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História Ômega da cidade - Beijo.


Escrita por: pridedevhope

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde e/ou boa noite!
Tudo bem com vocês? Espero mesmo que sim <3

Real, iria postar esse capítulo só em janeiro? Sim, estava programado, sem brincadeira
Mas não me aguentei, tive de postar algo esse mês

Espero que gostem dessa preciosidade! Acho que foi hoje que aconteceu um selin-
Perdoe-me pelos erros ortográficos...
Boa leitura ~

Capítulo 10 - Beijo.


Fanfic / Fanfiction Ômega da cidade - Beijo.

As semanas estavam passando com calma, um pouco melhores do que as outras. A temperatura ainda parecia instável, com dias de frio intenso ou dias muito calorentos. A mansão estava se adaptando bem àquilo, sempre de pé e bem protegida. O grande lugar estava até melhor, com o seu ambiente mais tranquilo e calmo como costumava ser.

Hoseok podia sentir tal coisa em cada canto da mansão: a sensação de acolhimento e felicidade, a forma como tudo parecia menos pesado e sereno. Jimin estava de volta, afinal. Ele ainda se recuperava, mas estava tendo um bom quadro de evolução. Hoseok sabia que as suas esperanças tinham valido a pena; nunca iria desistir de seu filho, sempre estaria com ele independente de tudo.

Abrindo os olhos com preguiça, Hoseok bocejou um pouco alto e se esticou, estalando as costas. Resmungou, piscou algumas vezes e olhou para a janela. Estava chovendo, as pequenas gotas d’água pingando no vidro e escorrendo lentamente. Ele não se atreveu a levantar, deitado na cama e encolhido debaixo dos edredons.

Erguendo a mão sem fazer movimentos bruscos em direção a bochecha de seu menino, fez um carinho fraco na pele macia e menos pálida. Estava deitado com Jimin, um pouco longe dele para não correr o risco de machucá-lo. Jimin não se mexeu ou acordou, ainda parecendo dormir em um sono profundo.

O doutor responsável pela criança já tinha vindo visitá-la três vezes durante o tempo que ela voltou para casa — menos de vinte dias atrás — e dizia estar tudo bem. Ele dizia ser normal que Jimin continuasse dormindo, em um coma por conta do acidente. Ele explicou que o corpo dele ainda estava se recuperando, trabalhando sozinho para suprir o que tinha perdido.

Hoseok leu o prontuário médico de Jimin e pôde entender melhor o que o doutor dizia. O seu filho tinha batido a cabeça ao ser arremessado pelo carro, o que o causou um traumatismo. Ele precisou fazer cirurgias perigosas por causa disso, ainda mais porque também tinha quebrado outras partes do corpo.

Sendo tirado de seus pensamentos, Hoseok ergueu uma sobrancelha ao escutar a porta do quarto ranger. Olhando para ela, soltou um breve suspiro e sorriu. Viu Jungkook entrando no quarto com um pijama azul-marinho, com o cabelo bagunçado e os olhos inchados de sono. Jungkook se aproximou da cama e tentou subir, os seus braços curtos se agarrando aos lençóis com dificuldade.

— Ei, ei… bom dia, meu amorzinho… — falou com carinho, aproximando-se da beirada da cama e segurando o pequeno garoto. O alfa parecia um pequeno pãozinho. — Você acordou faz muito tempo? Ainda está cedo… — Esfregou o nariz na bochecha de Jungkook, beijando-o.

— Bom dia, Hobi. Eu acordei faz uns dez minutos… — respondeu e bocejou. Abraçou o ômega pelo pescoço, escondendo o rosto no pescoço dele e ficando assim em seus braços. Parecia ainda estar com sono. — O Jiminie já acordou? 

— Ainda não, querido.

— Ah, entendi… tudo bem... eu, eu pensei que ele já estava acordado… — sussurrou enquanto olhava para o amigo. Jimin ainda continuava da mesma forma que o viu pela última vez: parado. Jungkook suspirou. — Uma hora e-ele vai acordar. Não se preocupa, Hobi. — Ergueu o polegar, sorrindo sem ânimo.

Beijando a testa de Jungkook, Hoseok acariciou o cabelo dele e concordou com a cabeça. Deitando-se na cama com cuidado e puxando Jungkook para o seu peito, beijou a bochecha dele e o abraçou apertado. Jungkook não se importou com isso, abraçando ele de volta e entrando debaixo das cobertas para se proteger do frio.

Hoseok bocejou, fechando os olhos e sussurrando:

— Só você que está acordado?

— Não — respondeu, abafado. — O TaeTae também está…

— O quê? Sério? Por quê?

A voz de Jungkook tornou-se um pouco brincalhona e provocativa. Ele tirou a cabeça debaixo da coberta e olhou para Hoseok com olhos cheios de zombaria:

— O TaeTae está tentando cozinhar. Ele acordou cedo para isso.

— Tenho certeza que vai ficar gostoso, então. 

Jungkook fez uma careta com nojo.

— O quê? Você nunca comeu uma comida dele? — perguntou ainda com a careta, surpreso e com os olhos arregalados. Hoseok negou com a cabeça. — É horrível! A pior comida de todas! O TaeTae só cozinha pedra!

Hoseok tentou segurar a risada, um sorriso aparecendo em seus lábios.

— Jungkook! Não fala isso!

— Mas, mas é sério! — O menino começou a rir, afirmando de pé junto que Taehyung cozinhava pior do que qualquer um. Hoseok se juntou à risada dele em pouco tempo. Os dois riram debaixo da coberta. — Acredita em mim, Hobi!

Depois que pararam de rir, decidindo juntos que Taehyung talvez não fosse um bom cozinheiro, os minutos passaram com calma. Hoseok já tinha se levantado e Jungkook continuava deitado com Jimin, voltando ao seu estado inicial de sono e começando a tirar uma breve soneca. 

No closet, Hoseok procurou alguma roupa quente para que pudesse vestir. Não iria sair de casa, então optou por algo confortável. Encontrou uma calça larga, uma camiseta manga longa e um fino casaco, vestindo e calçando uma pantufa. Foi para o banheiro, lavou o rosto e sentiu-se pronto.

— Ei, Jungkookie… vocẽ sabe se o Jin está cozinhando com o Taehyung? Ele está lá embaixo…? — Hoseok sussurrou, olhando para a criança deitada na cama. Jungkook deu um pulo no colchão, bocejando e parecendo acordar. — Você sabe, querido?

Jungkook resmungou algo antes de responder:

— Ele saiu, Hobi… por quê?

— Uh, eu apenas queria saber. — Deu de ombros. — Vamos tomar café? 

— Hobi… eu, eu posso ficar um pouco com o Jiminie? Por favor.

— Ah... — Hoseok lentamente concordou com a cabeça, abraçando o próprio corpo e sorrindo de forma gentil. — Pode sim, querido. Eu vou estar na cozinha. Se vocẽ precisar de alguma coisa, desce que eu vou estar lá. Tudo bem?

— Certo. Tudo bem.

Saindo do quarto em passos lentos, Hoseok pôde notar como tudo estava silencioso demais. Sentindo um vento gelado abraçar o seu corpo, tremeu e tentou se esquentar andando de um jeito estranho. Nada adiantou. Desceu as escadas para o térreo ainda tremendo, os dentes batendo um contra o outro e a sua espinha se arrepiando.

Caminhando em direção à cozinha, escorou-se no batente da porta e viu Taehyung. Taehyung parecia estar mexendo em uma panela, cozinhando e cantarolando. A voz dele era baixa e profunda, em uma música desconhecida. Hoseok olhou para ele um pouco surpreso; nunca o tinha visto cantando.

Taehyung parecia estar realmente se esforçando para cozinhar. A expressão dele estava séria, a sua testa franzida e os seus lábios crispados. Ele lia um manual de receitas e estava com várias coisas espalhadas na pia.

Sentindo algo quente se espalhar por seu peito ao vê-lo assim, Hoseok sentiu as suas bochechas ficarem quentes. Taehyung parecia tão bem, tentando aprender alguma coisa. Notou como ele estava despojado, com o cabelo bagunçado e as roupas amassadas. 

Hoseok ficou com medo por ser pego no flagra. Então, logo tratou de mostrar que estava ali.

— Taehyung? 

— Hoseok, que merda! Você me assustou! — Taehyung pulou no lugar, batendo o dedo no balcão com força. O rosto dele se contorceu de dor enquanto ele apertava o dedo. — Merda, o que você está fazendo aqui? Você está parado aí há quanto tempo?

— Ei, você está bem? Céus, me desculpa… — Aproximou-se com um olhar preocupado. — O Jungkook me acordou. Ele me disse que você estava cozinhando…

Taehyung se afastou, abrindo a torneira da pia e colocando o dedo vermelho debaixo dela. A água parecia mais gelada do que gelo. Taehyung resmungou algumas coisas e desligou a boca do fogão. Olhou para Hoseok e rolou os olhos.

— Entendi.

— Bem… o que você está fazendo para comer? O Jin não deixou tudo pronto? Eu pensei que ele quem ia cozinhar…

— Não. Na verdade, ele só me jogou alguns ingredientes e saiu com o NamJoon. Ele disse que iria precisar ficar fora e pediu para eu me virar.

— Ah, sim. Posso ver?

— Tanto faz. — Deu espaço.

Aproximando-se com hesitação da bancada, Hoseok olhou o “cardápio do dia” — que estava um pouco sujo por causa de Taehyung. SeokJin constantemente tinha muitas ideias para refeições, seja para pratos especiais ou sobremessas. 

Vendo os passos dados pelo manual, olhou para as coisas que Taehyung estava preparando e sentiu um pouco de compaixão. Taehyung estava tentando cozinhar, mas a maioria das coisas estavam erradas. Então, começou a ditar calmamente o que ele deveria fazer.

Alguns minutos depois que tudo estava feito, pediu para que ele colocasse a mistura em uma batedeira e deixasse bater, para então colocar no forno por trinta minutos e esperar. Hoseok finalmente se afastou, com um sorriso satisfeito no rosto. Apenas não soube se o motivo disso era por ter conseguido ensinar Taehyung a cozinhar ou se era por ter dado mais de cinco palavras com ele.

— Você pega rápido.

— É. 

Por outro lado, Taehyung estava um pouco cansado da companhia de Hoseok. Hoseok era um ômega muito padrão: bobo, calmo demais e educado. Eram qualidades boas, mas Hoseok nunca saia daquilo. Mesmo quando gritava com ele. Mesmo quando era arrogante. 

Taehyung não aguentava mais. O outro ômega vivia em uma fachada. É como se ele não sentisse nada. Taehyung até quis que ele gritasse consigo, que respondesse tão grosseiramente quanto o tratava. Mas isso nunca aconteceu.

— Espere cinco minutinhos, tire do forno, mexa e coloque outra vez.

— Eu já entendi, está escrito aqui.

— T-Tudo bem.

“Nem uma única alfinetada, uma briguinha, uma resposta a altura!”, a mente de Taehyung estava entrando em colapso. Hoseok não poderia ser tão bom assim. Os ômegas eram gentis e dóceis, mas eles tinham um momento de explosão. Por que Hoseok não tinha? Taehyung apenas não queria ser tratado tão bem. Era estranho e parecia falso para ele.

Suspirando fundo, saiu de seus pensamentos em um piscar de olhos. Então, olhou para Hoseok e viu que ele o observava, tremendo e abraçando o próprio corpo. Taehyung tirou a sua atenção dele rapidamente, murmurando:

— Volte para o quarto. Aqui está frio.

— Eu quero ficar com você. Você também está com frio.

— Não, não estou.

— Tem certeza?

— Jung Hoseok. — Taehyung suspirou fundo, tentando se acalmar. Ele sentiu algo estranho acelerando o seu coração. — Eu estou bem, vai embora.

— Eu só... eu só quero te ajudar...

— Não preciso de uma babá, eu estou bem.

Suspirando fundo, Hoseok não pensou em nada quando ficou em pé e andou em direção a Taehyung. Parou na frente dele e cruzou os braços, tentando imitar como ele parecia: alguém sério e com o semblante fechado. Mas não pôde, porque aquilo parecia ser um jeito especial de Taehyung tentar expressar alguma coisa.

Observando os olhos dele tão de perto, percebeu que ele não sentia nada naquele momento; os olhos dele não brilhavam ou davam sinal de qualquer coisa. Eles estavam opacos e vazios. "O que fizeram com você, Taehyung?", Hoseok quis saber, não notando como o seu rosto tornou-se algo preocupado e curioso.

Sem pensar nas consequências, ergueu a mão e tocou a bochecha de Taehyung com a ponta dos dedos. Acariciou a pele macia e suave, ainda olhando para os olhos profundos e escuros do outro. Imaginou que fosse ser afastado, que fosse ser empurrado e xingado, e estava pronto para receber aquilo. Mas Taehyung não fez nada.

Hoseok suspirou.

Voltando a abraçar o próprio corpo, deu um passo para trás e encostou na cadeira da mesa. A sua mão deixou as bochechas frias de Taehyung.

— Me desculpa por isso — sussurrou, o ar estranho e cheio de constrangimento. — Eu vou voltar para o quarto agora, tudo bem? Me desculpa. Qualquer coisa, você pode me chamar. 

Hoseok tentou sair, mas Taehyung o segurou pelo pulso.

— Hoseok. 

— S-Sim?

— Por quê…? — As palavras ficaram presas na garganta de Taehyung. Ele desviou o olhar. — O Jimin está bem?

— Melhor. Ele está melhor.

— Tudo bem. Pode ir.

— Eu vou trazer um casaco para você.

— Não precisa.

— SeokJin vai ficar bravo se você ficar doente de novo. Ah, esqueça, pega o meu. 

— O quê?

— Pega o meu casaco. Eu vou para o quarto e ficou me cobrir. Você pode ficar com o meu casaco — disse, abrindo o zíper do casaco e tirando-o. Levou a peça em direção a Taehyung, que apenas franziu o cenho. — Pega. 

— O quê? Você ficou louco, Hoseok? Todas as janelas estão abertas!

— Vamos, pega. Eu já estou indo para o meu quarto.

Passando o casaco pelos ombros de Taehyung, Hoseok tentou fazê-lo vestir. Fazendo ele passar os braços pela roupa, quis fechar o zíper, mas ficou emperrado. Aproximando-se mais de Taehyung, segurou ele com força e não deixou que ele escapasse; continuou tentando vesti-lo com dificuldade.

— Hoseok, caralho!

Tentando não ficar sufocado, já que o capuz do casaco estava apertando o seu pescoço, Taehyung tentou se afastar, mas Hoseok ainda o segurava. Resmungando e tentando empurrá-lo, levou as mãos para a cintura dele e apertou com força, querendo que ele parasse de se mexer e parasse de tentar fazer tudo o que estava fazendo. 

— Awn... — Um gemido interrompeu os movimentos de Taehyung. Ele parou de se mexer e arregalou os olhos. Ficou tão sem reação que por um momento apenas permaneceu estático. — T-Taehyung... — Hoseok engoliu em seco.

— Tire essa porra da minha cara. Agora!

Constrangido, Hoseok arrumou o capuz de Taehyung e percebeu que as bochechas dele estavam rosadas, algo incomum de se ver. Taehyung parecia com vergonha. Terminando de ajeitar o casaco nele, desceu as mãos para os seus ombros e ficou assim, olhando para o rosto dele com atenção.

Taehyung estava com o cabelo bagunçado, as bochechas coloridas e a respiração um pouco ofegante. Hoseok se aproximou um pouco mais, como se quisesse vê-lo melhor. Taehyung era tão bonito. Não pôde parar de olhá-lo, não conseguia parar de se aproximar.

— Você se sente melhor? 

O sussurro de Hoseok soprou contra o rosto de Taehyung.

— Sim. Mas você vai passar frio.

Taehyung não queria responder aquilo. Não era como se ele se importasse. Ele não se importava com ninguém, todos diziam isso. Ele nunca ligava, ele nunca se importava com ninguém além dele mesmo. 

Mas, mesmo assim, sentiu algo estranho ao pensar que Hoseok pudesse ficar doente por sua causa.

— Não tem… não tem problema…

Subindo as mãos pelo corpo de Hoseok, ficou surpreso pelas curvas que tinham ali. A cintura de Hoseok era estreita e as costas dele eram franzinas e magras. Taehyung não queria sentir aquilo, apenas não sabia o que estava acontecendo. Então, continuou tocando o corpo dele até que chegasse em seus ombros.

Os braços de Hoseok caíram, ficando ao lado dele. Olhou para Taehyung como se a sua mente estivesse nublada, como se não tivesse a mínima intenção de se afastar. Ficou parado, apenas esperando. Mas o que aconteceu o deixou surpreso.

Taehyung o puxou para um abraço quente e apertado. Ele se agarrou ao seu corpo como se dependesse disso, descansando o rosto em seu pescoço e respirando de forma profunda. Hoseok não entendeu nada, não soube o que fazer e continuou estático.

Ele não entendia Taehyung. Nunca conseguiu. Taehyung sempre foi alguém grosseiro, mas ele descobriu que ele também podia ser alguém gentil e preocupado — viu isso quando Jimin sofreu o acidente. Além disso, ele sempre parecia confuso, sempre parecia querer algo e depois não; sempre brigava e depois voltava como se nada tivesse acontecido.

Suspirando fundo, Hoseok piscou e voltou ao momento em que estava. Lentamente, passou os braços em volta da cintura de Taehyung e retribuiu o abraço. O aperto estava ficando cada vez mais forte, e Hoseok deixou, por mais que pensasse que Taehyung estava tentando matá-lo sufocado. 

— Taehyung…

— Fica quieto, por favor.

Hoseok engoliu em seco.

— Taehyung… você está bem?

— Sim.

Massageando as costas do outro calmamente, Hoseok deixou que ele o abraçasse pelo tempo que precisasse. Não sabia o que ele estava sentindo, mas sabia que ele precisava disso. Algum tempo depois, viu Taehyung se afastando apenas um pouco, ainda com as mãos em seus ombros. Ele o olhou profundamente, como se estivesse pensando no que dizer.

Por fim, Hoseok escutou a voz dele. 

— Por que você está fazendo isso?

A voz de Taehyung estava pesada e carregada de algo.

— Isso o quê? 

— Hoseok. — Um suspiro alto soou pela cozinha. — Você... você sente pena de mim?

— O quê? Não, não mesmo! Por que eu sentiria?

Taehyung fechou os olhos com força.

— Merda, isso é um porre…

— Ei, Taehyung. Por favor, fala comigo. O que foi? O que está acontecendo com você?

— Nada.

— Eu só quero te ajudar, eu sou um bom ouvinte. Por favor…

Hoseok esperou por Taehyung, os seus olhos angustiados e preocupados. Mas Taehyung apenas negou com a cabeça, o seu gesto simples sendo uma demonstração dolorosa e confusa. Então, Hoseok entendeu: aquele não era o momento certo para isso.

Apenas concordando em silêncio, notou que os braços do outro ainda estavam em seus ombros. Não conseguia se mexer e não queria fazer isso. Então, continuou de frente a ele. Ambos estavam tão próximos, que a respiração batia uma contra o rosto do outro. 

Hoseok não percebia mais o frio que fazia. 

Taehyung, naquele momento, o fez esquecer de tudo ao seu redor.

Desviando o olhar para os lábios dele, suspirou fundo e se moveu para mais perto. A boca de Taehyung estava entreaberta, um pouco pálida e seca. Os olhos de Hoseok continuaram nela por um tempo, até que ele sussurrasse:

— Taehyung?

— O que foi?

— V-Você já beijou alguém?

Taehyung contorceu o rosto.

— Que merda de pergunta é essa?

— Por favor, responde.

— Já...

— E um ômega?

— Hoseok, o que você está querendo dizer?

Interrompido de falar qualquer outra coisa, Taehyung sentiu os lábios de Hoseok se chocarem contra os seus. Arregalando os olhos, apertou sem força os dedos nos ombros dele. Mas a boca dele continuou grudada na sua.

Os pensamentos de Taehyung começaram a se tornar cada vez mais altos e ele sentiu dor de cabeça. O coração em seu peito disparou e isso o deixou zonzo. Mas, mesmo assim, começou a retribuir o beijo simples com calma. Aos poucos, os seus lábios começaram a se encaixar perfeitamente nos lábios de outrem.

O que Hoseok estava fazendo? Beijando uma pessoa da mesma classe que a sua? Isso era errado! Super errado.

Ignorando tudo à sua volta e o fato de que as suas mãos estavam tremendo, Taehyung aprofundou o beijo e adentrou os seus dedos no cabelo alheio. Empurrou um Hoseok um pouco para trás e eles bateram na mesa, ainda se beijando e se tocando. O beijo tornou-se mais quente e mais desejado. 

As línguas tocaram, as salivas misturaram e nada passou na mente dos dois. 

Dois ômegas se beijando. 

Mordendo o lábio de Hoseok, Taehyung tirou as mãos do cabelo dele e levou a cintura dele, apertando-a com força. Hoseok, por sua vez, ergueu as mãos a nuca de Taehyung a fim de trazê-lo para um pouco mais perto.

O ar parecia estar mudando, trazendo um ambiente mais sensual e quente. Os dois estavam ficando excitados, satisfeitos pelo o que estava acontecendo. Eles queriam mais, queriam sentir mais pele e mais o gosto bom da boca um do outro.

Mas precisaram parar. 

— Hobi, socorro! Por favor, socorro! Me ajuda! Por favor, sobe! O Jiminie acordou! Por favor, o Jiminie acordou! — Os gritos desesperados de Jungkook foram escutados, soando fortemente pelos cômodos da mansão.

 


Notas Finais


Realmente, cara, esse capítulo partiu meu coração em dois pedaços
Mas da mesma forma, me alegrou pelos vhope terem dado um selinho bem confuso

De verdade, aviso que o próximo capítulo já está prontinho, mas demorarei muito para atualizar, pois tenho outras fanfics pendentes e quero dar atenção a elas
E sério, muito, mas muito obrigada por todas as visualizações ao trailer e o carinho que deram a ele. Vocês são perfeitos <3

Por favor, deixe seu comentário e o que acha que acontecerá mais para frente
DE VERDADE, CARA, É SÓ BOMBA

Me despeço aqui...
Até a próxima?
Tchau Tchau ~


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