo de serem presos ou suas identidades expostas.

– Mas tudo isso é um absurdo.
– Também acho.

Esquecendo que ao ligar os computadores o telão era ligado também, Felicity se viu de frente para Diggle que estava na caverna, sentado na sua cadeira.

– Olha só quem está no meu lugar. Meu amigo traidor. - cruzando os braços e inclinando o corpo contra a cadeira.
– Não fala assim. Vai dizer que não gostou da sua nova caverna?
– Minha? 
– Claro, afinal, foi feita para a vossa excelência. - rindo.
– Como é engraçadinho. - corando. 
– Como se sente?
– Ultimamente é a pergunta que escuto mais. - sorrindo. - Ainda tenho dores pelo corpo, mas bem.
– Em breve eu e Layla iremos te visitar na sua nova residência.
– Aqui não é minha residência. - respondeu rápido demais.
– Pelo próximo mês é. - estreitando os olhos.
– Tá bom. Não adianta discutir sobre isso. - revirando os olhos. - Como andam as coisas?
– Essa é uma conversa que você precisa ter com o Oliver.
– Porque? Eu estou bem e vocês não precisam ficar me tratando como se eu fosse de porcelana.
– Não é isso, Fel. É que ele precisa contar outras coisas pra você.
– Dig, aconteceu mais alguma coisa depois da explosão? Alguma coisa com o Oliver?

Ele ficou olhando pra ela, decidindo o que dizer. No fim, Felicity sabia que não descobriria nada assim.

– Você sabe que quando o assunto é sua segurança o Oliver sai de si, não sabe?
– Sei. 
– Então, esse é um assunto que ele precisa lidar. Espere a iniciativa partir dele.
– Você quer dizer que isso pode acontecer agora ou na próxima década, né?
– Mais ou menos isso. - rindo.
– Fiquei sabendo que você, a Sara e Oliver andaram fazendo reuniõezinhas. - tentando outro caminho.
– E imagino que sua fonte de informação seja a Laurel.

A voz de Sara chegou antes que sua imagem no telão. Ela descia as escadas e assim que parou ao lado de Diggle, Felicity ficou tentada a desligar o telão.

– Não sei do que você está falando. - cruzando os braços.
– Acho que não existe amizade mais improvável do que a de vocês, mas fico feliz que ela exista.
– Ela já está liberada para entrar aqui na caverna, só pra você saber. - disse Dig rindo.
– Imagino que alegria ela deve estar sentindo. - debochando.
– Depois do esporro que levei ontem, acho que sim.

Apesar de sempre se darem bem, Sara nunca foi muito próxima de Felicity. Ambas tinham seus motivos para não engatar uma amizade, mas Sara entendeu que o lugar que um dia quis ter ao lado de Oliver, agora a pertencia.

– Está melhor, Felicity?
– Melhorando.
– Acho um exagero o Oliver querer te manter um mês ai, mas pelo menos teremos sua ajuda. O Dig faz o melhor, mas ninguém consegue chegar aos seus pés. - dando um tapa no ombro dele.
– Disso eu tenho que concordar. - sorriu Dig.

Aquele elogio fez com que Felicity ficasse sem palavras. Sara tinha todas as habilidades que Felicity não tinha, mas todos faziam o que sabiam de melhor para que a equipe sempre fosse completa.

– Obrigada, também senti falta de vocês.
– Bom, precisamos revisar algumas coisas antes do turno começar. - disse Dig. - Assim que o Oliver conversar com você voltamos a nos falar.
– Tá bom.
– E nada de ficar fuçando a internet, ok? - disse Sara. - Tem doideira demais acontecendo nessa cidade, você precisa ser atualizada desde o começo.
– Farei o possível para me manter longe dos bandidos. - sorriu.
– Por favor, faça isso.

Desligando o telão, ela virou sua cadeira e olhou ao seu redor. Se fosse verdade que aquele lugar não existia antes, Oliver teria muito o que explicar.

–--

Oliver abriu os olhos e quando olhou pela janela, o dia já tinha se transformado em noite. Levantou em um pulo e correu para lavar o rosto. Já tinha passado da hora de acordar a muito tempo e teria muitos problemas na empresa pelo dia perdido.

Assim que saiu no corredor, viu a porta do quarto da frente aberta.

– Felicity?

A cama estava desarrumada e o barulho do chuveiro preenchia o ambiente. Ele tinha que sair dali antes que fosse tarde demais, mas não conseguiu se mexer.

Seu olhar estava fixo na cama e a imagem de Felicity inconsciente no hospital fez com que ele perdesse o rumo do que deveria fazer. Já trocada, ela saiu do banheiro se deparando com Oliver parado na porta, pálido.

– Oliver? - o chamou, sem receber nenhuma resposta.

Sem saber o que fazer, ela se aproximou, ficando de frente pra ele. Levou as mãos ao seu rosto e fez com que ele finalmente olhasse em seus olhos.

– Oliver. 
– Não consigo. - olhando pra cama de novo. 
– O que você não consegue? 
– Esquecer.

Nunca tinha visto ele chorar, mas quando seus olhos se encheram de lágrimas ela não conseguiu se manter afastada. Envolveu seus ombros em um abraço apertado, começando a entender do que ele se referia.

– Já passou, Oliver. Eu estou bem.

Demorou alguns segundos para que ele reagisse, quando o fez envolveu a cintura dela com os braços.

– Me perdoa. - com o rosto em seu pescoço. - Me perdoa por não chegar a tempo?
– Não tenho o que perdoar, você estava lá.
– Mas não foi o suficiente. 
– Escuta. - afastando o rosto e o encarando. - Somos uma equipe, por isso funcionamos. Nem tudo depende só de você. Você não pode se culpar por tudo de errado que acontece.
– O mundo pode desabar que eu não me importo, mas eu sempre vou estar lá tentando salvar você. Sempre. - ignorando parte do que ela tinha acabado de dizer.

Felicity não esperava aquela declaração, e esperava menos ainda quando Oliver encurtou a distância entre eles e pressionou seus lábios contra os dela. O tempo pareceu congelar, quando ele virou seu corpo, a prensando contra a porta, ela sabia o que estava por vir.

– Peça para que eu pare. - disse na breve pausa que fez para respirar.
– Parar com o que? - sem conseguir raciocinar quando ele começou a beijar seu pescoço.

Abaixando o corpo, ele encaixou as mãos em suas coxas, fazendo com que o corpo dela tomasse impulso e envolvesse sua cintura com as pernas. Voltando a concentrar os beijos em seus lábios, ele fechou a porta e caminhou até a cama, sentando com ela encaixada em seu colo.

Oliver estava prestes deitá-la na cama e se colocar sobre ela, quando percebeu o caminho que estava tomando.

– Não. - parando de beija-la.
– O que foi?
– Não podemos, não agora. - levantando com ela no colo, a fazendo escorregar suas pernas da cintura dele.
– Oliver?

Olhando de novo pra cama, ele sentiu um calafrio.

– Preciso ir para a caverna.
– Sim, você precisa. - decepcionada por ele ir embora.
– Mais tarde conversamos, ok?
– Promete?
– Prometo.

Sem que ela pudesse argumentar que essa conversa estava demorando mais do que deveria, ele deu um beijo na testa dela e foi embora. Ela queria sentir raiva dele, mas alguma coisa estava errada. Não se sentiu rejeitada por Oliver como das outras vezes, alguma coisa em seus olhos mostravam algo mais profundo, quase sombrio.

–--

– Achou alguma coisa, Fel?
– Claro Dig, parece que não me conhece. - sorrindo e passando as coordenadas de mais um galpão abandonado onde uma gangue se reunia para arquitetar assaltos nos bairros mais ricos. - Essas gangues estão previsíveis demais.

Oliver não teve outra alternativa a não ser pedir a Dig que a atualizasse sobre a onda de crimes que estava tomando Starling City. A maioria das gangues estavam concentradas nos Glades para agirem nos bairros mais ricos.

– Realmente, mas parece que essa é o novo perfil dos bandidos de Starling. O Glades nunca mais foi o mesmo depois da explosão.
– Mas o que tem a ver uma coisa com a outra?
– Essa é a grande incógnita.

Uma pontada na cabeça fez com que ela parasse de falar, com a mão pressionando a têmpora direita, ela sentiu tudo começar a girar.
– Felicity? - chamou Dig ao vê-la de olhos fechados e pálida.

Olhou para a tela, mas não conseguiu ver o rosto de Diggle, que já estava de pé, a encarando.

– Dig, eu acho... - levantando e cambaleando. - Eu acho que vou...

Sem conseguir terminar de falar, ela sabia que estava prestes a desmaiar, tentou se segurar na mesa, mas não a encontrou. Seu corpo foi perdendo o equilíbrio, até que ela caiu de lado, levando a cadeira junto.

– FELICITY.

O grito de Diggle foi a última coisa que ela ouviu antes da escuridão tomar conta.

–--

Oliver chegou em casa em tempo recorde. Assim que recebeu a ligação de Diggle avisando que Felicity tinha desmaiado em casa, ele não conseguiu pensar em mais nada.

– Cadê ela? - abriu a porta, dando de cara com Diggle consolando Donna.
– No quarto, está sendo examinada pelo médico que chamei.
– Porque não a levou para um hospital? - perguntou sem esperar resposta, correndo até seu quarto.

Sentada na cama, ela parecia ainda mais frágil. O médico estava terminando de medir sua pressão e estava com uma ruga entre as sobrancelhas.

– Como ela está?
– Aparentemente, bem. - retirando o aparelho de seu braço. - A pressão, os batimentos cardíacos, a taxa de glicose, tudo está em ordem. 
– Então porque do desmaio? - sentando ao lado dela, que permanecia calada. Observando a conversa deles.
– Isso só podemos descobrir fazendo exames mais detalhados. 
– Então vamos pro hospital. - prestes a levantar, mas foi impedido por ela.
– Não.

A voz de Felicity era firme, mas escondia alguma coisa. Oliver não entendeu o que estava acontecendo, mas resolveu dispensar o médico prometendo que logo a levaria para o hospital.

– O que está acontecendo, Felicity? Porque não quer ir pro hospital? - disse Oliver assim que voltou pro quarto. 
– Preciso falar com minha mãe. - disse o encarando, séria demais. - Depois quero conversar com você e o Dig.

A vontade de Oliver era ficar do lado dela, mas respeitou sua vontade. Saindo e chamando por Donna, ficou na sala com Diggle, que estava mais quieto que o normal.

– Fala alguma coisa, Diggle.
– Não sei o que pensar, quem dirá o que falar.
– Preciso levá-la pro hospital.
– Ela não vai, quase tive que amarrá-la pra aceitar ser examinada.
– Ela não tem que querer. - levantando e indo até a janela.
– Oliver, você precisa se manter firme para ajudá-la.
– Estou perdido, Dig. Antes minha preocupação era em convence-la a não ir embora e agora é mante-la viva. Se alguma coisa acontecer a Felicity... eu não… eu não vou...
– Ela está chamando por vocês. - disse Donna chegando na sala.

Mesmo com tudo que estava acontecendo, Donna sorrio a eles. Oliver sentiu um aperto no peito, se era difícil pra ele, não conseguia imaginar como era pra uma mãe ver a filha passar por tudo isso.

– Vamos descobrir o que está acontecendo com a Felicity. - parando na frente de Donna e a envolvendo em um abraço. - Nada vai acontecer com ela, eu te prometo.
– Eu sei, Oliver. Eu sei. - se afastando e dando passagem para ele seguir pelo corredor.

Diggle já estava no quarto quando ele chegou, ficando na porta ao ouvi-la protestar pela menção de ir pro hospital.

– Essa não é uma escolha que você tenha que tomar, é uma necessidade. - disse sério, sem se aproximar.
– Eu quero uma opinião diferente. - disse de braços cruzados.
– Como assim? - quis saber Diggle.
– Quero ir até Central City e ver o que a equipe do Barry tem a dizer sobre o que está acontecendo comigo.
– Como é que é? - Oliver se aproximou e parou ao lado da cama, a encarando com cara de poucos amigos. - Você não vai pra Central City com o risco de desmaiar no caminho.
– Por isso que vou pedir a Barry que me leve. 
– Não podemos ir até lá, Felicity.
– Eu sei.

Percebendo que as coisas estavam mais tensas do que deveria, Diggle sentou ao lado de Felicity.

– Porque você teve essa ideia, Felicity?
– As coisas andam mais estranhas do que de costume, os bandidos andam descuidados e agindo sem controle. Alguma coisa naquela explosão afetou o Glades. E a mim.
– Nisso eu tenho que concordar com ela. - disse Dig, olhando para Oliver.
– É só uma precaução. Se eu tiver alguma coisa, lá em Central vão descobrir.

Ficaram em silêncio esperando que Oliver dessa alguma opinião, mas ele não disse nada.

– Essa é a única pista que temos e acho válido ir atrás de respostas. - tentando se justificar para Oliver. 
– O que você acha, Oliver? - perguntou Dig.
– Ela já tomou a decisão, não tenho nada a dizer. - saindo do quarto e batendo a porta.
– Dê um tempo pra ele, Fel. As coisas não estão fáceis pro Oliver.
– Eu sei, Dig. Percebi que ele não está bem.
– Vocês ainda não conversaram, né?
– Não.
– Então não cabe a mim falar por ele, mas tenha paciência.

Dando um beijo em sua cabeça, ele saiu. Felicity estava com dor no corpo, muito mais do que quando saiu do hospital e sua cabeça ainda latejava. Resolveu que era hora de descansar como não tinha feito quando sua mãe lhe aconselhou.

–--

Felicity tinha acordado no meio da noite com mais uma pontada na cabeça, mas nada que a fizesse ficar alarmada. Foi até o banheiro lavar o rosto e depois tomou o remédio que o médico receitou em caso de dores de cabeça.

Já tinha voltado pra cama, e o efeito do remédio fazia efeito, quando ouviu a porta do quarto abrir e segundos depois um movimento ao seu lado. Isso fez com que Felicity abrisse os olhos, mas ainda estava muito sonolenta. Sentiu sua cabeça ser elevada e um braço se encaixar em seu pescoço.

– Oliver? - abriu mais os olhos e viu o rosto dele na penumbra do quarto.
– Shiii. Volta a dormir que ainda é madrugada. 
– O que você faz aqui? - se aconchegando no peito dele, desistindo de tentar manter os olhos abertos.
– Vim ver como você estava.
– Mas não precisa deitar comigo pra saber isso. - disse com a voz arrastada.
– Não, não preciso.

Alguns minutos se passaram até que ela levantou o rosto e viu que ele a observava.

– Você está bravo comigo, não está?
– Não.
– Não acredito em você.
– Isso faz diferença? Você vai desistir de ir se eu for contra?
– Não.
– Então vamos deixar isso de lado.
– Você está me devendo uma conversa.
– Sim, estou.
– E? - impulsionando o corpo e ficando com o rosto de frente ao dele. 
– E nada, você vai viajar e eu vou estar aqui te esperando.
– Não está certo. - piscando demoradamente, o sono quase vencendo.
– Muita coisa não está.

Oliver fez o possível para evitar, mas quando percebeu seus lábios já pressionavam os dela. Qualquer resquício de sono abandonou Felicity, que ficou de lado para aproveitar melhor aquele momento.

– Queria ir com você. - intercalando os beijos com os carinhos em sua cintura.
– Também queria que você fosse, mas eu volto.
– Disso eu nunca tive duvidas. - fazendo com que ela se afastasse ao ouvir aquilo.
– Não tenha tanta certeza. - o desafiando.

Mesmo na penumbra ele sabia que seus olhos estavam brilhando pelo desafio, mas ele não estava em condições para entrar na brincadeira.

– Vamos dormir. - aumentando o agarre em sua cintura.
– Oliver, você sabe que eu não estou a sua disposição sempre que você muda de ideia, não sabe? - Felicity falou de olhos fechados, se referindo aos beijos que trocavam.
– Quem mudou de ideia foi você. Não me lembro de ter sido eu a parar o beijo. - sorrindo, sentindo o aroma de seu cabelo.
– Tire esse sorriso do rosto. - beliscando sua barriga. - Ainda temos muito o que resolver até você ter esse direito.
– Eu sei. - beijando sua cabeça.

Deixar que Felicity fosse até Central City não era o problema para Oliver, mas estar impotente em ajudá-la era. Toda vez que ele se deparava com a fragilidade da situação, ficava se perguntando como sobreviveria se alguma coisa acontecesse a ela. Tentando afastar aqueles pensamentos, fechou os olhos e respirou fundo, precisava daquele momento com ela para finalmente entender que o lugar dela era ali com ele... e o lugar dele era onde quer que ela estivesse.



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