1. Spirit Fanfics >
  2. On and On >
  3. Capítulo 26

História On and On - Capítulo 26


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos 239 favoritos e a todos que comentam!!! :D
Amamos vocês!

Para mais informações ou se quiserem bater um papo com as autoras,
nos sigam no Twitter: @giseledute | @isidoroka ;)

Boa leitura :D

Capítulo 26 - Capítulo 26


Fanfic / Fanfiction On and On - Capítulo 26

A boca de Seokjin era bastante macia e Namjoon amava relembrar daquele fato.

Na realidade, o mestrando estava exausto. O dia na universidade havia sido corrido: o seu orientador mandou ele refazer um dos capítulos da dissertação, um dos clientes falou que não gostou da revisão – sendo que estava perfeita – e suas músicas ainda não haviam entrado no mercado, então o loiro ainda ganhava bem pouco por todo o esforço de criar letras e até de produzir algumas delas. Namjoon não via a hora que suas composições fossem para o rádio e assim, ele começaria a receber pelos direitos autorais.

– Joonie, você já se cansou dos meus beijos?

O loiro balançou a cabeça, a apoiando no sofá e suspirou, bocejando em seguida. Ele gostava daqueles momentos, mas estava tão cansado; mal conseguia abrir os olhos e era tão bom ficar com eles fechados. Talvez uns minutinhos assim não fizessem diferença. Cinco minutos seriam ótimos.

Seokjin sorriu quando percebeu que Namjoon estava dormindo, calculando que ele tivera um dia bastante cansativo.

Namjoon era tão esforçado e trabalhador que o psicólogo não se ofendia que nos únicos momentos que o outro tinha para se divertir, dormisse, mesmo que fosse no seu sofá.

Jin se levantou com cuidado, para não acordar o outro e foi até o armário do corredor, logo voltando com uma colcha e a depositando em cima do mestrando, que pareceu ficar ainda mais relaxado no local. Em seguida, retirou o óculos do loiro, o colocando na mesinha ao lado do sofá, onde havia um abajur.

O psicólogo olhou no relógio e resolveu adiantar o trabalho que deixou de lado assim que o loiro chegou.

O moreno seguiu até a mesa da sala e lá se sentou, abrindo o notebook e colocando o óculos de leitura. Ele tinha um escritório no apartamento, mas gostava de ficar ali, não sabia explicar exatamente o porquê.

A série de documentos, prestações de contas e memorandos entupiam a sua mesa e o psicólogo estava com preguiça de começar a mexer naquilo tudo, mas era necessário, pois qualquer deslize da parte dele, seria passado a perna e após tanta disputa e dificuldade, aquilo não era aceitável.

Seokjin ficou vários minutos analisando aquele bando de coisa, fazendo anotações e cópias sempre que necessário. Ele há muito tempo aprendera a não confiar no que lhe era mandado, então sempre fazia as suas próprias contas para conferir.

Namjoon já estava dormindo por quase duas horas e em pouco tempo teria que ir buscar Hoseok no apartamento de Yoongi. Então, por isso o psicólogo resolveu dar uma pausa e ir preparar alguma coisa para o loiro comer antes de sair.

Jin estava na cozinha quando o loiro finalmente acordou, bocejando e procurando o óculos – como sempre fazia quando acordava –, logo o encontrando ao lado do sofá. O mestrando olhou em volta por um momento e percebeu que o moreno provavelmente o cobrira com aquela colcha, o que o fez sorrir docemente.

O mestrando se levantou, pensando onde o outro poderia estar e acabou seguindo até a mesa onde Seokjin trabalhava. O notebook estava fechado, mas diversos papéis sobre o tampão. Namjoon nem entendeu o porquê fazer aquilo, mas se viu lendo um dos papéis, achando que seria algo de psicologia, mas se surpreendeu ao encontrar várias contas, com preços exorbitantes, que não poderia ser de Jin, pois na realidade parecia valores de uma grande empresa e ele reconhecia o nome da multinacional que aparecia nos parágrafos; a Coreia inteira reconheceria aquela logomarca.

A curiosidade fez o loiro olhar outro papel e depois mais outro; ele estava no quarto documento, quando ouviu passos se aproximando, tão próximos que não teve como Namjoon disfarçar e assim, sendo pego no flagra.

Seokjin estava com uma bandeja na mão e um sorriso, mas logo o fechou ao notar o loiro mexendo nas suas coisas. O psicólogo respirou fundo e a passos largos, depositou a bandeja na mesa e com força retirou o papel que estava na mão do mestrando.

Namjoon ficou parado por um momento, sem saber como começar a pedir desculpas por aquela falta de educação.

– Jin… eu…

– Não pode evitar olhar, não é?

– Não. – O loiro mordiscou o lábio inferior e colocou as mãos atrás das costas, apertando os próprios dedos em nervosismo. – Me desculpa.

Seokjin achou fofa a reação culposa do namorado de mentira e sorriu, bagunçando os cabelos platinados do mesmo. O homem respirou fundo outra vez, recolhendo a papelada de cima da mesa e as organizando em uma pilha ao lado do notebook.

– Tudo bem, Namjoon. Eu errei em deixar os papéis de qualquer jeito, você só estava curioso; é uma reação natural do ser humano.

Namjoon detestava quando Seokjin o chamava pelo nome e falava com ele de maneira analítica, era assim que o loiro reconhecia que o outro não estava em seu humor normal.

Seokjin juntou os papéis em um canto, ignorando a presença do loiro por um momento. Namjoon não soube ao certo o que fazer, então apertou ainda mais os dedos, pensando se deveria ou não ir embora após um pedido de desculpas, mas ao mesmo tempo sabia que o psicólogo não estava feliz com algo e queria ser um bom namorado – mesmo que de mentira –, e tentar oferecer alguma forma de melhorar a situação.

– Você pode se sentar e pegar um sanduíche, Namjoon.

O loiro agora tinha certeza que o outro não estava bem e definitivamente iria tentar melhor aquilo, pois o mestrando amava ver Jin sorrindo, assim como gostava de ver todos os seus amigos.

O mestrando acabou sentando na mesa e pegando o sanduíche, mas sem retirar os olhos do mais velho enquanto mordiscava o pão.

O psicólogo depois de organizar os papéis, se sentou na cadeira vaga e pegou o outro sanduíche, o comendo em silêncio. Ele não estava com raiva de Namjoon, mas ao mesmo tempo não estava contente. Seokjin não se abria com todo mundo e somente pouquíssimas pessoas sabiam daquilo, exatamente Yoongi, Jimin, Taehyung e Jungkook e o moreno não sabia se estava pronto para dividir com o loiro.

– Será que você poderia me dizer logo que está com raiva para eu me desculpar e essa situação todo ser esquecida? Ou então não ser esquecida e você simplesmente me mandar embora por mexer nas suas coisas sem permissão? – Namjoon falara tudo rápido demais, mas o outro entendera cada palavra e pela terceira vez respirou fundo, devolvendo o sanduíche ao prato.

– Eu não estou com raiva por você ter lido os papéis, Joonie. – Os ombros do loiro relaxaram ao ouvir o apelido. – Estou com raiva de ter deixado os papéis por aí, perto da única pessoa inteligente o bastante para entender do que se trata.

Namjoon sorriu, se sentindo elogiado, mas logo retirou o sorriso do rosto, pois o psicólogo parecia cansado. O loiro notou que esteve tão exausto o dia inteiro, que nem notara no moreno; a constatação o fez se sentir envergonhado.

– Eu não vou contar para ninguém, okay? E você não precisa me falar sobre nada. É sua vida pessoal e eu não tenho nada a ver com ela. – O mestrando garantiu. Ele era curioso, de fato, mas conseguiria viver sem saber do que se tratavam todos aqueles papéis se isso fosse o que o outro queria. – Se você também quiser que eu vá embora, está tudo bem.

– Joonie, nada disso, eu gosto da sua companhia. – confessou o mais velho, retirando um sorriso do outro. – É que… É tudo um pouco complicado.

– Tudo bem, não precisa falar. – afirmou o loiro, bebendo o suco de uva. – Mais uma vez, desculpa por futucar.

– Eu não sou rico por causa da psicologia.

Namjoon nada comentou, pois ele nunca tinha realmente pensado no outro como alguém rico. Claro que o apartamento e o escritório onde atendia os pacientes, eram gigantescos e com mobílias caras, mas de alguma forma, após conhecer Yoongi, a visão de alguém com posses acabou ficando distorcida.

– Tudo bem. – O loiro falou, quase se socando em seguida. Que tipo de resposta era aquela? – Quero dizer… É de berço, né?

Seokjin voltou a ficar em silêncio, bebericando o suco. Namjoon percebeu que tocou em uma ferida e de alguma forma quis tomar as palavras de volta para si, mas não sabia como reverter aquilo. Será que Jin não se dava bem com os pais? Ou o dinheiro vinha de outro lugar? Eles estavam “juntos” há quase cinco meses e o mestrando se sentiu um idiota por nunca ter perguntado.

Hm… em parte. – Seokjin respondeu, buscando o copo de suco para ver se umedecendo a boca conseguiria falar daquele assunto com mais naturalidade. – Hum… Eu sou um bastardo, Joonie. Eu sou um filho fora do casamento.

Namjoon arregalou os olhos. Ele realmente não esperava aquela revelação e por dois segundos se sentira dentro de um dorama. Seus lábios se entreabriram várias vezes, mas ele estava incerto do que falar; “sinto muito” se encaixava numa situação dessas? Não sabia dizer.

– Minha mãe era uma acompanhante e teve a sorte de conseguir alguém muito rico para bancar seus luxos, mas ela cometeu dois grandes erros: ela se apaixonou e gerou um filho deste homem.

O mestrando novamente ficou sem palavras. O que falar naquela situação? Definitivamente “sinto muito” não encaixava. O loiro mordeu o lábio inferior tentando pensar em algo, pois sabia que Jin não estava no mais alegre dos humores, feliz por contar aquela história, que provavelmente lhe trazia péssimas lembranças.

– Na verdade eu nasci como uma medida desesperada dela de fazê-lo se separar da esposa e ficar com ela. Novamente, minha mãe se iludiu achando que meu pai a amava ou coisa parecida.

– Sinto muito. – Namjoon proferiu, para logo arregalar os olhos. Não era aquilo que deveria falar! Ele realmente era péssimo nessas coisas, mas a feição do moreno era triste e ele só queria fazê-lo sorrir outra vez.

– Está tudo bem, Joonie. No fim das contas minha mãe era uma boa mulher, sabe? Ela me amou muito e suportou o tanto quanto pode em prol de me educar. Nós tivemos uma boa vida apesar dos pesares e durante a minha infância eu realmente cheguei a acreditar que tínhamos uma família comum até começar a perceber as coisas.

Seokjin parou uma outra vez para beber outro gole de suco e emendou não esperando qualquer intervenção de Namjoon, afinal o que poderia ser dito naquela situação?

– Quanto eu estava entrando na universidade minha mãe faleceu. Ela sempre havia sido uma mulher um tanto triste por conta do amor não correspondido e seu vício em vinhos caros se tornou um problema com o passar dos anos.

O psicólogo fez mais uma pausa e Namjoon se mexeu na cadeira, ainda em dúvida se deveria ou não falar.

– Eu já era maior de idade e sabia que meu pai não teria qualquer intenção de continuar me mantendo, só que a essa altura eu já estava com meu coração em luto e o sentimento de vingança cresceu. Foi quando eu entrei na justiça alegando querer minha parte na empresa ou eu abriria o jogo para a imprensa. Você sabe como são ricos, gostam de manter sua imagem... Pois então, meu pai não quis arriscar sua imagem de prestígio e arrastar o nome de sua esposa e de seu único filho na lama. – O mais velho explicou, suspirando fundo. – Após algum tempo eu acabei com vinte e cinco por cento da empresa. Lógico que eu poderia ter exigido metade, mas não quis ser tão ganancioso assim.

– Mas você fez muito certo! – afirmou o loiro, batendo com o punho na mesa. – Onde já se viu? Você é filho e tem todo o direito! Deveria ter pedido metade! Tudo!

Seokjin levou a mão a boca, rindo do rompante do outro. Namjoon era assim: se enrolava na maioria das vezes, mas o deixava sempre com um sorriso. Alguém para se manter; definitivamente, Hoseok era um idiota.

– Eu nunca ia conseguir metade, eu… tenho um irmãozinho. – comentou o mais velho, fazendo uma careta em seguida. – Às vezes eu penso que ele é pior que o pai… Uma cobra, não confio. Eu não confio em nenhum deles e é por isso que eu lido pessoalmente com todas as burocracias que me dizem respeito a empresa e eram esses papéis aos quais você teve acesso. Minha mãe deu a vida dela inteira pelo meu pai e ele não deu valor a ela, então eu ataquei onde mais lhe doía para fazê-lo se lembrar. – Seokjin sorriu um tanto amargo e o loiro decidiu que definitivamente não gostava daquele sorriso. – Contudo, minha mãe não queria que eu causasse problemas para o meu pai. Ele não sabe, mas eu só não fui a público por causa dela.

Namjoon se sentiu um bobo, pois sabia que o moreno era alguém forte, se podia perceber no olhar do outro ou como ele reagia a algumas situações, mas sua história mostrava que ele era muito mais forte do que o mestrando havia compreendido e naquele momento, algo apertou o coração do loiro, que classificou o sentimento como empatia.

– Uau, eu sou ainda mais o seu fã agora. – comentou o loiro.

– Você é fã de alguém que praticamente extorquiu o próprio pai?

– Você não está extorquindo ninguém! É seu por direito. Seu e da sua mãe.

Seokjin sorriu ao ouvir o outro. Um sorriso que agradou Namjoon, pois apesar dos olhos ainda um pouco tristes não possuíam mais o amargor de antes.

O loiro estendeu uma das mãos por cima da mesa e esperou que o psicólogo pusesse sua palma na dele para então entrelaçar seus dedos com carinho.

– Obrigada por confiar em mim, Jin.

– Você é o meu namorado, né? – brincou o moreno. – Eu sei que isso não é oficial… mas… Você realmente me faz feliz Joonie.

Namjoon engoliu a seco e involuntariamente levantou uma sobrancelha, mas não querendo perder o moreno, apertou ainda mais a mão do outro na sua.

– Eu também gosto de você.

O psicólogo estava feliz por Namjoon ouvi-lo sem qualquer ponta de julgamento então ele simplesmente se levantou e projetou seu corpo por cima da mesa até que seus lábios puderam encostar nos do outro. Seria uma cena fofa, se o mesmo não tivesse derrubado um copo e uma jarra de suco no processo, ocasionando uma sujeira sem fim e os dois de blusas e calças molhadas de suco de laranja.

– Você consegue ser mais desastrado que eu, Jin! – O loiro constatou, gargalhando enquanto afastava um pouco o tecido úmido da camiseta de seu corpo. – E olha que as pessoas me chamam de deus da destruição.

Jin fez uma falsa expressão emburrada, mas acabou rindo, enquanto desgrudava o tecido do próprio corpo. A realidade era que o psicólogo nunca havia sido desastrado em todos aqueles anos de vida, mas Namjoon de alguma forma o deixava sem noção do espaço necessário para certas coisas. Somente naquela semana havia quebrado um abajur e um mouse. Um mouse! Era o cúmulo do desastre.

– Não fica com essa carinha emburrada que eu gamo. – comentou o mestrando, rindo ao mesmo tempo que tentava arrumar a mesa. – Seus papéis!

– Tudo bem eu tenho cópias deles salvas.

– Ainda bem. Não queria ser o responsável por você ficar pobre.

– Se eu ficasse pobre, você ia ter que me sustentar. – afirmou o mais velho, rindo da própria piada. – E eu não moraria com Hoseok.

– Que absurdo! Você acha que eu tenho dinheiro para bancar um apartamento só nosso?!

– Nosso?

Namjoon abriu e fechou a boca, logo sentindo o rosto ficar vermelho. O que ele estava falando? Novamente besteiras. O loiro não sabia o que responder, então continuou a limpar a mesa ou pelo menos tentar, mas parou assim que escutou a voz do outro.

– Eu quero te beijar. – afirmou Seokjin.

Em poucos passos o homem já estava puxando o mais novo pela cintura colando seus corpos um no outro e selando seus lábios. Ele conseguia sentir o outro sorrir por entre o beijo e a sensação era ótima.

– Mas estamos molhado… Jin… – Namjoon murmurou, mas não fazia qualquer menção em se separar do outro, pelo contrário, já que seus braços já estavam enlaçados por cima dos ombros de Seokjin.

Hm… Talvez devêssemos tirar essas roupas molhadas, hn? – O psicólogo retrucou, mordiscando o lábio do outro sensualmente. – Quem sabe mudar um pouco o nosso acordo?

A pergunta não foi uma das melhores de Seokjin, pois logo sentiu o corpo do outro tencionar junto ao seu. O moreno resolveu que o melhor era encarar profundamente o mestrando mostrando que estava realmente querendo algo a mais, porém deixando a decisão na mão do loiro. Jin sabia que talvez não fosse uma boa ideia, mas o pensamento perpassava a sua mente várias vezes durante aquele tempo de falso namorado que parecia verdadeiro. O que estava fazendo com a sua vida? Não tinha muita certeza.

Namjoon não teve coragem de responder o outro verbalmente então ele simplesmente respirou fundo e desceu suas mãos pelas costas do psicólogo até conseguir segurar o final da camiseta de algodão que o moreno usava e enfiá-las por dentro do tecido, puxando este para cima enquanto suas unhas arranhavam levemente a derme morna do mais velho, que suspirou pesado com o misto de sensações.

Em poucos segundos o mestrando tinha suas mãos impaciente por todo o tronco nu de Seokjin. Ele apertava, arranhava e acariciava tudo onde conseguia alcançar recebendo os suspiros e leves gemidos do outro como respostas positivas de seus gestos.

Seokjin por sua vez sentia que iria enlouquecer com todos aqueles toques. Jamais imaginaria que o sempre tímido e contido mestrando podia ser tão habilidoso daquela maneira e lhe fazer sentir coisas que nunca antes alguém havia despertado nele.

O mais velho sentiu seu tronco ser imprensado contra a mesa de madeira e em poucos segundos ele estava sentado em cima desta, suas pernas enlaçadas em volta do corpo do outro.

Os dois se beijavam com volúpia. Línguas, dentes por todo lado e suspiros que não podiam ser contidos quando suas excitações se encontravam em um fricção que nem de longe os satisfazia.

Em determinado momento, o psicólogo teceu um caminho de beijos pelo maxilar do outro até chegar a lateral do pescoço do loiro. Ele beijou aquela extensão de pele com vontade, nem se dando ao trabalho de se preocupar com possíveis marcas, não quando Namjoon o agraciava com um suspirar profundo sempre que o mais velho sugava a pele com um pouco mais de força.

O mestrando, por sua vez, apertava a cintura do psicólogo o trazendo mais para perto, como se aquilo fosse possível e a julgar pela força que utilizava seus dedos ficariam impressos na pele do outro. Namjoon só conseguia imaginar o quão bonito Seokjin ficaria com aquelas marcas.

Seokjin levou as mãos até a camisa do outro e em pouco tempo Namjoon já não a vestia. O psicólogo aproveitou para fincar as unhas nas costas do mais alto, retirando um gemido alto do loiro, que o fez dar um sorriso de lado, repetindo o processo enquanto mordiscava o pescoço do mestrado. Definitivamente o loiro ficaria com marcas.

A mesa era alta para o que Namjoon estava pensando em fazer, então mesmo que estivesse com a boca do outro nos seus lábios, o mordendo e beijando, o loiro levou as suas mãos até o traseiro do moreno, o levantando. Seokjin entendeu o recado e enlaçou ainda com mais força as pernas em volta do mais alto, que o carregou por uns segundos, logo o prensando em uma parede.

Assim que o moreno sentiu seus pés tocarem novamente o chão, se soltou dos ombros do mais alto, descendo suas mãos até o cós da calça de moletom do loiro, sentindo o mais alto morder seu ombro em antecipação.

Contudo, antes que ele pudesse continuar o que estava fazendo ouviu o toque de seu celular. Seokjin xingou abafado, pois reconhecia aquele toque era a linha especial que mantinha para as emergências de seus pacientes.

– Eu… preciso atender… Paciente. – comunicou entrecortado, enquanto selava os lábios de Namjoon que parecia assustado com a súbita mudança de acontecimentos, mas balançou a cabeça concordando e se afastando um pouco para que o psicólogo pudesse atender a ligação. – Hã… Um minuto.

Namjoon apoiou as costas na parede, dando todo o espaço para o outro ir em busca do celular e o atender. Namjoon quis evitar olhar para Seokjin, mas o psicólogo estava exuberante, ainda mais descabelado, com os lábios inchados, com as bochechas vermelhas e com marcas pelo pescoço, que o loiro nem se lembrava de ter feito, mas estavam maravilhosas.

Seokjin respirou fundo antes de atender o telefonema e depois de trinta segundos, se virou para o loiro e fez um sinal negativo com a cabeça, ao mesmo tempo que exibia uma face desanimada. O loiro balançou a mão, dizendo que estava tudo bem, enquanto sorria. O psicólogo devolveu o gesto e se afastou para o corredor, para poder falar com o paciente.

O mestrando ainda sentia o aperto na calça, mas resolveu tentar ignorar, voltando a mesa e finalmente começando a arrumar a bagunça que haviam feito, sendo que agora estava bem pior.

Enquanto se concentrava em lavar a louça, Namjoon se encontrava questionando se aquilo não havia sido um sinal de que não deveriam fazer sexo. Para ser sincero consigo mesmo, o mestrando sabia que estava se envolvendo rápido demais, se permitindo demais dentro daquela relação de mentira e de certo modo não deveria ser saudável, mas ele não conseguia parar, mesmo sabendo que deveria se forçar a evitar.

O loiro se forçou a lembrar do real motivo por detrás daquilo, porém tudo ficava esquecido quando Seokjin piscava aqueles belos olhos castanhos em sua direção. Até mesmo sua paixão por Hoseok ficava levemente esquecida.

Quando o mestrando acabou com a louça, o psicólogo ainda estava no telefone, parecendo preocupado e o loiro torceu para que estivesse tudo bem com a pessoa que ligara. Namjoon ajeitou a mesa em seguida e ainda limpou o chão, mesmo que não aparentasse estar sujo.

Seokjin ainda se encontrara no aparelho e Namjoon não sabia se deveria ir embora e de súbito se recordou de Hoseok, que ele deveria ter buscado há uma hora. Com pressa o mestrando buscou o próprio celular, vendo duas ligações perdidas.

Hoseok logo atendeu, mas riu de algo e Namjoon reconheceu a voz de Yoongi no fundo.

– Joon! Tá tudo bem?

– Sim… Eu perdi a noção hora, estou indo para aí agora.

– Ah! Estamos fazendo uma festa aqui…

– Festa?!

– Cala a boca Jungkook! – gritou o ruivo, fazendo Namjoon se afastar do telefone. – É, festa. Jungkook, Yoongi, eu e Amy.

– Então não é para te buscar?

– Não, estou dando uma noite de folga… Ou você quer vir para cá?

– Hum… – O loiro pensou por um momento, mas avistou Jin desligando o celular e este parecia frustrado e na mesma hora a resposta lhe veio. – Não… Vou ficar com meu namorado.

– Meu namorado. – repetiu o ruivo, fazendo uma voz infantil. – Yoongi, não enche! Vou enfiar essa mão na sua garganta.

– Hobi?

– Ah, sim. Boa transa.

– Cala a boca. – falou o loiro, revirando os olhos. – Bom threesome.

– É um foursome, não se esqueça da Amy!

– Nojento.

– Não sou eu que faço sexo com Seokjin-sii!

– Tchau, Hobi.

Namjoon encerrou a ligação enquanto ouvia o ruivo gritar que o amava e não pode deixar de sorrir com o gesto. Hoseok sempre fora assim, despejava afeto por todos os poros e ainda sim sempre fora alheio aos seus sentimentos.

– Você não precisa fica, Joonie. – Seokjin falou, suspirando em seguida. Ele havia escutado os gritos de Hoseok e revirara os olhos para o escândalo. – O clima morreu mesmo…

Hn… Tudo bem. Eu só vou buscar as minhas coisas.

Seokjin percebeu que as palavras dele haviam sido mal interpretadas, pois Namjoon realmente estava pegando a bolsa com pressa e procurando o casaco com a cabeça abaixada. O psicólogo se levantou do sofá, segurando em seguida o braço do loiro, que o olhou rapidamente, desviando em seguida.

– Eu não estou te expulsando, Joonie! Eu quis dizer que se quisesse ir para ficar com Hoseok…

– Eu ia ficar com você… – confessou o mestrando, novamente encarando o chão. – Mas, o clima acabou, né?

– A gente sempre pode criar outro, hn? – Seokjin soou sugestivo e o loiro riu envergonhado, mordiscando o interior da boca para o deleite o psicólogo, que adorava ver as maçãs do outro avermelhadas. Logo o moreno encerrou o espaço entre eles selando os lábios do loiro rapidamente. – Mas primeiro que tal nos livrarmos desse cheiro de uva, hn?  E ir ao cinema que tal?

– Eu acho uma ideia maravilhosa. – respondeu Namjoon, capturando a boca do outro para dar um rápido beijo. – Podemos ver aquele filme que você comentou…

O psicólogo concordou, segurando na mão do outro e o levando até o seu quarto. Namjoon sentou na cama e viu o moreno sumir no closet, para depois sair com uma muda de roupa, lhe entregando em seguida.

– Saímos depois de um banho? – perguntou o mais velho.

– Sim… E de um beijo.

– Um beijo?

Jin sorriu, puxando o outro até Namjoon estar em pé e logo sentindo os lábios do loiro nos seus, dominando e pedindo passagem com a língua. Seokjin ainda se impressionava com a pegada do mestrando, que na maioria das vezes parecia tímido, mas quando estava em um momento a dois, mostrava um oculto lado da sua personalidade.

O moreno sentiu as mãos do outro com delicadeza segurarem em sua cintura e algo no interior do psicólogo se remexeu de maneira estranha, fazendo o estômago do mais velho se contrair. De início pareceu que estava passando mal, porém sabia o que era aquilo, já havia sentido, mas não era certo, então ignorara.

– Banho… – proferiu o mais velho, suspirando para o sorriso do outro. – O banheiro… Corredor.

Namjoon sorriu ladino, aproximando a boca da orelha do outro, ficando por um momento parado, ouvindo o moreno com a respiração pesada.

– Acho que você precisa de um banho gelado, hyung. – O loiro disse, piscando um dos olhos ao se afastar lentamente de perto do outro. – Até daqui a pouco.

Namjoon pegou a muda de roupa em cima da cama e saiu do quarto, com um balançar de corpo, como se dominasse o local, sem mesmo tentar.

Seokjin abriu e fechou a boca, balançando a cabeça em seguida, logo se virando em direção ao banheiro da suíte, pois realmente precisava de um banho gelado.


Notas Finais


> O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. LIGUE 141.
Mais informações: https://www.cvv.org.br/

> Playlist da fanfic:
https://open.spotify.com/user/12155385492/playlist/3nwPiQQPO2O8A6aVlNWOlk

> Temos um grupo no whatsapp para os leitores da fanfic. Quem se interessar, basta pedir o convite!

Gostaram do capítulo?
Por favor, deixem comentários com as suas opiniões; amamos lê-los.
Até amanhã ;*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...