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História On The Edge Of boldness (imagine Jeon Jungkook) - Amor de Judas?


Escrita por: Sweetlovelly

Notas do Autor


Desculpe qualquer erro
💙⚾️ Boa leitura...

Capítulo 16 - Amor de Judas?


Fanfic / Fanfiction On The Edge Of boldness (imagine Jeon Jungkook) - Amor de Judas?

Anteriormente em On The edge of boldness 

Porra, Sam, eu estou fazendo isso porque eu te amo! 

Meu coração bate uma vez e paralisa enquanto o mundo se torna terrivelmente parado. Eu vejo sinceridade nos olhos dele e balanço a cabeça.

(...)

— Como amiga — sussurro. — Você me ama como amiga.

Nós nos encaramos com o peito arfando rapidamente.

— Fala, Hao-nan. Fala que você me ama como amiga. — Ele fica em silêncio, e minha mente parece que está a ponto de se partir. — Fala!

Não quero lidar com isso. Não tenho tempo para isso. Contorno o corpo dele.

— Vou lá pegar a minha mãe.

— Foda-se tudo — ele sussurra e se dobra. O ombro dele toca a minha cintura e, em segundos, minha cabeça se pendura sobre as costas dele e meus pés chutam seu corpo. Eu grito e observo através da visão embaçada enquanto ele me afasta mais da minha mãe.

Uma porta de carro faz um clique e se abre. O Hao-nan  desliza o meu corpo do ombro dele, cobre a minha cabeça e usa a força e o tamanho para me empurrar para o banco traseiro, me impedindo de fugir dali. A porta se fecha com um barulho, e ele aperta o meu pulso com muita força. Minha cabeça vira para a direita. A outra porta. Está trancada. Puxo o pulso para me libertar, para abrir a porta, mas o Hao-nan  continua me segurando.

O carro dá marcha a ré, e o motor reclama quando acelera.

— Que diabos você estava pensando, Sam? — Arregalo os olhos. O Hyunji  se inclina para trás com uma das mãos no volante. Ele nem espera uma resposta. — O Hao-nan  disse que você vinha buscar a sua mãe, mas achei que você teria bom senso suficiente pra ficar longe dela. Meu Deus, pelo menos você é previsível. Você achou que a gente não ia lembrar que você ia procurar no bar antes de ir ao apartamento dela? Hao-nan, me lembra de pagar um extra pro Jin por ter ligado pra gente tão rápido.

Jin. Babaca traidor. Ele contou ao Hyunji  e ao Hao-nan  que eu vim buscar a minha mãe.

— Como você chegou a Louisville? — o Hao-nan  pergunta, numa voz assustadoramente calma.

— Vai se foder. — Ele disse que me ama. Um suor frio sai pela minha pele, e o meu corpo começa a tremer. Meu melhor amigo disse que me ama. E a minha mãe. Ele me obrigou a deixar a minha mãe.

— Você convenceu aquele canalha do Jungkook  que andou te sacaneando a te trazer?

Olho de relance para o Hao-nan, ele xinga e puxo meu pulso da pegada dele.

— Me larga.

A raiva brilha nos olhos escuros dele e, se não estivesse vindo dele, realmente me assustaria. Ele tem uma raiva calma, controlada, do tipo que surta se for pressionada demais por muito tempo.

— Não até eu saber que você parou de pensar como uma idiota e de fazer coisas estúpidas. Você podia morrer. O Trent anda falando no bar faz tempo que vai fazer picadinho de você se te encontrar de novo. Ele te culpa porque a polícia foi no apartamento dele na semana depois de você ir pra Groveton.

Ouço um estalo na cabeça, e meu corpo todo se encolhe. Falei com o Hao-nan  todas as noites, e ele não me contou essa fofoca. Uma fofoca que teria me feito agir mais rápido. Se o Trent me culpa, também culpa a minha mãe, e ele já gosta de bater nela sem motivo. O Hao-nan  me levou para longe da minha mãe e a deixou lá com aquele babaca.

Ele ainda segura meu pulso, e eu não quero um Judas traidor me tocando.

Tiro o pé do chão do carro e o chuto várias vezes.

— Me. Sol-ta!

Ele larga o meu braço para afastar o meu pé.

— O que tem de errado com você?

— Você deixou ela lá pra morrer!

Ele soca a parte de trás do assento do Hyunji  e cai no banco. A cabeça dele se inclina para trás, e ele coloca o dedão e o indicador sobre os olhos fechados.

Os acordes amargos da música  idontwannabeyouanymore  tocam no rádio, e eu me encolho no canto do carro, puxando as pernas até o peito. Meu coração dói com a letra da música. 

O Hao-nan  me afastou da minha mãe; ele não vai me ajudar a salvá-la... Ele disse que me ama. O que era meu melhor e mais forte relacionamento se tornou uma folha seca, prestes a morrer.

Acho que tudo na vida realmente acaba.


Jungkook P.o.v 

Dez minutos atrás, eu saí do treino e descobri que ela tinha sumido. Enquanto eu estava parado aqui, enlouquecendo, decidindo o que fazer, a Sam estava se divertindo com os amigos. Entrei em pânico, me perguntando se deveria ligar para o Oliver, para a polícia, para o meu pai. Imaginei a tristeza do Oliver e pensei em como o meu pai ia ficar irritado ao descobrir que eu tinha perdido a sobrinha do herói da cidade.

Mas, principalmente, fiquei preocupado com a Sam. Tive medo de ela ter sido levada por alguém. Rezei para ela não estar machucada nem assustada.

Agora me sinto um idiota.

Alguns minutos atrás, eles chegaram de carro, e agora a Sam está discutindo com o drogado, aquele queridinho dela, que eu já vi antes. Não tenho coragem de mexer nem um músculo, porque estou apavorado de arrancar cada fio de cabelo da cabeça da Sam. Plantado firmemente ao lado do jipe, observo enquanto ela e seu amigo drogado continuam a discussão acalorada.

A Sam brincou comigo como ninguém fez antes. Cometi um erro terrível. Tentei gostar dela. Foda-se a Sam. Ela que se dane. Ela concordou em ir comigo à festa na sexta-feira. Eu ganhei o desafio. Ponto.

Ela sai do carro ferrado.

— Sam! — O Cara a agarra pelo cinto. — Você não vai embora. Não desse jeito.

Eu me encolho, mas me obrigo a ficar parado. Ela quer esse cara. Ela me deixou para ficar com ele.

— Então mantém a promessa que você me fez, Hao-nan. Me leva. Hoje à noite. — Os olhos dela avaliam o cara, e o desespero no rosto dela torna desconfortável assistir à cena. Qualquer que seja a resposta que ela espera, ele não dá. Só vira o rosto para o outro lado, com os olhos abaixados. O outro cara fecha a porta do carro e se aproxima devagar dos dois, mas mantém distância.

Ótimo, voltei à probabilidade de dois contra um. Isto é, se eu me importasse o suficiente para me aproximar. E eu não me importo.

O Hao-nan olha de relance para o outro cara.

— Você sempre disse que queria um lar, e agora você tem um.

A Sam pisca.

— Não esse lar.

Eu me endireito. A atitude que a torna maior que a vida evapora. Ela é pequena. Muito pequena. Especialmente quando está perto de dois caras. Ela não parece apenas pequena, mas também muito... perdida.

— Espera até a sua formatura. Só mais alguns meses. O Hyunji  e eu conversamos e...

Ao ouvir o nome do Hyunji, a cabeça da Sam dá um pulo, e a raiva brilha nos olhos castanhos.

— Você prometeu.

— Sam. — O outro cara, que suponho ser o Hyunji, usa um tom calmo que até eu sei que vai irritar a garota. — Você pertence a Groveton.

Com uma raiva cega, a Sam corre até o Hyunji. A mão dela se lança e atinge o rosto dele. O som ecoa nas paredes do armazém. O peito da Sam oscila enquanto ela busca o ar.

— Vai se foder.

Eu desencosto do jipe. Que diabos? O Hyunji  toca o próprio rosto com cuidado, depois inclina a cabeça como se quisesse aliviar a tensão.

— Eu estava começando a me sentir de fora, depois do seu showzinho no condomínio.

— Isso é culpa sua! — ela grita. — Você e a Billie  e a sua nova vida. Você jogou o Hao-nan  contra mim porque está com muito medo da vida real. Você quer uma vida falsa. Como a sua namorada.

O Cara de cabelo preto  — Hao-nan  — coloca a mão no braço da Sam e a puxa para longe do Hyunji. Que diabos. Punk ou não, uma garota está bem encrencada quando bate num cara, e um cara nunca deveria tocar numa garota. Meus dedos se fecham enquanto eu me aproximo.

— Sai de perto dela.

— Groveton — o Hao-nan diz, me ignorando. — Com o seu tio. É exatamente lá que você tem que estar. — Ele aponta para o sul, para longe de Louisville, para casa. — Esse mundo pode te dar o que eu não posso. Agora não. Espera até a formatura.

— Se você fosse sincero — ela diz, num rosnado baixo —, manteria sua promessa agora.

Uma sombra negra parece envolver o cara, e eu acelero o passo.

— Eu disse pra você sair de perto dela. — Meu coração dispara no peito.

Dois contra um. As chances são ruins, mas eu vou enfrentar.

— Não ouse jogar isso na minha cara — o Hao-nan  diz para ela, depois desvia o olhar para se concentrar em mim. — Isso não tem nada a ver com você, cara, então sai daqui, porra.

— Claro que tem. Ela chegou aqui comigo e vai voltar pra casa comigo.Tudo que acontecer com ela nesse meio-tempo tem a ver comigo.

Ele inclina o corpo na minha direção.

— Você fala como se ela fosse sua.

— Hao-nan  — sussurra a Sam. — Não.

Com menos de um metro entre nós, dou mais um passo, com todos os músculos preparados para brigar.

— Ela se tornou minha no instante em que você colocou a mão nela.

Ele diminui a distância, e ficamos cara a cara. O rosto dele está a centímetros do meu. A raiva exala do corpo dele.

— Ela não é sua. Ela é minha, e eu não gosto do modo como você trata a Sam.

Um braço pequeno desliza entre os nossos corpos.

— Hao-nan  — diz a Sam. — Deixa pra lá.

— O modo como eu trato a Sam? — Esse cara está chapado? — Ela não parece te querer.

— Jungkook, para, por favor. — Eu nunca ouvi a Sam implorar antes, e quero olhar para ela e confirmar que essas palavras realmente saíram de sua boca, mas não ouso fazer isso. Então encaro o babaca na minha frente.

Um sorriso insano repuxa os lábios dele.

— Você acha que ela te quer? É isso que você acha? Que você é homem de verdade porque tortura a garota na escola? Porque espalha os segredos dela?Porque humilha a garota? Você acha que ela quer um cara que faz ela chorar?

— HAO-NAN! — a Sam grita.

Os braços dele pulam para trás, e os meus também. Uma figura grande aparece à minha esquerda e, em vez do golpe que estou preparado para receber,

o Hyunji  empurra o Hao-nan  para dentro do carro.

— Pra trás, cara.

— Como você pôde? — Espero ver o olhar frio e acusador da Sam na minha direção, mas, em vez disso, ele está fixo no Hao-nan. O corpo todo dela treme, e ela esfrega o braço esquerdo. Um movimento contínuo e repetido. — Como você pôde contar isso a ele?

O Hao-nan  pisca, e a raiva escoa dele.

— Sam...

Ela corre para o jipe.

— Vamos embora.

Ela não precisa falar duas vezes. Enfio a chave na ignição antes de fechar a porta e acelerar para sair do estacionamento. Quando chego à autoestrada, coloco o cinto de segurança, e a Sam encosta a cabeça na janela do carona.

Busco a raiva que senti mais cedo e tento encontrar um jeito de culpar a garota. Foi ela que foi embora. Foi ela que passou um tempo com aqueles dois caras. Mas a única coisa que revira no meu cérebro é a acusação que o Hao-nan cuspiu para mim: que eu a faço chorar.

Sam P.o.v 

Viver é como estar acorrentada no fundo de uma poça rasa com os olhos abertos e sem ar. Vejo imagens distorcidas de felicidade e luz, até ouço risos abafados, mas tudo está fora do meu alcance enquanto fico deitada numa agonia sufocante.

Se a morte é o oposto da vida, espero que seja como flutuar.

Eu nunca briguei com o Hao-nan  e o Hyunji  desse jeito. Nunca pensei que o Hao-nan fosse me trair, mas ele me traiu. Confiei meus segredos ao meu melhor amigo — segredos que eu nunca contei a nenhuma alma viva. Ele sabe sobre o meu pai, sobre a minha mãe, sabe quantas vezes um homem me deu um tapa na cara... e sabe que o Jungkook, pelo modo como me oferece amizade quando eu sei que ele só está brincando comigo, me faz sofrer.

Com a cabeça apoiada no vidro da janela do carona, observo as diversas linhas brancas no meio da estrada passarem rapidamente. Na rua de duas mãos que leva à casa do meu tio, o Jungkook ultrapassa um pequeno caminhão, atingindo facilmente cem quilômetros por hora numa via com limite máximo de sessenta.

Eu meio que desejo ter coragem de abrir a porta e pular. Ia doer, mas depois a dor ia passar quando eu morresse. Toda a dor. A dor indescritível no meu peito, o peso na minha cabeça, o nó na minha garganta — tudo ia sumir.

Viemos em silêncio. Não tenho certeza se é um silêncio desconfortável, porque estou quase entorpecida. Desejo estar entorpecida. Anseio estar entorpecida. Quero ficar chapada.

O jipe vira à esquerda, e começamos o caminho pela longa entrada. Meu estômago ronca. Acabamos não comendo nada.

Quando chegamos em casa, o Jungkook  coloca o jipe em ponto morto e imediatamente desliga o motor. Eu odeio o campo. Sem luz, os bosques se tornam o cenário dos meus pesadelos. Minha pele pinica ao pensar no diabo esperando para me agarrar na escuridão e me jogar no nada.

Tem tantas coisas que o Jungkook  pode fazer. Ele pode gritar. Pode entrar e contar tudo para o Oliver. A segunda opção faria com que ele fosse o jovem honrado que o Oliver  quer que eu seja. E também destruiria o resto da minha vida.

O Oliver  mandaria minha mãe para a cadeia.

E eu? Ia querer morrer.

Quatro horas atrás, o orgulho jamais permitiria que eu dissesse essas palavras, mas não tem mais nada dentro de mim.

— Me desculpa.

Sapos coaxam perto do riacho que faz divisa com a fazenda do Oliver. O Jungkook  não diz nada, e eu não culpo o cara. Realmente não tem nada para alguém como ele dizer a uma garota como eu.

Ele analisa as chaves nas próprias mãos.

— Você me enganou pra te levar até Louisville.

— É. — E, se o meu plano tivesse funcionado, eu teria ido embora e o meu tio o teria culpado.

— Você planejou se encontrar com aquele cara em vez de passar um tempo comigo.

— Isso. — Ele merece a minha honestidade, e essa é a resposta mais sincera que eu posso dar.

Ele gira a chave no dedo.

— Desde o instante em que entrou na Taco Bell, você não era nada além de um desafio. O Jimin e o Taehyung  me desafiaram a conseguir o seu número de telefone, e depois me desafiaram a te chamar pra sair.

As palavras ferem, mas eu me esforço para impedir que a dor venha à tona.

O que mais eu poderia esperar? Ele é tudo de certo no mundo. Eu sou tudo de errado. Caras como ele não se apaixonam por garotas como eu.

— Eu quase entrei numa briga por sua causa.

— Eu sei. — E repito aquelas palavras raras: — Me desculpa.

O Jungkook  enfia a chave na ignição e dá partida no motor.

— Você me deve uma. Eu te pego às sete na sexta-feira. Nada de joguinhos dessa vez. Uma noite só, e nada mais. Nós vamos à festa. Ficamos juntos lá por uma hora. Eu ganho o desafio, depois te trago pra casa. Você volta a me ignorar, e eu te ignoro.

— Ótimo. — Eu devia estar feliz, mas não estou. Era isso que eu achava que queria. Por trás do entorpecimento tem uma dor esperando para me torturar.

Abro a porta do jipe e fecho sem olhar para trás.

 


Notas Finais


⬇️💚Link da música 💚⬇️
https://youtu.be/lxHtR-Zwxes


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