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História On the road - Newtmas fanfiction - Remember one thing Newt, I love you!


Escrita por: titiaziall

Notas do Autor


Acharam que eu não iria voltar hoje? Acharam errado! Estou revisando esse capitulo desde a tarde, aproveitei a chuva, o frio e o café para pôr a mão na massa! Ou melhor, no teclado ;) e não é para tanto, esse capítulo é ENOOOOORME então vejo vcs nas notas finais!

Degustem!!! 😘📚

Capítulo 7 - Remember one thing Newt, I love you!


Fanfic / Fanfiction On the road - Newtmas fanfiction - Remember one thing Newt, I love you!

Sonora - Texas, 25 de agosto às 16:20 p.m

N E W T.

Promessas, gemidos, sussurros, esparmos de prazer, beijos, corpo com corpo, nossas almas estavam unidas, a chuva caia, pingos grossos, castigando o vidro do carro, os trovões brandosos, clareavam os céus, a tempestade abraçava a terra, mais nem isso foi capaz de me amedrontar, eu não sentia medo, eu estava feliz, estava protegido dela nos braços de Tommy, após uma tarde inteira ali, nos amando, sem se importar com o tempo, com a situação ou até mesmo com o amanhã. O carro estava aquecido, os vidros suavam igual nós dois, Tommy segurou meu rosto, ainda estávamos ofegantes, extasiados, eu analisava cada detalhe de seu lindo rosto, enquanto meus dedos passavam por cada uma das pintinhas que ele possuía, parecendo estrelas na face divina, Tommy era o anjo da minha vida, e dos meus sonhos também. E com tanta devoção, eu gastei longos minutos apenas captando e detalhado cada parte dele, e meu coração fazia o mesmo, para então poder reviver isso eternamente. Somente Tommy era capaz de causar isso tudo em mim, e eu desejo que seja somente ele.

- Tem certeza de que é isso que realmente quer? Vir comigo? -Pergunta ainda segurando meu rosto, eu estava deitado ao lado dele, enquanto minha perna ainda estava encaixada em sua cintura ainda completamente nús.

- Sim Tommy, é tudo que mais quero.

- Iremos correr um grande risco, sabe disso, não sabe?

- Eu não me importo, eu quero ficar ao seu lado.

- Newt eu não pretendo chegar ao México. - Disse e eu olhei pra ele. - Eu não pretendia, por que sei que quando chegar na fronteira vão ter capangas me esperando e prontos para receberem o dinheiro, mais esse dinheiro seria minha única chance de dar o fora daqui de vez e recomeçar em outro lugar e...

- Hey! - Dei um selinho em seu lábios e em seguida olhei pra ele.- Eu topo, já estou dentro, está tudo bem.

- Não. Não está tudo bem, por quê as chances de dar errado são maiores do que as chances de dar certo.

- Temos que tentar.

- E vamos, mais eu quero que me prometa uma coisa.

- O que quiser. - Ele segurou meu queixo me fazendo olhar em seus olhos.

- Se algo der errado, quero que siga, não importa o que aconteça comigo, eu quero que siga e não olhe pra trás.

- Mas...

- Me prometa Newt! - Eu suspirei fundo fechando os olhos e buscando forças de onde não havia para poder fazer aquele absurdo de promessa.

- Com uma condição.

- Newt...

- Se não me garantir com essa condição, não vai haver como eu garantir minha promessa.

- Okey, qual a condição?

- Minha única condição é, eu só irei cumprir isso quando não tiver outro jeito, se for o último dos casos, se realmente não haver saída. Mais enquanto houver, vamos tentar, começamos isso juntos, podemos terminar juntos também.

Falo enquanto resvalava meus lábios nos seus, ele mesmo relutante, cedeu em um assentir positivo com a cabeça, eu notava que Tommy estava aflito, eu também estava, mais eu realmente estava disposto a fazer o que fosse preciso para ficarmos juntos, não posso simplesmente cogitar a idéia de perder o homem pelo qual meu coração padece, Tommy me trouxe a vida de volta, Tommy me mostrou o amor em apenas quatro dias, Mais que foram suficientes para mudarem de vez a minha vida, e eu estou disposto a tudo por ele.

- Tudo bem... Aceito sua condição.

- Certo, e prometo também que farei o que pediu.

....

T H O M A S.


Newt estava comigo, realmente estava, e não estou falando isso somente porquê ele estava ali, mais sim no modo de que estará disposto a enfrentar qualquer coisa, qualquer um ao meu lado, e isso ele não precisa dizer, somente a forma no quem ele se entrega a mim, doce e devota, que me faziam sonhar em seus braços e saber, que ele estaria disposto a ir comigo até o fim, como é possíve, alguém te fazer perder tanto o juízo assim? Em poucos dias. Durante toda minha vida, eu já vivi quase tudo, menos um amor verdadeiro, e até poucos dias atrás, isso não passava de um mero conto de fadas, eu nunca acreditei que alguém como eu fosse se dar ao luxo de se apaixonar, abaixar a guarda, então o sentimento veio em forma de lição, me esmurrou a face, me golpeou de nocaute ao chão, e assim decaí, sem nem ao menos ter chances de escapar, ele me empurrou e lançou ao abismo. E o abismo está no castanho dos olhos de Newt e na doçura de seus lábios.

E agora, como um tolo eu estou aqui, concordando com essa idéia que sei que não vai dar certo, mas preciso manter ele, e com esperanças, não me levem a mal, mas eu já vivi o bastante para distinguir sonho de realidade, ora... São vinte e sete anos nas costas, acham mesmo que não sei onde isso vai dar? Acha mesmo que algum dia eu não iria conhecer meus limites? Sei que estou chegando ao fim, mesmo que tentemos, mesmo que a gente se arrisque e lute até o fim, mais sou eu quem já estou chegando ao fim, ao meu ponto de chegada, ao meu limite, mais não posso demonstrar isso agora, não na frente dele, Newt depende de mim, e sei que ele fará tudo por min, tudo mesmo, é errado pensar assim eu sei, mas eu quero que isso dure por muito, muito mais tempo, quero que Newt seja apenas meu, que se entregue desse jeito somente a mim, não quero pensar que um dia ele poderá arrumar alguém melhor que eu, dói demais pensar em outro alguém beijando e sentindo a doçura dos lábios dele, sentindo seu cheiro doce e juvenil, ou até mesmo tendo seu corpo como eu tenho.

- Não... - Deixo meus pensamentos altos enquanto ainda tenho meus olhos fechados.

- Não o quê Tommy? - Ele pergunta, eu não respondo de imediato, ainda com uma certa dor pelo corte em minha costela, ainda crio forças e me viro ficando por cima dele, surpreendendo ele pelo ato enquanto me encaixo entre suas pernas, beijando seus lábios de maneira lenta e demorada fazendo ele arfar contra meus lábios e logo suas unhas começam a arranhar de leve minhas costas provocando arrepios.

- Não vai haver ninguém Newt... Ninguém que te faça sentir isso, como eu faço. - Falo baixo somente para ele ouvir, sussurro com a voz rouca e baixa, somente pra ele, por quê quero que só ele saiba. - Não vai haver ninguém que te toque como eu toco. Que o beije como eu beijo. - falo enquanto mordia de leve a orelha em seguida beijando seu pescoço, ele gemia baixinho totalmente entregue, da maneira que gosto. - que te tenha, como eu tenho. Nunca! Me ouviu? Nunca vai haver alguém como eu.

- Nunca Tommy... Somente você.

Louco, doentio, possessão, pecado, amor... Cada um vê da maneira que bem entender, eu vejo como apenas uma pequena parte de tudo que sinto em relação a esse garoto, Newt dispertou algo muito maior do que podia imaginar em mim, ele me fez ter vida, me fez ter esperanças em algo melhor e o primeiro que me deu forças e coragem a largar essa vida, nem que seja morrendo no final. Mais eu não posso viver desse jeito, Newt me ensinou a ver um mundo melhor, eu lhe contei dos meus sonhos e ao invés de rir de mim, ele me motivou, dizendo que posso realizar todos, era só querer, e eu quero, mais acima de tudo, meu maior sonho agora, é poder ficar com ele, é poder dar a ele algo muito melhor, eu não sei ao certo como, mas de uma coisa sei, eu não demorei tanto tempo pra me apaixonar a toa, eu finalmente encontrei minha paz, e ela se localiza nele, e não importa o que aconteça, eu vou lutar, eu vou tentar e acima de tudo, eu vou conseguir.

....

Já era noite, o clima estava úmido, por conta da chuva intensa a tarde, a gente já havia pegado a estrada há algumas horas atrás, estava bastante frio, tão frio que tive que fechar as janelas do carro, Newt estava com uma roupa mais quentinha, e mesmo insistindo em dirigir, não achei seguro já que uma cidade se aproximava, e nunca sabemos o que nos aguarda, e mesmo que eu ainda esteja levemente debilitado com a ferida, ainda posso dirigir normalmente, mas ele a todo momento se mantia atento, era visível sua preocupação e confesso que amei aquilo, ver alguém tão preocupado comigo. Durante estar dirigindo, vários pensamentos me passavam pela cabeça, inclusive em como farei para me livrar do que me aguarda na fronteira do México? Mais não há para onde ir, a fronteira é o único lugar dos Estados unidos onde podemos ir para outro lugar, e do jeito que estamos sendo procurados, é impossível se manter escondidos por muito tempo, é óbvio que os avós de Newt estão loucos a procura do menino que já deveria ter chegado lá há três dias, e sem notícias e muito menos ideia de onde ele possa estar, deve ser horrível para eles, e pela primeira vez me dei conta da gravidade disso.

Olhei para Newt que agora dava sinais de sono, fechava o olho e o abria constatando que dormiria logo, então suspirei e segui estrada, passando por vilarejos e lugares desertos, a noite se estendia e com certeza não dava para parar, já havia estendido demais os dias, e sei que logo se a polícia não vir, os capangas de Davis virão e não posso deixar que algo aconteça com Newt, assim quase dez da noite, parei em um posto de gasolina exatamente na pequena cidade de "Lake View" onde há uma três horas daqui, ficava a fronteira entre estados unidos e México. Olhei para Newt novamente vendo que o mesmo dormia agora, e não quis acordá lo, deixei o ar condicionado do carro ligado, e mantive as janelas fechadas, cobri ele com a pequena manta dele, e sai, iria encher o tanque e comprar algo pra gente comer, quando entrei no mercado, era uma atendente, lhe dei um breve cumprimento com um "Boa noite" e assim vasculhei as prateleiras com o olhar, procurando tudo de útil que poderei levar pra gente até amanhã, e então logo na televisão que estava passando alguns notíciarios disse algo que me chamou atenção.

" O caso do Jovem de dezessete anos, Newton Sangster que desapareceu no dia vinte e um de agosto na rodoviária federal do Texas ainda segue firme, a polícia ainda não tem muitas pistas sobre o desaparecimento do Jovem, somente os relatos de algumas testemunhas de algumas cidades locais, nada concreto. Segundo testemunhas, havia um jovem com os mesmos traços do garoto, acompanhado de um homem mais velho, segundo eles, o homem era moreno e de traços fortes e trajava roupas esportivas, aparentava ter em média, Vintque  cinco, até vinte e sete anos, eles estão em uma BMW Preta, com a placa por número "BM28NX" que inclusive, é roubada. Os familiares de "Newt" como eles mesmo chamam, prestaram queixa na delegacia há três dias atrás, quando foram até a rodoviária de onde o Jovem desembacaria, e não encontraram o mesmo no ônibus. Assim o caso ficou sobre comando da polícia federal e local, qualquer outra informação sobre o caso, entraremos ao vivo." 
Merda! Merda! Merda! Agora não só estamos nos jornais, como nos noticiários, Malditas testemunhas! Que todos morram da forma mais cruel possível. Preciso dar um jeito de nos escondermos até amanhã. Olhei para o caixa vendo que a atendente olhava curiosa para mim, como se me comparasse com as características do homem que estava sendo procurado, então aquela era a hora de dar o fora, quando a mesma fez menção de pegar o telefone, retirei a arma da cintura e apontei para ela, que gritou e colocou as mãos pra cima.

- Se você abrir essa boca eu estouro seus miolos fora. Me entendeu? - Falei puxando o gatilho, ela concordou suando frio, então me direcionei até a porta, mais antes deixei a conta pela gasolina paga, assim sai de lá as pressas já sabendo que ela iria chamar a polícia, precisava me apressar, e bingo! A idiota nem sabe disfarçar, foi virar as costas e ela correu pro telefone como se fosse chamar o socorro.

Entrei no carro rapidamente, acelerando em rumo a estrada fora, Assim despertando até mesmo Newt que me olhou sem entender.

- Tommy o que houve?

- Não tem saída. - Falei ainda suando frio.

- Como?

- Já estamos não só no jornal, mais na televisão também.

- O quê?

- Seus avós! Estão desesperados. - Falei enfim olhando pra ele que tinha os olhos cheios de lágrimas. - Newt não chore pelo amor de Deus!

- Desculpa.

- Vai dar tudo certo okey? Vamos seguir com o plano.

- E se nos pegarem? O que vai ser de nós Tommy? O que vai ser de você?

- Não vão nos pegar meu amor, eu tenho tudo em mente, tudo.

- Você promete?

- Claro. - É claro, que era mentira, eu não tenho tudo em mente, e odeio ter que mentir para ele, porém tudo que eu menos queria era ter que ver Newt desesperado, ou até mesmo chorando, e pareceu funcionar já que ele parava de fungar e se acalmou mais, assim bem distante eu diminui a velocidade. - Não consegui comprar nada pra comer, pois a mulher já estava ligando pra polícia, ela me reconheceu.

- Tudo bem, eu não estou fome, só quero ir para um lugar mais seguro e poder ficar com você.

- E iremos, sei que tem muitos vilarejos perto da fronteira, é claro que não vamos para um deles, já que estamos sendo procurados, mais podemos acampar perto em um lugar mais afastado, o que acha de uma fogueira?

- Eu vou adorar Tommy, está muito frio.

- Certo.

.....

O trajeto foi em total silêncio, sei que Newt confia em mim, mas também sei que bem no fundo, ele sabe, e já se deu conta de que tudo pode mudar amanhã. Hoje o dia foi totalmente estranho, não digo isso pelo assalto no banco, digo isso por quê sei, sinto no fundo do meu coração, que hoje será minha última noite ao lado de Newt. Então quero fazer valer a pena, quero que seja de uma forma boa, quero que ele lembre de mim de um jeito único, então já que é a última vez, eu farei valer a pena. Após estacionar em um terreno baldio e distante, a gente conseguiu algumas coisas para fazer a fogueira e assim nos aquecer melhor, Newt não dizia nada, apenas me ajudava e apesar de não gostar de seu silêncio, eu não o culpo, até por quê por dentro, eu sinto a mesma coisa, pode parecer melancolia, mais não é somente receio, é o vazio de saber que em menos de um dia, poderei estar preso, ou morto. Cabe a mim escolher o destino que quero ter, se bem que se avaliar minha ficha criminal, pegaria no mínimo uma prisão perpétua justo pelo histórico de roubos.

E mesmo se for, eu prefiro estar morto, porém há apenas uma chance de não acontecer nenhum dos dois. Primeiro: Só se houver um grande milagre ou segundo: Precisarei usar de toda minha inteligência e sagacidade para poder sair dessa ileso, mais como? Vamos lá Thomas, pense! São vinte e sete anos nas costas, não é possível que tenha vivido tanto para acabar aqui. Preciso pensar, e rápido! A fronteira fica no máximo há duas horas daqui, e eu sei bem o que me aguarda lá, só preciso de um bom plano para passar por ela sem ser reconhecido. Rodoviária... Isso! Rodoviária. Pegando um ônibus e passando por ela, não vou estar de carro, e eles não irão me ver ao menos que estejam munitorando o local, mais só há outro problema, sou alguém procurado pela justiça, e Newt também por estar desaparecido, como irei conseguir duas passagens? Como vou conseguir entrar no ônibus sem alguém me reconhecer? Anda Thomas, pensa!

- Tommy? - Desperto dos devaneios, Newt me olhava curioso. - Você está bem?

- Sim, estou, só estava pensando algumas coisas.

- Eu percebi. - Disse sorrindo de lado, estávamos sentados perto da pequena fogueira improvisada, Assim ele olhou para a mesma.

- Estava pensando em como vamos fugir amanhã. - Comento depois de um tempo em silêncio.

- E em qual conclusão chegou?

- Só há dois jeitos, pela rodoviária, podemos pegar um ônibus, o ruim vai ser conseguir passagens e entrar sem ser reconhecido, e o segundo é, pela estrada de carro mesmo.

- Mais você mesmo disse que tem gente te esperando na fronteira.

- Sim, e aí está... Só conseguiríamos passar se enfrentar eles. - Falei suspirando e ele me olhou.

- Não sabemos quantos tem lá e nem se estão armados ou não, é arriscado demais.

- Os dois jeitos são.

- Está tudo bem, eu topo.

- Nada é concreto, no momento não consigo pensar em nada melhor.

- Então não pense... Apenas vamos aproveitar enquanto ainda não acharam a gente. - Ele se aninhou em meus braços.

- De qualquer forma, ainda temos uma longa noite pela frente.

- Sim, temos. E quer saber? Eu não faço idéia de como vai ser quando chegar o amanhã, mais eu não estou com medo Tommy, de verdade, eu não tenho medo de enfrentar o que tiver que enfrentar para poder passar da fronteira, o que me assusta é apenas uma coisa, se vamos estar juntos ou não. Isso sim, é a única coisa que me assusta.

- A mim também... - Falei quase em um sussurro, até sentir sua mão segurar a minha e ele me sorriu tranquilo, Newt parecia estar no controle naquele momento.

- Vamos conseguir Tommy.

- Acredita mesmo que vamos?

- Eu preciso. Por quê se amanhã você não estiver comigo do outro lado daquela droga de fronteira, pois eu também não irei a canto algum.- Então olhei pra ele.

- O quê? Newt prometeu que... - Sou calado por um beijo, ele segurou meu rosto, e mesmo ainda afoito pelo o que acabo de ouvir, acabo por retribuir trazendo o mesmo para meu colo. Ele não parecia nem um pouco culpado pelo o que acaba de falar, e era isso que me assustava. Não, não posso aceitar que ele faça isso, não posso deixar que algo pior aconteça a ele, Newt precisa seguir, e por mais que isso me doa por dentro, mas o que mais doía, não era a incerteza de um futuro com ele, e sim a situação que nós nos encontrávamos, eu pedia com todas as minhas forças, para Deus, o universo ou sei lá o quê, para me darem apenas mais uma noite, apenas mais algumas horas com ele, para poder lhe mostrar tudo que sinto, para lhe fazer saber, que ele será o único que pode me causar aquilo, eu preciso de Newt, não apenas por algumas horas, mais sim para uma vida inteira, se for preciso. E quando nossos lábios se separaram, ele não se afastou, se manteve com a testa unida a minha, nossos narizes resvalavam se, e somente o som de nossas respirações eram ouvidas. - Não... Não, por favor não faça isso Newt. 


- Eu já disse que vou estar com você.

- Mais se não der certo você vai ter que ir!

- Eu vou...- Disse de olhos fechados. - Mais eu preciso tentar até o fim Tommy, ou eu nunca terei paz, nunca viverei com a culpa de não ter tentado, e se for preciso fazer isso por nós dois, pois eu não hesitarei, eu farei, por quê eu te amo, e por mais que tente me convencer de que não é o certo a se fazer, não adianta, por quê meu coração já pertence a você.

Ele diz surpreendendo até mesmo a mim que esperava ouvir muitas coisas, menos palavras com tanta sinceridade e confiança. Ele me olha nos olhos, seus olhos estavam brilhantes, um olhar doce e apaixonado que me faziam mergulhar de vez no caos, Newt é um oceano, e eu mergulhei sem medo nele, agora que me encontro por completo, afundo e não há salvação, estou me afogando, meu oxigênio está acabando, e nosso amor ainda me mantém vivo. Pois essa é a verdade, eu o amo.Não foi preciso dizer mais nada, somente a maneira em que eu o trouxe a mim, foi como se pudesse tê lo para sempre em meus braços, não quero que seja algo rápido ou até mesmo um simples prazer carnal, não que as outras vezes tenham sido, muito pelo contrário, Newt foi o único no qual me fez atingir todos meus limites, mas quero gravar cada detalhe, cada minuto dessa noite para sempre em minha mente, seja onde estiver, quero lembrar, quero que meu coração lembre pra sempre que ele só bateu tão forte assim por uma só pessoa, um só alguém, Newt não é só minha única esperança, é meu primeiro e único amor, e último também.

- Ah Newt... Olha só o que fez comigo. - Eu disse enquanto beijava seu pescoço pálido que ainda tinham algumas marcas feitas por mim ainda pela tarde, mais que ainda vão ganhar mais ainda por mim.

- Preciso de você Tommy... - Disse entre baixos gemidos, me deixando mas fodido de tesão ainda, o medo misturado com a tensão e Excitação, são combinações extremamente perigosas.- Preciso agora... - Disse com a voz arrastada enquanto fazia movimentos lentos com o quadril arrastando por cima da minha ereção, tinha os olhos fechados e mordia os lábios inferiores.

- Porra Newt! - Falei quando ele arrastou mais forte começando a rebolar em mim, e aquilo estava me deixando louco por completo.

- Por favor Tommy... Por favor! - Pediu sedento e assim ataquei seus lábios, o beijando de forma feroz e intensa, em questão de segundos Newt retirou sua jaqueta a jogando para o lado, em seguida a minha também, apesar de estar frio, estar perto de uma fogueira favorece bem a temperatura, Ergui meu corpo um pouco para trás para poder retirar minha camisa, algo que não foi tão trabalhoso assim já que as mãos afoitas do meu loirinho, já trabalhavam em retirar tudo que impede nosso contato mais intenso.

Agora ele quem beijava meu pescoço e clavícula, seus lábios macios e um pouco gelados na pele quente daquela região, eram uma mistura de sensações diferentes, tenho certeza que se não fosse o desespero do momento, Newt não teria tido essa iniciativa toda, esse é o lado bom de ter medo, ele faz você agir por impulso, aquela aceleração no coração misturado com o receio de algo, é o que te motiva a continuar e aproveitar cada minuto, "eu te entendo Newt, eu me sinto do mesmo jeito." Em questão de segundos, ele estava de joelhos entre as minhas pernas, abrindo o botão e o zíper da minha calça com agilidade e bem mais experiente, eu olhava ansioso já sabendo o que estaria por vir, e quando me vi livre da calça e da cueca, ele agora tem meu membro em mãos, tão ereto e vibrante como nunca, e me olhou pela última vez antes de colocar quase tudo na boca, e o que não coube, ele segurou e começou a fazer movimentos de masturbação enquanto chupava forte e lento, me levando ao delírio externo e interno, não querendo ser exagerado, porém já sendo, não me lembro de ter recebido um boquete tão bom em toda minha vida.

- O-Oh céus... - Eu gemi enquanto joguei minha cabeça para trás em um revirar de olhos enquanto movimento meu quadril também. Ele vendo meu constante agrado, ele acelerou maIs ainda, os movimentos, agora colocando mais fundo na boca e indo até a garganta, o fazendo salivar mais ainda, ele fazia isso com tanta devoção que era como se estivesse saboriando da própria luxuria, não sei muita coisa sobre os desejos de Newt, porém posso dizer que o conheço o suficiente, para dizer que ele tinha vontade de fazer aquilo a muito tempo. E por mim poderia fazer quantas vezes quisesse, mas a falta de tempo me obriga não deixar aquilo durar muito, a noite é um criança levada, e passa correndo diante de nossos olhos. E se hoje eu tenho certeza que será minha última noite com ele, ainda há muito o que fazer. Com muito desgosto afastei ele do meu membro que reclamou, porém lhe calei com mais um beijo intenso, sentindo meu próprio gosto nele, enquanto nossas línguas brigavam dentro de nossas bocas, tratei logo de retirar o que ainda havia vestido nele, o deixando como eu, completamente nú. Seu corpo era perfeito, e a luz da lua parecia o fazer reluzir, a pele de Newt era tão alva e macia quanto algodão, ele voltou a ficar em cima de mim, tão entregue que nem precisei pedir, somente nossos corpos já pareciam se conhecer o bastante para saber o que queriam. Newt gemeu mais alto ainda quando o pentrei, mas agora ele já estava mais acostumado então não teria dor como da primeira e segunda vez, e isso facilitou bem mais quando meu membro já se encontrava por completo dentro dele, nos olhamos por longos minutos enquanto ele segurava meu rosto, um pouco suado, e sorriu enquanto beijou meus lábios. Assim abracei sua cintura e comecei a me mover de forma mais lenta, ele se movia também acelerado aumentando a velocidade, enquanto nós dois gemiamos juntos como se estivessemos em sincronia, e estávamos mesmo.

Ele abraçou se a mim também, agora mantendo seu rosto em meu pescoço, enquanto eu estava indo mais forte do que antes, ele sentava em mim fazendo movimentos circulares em um ondular com o quadril, enquanto ele gemia meu nome e algumas palavras desconexas, segurava meus ombros e cabelos e beijava meu pescoço deixando marcas, assim como fiz com ele, nossos corações estavam a mil, e batiam em sincronia na medida que seu peito se uniu ao meu em um abraço, como se tivéssemos nos tornado um só ser, e aqui fosse nosso pequeno mundo, somente eu e ele. E tudo que eu mais desejava era isso, desejava que em algum lugar desse mundo, eu e Newt pudéssemos ficar juntos e felizes, somente nós e mais ninguém, até por quê o que acontece quando estamos juntos, não se diz respeito de ninguém, somente de nós mesmos, como dizia o trecho de uma música que ouvi por acaso na rádio essa manhã: "Nem mesmo os deuses lá em cima, podem separar nós dois, não, nada pode ficar entre você e eu." e agora sim, consigo entender a pessoa que a compôs, pois aqui e agora, eu sinto que nada, nada mesmo poderá ficar entre eu e ele. Levei minhas mãos até seu membro para masturbar o mesmo, ele gemeu mais ainda ao sentir a dupla sensação, ergueu a cabeça para trás deixando o pescoço fino e longo amostra, e nele as marcas um pouco escuras do sexo que fizemos horas atrás, ele mordia os lábios ainda de olhos fechados, uma verdadeira perdição aos olhos amadores e pecadores de alguém como eu, Newton era um anjo, um anjo corrompido por mim, mas se quer saber, eu não tenho o menor arrependimento se quer pelo o que fiz, se existir mesmo um inferno, eu já estou nele, mais com Newt, eu estou mais do que no paraíso, estou no meu lugar, e nem acredito que demorou tanto tempo para que eu finalmente encontrasse o meu lugar. E sentindo meu prazer chegar ao ápice, eu masturbei ele com mais rapidez e cheguei ao meu limite, gozei dentro dele, e não demorou muito para que ele fizesse o mesmo gozando na minha mão, estávamos suados, eu me retirei de dentro dele e lhe celei um último beijo até ele sair de cima de mim, ainda extasiado com tal ápice.

- Estou morto...

- Eu também. - Eu disse sorrindo, porém para mim aquilo era em todos os sentidos, seja da forma mais simples, até a mais metódica. Ele ao perceber, tornou a vir para perto de mim, como consolo, já que sentou se entre minhas pernas de costas pra mim, deitando sobre mim, sem se importar com nossa nudez, não tinha ninguém ali, era uma área fechada, geralmente usada para trilhas, e também que marca a divisa entre México e Estados unidos, ao seja, ninguém aparece aqui, principalmente nesse horário.

- O que vamos fazer, depois que conseguir nos livrar das pessoas que nos esperam na fronteira? - pergunta brincando com a minha mão, e foi então que a melancolia invadiu meu peito outra vez, porém estava disposto a tentar, tentar até o fim.

- O que você gosta de fazer? - pergunto beijando seu rosto.

- Hum... Não sei, há tantas coisas que pretendia fazer quando chegasse no México.

- Me fala uma delas.

- Voltar a estudar. Apesar de ter parado a pouco tempo, sinto saudades da escola. -Deitou a cabeça sobre meu peito.

- Por quê parou?

- Porquê com o passar dos meses, mamãe foi piorando cada vez mais, e chegou a tal ponto que eu não queria mais deixá la sozinha, então para não perder nenhum segundo do resto de vida que ainda lhe tinha, eu deixei a escola e tudo que fazia antes.

- Eu sinto muito Newt. Quer dizer... Viver somente os últimos segundos é uma merda.

- Eu tenho certeza que dei o meu melhor, e não quero ter que pensar que não aproveitei enquanto podia, desse peso na consciência eu me livrei.

- Certo, você poderá voltar a estudar.

- E você?

- Eu. Hunf! Não tenho mais tempo pra isso, vou procurar um emprego digno e assim poder viver da melhor forma que puder.

- Vamos ter uma casa?

- Futuramente sim. E tudo que quisermos.

- Tommy?

- Oi.

- Vai mesmo fazer tudo que está dizendo? - Ele me olhou.

- Você não confia em mim?

- Claro que sim.

- Então... Espere e verá. Acredite Newt, vai haver um dia em que vamos ficar juntos e longe de toda essa merda aqui. -falei segurando seu queixo.

- É o que mais quero Tommy. - Disse sorrindo e de olhos fechados como se estivesse imaginando e não resisti e lhe beijei.

- Bom, sabe porquê escolhi esse lugar pra ficarmos?

- Não. Por quê?

- Porquê além de escondido, tem vários lagos e eu quero te mostrar o quão lindo ficam a noite, parece que as estrelas mergulham na água.

- Sério?

- Vem, eu vou te levar. - Falei e assim levantamos.

- Vamos mergulhar nele? Estou com frio.

- Está com frio, ou com preguiça?

- Os dois. - Confessou sem nenhuma vergonha na cara, me fazendo sorrir.

- Anda vem logo! Não temos muito tempo. -Falei me vestindo.

- Já faz horas que eu tenho percebido que você está agindo como se estivéssemos nos despedindo. - Comenta se vestindo também e me fazendo engoliar ar seco.

- O futuro é incerto Newt, eu disse a você que pode não...

- Shiiu! - Ele colocou o indicador em minha boca. - Vai dar certo, agora vamos?

- É... Vamos.

......

- Tem certeza que ninguém mesmo aparece aqui? - perguntou assim que chegamos.

- Claro bobo, se tivesse pessoas por aqui, já teriam nos pegado antes quando estávamos perto da fogueira.

- Até que faz sentido.

- Claro que faz! Agora chega de falatório porquê essa água está nos convidando a mergulhar nela!

Falei arrancando minhas roupas sem nem um pouco de vergonha ou pudor e saí em direção ao lago, e nem preciso ser adivinho pra saber que tenho o olhar de Newton no meu corpo enquanto caminho, assim entrei olhei pra ele que ainda parecia pensar se vinha ou não. Mas ao me ver apenas sorriu dando de ombros e tirou suas roupas também vindo ao meu encontro.

- Isso está muito frio! - Disse quando mergulhou, depois parou a minha frente.

- Sim, mas logo, logo irá ficar melhor. - Falei sorrindo de forma maliciosa ele, que pareceu entender já que me deu um leve empurrão e depois enlaçou seus braços em volta do meu pescoço.

- As vezes fico pensando, como você tem coragem de causar tudo isso em mim e depois me fazer prometer seguir sem você, se algo der errado. - Disse suspirando.

- Desculpa Newt, mas eu não posso deixar você ter o mesmo destino que eu, eu nunca irei me perdoar se algo de ruim acontecer com você, nunca... - falei olhando em seus olhos.- Mais não quero pensar nisso agora, não quero perder tempo.

- Lá vem você com essa conversa estranha de perder tempo, como se fosse sei lá... A última vez.

- Shii... - Eu lhe dei um selinho demorado depois sorri pra ele.- Apenas aproveite.

Dito isso, ele segurou meu rosto, unindo novamente nossos lábios, e assim mergulhamos deixando que somente a lua e a água sejassem nossas contemplantes em mais uma vez no qual pertencessemos um ao outro.

.......

- Espero que a fogueira ainda esteja bem acesa, pois se antes estava com frio, agora estou congelando. - Disse assim que terminamos de nos vestir, mesmo que a roupa secasse, nossos cabelos ainda estavam enxarcados.

- Também espero, estou exausto.

- Desculpa por isso Tommy.

- Convencido! - falo o empurrando de leve enquanto sorrimos juntos, porém assim que voltamos não era a luz da fogueira que estava acesa e sim o farol do carro. Esse era o problema, o farol de um carro que não era o nosso, então eu e Newt que estávamos de mãos dadas, nos soltamos ainda olhando para o carro que logo desligou e os faróis violetas apagaram.

- Tommy...

Antes de dizer algo a ele, saíram duas pessoas de dentro dele, se colocou ao meu lado como se pudesse lutar contra quem quer que fosse junto a mim. Assim eu logo reconheci de cara, um deles era Ben, e o outro Galileu, o cãozinho do Davis, mais também conhecido somente como "Gally". Ben e eu nunca tivemos problemas, ora ou outra nos encontrávamos pelos bares da vida, ele é um cara legal, uma história parecida com a minha, Ben ganhou as ruas cedo também, mais teve mais sorte que eu, se bem que trabalhar com Davis não pode ser considerado sorte.

- Atrapalhamos? - Gally diz sarcástico olhando para mim, depois para Newt como se já soubesse tudo que aconteceu antes de chegarem.

- Como que...

- Como te achamos O'brien? Hum... É que Davis rastreou sua sujeira, desde que saiu de San Angelo até aqui, e aliás, pelo o que vejo você me parece muito bem hum? Quem é esse? Sua nova cadelinha?

- Gally, menos! - Ben o repreende, sinto algo muito forte me subir até a garganta, uma energia que me faz tremer, um enorme nó se forma em minha garganta como se me rasgasse por dentro, era o ódio e a repulsa de suas palavras imundas ao se referir a Newt.

- Newt... - Falo um pouco baixo, então viro meu corpo e minha atenção a ele, ele ainda olhava atento ao Gally e o Ben, mais ao ouvir eu o chamar, ele Prontamente me olhou. - Me espera no carro, eu cuido disso.

- Conhece eles?

- Sim, está tudo bem.

- Tem certeza Tommy?

- Sim, não se preocupe.

- Certo... Toma cuidado. - Disse dando dois passos para trás e depois seguiu até nosso carro, assim que ele entrou e a porta bateu, eu suspirei fundo criando coragem para encarar Gally mais uma vez, assim virei de volta.

- O que vocês querem?

- Viemos em paz Tom. - Ben.

- Em paz o cacete! Davis quer o dinheiro dele que você ta' devendo. E o tempo acabou! - Gally.

- Ele me deu uma semana, até onde sei ainda estamos no quarto dia.

- Não importa! Você já teve seu tempo.

- O prazo termina até o pôr do sol de amanhã. Eu ainda tenho um dia e meio.

- Que diferença vai fazer?

- Não se preocupe, diga ao seu chefe que até amanhã eu terei o dinheiro dele.

- Thomas, Thomas... Você não faz idéia do que te espera se pensa que pode fugir pela fronteira.

- Não irei! Eu vou até lá entregar o dinheiro a ele, como prometido, e pronto!

- Acontece, que Davis não confia em você, então nos mandou aqui pra isso.

- Para quê?

- Ele quer a garantia de que você vai estar no ponto de encontro amanhã e não irá fugir com o dinheiro que ele já sabe que roubou do banco, a gente seguiu todos os seus passos Thomas, sabemos tudo que fez, aliás... Que fizeram.

- Tá' e o que ele quer de garantia? É muito dinheiro, não tem como saber quanto exatamente tem lá, não posso mandar nada agora.

- Mais não estamos nos referindo a dinheiro Thomas. - Gally sorriu malicioso e olhou em direção ao carro.- Ele quer o garoto.

Ao ouvir aquilo, foi como se tivesse sido possuído por algum demônio, o ódio que eu sentia antes, pareceu triplicar, aquele filho da puta só pode estar de brincadeira comigo, o mundo só pode estar de brincadeira comigo, Newt não... Ele não!

- Se tocarem no garoto. Eu juro que a única coisa que aquele maldito do caralho vai ter é minha arma bem apontada na cabeça dele.

- Você sabe que não pode contra ele.

- Ah é? E quem vai me impedir Gally? Você? É o dinheiro que ele quer? Ótimo, então podem levar essa merda de uma vez, mais não toquem em Newt!

- Tarde demais Thomas, ele quer o garoto.

- JÁ DISSE QUE NEWT NÃO VAI PRA CANTO ALGUM!

- Se não voltarmos com o garoto, Davis quando vir vai ser pior, você sabe, você o conhece bem O'brien, não duvide.

- Não torne as coisas mais difíceis do que já estão Thomas. - Ben diz apreensivo, era visível seu descontentamento.

- Não vou entregar Newt a ninguém! Ele é minha responsabilidade, ele precisa estar em segurança até amanhã.

- E vai, Davis vai cuidar bem dele.

- NUNCA! - Avancei em cima dele o segurando pela gola de sua camisa amarrotada.

- Calma Thomas... É apenas uma garantia de que você não vai fugir, não se preocupe, sua cadelinha vai ser entregue de volta a você assim que entregar o dinheiro.

- NÃO O CHAME ASSIM!

- EU CHAMO DO QUE EU QUISER! - Agora foi ele quem me empurrou, e Ben nos separou. - Davis sabe da importância dele pra você e do romancezinho gay de vocês. Então tendo o garoto conosco hoje, amanhã fazemos a troca.

- Não se preocupe Thomas, nada vai acontecer a ele, eu prometo. - Ben disse. - Posso proteger ele, da maneira que quiser, só... Vamos acabar logo com isso, entregue o garoto e amanhã o terá de volta.

- Como saberei que isso não é um truque?

- Isso você vai descobrir amanhã, agora se eu fosse você aceitaria, por quê se Davis vier pessoalmente, ele não irá ser tão gentil com seu menino. - Gally diz cruzando os braços, eu olhei pra eles dois totalmente encurralado, mais o que posso fazer? Não posso arriscar que Davis venha e faça pior, e eu sei que Ben está falando a verdade quando diz que pode proteger Newt, mais o medo de ficar longe dele é maior, medo de algo muito ruim acontecer com ele, e eu não está lá para protegê -lo e dizer que vai dar tudo certo, mais eu preciso tentar, preciso fazer dar certo, então a idéia me surge na mente como uma luz, espero que Newt me perdoe.

- E-Eu vou falar com ele.

- Deve! Agora para com esse drama todo e vai falar com o pirralho. Aliás desde quando você curte colegiais Thomas? Quantos anos esse garoto tem mesmo?

- Não é da sua conta! - Falei me virando e indo em direção ao carro.- Me esperem aqui!

Eu disse quando ele fez menção de me seguir, estávamos um pouco afastados do carro, então não deu para Newt ouvir nada, ele estava sentado no volante, roía as unhas de curiosidade, e ao me ver me aproximando, abriu a porta do carro e saiu apressado me abraçando forte.

- Tommy! 

- Estou aqui Newt. Está tudo bem agora.

- Fiquei com tanto medo deles fazerem algo contra você.

Disse ainda abraçado a mim, assim eu afaguei seus cabelos que já estavam mais secos e encostei meu queixo em sua cabeça fechando os olhos, respirando fundo e criando coragem para dizer a ele o que precisava fazer.

- Newt... - Falei assim afastei um pouco para olhar em seus olhos, ele me olhou curioso, e eu segurei seu rostinho com as duas mãos, pouco me importando se Ben e Gally estavam nos olhando.

- Algum problema Tommy?

- Lembra que disse que faria qualquer coisa para ficarmos juntos? Seja qual for?

- Sim, e eu não estava brincando.

- É que... - Eu desviei o olhar e humideci os lábios, contei até três mentalmente e voltei a olhá lo. - preciso de um favor, um favor seu.

- Meu?

- Sim, Newt, me escute. O cara que eu devo, ele não confia em mim, ele acha que vou fugir, e quer uma garantia de que amanhã eu estarei no ponto de encontro para entregar o dinheiro a ele. E é aí que você entra.

- Eu? Por quê eu?

- Porquê Newt... Por quê ele quer que você vá até lá fique como garantia de que eu não irei a canto algum até o fim da tarde.

- O quê?

- Olha, Nada de mal vai te acontecer, está vendo aquele cara no capô do carro? Então, Ele vai te manter seguro, vai cuidar de você pra mim.

- Espera aí. - Ele se Afastou. - Você... Você concordou com isso? Como teve coragem?

- Newt se eu não fizer ele vem aqui, e eu te garanto que será pior.

- Mas e o que a gente planejou? Como você quer que eu vá com esses caras que eu nem ao menos conheço? Como me diz que concorda com essa loucura Tommy? E eu? Como fico?

- Newt me escute, eu prometo que vou te buscar, vamos embora juntos!

- E se eles fizerem algo contra mim? Você não pensou nisso? Por quê me parece que está bem mais preocupado em pagar sua dívida do que me ter ao seu lado. Fala a verdade, você não se importa, não é?

- Newt isso não é verdade. É claro que me importo, eu me importo mais com você do que com minha própria vida, e justo por isso preciso que me entenda, eu não quero que algo pior aconteça com você quando a gente passar por aquela fronteira, não quero, então por favor, por favor Newt, me ajude, faça isso para que possamos ficar juntos amanhã e por quanto tempo for.

Ele me olhava indignado, seus olhos cheios de lágrimas expressavam sua decepção, tentei me aproximar, mais ele se afastou, e depois de um tempo naquilo, ele apenas deu um sorriso amargurado.

- Tá', que seja! - Ele disse abrindo a porta do carro e pegando sua mochila, mais eu segurei sua mão.

- Newt, Por favor me perdoe, eu juro que se tivesse outro jeito...

- Não Tommy! chega okey? Eu já entendi meu papel no meio disso tudo, e sinceramente? - Ele limpou o rosto, enxugando as lágrimas que desciam por ele. - Eu acreditava em você, e que a gente poderia dar certo, mais a verdade é que você e eu queremos coisas totalmente diferentes, e isso nunca vai dar certo.

- O que está dizendo? Não quer mais seguir o plano?

- Eu só quero ir pra casa, e ficar longe daqui e de tudo isso... Até mesmo de você! - Suas palavras foram como golpes de faca em meu peito, atravessou e entrou no meu mais profundo ser, eu dei dois passos para trás, ele olhou para os lados, nenhum de nós disse mais nada, e antes de passar por mim, ele me olhou. - Te vejo amanhã, ou não.

Assim passou por mim, eu Prontamente o segui assim o guiando até o carro onde Gally e Ben estavam nos esperando.

- Até que enfim princesas! Achei que fosse ter que buscar vocês de um jeito mais difícil.

- Não enche Gally! - Falei sem paciência, assim ele abriu a porta de trás do carro, e apontou com o queixo olhando para Newt, mais eu disse que faria isso, então ele deu de ombros e entrou no volante, antes de Newt entrar eu segurei seu braço o fazendo olhar pra mim, e mesmo com os olhos marejados, ele me olhou.

- Lembre de uma coisa Newt... Eu te amo! 

Ele engoliu ar seco ao ouvir aquilo, mesmo sendo algo totalmente desesperado, foi sincero, eu o amo de verdade, como jamais amei ninguém e deixar ele ir, estava me dilacerando por dentro. Ele não me respondeu, apenas abaixou a cabeça e entrou no carro, eu sábia que ele estava se segurando, tentando ser forte, e estava fazendo um ótimo trabalho, mesmo levemente magoado por não receber respostas, eu entendo Newt, mas também sei que não teria outro jeito.

- Foi mal Tom. - Ben diz com a voz pesada, só então dei conta de que ele havia ouvido.

- Ben, não deixa ninguém tocar nele, okey? Ninguém mesmo. - Eu disse sem olhá -lo, era visível o pesar em minha voz. - Por favor...

- Eu farei o melhor que puder, mas ele também vai ter que colaborar, você sabe como as coisas funcionam, eu vou ficar de olho nele o tempo todo.

- Valeu Ben.

- Eu queria poder ajudar melhor.

- Você já está. Valeu, de verdade!

Eu falei enfim lhe olhando, assim ele apenas concordou e foi até o outro lado e entrou no carona, Newt estava na outra janela, ele que então me olhava desviou o olhar, não sabe o quanto aquilo me doeu, meu coração parecia estar em pedaços, minha ferida na costela não era nem comparada com a que estava aberta em meu peito, essa estava exposta, sangrava e ardia, era a primeira vez que eu sentia aquilo, eu nunca de fato havia sofrido assim por alguém, e posso dizer com toda certeza que essa dor, é uma das piores que já tive. E assim, Gally pisou no freio e acelerou levando Newt para longe de mim, e junto com ele meu coração.

- INFERNO! - Gritei socando o volante do carro que havia entrado, a dor em meu peito queimava em todo meu ser, a culpa de não ter mudado as coisas quando pude me assombrava e as coisas não deviam ter chegado a esse ponto, não podiam... - Me perdoe Newt, me perdoe!

Olhei o horizonte, os Céus estavam parciais, indicando que o amanhecer estaria por vir, meus olhos cheios de lágrimas translúcidos de dor e sofrimento por uma vida inteira. Pela primeira vez em anos, eu pude me dar conta, foi como uma retrospectiva de todos os anos da minha vida estivesse passando pela minha mente nesse exato momento, e agora eu não parecia ser o mesmo, o Thomas de 27 anos, de espírito livre, e vida vadia, mais sim o Thomas de 13 anos, fraco e indefeso, que não sabia fazer nada além de chorar em silêncio.

Agora era somente eu, e eu tinha um plano a concluir, confesso que não esperava isso, mais preciso continuar, preciso fazer isso dar certo, sei que Ben vai cuidar dele por mim, e não vai deixar nada de mal acontecer com ele, e isso conforta meu coração, nem que seja um pouquinho, mais para alguém que não tinha saída alguma, agora eu tenho, aliás tenho duas opções de acabar de vez com isso. Ou eu espero até amanhã para ir ao ponto de encontro, ou eu fujo durante a madrugada, agora que eles tem algo que é importante pra mim, não precisam de tanta segurança na fronteira, e então acreditam que me mantém preso aqui, mais sabe qual o bom de você não ser confiável? Bom... É que de você, eles nunca esperam nada, até mesmo uma mudança de decisão. Meu amor por Newt é minha prisão. Mas a estrada é a minha liberdade. Foi na estrada que tudo começou, e é nela que tudo vai acabar.

"Não se preocupe Newt, logo você vai estar em casa."


TO BE CONTINUED....         



" Se o nosso amor é tragédia, então por quê você é meu remédio?

Se o nosso amor é insano, então por quê você é minha lucidez?

Por quê você é meu remédio? Por quê você é minha lucidez? "


(Clarity - Zeed feat. Floxes) 


Notas Finais


No próximo será o penúltimo :') então rezem para o Tommy dê um jeito bem dado de conseguir se safar dessa e levar nosso bebê com ele, vejo vcs lá, um beijão de Newtmas!!! 😘❤❤❤


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