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História On the balcony - Lovesquare - XXI. Chat Noir


Escrita por: Cxmie

Notas do Autor


BOM............ É COM MUITO PRAZER QUE EU TRAGO PRA VOCÊS O CAPÍTULO 21.

Tá longo? Tá. Eu tinha dito que não ia fazer mais desse tamanho? Disse, mas eu precisava botar muita coisa que acho que vocês vão entender.

Antes de dar alguns avisos, eu tenho que falar: CARALHO 15 COMENTARIOS NO ULTIMO CAPÍTULO???? Vocês não sabem como isso me deixou feliz, puta que pariu, eu amo vocês demais. É tão bom ver que vocês tão gostando e acompanhando... Deixa meu coração quentinho. Obrigada de verdade por todos os comentários, adorei ler cada um deles. Não sei se vamos bater isso de novo, mas de qualquer forma, obrigada por tudo gente.

Agora sim, os avisos.

EU MUDEI A CAPA E A PREMISSA. NÃO É MAIS SÓ MARICHAT A FIC, mas acho que dava pra perceber com o tanto de Adrientte e Ladynoir... Só falta Ladrien... Por que eu fiz isso? Bom, se vocês perceberem, o título da fic é "On the balcony." e o que isso significa? Bom, não sei se vocês perceberam, mas todos os momentos mais sérios dos shipps quase acontecendo até agora: Adrinette, Ladynoir e Marichat, aconteceram em um terraço/cobertura/seja lá qual for o nome que tu dá pra esse lugar, então... Acho que já da pra vocês sacarem a lógica.

MAS.

Pra quem tava aqui antes de eu mudar a sinopse... Aquela sinopse que tinha uma cena aí que eu não vou citar pra quem não viu ela... Ela ainda vai acontecer, não se preocupem.

Puta merda isso tá muito longo, MAS EU AINDA TENHO UM AVISO:

Sobre esse capítulo - Tá longo. Longo pra caralho. Drama. Dramático. Amo um drama, já falei? Mas essa parte é irrelevante com o que eu vou dizer. Atenção.

ESSE CAPÍTULO É UM PARALELO AO PRÓXIMO CAPÍTULO.

"Ai Cami, o que é um paralelo?"

Bom, não sei se vocês viram Truth e Lie, mas vai ser tipo isso. Pra quem não viu, basicamente, os dois capítulos vão acontecer no mesmo dia e ao mesmo tempo. Ou seja, tudo que tá acontecendo aqui, vai acontecer ao mesmo tempo que o que vai acontecer no próximo capítulo? Compreendem? Espero que sim.

Inclusive o próximo capítulo tá pronto... Então... Quem sabe... Igual nos primórdios dessa história, eu poste o capítulo na próxima semana já. Eu ouvi um capítulo por semana a partir de agora? Sei nada nada não.

Já enrolei demais, então... Boa leitura!

Capítulo 21 - XXI. Chat Noir


Luz. A luz do sol batia naquele quarto, de área majestosa, nas primeiras horas da tarde. No dia anterior tinha sido o Natal. Mais uma vez, nem mesmo tinha ido patrulhar sozinho. Era dia vinte e seis de dezembro… Tinha passado o dia anterior inteiro trancado em seu quarto com os olhos presos ao teto. Não tinha dormido ou comido. Ninguém tinha vindo tirar satisfação, como sempre. Era só Adrien sozinho em seu quarto com enormes olheiras e um olhar completamente desolado. Estava muito pálido e com os olhos vermelhos, porém secos. Tinha chorado muito desde que voltara da festa de Nino. Desde que aquilo tinha acontecido. Desde que descobriu o quão patético era. Como pôde ser tão cego? Tudo fazia sentido… Tudo estava embaixo do seu nariz. 

 

— Vai ficar aí deitado até quando? – Plagg perguntou, não entendendo qual era o grande problema da descoberta.

 

— Me deixa, Plagg… – tinha nem forças para respondê-lo, virando-se na cama para ficar de costas para o kwami.

 

— Qual é, Adrien… Foi só uma declaração. Naquela vez que ela se declarou pra você como Chat Noir você não ficou assim – argumentou, voando para perto do rosto do garoto e se sentando sobre o outro travesseiro.

 

— É diferente, Plagg… Aquilo aconteceu há três anos atrás – refutou. 

 

— O que tem de diferente? Ainda é a Marinette apaixonada por você – ao ouvir Plagg falando, o corpo do garoto loiro se encolheu — É tão ruim assim ela gostar de você? – indagou o pequeno, parecendo um pouco triste com aquela situação.

 

— O problema não é esse! Ela disse que ia dar aquele suéter pro garoto que ela queria desistir… Aquele idiota que ela sempre ficava desabafando e fazia ela ficar triste por nunca perceber nada – pegou o travesseiro que Plagg estava e colocou em seu rosto — POR QUE EU SOU TÃO IDIOTA?! – gritou com o som abafado pelo travesseiro. Nunca tinha sentido tanta frustração em sua vida inteira.

 

— Olha… Realmente tava na cara – Adrien virou seu olhar para Plagg, como se não quisesse ouvir aquilo — Relaxa, cara… Ela não vai desistir assim tão fácil… Acho que ela só queria dizer que não ia mais ficar se prendendo a você sabe? Às vezes ela quer tentar experimentar outros queijos por estar cansada de sempre ficar com o mesmo – tentava acalmá-lo associando a situação a algo que ele entendia.

 

— Eu não sei se quero isso… – falou com a voz meio baixa.

 

— Como assim? – o kwami piscou sem entender.

 

— Eu… – sentou-se na cama abraçado ao travesseiro — Eu já sentia ciúmes do Luka antes e ela gostava de mim… Mas agora nada impede ela de começar a sair com ele, namorar e essas coisas… – sentia-se mal por pensar naquilo.

 

— Não se você tomar alguma atitude antes – sugeriu o pequeno gato, voando de costas no ar.

 

— Ela não ia aceitar… Eu nem sei como olhar na cara dela agora… – ria com sua decepção — Ela não merece alguém como eu – continuou a lamentar-se.

 

— Acho que devia tentar… Não agora, mas quando as aulas voltarem, sabe? Só não tenta agir como se nada tivesse acontecido porque vai ser pior… Vai ser como se você tivesse ignorado os sentimentos dela e não é isso que você quer que ela pense, não é? – o francês negou com a cabeça.

 

— Mas… O que eu faço, então? – perguntou perdido.

 

— Vai se aproximando dela… Vê como vão ser as coisas agora que você sabe o porquê dela ficar fugindo… Tenta chamar ela pra sair, fazer ela se sentir confortável, contar umas piadas, sei lá… Faz como você sempre fez quando ia ver ela como Chat Noir – continuava dando ideias para o loiro, que parecia escutar, tentando arrumar uma solução para toda aquela situação que estava.

 

— Eu não quero que ela pense que eu tô agindo estranho ou fique desconfortável – confessou, ainda receoso.

 

— Mas já teve momentos que você ficou fazendo piada com ela na escola… Ela não pareceu se importar… Além de que ela parece gostar da sua companhia como Chat Noir – Plagg continuava tentando animar o humor do garoto, vendo que ele começava a andar até sua mesa do computador.

 

— Mas eu não sei se conseguiria animar ela depois de tudo… Eu sempre fiz mal pra ela… E eu tenho medo dela pensar que eu só quero ficar mais tempo com ela por pena ou alguma coisa do tipo, porque antes eu nunca demonstrei nada… E se agora eu começar a-

 

— Vocês dois quase se beijaram e você acha mesmo que ela vai achar que é por pena? É a Marinette! – relembrou, fazendo com que ele ficasse quieto por alguns segundos.

 

— Mas e se-

 

— Adrien, ela gostava de você até ontem… Isso não vai sumir de um dia pro outro! Tudo depende do que você vai fazer, então diga: você gosta dela ou não? – estava cansado de ouvir as desculpas do garoto.

 

— Eu… Acho que sim – falou com um peso em sua voz, abaixando um pouco o olhar enquanto passava os dedos por aquele suéter que estava pendurado em sua cadeira. Era um suéter feito especialmente para ele à mão, em homenagem à Ladybug. Era ela que o deixava com tantas dúvidas quanto ao que fazer… Aquele presente o remetia a Marinette e Ladybug ao mesmo tempo, deixando-o mais confuso. O pegou na mão — Eu ainda gosto da Ladybug… Mas a Marinette sempre foi diferente dos meus outros amigos pra mim… Eu acho que eu gosto dela – desabafou, com aquele grande dilema que tinha ocupado sua cabeça desde a declaração. 

 

— Não percebe que é a mesma coisa que a Marinette te disse sobre desistir de você? – Plagg perguntou, impaciente e o modelo o olhou sem entender ainda — Você não precisa desistir da Ladybug! Só que pode se dar a oportunidade de seguir em frente e ver se ela realmente é a pessoa certa. Além de que ela já falou na sua cara pra você desistir naquele dia – disse sem intenção de ser insensível, mas notou o efeito de sua fala quando viu o Agreste abaixar o olhar triste.

 

— Valeu, Plagg… – ironizou — Além de ter magoado a Marinette, eu não consigo ajudar a Ladybug… Pra que eu sirvo? – bufou.

 

— É bem simples… Se você tá com dúvida sobre como vai agir com a Marinette daqui pra frente, por que não volta a vê-la como Chat Noir? Aí, além de se acostumar com a ideia de estar perto dela sabendo dos sentimentos dela, você ainda pode tentar melhorar o humor dela, já que ela anda sumida. Depois, quando voltarem as aulas você vê o que faz – deu a ideia, fazendo com que o garoto franzisse o cenho.

 

— Pode até ser, mas e quanto a Ladybug? – perguntou em um tom meio manhoso.

 

— Vocês dois precisam conversar… Mas, se quer ser útil, seria bom você começar com a investigação que o grão mestre te deu quanto ao seu pai – viu o adolescente suspirar.

 

— Eu sei… Eu sei… – deixou o suéter no mesmo lugar de antes e caminhou até a porta de seu quarto, abrindo uma pequena fresta para olhar se tinha alguém pelo salão principal. Sabia que teria que descer até o escritório para averiguar melhor. Deu meia-volta e andou até a mesa mais uma vez, esbarrando em algo que estava sobre ela, que caiu no chão. Era um cartão em forma de coração que ele pegou do chão, lendo mais uma vez seu conteúdo — Plagg… – lembrava-se bem das palavras que estavam escritas. Era uma resposta ao seu poema falho a Ladybug, na primeira vez que tentou se declarar a ela. No mesmo dia que ela o beijou para tirá-lo do feitiço do Cupido Negro. O poema tinha uma letra que ele sempre soube ser familiar, mas que agora ele sabia de quem era — Foi a Marinette que respondeu ao meu poema – falou com certeza.

 

— Ah… Ótimo… Isso quer dizer que ela é tão melosa nas palavras quanto você, que nojo – o kwami mostrou a língua enjoado.

 

— Três anos e meio… – falou para si com o poema em suas mãos, dando um sorriso involuntário ao lê-lo mais uma vez.

 

— Agora que você concluiu que sua namoradinha te ama desde o nono ano vai fazer alguma coisa? – Adrien corou ao escutar aquilo e largou o cartão sobre a mesa mais uma vez.

 

— E-eu vou ver… – limpou a garganta para disfarçar sua timidez e olhou mais uma vez para o suéter — Acho que eu vou tentar falar com a Ladybug… Ela pode me ajudar com isso também, não pode? – olhou para Plagg, esperando uma segunda opinião.

 

— Se você encontrar ela… – comentou — Qualquer coisa você pode pedir conselho pra Marinette também – brincou.

 

— Acho que ficaria muito óbvio – pensou na possibilidade — Eu nunca quis tanto que um akuma aparecesse pra poder falar com ela… – parecia frustrado. Mesmo que estivesse chateado com todas as coisas que tinha ouvido, ela era seu porto seguro… Queria poder desabafar com ela.

 

— Bom… Faz a sua investigação por enquanto… É o seu jeito de ajudar ela. Quem sabe algum akuma apareça nesse tempo e você consiga conversar com ela – o kwami estava perto de sua gaveta de queijos, pegando um deles para comer. 

 

— Seria tão mais fácil se eu soubesse quem ela é… Mas, pelo visto, se eu souber, coisas ruins vão acontecer – apertou sua cadeira um pouco irritado por não poder fugir das garras do destino.

 

— O destino não é escrito em pedra. Se a Ladybug sabia sobre Chat Blanc é porque em algum momento você deve ter descoberto quem ela era e alguma coisa aconteceu por causa disso, mas provavelmente ela já consertou esse erro… Não quer dizer que se descobrir de outra forma você vai ser akumatizado – explicou melhor por saber como funcionavam as coisas com a Fluffy.

 

— O que isso quer dizer? – perguntou confuso.

 

— As coisas têm seu tempo. Não tenta apressar e relaxa… Vive sua vida… Faz o que você pode fazer por enquanto – disse mais descontraído e o loiro pareceu entender. Um olhar determinado se formou em seu rosto.

 

— Você tem razão, Plagg – pegou aquele suéter e o vestiu por cima da blusa preta que estava usando, com um semblante muito mais motivado — Vamos pro escritório do meu pai – sem querer mais enrolar, pegou o talismã que estava ali na escrivaninha e saiu pela porta de seu quarto com calma, não querendo fazer barulho.

 

Desceu as escadas daquele grande salão principal ao ver que estava vazio e se aproximou da grande porta do escritório de Gabriel, que ficava no andar de baixo. Não conseguia escutar nada vindo de dentro do local, muito menos de outros cômodos da casa. Era como se ele estivesse sozinho. Aquilo era estranho, porém pensou que seu pai pudesse estar com Nathalie no quarto que ela repousava. Reuniu coragem e abriu uma pequena fresta do escritório de seu pai, vendo que estava vazio. Um nó se formou em seu estômago ao lembrar-se do que aquela investigação se tratava. Seu pai poderia ser Shadow Moth… Ou pelo menos trabalhar com ele. Estava preocupado. Nem mesmo saberia como reagir se soubesse que esse tempo todo estava lutando contra seu próprio sangue. Contudo, em sua cabeça não fazia sentido ele ter machucado Nathalie, que parecia ser alguém importante para ele. Queria, mais do que tudo, que aquela investigação não resultasse em nada, por mais que quisesse ajudar Ladybug. Estava com tanta coisa na cabeça que só queria se livrar daquela suspeita de Gabriel Agreste, mas sabia que tinha uma possibilidade. 

 

Se aproximou do grande quadro de sua mãe ao fim da sala, onde sabia que tinha um cofre secreto atrás. Entretanto, havia uma senha. Ele não sabia a senha, mas sabia que Plagg podia abrir aquele compartimento secreto. Suspirou e olhou para o kwami já a postos, que entendeu o recado e abriu o cofre por dentro. Tinha as mesmas coisas da última vez: o porta-retrato com uma foto de Emilie, o grimório e algumas coisas que não tinham muita importância. Todavia, um sentimento dentro do garoto dizia-lhe que algo estava faltando.

 

— Plagg, você lembra se tinha mais alguma coisa aqui da última vez? – perguntou, querendo recuperar a memória antiga.

 

— Eu só lembro daquele pedaço de camembert que eu comi – deu a informação irrelevante, fazendo o loiro voltar à estaca zero.

 

— Deve ser só impressão... – pegou o grimório e começou a folhear as páginas, em busca de algo que refrescasse sua memória. Quanto mais procurava naquele livro, mais sentia um aperto em seu estômago. Não fazia sentido seu pai guardar algo daquele tipo. Era muito suspeito. Só de pensar ele ficava enjoado. Seu pai era insensível, mas Adrien pensava que não ao ponto dele fazer o que Shadow Moth fazia.

 

— Ei, que tal essa mesa aqui do seu pai? – o kwami apontou para a mesa com a grande tela mais ao centro da sala.

 

— Isso aí é onde meu pai cria os designs dele, por que teria alguma coisa? – continuou olhando o livro.

 

— Não custa dar uma olhada – Plagg deu de ombros. O francês revirou os olhos e foi até aquela enorme tela com o livro fechado em baixo de seu braço.

 

— Isso tudo é besteira… Por que meu pai teria algo a ver com o Shadow Moth? – começou a procurar qualquer coisa que fosse dentro dos arquivos de Gabriel, a princípio não vendo nada durante cinco minutos de procura — Eu sabia que não ia ter nada… 

 

— Espera aí, o que é aquilo? – o pequeno apontou para um arquivo aberto sem nenhum título.

 

— Deve ser só um projeto novo dele… É melhor a gente sair daqui. Eu sabia que isso era só uma coincidência – deu as costas para a mesa.

 

— Nunca vamos saber se não vermos! – ele foi até a tela e abriu o arquivo em questão, arregalando os olhos com o que via — Adrien! – exclamou pelo loiro, que já estava pronto para devolver o grimório ao lugar que estava antes.

 

— O que foi, Plagg? – quando virou seu olhar teve a mesma reação do kwami. Não fazia sentido. Voltou para perto da tela rapidamente — Isso é… – não conseguia acreditar no que estava vendo. Na tela mostrava uma tradução de todos os símbolos daquele grimório. Páginas dele. Era como se ele tivesse tirado uma cópia do grimório inteiro e passado para seu sistema. Por que ele estava traduzindo? Qual era seu interesse nos miraculous e seus feitiços? Ele sabia? Ou foi apenas uma curiosidade em saber o que aquele livro continha, já que era uma suposta lembrança de Emilie? Não conseguia esboçar nenhuma reação. Uma outra parte daquele arquivo o chamou atenção… Uma das pastas que estavam abertas além da tradução do grimório. Abriu-a e viu fotos de Lila, Chloé, Ladybug e Chat Noir. Algo que não fazia o menor nexo. Sua cabeça já estava um nó, até que viu uma foto de Marinette.

 

— Adrien? – Plagg o chamou, vendo que sua feição era vazia.

 

— Isso não faz sentido, Plagg… Por que ele tem fotos da Marinette, da Lila e da Chloé junto com fotos da Ladybug e do Chat Noir? Isso não faz sentido… – ele não conseguia encontrar nenhuma lógica para aquilo. 

 

— Talvez alguma coisa relacionada a moda? A Lila já foi modelo dele e ele pediu pra Marinette fazer o design da sua roupa pro desfile depois do ano novo, não? – tentava amenizar a situação. 

 

— Mas e as outras fotos? Isso é estranho! É… Bizarro… – abriu o terceiro arquivo que estava aberto, que acabou sendo o mais chocante. Uma página do grimório na parte do miraculous do pavão. Totalmente traduzida, mas algo que tinha despertado em sua mente era ainda pior. Algo assustador. Algo que fazia menos sentido ainda. Ele voltou para a tela com a tradução e pegou o celular para tirar foto do que tinha ali. Abaixou-se em desespero e começou a fotografar todas as páginas do grimório o mais rápido que podia, em silêncio. 

 

— Adrien? O que aconteceu? – viu o garoto mudar de expressão de repente e se preocupou. 

 

— Isso tem que ser uma coincidência… Tem que ser… Precisa ser… – começou a falar para si mesmo.

 

— Adrien! – tentava chamar atenção dele, que parecia focado no que fazia.

 

— Plagg… Da última vez tinha um broche de pavão ali dentro… – a voz do garoto tremeu ao dizer isso, continuando a tirar fotos das páginas do grimório sem parar.

 

— Você acha que é um-

 

— Eu não sei… Eu espero que não… Não pode ser um miraculous… Ele sumiu… – ainda estava em estado de choque, segurando-se para não deixar algumas lágrimas caírem por conta de seu medo. Repentinamente, ouviu uma voz vinda do salão principal, era a de seu pai. Parecia estar conversando com alguém. O loiro se levantou, imediatamente, sem ter terminado de tirar as fotos e colocou o livro de volta no lugar, tomando cuidado para deixar tudo do jeito que estava e indo até a porta do escritório para ouvir a conversa. Ouviu a voz de… Nino.

 

— Então… Eu posso ir ver ele? Sabe… Ele tá desde ontem sem responder ninguém… Eu queria falar com ele, ca... Senhor – corrigiu-se no meio da fala, enquanto Adrien via a cena pela fresta da porta. Seu melhor amigo estava sozinho diante de seu pai, que, como sempre, tinha uma feição arrogante.

 

— Imagino que se ele não respondeu, é porque ele não deseja vê-lo – foi seco.

 

— P-por favor… Eu juro que não vai demorar – Nino insistiu, recebendo um longo silêncio em resposta, seguido de um suspiro.

 

— Pode chamá-lo, por gentileza? – Gabriel dirigiu-se ao guarda-costas do adolescente, que concordou com a cabeça e começou a subir as escadas.

 

— Não não não não! – Adrien resmungou para si, ouvindo tudo escondido. Tinha que fazer alguma coisa. Seu olhar se encontrou com o de Nino, que se assustou ao ver o loiro espiando tudo, mas viu-o solicitando para guardar segredo. 

 

— Se me dá licença, tenho trabalho a fazer em meu escritório – o homem anunciou, na mesma hora que Adrien começava a sair do escritório com o máximo de cautela que conseguia. Iria ser visto.

 

— Senhor! – o de olhos castanhos chamou a atenção do homem mais uma vez, impedindo-o de virar. Recebendo um olhar curioso, mas impaciente — Eu… Queria saber como tá a Nathalie… Sabe… Depois de tudo que aconteceu... Ela tá bem? Tá descansando? – começou a enrolar, dando uma abertura para que o loiro saísse com cuidado do escritório de seu pai.

 

— Ela está descansando… Agora se me der licença – ele parecia impaciente.

 

— Espera, senhor Agres- – era tarde, o homem grisalho se virou e viu o próprio filho fechando a porta do escritório.

 

— O que estava fazendo no meu escritório? – perguntou em tom autoritário. 

 

— Eu… Estava te procurando – deu a desculpa, esperando que funcionasse.

 

— Eu já falei para não entrar no meu escritório! – Gabriel o repreendeu, vendo seu filho abaixar a cabeça. 

 

— Eu só queria-

 

— Silêncio! Vá para seu quarto agora! – ordenou, virando-se para Nino mais uma vez — E você… Me enrolando pra encobrir as besteiras do meu próprio filho… É por influência sua e dos seus outros amigos da escola que o Adrien está desse jeito! – começou a dar uma bronca no Lahiffe, que se irritou.

 

— O senhor me perdoe, mas se você não fosse tão rígido, o Adrien não precisaria ficar fazendo as coisas escondidas do senhor! – o respondeu sem abaixar a cabeça. 

 

— Nino… – sentiu-se mal ao ver seu melhor amigo confrontando seu pai, mas ao mesmo tempo, acolhido.

 

— Eu sei cuidar do meu próprio filho! Saia desta casa! – continuou a falar com autoridade.

 

— Ele está certo! Eu não sei nada sobre o senhor! Eu nunca sei quando posso falar com você! Se não fosse por isso eu não teria entrado em seu escritório – foi até perto de Nino e confrontou seu próprio pai.

 

— Como ousa, Adrien?! 

 

— Além disso, a Nathalie foi akumatizada por sua causa! Ela sempre trabalhou mais do que podia e estava doente! Você sabia disso! E olha como ela está agora! – Adrien continuou a falar, vendo que Gabriel hesitava em respondê-lo.

 

— Já chega! Vá para o seu quarto! – ordenou mais uma vez, com a voz mais alta.

 

— Você nunca deu atenção pro seu filho! Aposto que nem percebeu que ele está mal! – Nino também voltou a falar.

 

— Eu não quero ouvir mais nenhuma palavra! Para o seu quarto, Adrien! Não vou falar de novo! – quando Gabriel falou isso, Gorilla apareceu nas escadas, observando a cena com um rosto confuso — Leve ele – ordenou ao funcionário, que, sem saída obedeceu, com Adrien vendo-se obrigado a seguí-lo — Quanto a você… Eu nunca mais quero te ver nesta casa a partir de hoje! – dirigiu-se ao outro garoto.

 

— Isso não é justo! – Adrien protestou enquanto subia as escadas. 

 

— Você nem se preocupa com o seu filho! Ele passou uma semana inteira trancado no quarto e o senhor não foi ver ele uma única vez! – Nino seguiu irritado.

 

— Eu não quero saber o que você acha! Vá embora! – foi grosso, mais uma vez. Vendo-se sem saída, o adolescente obedeceu, resmungando enquanto olhava preocupado para Adrien, que desviou o olhar com uma feição melancólica em seu rosto. A última coisa que o loiro viu foi seu pai batendo a porta de entrada depois da saída de Nino, em seguida, indo para seu escritório. O modelo entrou em seu quarto, totalmente desnorteado com tudo que tinha acabado de acontecer. Trancou a porta para que ninguém mais o incomodasse.

 

— Você está bem, garoto? – perguntou Plagg depois de ver o de olhos esverdeados atravessar o quarto até seu sofá. 

 

— Não, Plagg! Você entende que meu pai pode ser o Shadow Moth?! – se jogou no sofá enfiando a cara em uma almofada.

 

— Eu sei que pode ser estranho ele ter aquelas coisas sobre o grimório… As fotos e essas coisas, mas ainda tem uma pequena chance dele estar sendo obrigado a fazer isso ou ser só por pura coincidência e curiosidade – tentou animar o garoto com um sorriso atrapalhado por saber que seria inútil. 

 

— Por que comigo? – se lamentou, forçando a almofada contra a própria cara — Meu pai pode ser o Shadow Moth… Isso explica o jeito dele ser arrogante e nunca querer falar com ninguém… Eu não sei o que fazer! – jogou a almofada longe, extremamente indignado.

 

— Você precisa contar pra Lady-

 

— Não, Plagg! Eu não posso! Eu ainda não tenho provas o suficiente e eu nem mesmo sei uma desculpa pra explicar como eu descobri as coisas – se jogou do móvel, caindo no chão sem nem mesmo ligar para a dor do impacto.

 

— Você pode… Contar a verdade? – sugeriu.

 

— Eu queria… Mas eu não posso dizer pra ela que meu pai possivelmente é o Shadow Moth, porque aí ela iria perguntar quem ele é e ia saber que eu sou o Adrien, e aí ela ia ser obrigada a pegar meu miraculous porque, de acordo com ela, se soubermos nossas identidades algo ruim pode acontecer como o Chat Blanc – falou sem respirar, tentando processar em sua mente.

 

— Mas vocês podem dar um jeito nisso… Ela é a guardiã…

 

— Por isso mesmo. Eu não quero preocupar ela com uma suspeita falsa… Além de que a gente nem tá se falando direito… Eu duvido que ela vá ter tempo pra conversar comigo sobre qualquer coisa como eu queira… E ainda tem o negócio da Marinette que eu fui um completo idiota… E o Nino tá preocupado, mas eu não posso contar nada pra ninguém! Eu tô sozinho, Plagg… Tudo tá dando errado… – algumas lágrimas começaram a se formar.

 

— Ei, ei, calma! Vai tudo se resolver! – o kwami não conseguia dar uma solução. 

 

— Como?! Eu não posso contar nada pro meu pai ou pra Nathalie… Não posso contar para o Nino sobre o que tá acontecendo com a Ladybug… Não posso dizer pra Ladybug o que tá acontecendo aqui em casa ou com a Marinette… E eu não sei se consigo falar com a Marinette… Eu… Não tenho ninguém… E ainda não posso desabafar sobre isso do meu pai ser o possível Shadow Moth, que se for real, minha mãe também devia estar envolvida nisso, já que o Shadow Moth tá atrás dos miraculous desde antes de eu nascer… E ela era… A única pessoa que me apoiava aqui… Eu não tenho ninguém pra me ajudar a saber o que eu sinto sobre a Marinette ou a Ladybug e ninguém pra me ajudar com esse negócio do meu pai – começou a soluçar, levantando-se já com a cabeça explodindo em possibilidades.

 

— Adrien… Eu acho que você devia, de verdade, falar com a Ladybug… Ela vai tirar um tempo pra te ouvir, eu tenho certeza – insistiu nessa ideia.

 

— Eu já disse que não posso… E eu duvido que eu vá vê-la tão ce- – um barulho de pessoas gritando pôde ser ouvido pelas ruas.

 

— Parece que vai poder ver ela mais cedo do que esperava – brincou Plagg, engolindo um pedaço inteiro de queijo.

 

— É… – olhou para a rua, tentando ver se conseguia identificar alguma coisa, mas o amontoado de gente correndo vinha de um pouco mais longe. Suspirou — Plagg… – se transformou. Entretanto, antes de sair, viu que tinha uma mensagem de Ladybug no correio de voz. Colocou-a para tocar, meio receoso, já que fazia uma semana que não se falavam.

 

"Chat... Eu sei que eu falei muita coisa pra você... Eu falei pra você desistir de mim... Eu... Eu fui egoísta... Eu preciso falar com você cara-a-cara, por favor... Faz uma semana que eu deixei de lado minha vida social pra treinar... O guardião celestial me disse que eu estava sendo imprudente, mas eu precisava ficar mais forte... Eu só quero acabar com o Shadow Moth... Eu sinto sua falta, gatinho…" – ele não esperava ouvir aquelas palavras. Conseguia perceber o nervosismo na voz de sua parceira… Ela estava mal, como ele imaginava e aquilo lhe doía. 


 

"Por favor... Pode me encontrar na madrugada depois do Natal? Naquela cobertura com aquela visão pra Torre Eiffel que a gente sempre ficava depois de algumas patrulhas... Eu vou te esperar…" – Chat olhou para a data, com os olhos marejados. Tinha deixado-a esperando. Ele era um idiota… Tinha feito besteira de novo. Além de magoar Marinette, provavelmente tinha magoado Ladybug. Continuou a ouvir. 

 

"E... Lembra do senhor perfeito? Aquele que você sempre me zoava? Eu... Vou contar pra ele... Assim como você fazia comigo... Afinal... As coisas mais importantes são as que precisam ser ditas, não é? Você sempre esteve certo... E é por isso que eu quero te ver... Seria mais fácil se eu tivesse seu apoio agora, mas eu não posso te culpar... Eu te magoei... Eu tô com medo, Chat... Eu não sei como você faz isso tão fácil... É tão estranho…" – estava doendo ouvir aquilo. Ao mesmo tempo que Ladybug dizia que iria confessar a quem ela amava, Chat sentia seu coração partir por saber que ela estava sozinha. Não pôde estar lá para ajudá-la. Ele podia ter ajudado, mas não ajudou. Deixou sua tristeza tomar conta e desistiu de ser Chat Noir por uma semana… Era irresponsável. Mais gritos eram ouvidos pela rua. Ele tinha que ir, mas a última parte da mensagem tocou.

 

"Eu fiquei pensando em você a noite toda e como você sempre fazia tudo parecer tão simples... Eu queria ser como você... Você sempre foi incrível... Eu vou estar te esperando…" – ele realmente tinha a deixado esperando. Ela ainda o desejava por perto e ele tinha a abandonado quando ela mais precisava. Por que ele sempre estragava tudo? Talvez não merecesse nenhuma das duas. Era um idiota, mas ainda assim podia tentar consertar tudo. Iria vê-la e tentaria se explicar. Queria estar lá para ela e era isso que faria.

 

Se jogou com seu bastão por entre os prédios, se locomovendo em direção a confusão, procurando o akumatizado ou sua parceira. A primeira coisa que avistou foram pessoas envoltas por bolhas e outras paralisadas. Sabia muito bem o que era aquilo e teve sua confirmação ao se aproximar mais e ver a dupla de akumatizados. Lady-Wifi e o Homem-Bolha. Provavelmente tinham sido akumatizados juntos e o herói já imaginava o porquê de seu melhor amigo ter ficado mal ao ponto de se deixar pegar por um akuma. Óbvio que era culpa dele… Se sua vida não fosse tão complicada seu melhor amigo não estaria naquela situação mais uma vez. Ficou parado, olhando para a dupla de vilões com um olhar de culpa, nem mesmo percebendo a chegada de Ladybug, que se colocou ao lado de Chat Noir para olhar a situação sem falar nada.

 

— My l- – parou de falar no meio, vendo que ela estava com um semblante tão pra baixo quanto o dele — Ladybug… – se corrigiu — Eu sinto muito! Eu não tinha visto a mensagem… Ontem eu não tava me sentindo muito bem e-

 

— Tá tudo bem, Chat – ela o cortou, tentando fazer uma voz doce, mas que estava muito carregada de culpa — A gente precisa resolver isso… – falou querendo focar-se nos akumatizados.

 

— Claro… Mas… Se quiser conversar… A gente pode se encontrar nessa madrugada… – sugeriu, sem a intenção de estender muito mais a conversa. 

 

— Eu… – ela hesitou, apertando os olhos enquanto olhava para a rua — Tudo bem… Mas a gente não tem tempo agora – respirou fundo e tentou voltar a postura, como se estivesse se segurando para não desabar.

 

— Você tá bem? – sabia que era uma pergunta boba, mas tinha que fazê-la.

 

— Não… – respondeu imediatamente.

 

— As coisas também não tão muito boas pra mim – disse em forma de uma pequena piada, a fim de confortá-la, mostrando que ela não estava sozinha naquele momento difícil. 

 

— A gente fala sobre isso mais tarde, tá, gatinho? – forçou um sorriso, não querendo preocupar seu parceiro com seus problemas, já que ele aparentava estar sobrecarregado.

 

— Tá, qual é o plano? – indagou o de uniforme preto, procurando manter o foco.

 

— Um dos dois deve estar com o objeto akumatizado e a gente até poderia tentar fazer um dois contra dois, mas é como se os poderes dos dois se completassem – a avermelhada pensava alto.

 

— Uma imobiliza e o outro prende… Se um de nós for pego já era – normalmente faria alguma piada sobre aquilo, mas seu humor, realmente não estava bom. Estava preocupado com Nino.

 

— Escuta. É melhor se nós lutarmos um contra um separados, então você segura o Homem-Bolha e eu cuido da Lady-Wifi – falou seu plano.

 

— Tem certeza disso? – quis confirmar, vendo que ela parecia um pouco incerta.

 

— Sim… Eu vou dar um jeito… – pegou uma escuta de seu ioiô e colocou no ouvido — Se algo der errado, não hesite em me chamar… Eu não sei se conseguiria fazer isso sozinha hoje – falou a última parte com a voz meio fraca.

 

— Digo o mesmo pra você – colocou uma escuta em sua orelha e se impulsionou com o bastão para perto dos dois akumatizados, que imediatamente viraram o olhar para o herói solitário — Olha só, eu não tô de bom humor hoje, então que tal pararem com a festinha? – debochou da cara da dupla, que olhou-o irritada.

 

— E o que acha que vai fazer sozinho contra nós dois? – Lady-Wifi retrucou com um sorriso prepotente.

 

— Além disso, não temos tempo a perder com você! Estou atrás do Gabriel Agreste! – anunciou o das bolhas, fazendo com que Chat Noir perdesse um pouco da postura.

 

— Acho que estão enganados… – deu um sorriso sarcástico e,  antes que a dupla pudesse reagir, uma corda enrolou o corpo de Lady-Wifi e a puxou para longe.

 

— Não! – o garoto que sobrou exclamou, começando a correr na direção de sua namorada akumatizada, porém o herói mascarado se colocou na frente, derrubando-o ao dar uma rasteira nele.

 

— Somos só nós dois, Homem-Bolha – o loiro forçou um sorriso, não querendo estar naquela situação com seu melhor amigo.

 

— Eu não tenho tempo a perder com você! – se impulsionou para levantar, dando um chute na barriga de seu oponente para afastá-lo. Em seguida, jogou algumas bolhas na direção de Chat Noir, que se defendia com o girar de seu bastão. 

 

— Por que você tá fazendo isso, Nino? – falou o nome do garoto, sabendo que já tinha salvado-o antes.

 

— Eu não sou o Nino! E eu não tenho tempo pros seus joguinhos, eu preciso encontrar o Gabriel Agreste! – ambos continuavam a lutar, incessantemente. 

 

— Por quê? O que ele fez? – ele sabia a resposta.

 

— Eu vou expor as mentiras daquele homem! Paris deve conhecer a verdadeira face por trás do famoso designer! O jeito que ele trata o filho! As pessoas ao redor dele! Tudo! – o Homem-Bolha começava a ficar cada vez mais agressivo, como se seu ódio aumentasse.

 

— Não é com ódio que você vai resolver isso! – Chat deu um mortal pra trás, querendo criar uma distância segura. 

 

— E como seria?! O filho dele faz tudo que ele pede e mesmo assim esse homem não demonstra compaixão! É por culpa dele que aquela mulher quase morreu caindo da Torre Eiffel! – por mais que odiasse a situação, o herói concordava com tudo — Eu vou expor todas as mentiras dele! E se ele se recusar… Eu vou mandar ele para o espaço! – o akumatizado deu uma breve risada maléfica, jogando uma grande bolha explosiva na direção de Chat Noir, que se jogou para o lado e caiu no chão ao tentar desviar.

 

— Você acha que o filho dele vai querer isso?! Ele já perdeu a mãe dele! – aquilo doía de se falar. Precisava controlar Nino, mas, cada vez mais, ele conseguia se ver no akumatizado, como se ele representasse seus pensamentos ocultos.

 

— Você não entende o que é nunca poder ajudar alguém importante pra você! – ao escutar isso, Chat se levantou, vendo-o se aproximar para lhe dar um golpe com a arma que usava. 

 

— É claro que eu entendo! – entendia mais do que gostaria.

 

— Não entende! Você não viu dia após dia o seu melhor amigo piorando e se isolando cada vez mais sem poder ajudar porque o pai dele é um egoísta prepotente! Você é só um heroizinho de merda. Nunca saberia o que é se sentir impotente – Chat, que usava seu bastão para se defender, distraiu-se com a última frase do garoto. Não fazia ideia de que Nino estava se sentindo daquele jeito… Ele entendia… Era o mesmo modo que ele se sentia em relação a Ladybug e Marinette… Aquele sentimento de impotência. Seu melhor amigo estava se sentindo como ele… Inútil. Deixado de lado. Ele entendia. 

 

— Nino… – antes que pudesse falar mais algo, o akumatizado o derrubou, desarmando-o.

 

— Agora me dê seu miraculous para que eu possa ir logo atrás de quem realmente importa para expor toda a verdade! – Chat não conseguia reagir. Via no akumatizado a frustração de seu melhor amigo por não poder ajudá-lo… Ele tentava ajudá-lo de todas as maneiras possíveis. Ajudou-o a confrontar seu pai… Tentou ajudá-lo a se acertar com Marinette. Sempre se preocupou… O loiro se sentia culpado. Tinha deixado seu melhor amigo de lado. Era como se tudo piorasse cada vez mais. Estava prestes a explodir. O Homem-Bolha se aproximava para pegar seu miraculous, mas algo pareceu prender a atenção dele.

 

— Basta! – uma voz familiar a ambos ecoou de trás. Era Gabriel Agreste, saindo de seu carro e olhando toda a situação. Aquilo não era possível… Chat sabia que deveria ser um truque.

 

— Você! – o akumatizado correu em direção ao seu alvo principal, pronto para atacá-lo diretamente, mas, quando chegou perto o suficiente, sua imagem desapareceu, dando lugar a Ladybug, que atirou uma rede em cima da versão maléfica de Nino,  com o que parecia ser seu talismã, deixando-o imóvel. Ela pegou um tipo de pulseira que estava no braço do garoto e a jogou para seu parceiro, que usou o cataclismo para liberar o akuma. Ladybug o capturou e purificou, liberando a borboleta branca e consertando os danos enquanto Rena Rouge se juntava a ela.

 

— Parece que eu cheguei a tempo – brincou a avermelhada, brevemente, enquanto Chat se levantava e juntava-se ao trio.

 

— Eu tinha tudo sob controle – falou o felino, tentando parecer descontraído, mas falhando por ainda estar muito pensativo.

 

— Valeu, gente… – Nino agradeceu, recebendo ajuda do loiro para se levantar, entretanto ainda parecendo mal com algo.

 

— Espera… Se só tinha um akuma, como você fez pra Rena Rou-

 

— É uma longa história – a heroína raposa respondeu.

 

— O que importa é que tá tudo bem agora – Ladybug sorriu, como se tivesse seu dever cumprido, mas foi notável para Chat o desmanchar de seus lábios para uma feição exausta, com olhos marejados, como se carregassem uma grande culpa também. O colar de Rena Rouge começou a apitar.

 

— Acho melhor a gente ir! – avisou a alaranjada, vendo que Ladybug estava distraída. 

 

— Ah, sim! Certo… Chat… Você pode levar o Nino pra casa dele? – solicitou.

 

— Claro – estendeu o punho, esperando o cumprimento que sempre faziam.

 

— Obrigada… – ambos fizeram o famoso "zerou" junto a Rena Rouge, mesmo com uma tensão enorme no ar por conta do humor de ambos os heróis principais — Nós vamos indo… Até ma-

 

— A gente se vê mais tarde? – Chat perguntou, querendo reafirmar que se veriam.

 

— Claro, claro… Não se preocupa – os dois conseguiam ver os olhares tristes um do outro, mas, por meio segundo Ladybug pareceu se distrair enquanto o encarava, voltando a realidade ao escutar mais um toque do colar de Rena — Até! – jogou seu ioiô para longe e se puxou junto a heroína raposa, sumindo de vista e deixando Chat Noir sozinho com Nino.

 

— Nino… – o mascarado se aproximou do de olhos marrom-amarelados e colocou uma mão em seu ombro — Eu sei que você não se lembra do que me disse, mas eu entendo como você se sente… Eu sei como é se sentir impotente e tenho certeza que seu melhor amigo iria se sentir muito acolhido se soubesse como você se preocupa com ele – disse aquelas palavras, vendo que o do boné ainda parecia um pouco abalado.

 

— Você sabe? – Chat reafirmou com a cabeça e o Lahiffe o abraçou, parecendo aliviado por não estar sozinho — Valeu, cara! – o gesto foi repentino, porém o herói retribuiu, feliz em saber que seu melhor amigo se preocupava tanto com ele.

 

— E se quer saber… Acho que devia falar com ele diretamente – sugeriu com algo em mente.

 

— Não dá… O pai dele me expulsou da casa e brigou com o Adrien… 

 

— Eu posso dar um jeito – indicou com a cabeça para que o de óculos se aproximasse, já posicionando seu bastão para partir. 

 

— Você tem certeza disso? – Nino ainda parecia desconfiado. 

 

— Só relaxa e confia em mim. Eu sei das coisas – brincou por um breve momento e se impulsionou com o bastão, junto ao melhor amigo, até sua casa. Entrando pela janela do quarto.

 

— Eu não acho que é muito daora a gente entrar assim… Inclusive, cadê o Adrien? – o de boné perguntou ao ser deixado dentro do quarto enquanto o herói ficava de pé na janela com apenas um minuto restante para se transformar.

 

— Provavelmente no banho? Eu não sei… Vocês dois precisam conversar, então pode dizer que eu te deixei aqui! Vou indo! – com pressa, o felino se despediu e impulsionou-se com seu bastão para longe, querendo dar a ilusão de que tinha ido embora, mas somente deu a volta e entrou pela janela de seu banheiro, onde se destransformou, cansado, e olhou-se no espelho, vendo que ainda vestia aquele suéter que tanto o trazia recordações. Estendeu seu pulso e olhou para aquele talismã que tanto lhe dera sorte durante todos os anos que o carregou, ficando pensativo e melancólico outra vez, principalmente pela conversa com seu melhor amigo, a qual ele não sabia o rumo que tomaria. Ouviu batidas na porta do banheiro.

 

— Adrien? – Nino o chamou. Ele queria manter-se calmo, respirando fundo na frente do espelho, mas sabendo que era inútil tentar disfarçar uma expressão simpática. Abriu a porta e nem mesmo fingiu surpresa — E aí… Eu meio que fui akumatizado e pedi pro Chat Noir me deixar aqui porque precisava conversar com você… Eu não sabia se era uma boa ideia porque é invasão de propriedade, mas ele me deixou aqui e eu não quis ser chato, saca? – o Lahiffe tentava se explicar, fazendo com que Adrien abrisse um pequeno sorriso ao ver o receio do garoto em ter entrado em seu quarto sem permissão. Demonstrava o quanto ele respeitava seu espaço, apesar de ter sido deixado ali. Suas intenções eram boas e o modelo sabia disso.

 

— Tudo bem… Eu acho… Contanto que meu pai não descubra… – saiu do banheiro e caminhou até sua cadeira em frente ao computador, com o rosto frustrado — Você queria falar comigo? – olhou para Nino, esperando que ele começasse a falar.

 

— O que que tá rolando contigo? – foi direto ao ponto.

 

— Como assim? – tentou se fazer de desentendido, mas sabia que seu semblante começava a entregar tudo.

 

— Cara, você pode me contar… Desde que a Marinette foi akumatizada você tá estranho… Mais do que já tava antes… E ontem você simplesmente sumiu sem dar notícia nenhuma – se aproximou do loiro, apoiando-se na mesa.

 

— É complicado… – abaixou o olhar, não sabendo como esconder seu mal-humor.

 

— Eu não vou te forçar a me contar – suspirou — Mas eu tô aqui. Você é como se fosse meu irmão, Adrien. Eu tô preocupado… E sou seu melhor amigo… Eu vou te ouvir – demonstrou apoio ao esverdeado, que sentia-se acolhido. O Agreste sabia o quanto seu melhor amigo estava preocupado. Reconhecia aquela preocupação. Passava por uma situação parecida com Ladybug. Queria tanto ajudá-la. Sabia do fardo dela, mas mesmo assim ela não parecia querer que ele se aproximasse de sua vida como guardiã, por mais que ela tivesse solicitado um encontro para conversarem. Estava com receio. Nunca tinha visto ela tão mal daquele jeito… Um paralelo ao que Nino via.

 

— Não é fácil falar… Eu nem sei se posso… Mas parece que tá dando tudo errado na minha vida essa última semana – engoliu seco, querendo segurar as lágrimas.

 

— É sobre seu pai? Ou… A Marinette? – Adrien não respondeu, ficou em silêncio. Nino olhou para o talismã enrolado no pulso de seu melhor amigo e aquele suéter, sabia que eram presentes da franco-chinesa, mas começou a pensar ser inútil insistir no assunto — Olha… Se quiser conversar pode falar comigo… Eu não quero te incomodar – andou em direção a porta de saída do quarto do garoto.

 

— Não! Fica! Eu te levo pra casa depois, mas eu preciso falar pra alguém – era como se o pavio de suas emoções tivesse estourado — Eu não sumi porque quis. Eu tô com uns problemas e eu não sei como resolver… Desde que a Marinette foi akumatizada eu não paro de pensar nela, porque eu sempre sentia que tinha sido minha culpa e ela escondia alguma coisa de mim – começou a falar, muito mais do que normalmente dizia.

 

— Do que está falando? Por que seria sua culpa? – o Lahiffe se virou para olhar o melhor amigo mais uma vez.

 

— No Natal ela disse que gostava de mim… Desde o nono ano, quando a gente se conheceu… Eu sempre ignorei isso porque achei que ela me achava um incômodo e pensei que ela nunca pudesse gostar de mim. Eu ficava chamando ela de amiga pra confirmar que ela realmente não me odiava, mas acabei magoando ela assim… Eu sou um idiota, Nino! Ela sempre me falava sobre um idiota que nunca percebia os sentimentos dela e eu nunca notei que era eu, e ela disse que ia começar a seguir em frente… Agora ela vai começar a sair com o Luka e eu não sei o que fazer, porque esse tempo todo eu fiquei cego por estar apaixonado por alguém que me disse pra desistir tantas vezes… – a cada palavra a voz do loiro começava a ficar mais alterada.

 

— Espera… Você gosta de Marinette? – o Lahiffe tentou compreender a situação que estava sendo muito corrida, ainda sem entender muitos detalhes.

 

— Eu não sei! Eu acho que sim… Ela sempre foi diferente de todos os meus outros amigos… Mas eu ainda gosto dessa outra garota que me falou pra desistir dela diretamente mesmo eu não querendo… 

 

— Outra garo-

 

— E eu sei como você se sente! Eu vi essa mesma garota e a Marinette piorando dia após dia de perto, cheias de responsabilidades, mas que nunca puderam me contar nada. Eu sempre quis ajudar elas, mas é como se eu não pudesse fazer nada e não tivesse escolha a não ser olhar elas piorando! E quando eu descobri um jeito de ajudar uma delas, me contaram que meu pai pode estar escondendo um segredo muito pesado que eu não sei o que seria de mim se eu descobrisse que é verdade e é o que tá acontecendo! – nem mesmo deixava Nino falar em meio a sua súplica por ajuda.

 

— Ei, calma, cara! Do que você tá falando? É por isso que você tava no escritório do seu pai escondido? – Adrien se levantou bruscamente com a pergunta, com o rosto vermelho, segurando as lágrimas o máximo que podia. O de orbes castanhas olhou-o assustado. Nunca tinha visto-o daquele jeito, mesmo depois de tanta coisa que Gabriel já tinha feito. Parecia ser pior do que nunca.

 

— Meu pai pode ser o Shadow Moth, Nino! – revelou, desabando nas lágrimas. Sem reação, ainda digerindo a informação, o do boné abraçou o melhor amigo, sabendo que era algo que ele possivelmente necessitava.

 

— Isso… É muito sério… Por que-

 

— Eu vi páginas do grimório que a Ladybug usa, totalmente traduzidas. Fotos da Marinette, Lila, Chloé, Ladybug e minhas… É como se ele estivesse traçando um plano… Eu não sei se é ele, mas ele com certeza tá envolvido e… Tinha… Um broche de pavão… Eu acho que era um miraculous… Mas ele sumiu… E se meu pai for mesmo o Shadow Moth… Minha mãe sabia… E se ela sabia… Ela mentia pra mim! – Adrien falava sem nem mesmo pensar. Colocava tudo para fora, como se tivesse explodido, como um balão. Nino parecia extremamente confuso, mas escutava-o atentamente.

 

— E como você sabe de tudo isso sobre a Ladybug? Ela veio atrás de você? – mantinha a voz calma, com seu amigo se soltando do abraço e respirando fundo enquanto soluçava. 

 

— Ela… E-ela é a garota que eu tô falando… Que eu nunca consigo ajudar… Eu sempre fui apaixonado por ela desde o primeiro dia… Foi no mesmo dia que a Marinette começou a gostar de mim… – o garoto se forçava a secar as lágrimas com as memórias daquela época em que tudo era mais fácil — Ela disse que a gente não pode ficar juntos, ou um desastre pode acontecer… Mas eu sempre fui meio… Cabeça dura, sabe? E eu nunca enxerguei a Marinette diferente por causa disso… Eu sempre tive esperança… E agora eu não tenho nenhuma das duas… E nem sei como ajudar elas… Eu só faço besteira… Eu não percebi sobre a Marinette e ela foi akumatizada por minha causa no festival porque ela me viu com a Kagami quando ela queria me chamar pra sair… Se eu tivesse notado antes nada disso teria acontecido. E eu ainda tive que colocar ela em risco porque eu tava sozinho. E agora eu tô fazendo outra besteira. Eu não devia te contar nada disso, mas eu tô, porque eu não posso falar sobre nada disso pra nenhuma das duas… E se meu pai for realmente o Shadow Moth… E… Eu conseguir uma prova disso… Eu vou ter que lutar contra ele… E eu vou perder ele… Ele é a única família que me sobrou, mas se for ele… Ele machucou meus amigos… A Nathalie… Todo mundo que eu amava… E minha mãe não vai ser quem eu sempre pensei que ela fosse – Adrien forçava um sorriso, vendo, por cima do ombro de seu melhor amigo, o rosto de Plagg, que também nunca tinha o visto naquele estado, mas que, ao encontrar com o olhar de seu dono, abriu um sorriso, como se entendesse o que ele estava fazendo.

 

— Cara… – o Lahiffe começou a ficar com lágrimas nos olhos — Eu não sei porque isso tá rolando com você… Mas você pode contar comigo pra tudo… Sempre. Eu posso te ajudar com a Marinette… No que você precisar… Se seu pai for mesmo o vilão da história, você não tá sozinho. E… Essa história da Ladybug e de lutar… Eu não entendi direito, mas a gente vai dar uma jeito – Nino segurou seu irmão de consideração pelos ombros encarando-o com uma grande determinação em suas palavras — Se tiver mais qualquer coisa… Qualquer coisa… Você pode me contar… A gente vai resolver isso. Você merece ser feliz – Adrien olhava para o franco-marroquino com um olhar aliviado, com seu corpo ainda tremendo depois de ter estourado com tantas coisas que estavam acontecendo.

 

— Nino… – reuniu as forças em seu peito e olhou mais uma vez para Plagg, fechando os olhos e abaixando o olhar — Eu sou o Chat Noir – o de olhos cor-de-mel não fez uma expressão surpresa, só o abraçou. 

 

Era como se toda a história se encaixasse com aquela informação e não era nenhuma surpresa. Sabia que o garoto tinha um bom coração e por isso não era difícil de acreditar. Tudo se conectava. Os atrasos. O jeito como ele sempre falava bem da Ladybug nas poucas vezes que ela virava assunto.  As vezes que ele saia da aula e só voltava ao fim dela. Entendia o quão difícil a situação deveria estar, sabendo que vários veículos de informações já vinham dizendo que Chat Noir e Ladybug estavam se afastando e aparecendo cada vez menos. O escândalo sobre o encontro do herói noturno com Marinette… Tudo. Entretanto não falou nada, ficou em silêncio, respeitando o momento do loiro, que não precisava de mais nada a não ser de alguém para desabafar.

 

— Não importa quem você é, irmão – afastou o garoto — Você não tá mais sozinho. E a gente vai resolver isso tudo – levantou o punho, querendo cumprimentar o modelo, que abriu um grande sorriso de alívio, sentindo-se bem mais leve, mas ainda instável. Aquilo diminuía seu fardo, porém ainda tinha muito para resolver. Pelo menos não estava mais sozinho. Deu um soco fraco no punho de Nino e respirou fundo.

 

— Valeu, cara… – sua feição demonstrava uma gratidão enorme.

 

— Não foi nada… Mas e aí? Vai me dar uma carona pra casa? – deu leves cotoveladas no torso do loiro de riu um pouco.

 

— Mas é claro – concordou com o pedido e Plagg se mostrou presente ao Lahiffe, que parecia impressionado.

 

— Olha só! Ele é bem diferente do Wayzz, e aí, carinha? Tudo beleza? – cumprimentou o kwami.

 

— Pode ter certeza de que eu sou muito mais legal que o Wayzz, mas é um prazer – Plagg cumprimentou de volta, vendo que o clima do ambiente já parecia mais leve.

 

— Nino esse é o Plagg… E Plagg… Esse é o Nino – quando Adrien os apresentou, Plagg fez uma mini reverência, como Adrien sempre fazia como Chat Noir, enquanto Nino mexeu em seu boné em um gesto carismático — Bom, é melhor a gente ir – o loiro relembrou, vendo que já se aproximava da hora do jantar, na qual teria que descer para o salão. 

 

— Se quiser passar lá em casa amanhã pra conversar melhor, fica à vontade, ou a Marinette é a única que pode ter sua visita? – o Lahiffe brincou com o fato do de olhos verdes ir até a casa da franco-chinesa para conversar.

 

— Eu não tenho culpa se uma vez eu esbarrei nela por acaso e isso aproximou a gente, mas eu passo lá sim – revirou os olhos e foi até perto da janela com o de óculos. 

 

— Sei… – lançou um olhar desconfiado ao loiro.

 

— Bom, então… Plagg- – antes que o garoto pudesse se transformar, o celular de Nino tocou e ele o pegou um pouco surpreso.

 

— É a Alya… Que estranho… – olhava para o número o ligando um pouco receoso. 

 

— Aconteceu alguma coisa? Ela foi akumatizada também… Vocês brigaram, ou…

 

— Ao que parece ela e a Marinette brigaram, eu não entendi direito, foi muito rápido, mas enfim… – o garoto atendeu ao telefone e começou a falar normalmente com a namorada, todavia, sua expressão mudava repentinamente enquanto ouvia. Era como se algo tivesse acontecido, o que deixou Adrien preocupado — Tá, calma! Eu tô indo praí agora mesmo! Daqui uns minutos eu chego – o garoto desligou o telefone ao dizer isso.

 

— Aconteceu alguma coisa?! – o Agreste perguntou, com medo da expressão impactada de Nino, que ficou sem responder por alguns segundos enquanto encarava o celular ainda, como se processasse a informação que tinha recebido — Nino?! – aquela falta de resposta o preocupou mais do que o normal. Estava com um nó no estômago, como se sentisse que algo ruim tinha acontecido. O de olhos castanhos virou-se para Adrien e lhe deu a notícia que não esperava:

 

— A Marinette foi internada no hospital.

 


Notas Finais


Oi, não me matem. E aí o que acharam? Quero muito ver as reações de vocês nos comentários de novo...

Não vou enrolar muito aqui, porque acho que tem muita coisa pra vocês digerirem, então... Até breve.


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