Jeongguk’s point of view
Tae foi na direção dos pais, fiquei sozinho por um momento, me sentia tonto e as roupas pareciam mais e mais quentes a cada segundo, apenas ignoro a situação que me encontrava.
O rei, que também pode ser conhecido como meu appa, se aproximou, avisando mais baixo que um murmúrio:
— apenas faça o que vá ser preciso para o reino... não o incomode com preferências suas...
— sim, vossa majestade...
— ótimo.
Volto minha atenção para Taehyung mais uma vez, está com o rosto vermelhinho e um bico nos lábios, constrangido com algo, provavelmente algo que os pais disseram sobre a noite que teríamos...
— tudo bem, Omma. Certo, certo. Eu te amo. — abraçou a alfa que não demonstrava vergonha alguma diferente do filho, que já estava menos avermelhado nas bochechas. Veio até minha direção. — se sente bem? — assinto numa pequena mentira, disfarçando a dor que comecei a sentir, ainda teria que me trocar? Suspiro.
— temo que eu precise ir agora... — anunciei.
— irei com ti.
— não há necessidade, pode vir depois.
— ele faz questão de ir, filho.
— prefiro ficar um pouco sozinho, Omma. — respondo rispido, indo logo para meu quarto, me livrando das roupas sem a necessidade de criados mesmo, consigo me cuidar sozinho.
Meu lado omega está acordando, está um pouco cedo, espero que não domine ao ponto de não me lembrar de nada depois. Quando o quarto ficou quente demais?
Me visto com tecidos leves e confortáveis, ainda um pouco arrumado, uma calça bege de cintura alta e uma camisa larguinha e social, queria dormir no caminho para um pequeno castelo que faz parte das posses de minha família, temo não conseguir e como companhia atrapalharia o sono de Taehyung também.
Knock knock
— entre.
— gguk, estão nos chamando. — disse ainda do lado de fora, visto uma capa creme por cima, por sorte vamos ser levados por um beta.
— me desculpe... — sussurrei, me cobrindo mais na esperança de cobrir o cheiro nas roupas.
— e.está tudo bem. — ele corou ao mesmo tempo que respondeu.
Descemos as escadas juntos, o mais velho também havia se trocado e agora veste com roupas similares às minhas, diferentes por ser apenas dois ou três tons mais escuros.
Nos despedimos brevemente e tomamos viagem para o castelo de Ilsan, vizinho ao castelo da família de Namjoon. Passaríamos uma semana lá, mesmo que meu cio dure apenas três dias. O beta que nos leva não tem pressa, está de madrugada, duas horas, nesse ritmo chegaríamos de manhã, não deveria demorar tanto. Taehyung deve ter percebido minha inquietação e pediu para que fôssemos mais rápido, sorri agradecido, mas ainda tenso.
Taehy é um alfa bonito, jovem e o sonho de qualquer omega, tanto de aparência e personalidade, é até mesmo o meu próprio sonho como omega, ele não deixa transparecer algum incômodo com meu aroma, que está tão forte e até eu mesmo consigo sentir sem problemas, será que ele não está gostando e está me ignorando? Ugh Jeongguk, seu omega está interferindo nos seus pensamentos, você não pode ficar inseguro agora.
Não tenho boas lembranças das vezes que o lado omega já apareceu, ele é sensível e muito... não gosto de ter sua influência, por sorte só aparece nos cios, mas seria bem melhor se ele simplesmente não existisse.
— se sente bem? Estamos quase chegando... acho que teremos tempo para dormir...
— apenas... enjoado do balanço da carruagem... é normal.
— se você diz. — ele se deitou em meu ombro com um sorriso pequeno na face bronzeada.
Em geral nós do norte, oeste e das montanhas no leste possuímos a pele pálida, o frio é rigoroso e nem sempre faz sol, já no sul, centro e litoral do leste é muito quente, principalmente no verão, e boa parte do povo tem a pele beijada pelo sol, Taehy faz parte deles, sua pele tem um bronzeado dourado e bonito.
Paramos em frente do castelo, o outro pegou no sono, não queria acorda-lo, mas o cocheiro o fez.
— o que? Já chegamos?
— sim, alteza.
Taehyung’s point of view
Fomos conduzidos com pressa pelos cômodos e deixados no quarto. Jeongguk deixou escapar uma fraqueza nas pernas e quase caiu, o pego rapidamente e sento na cama. Ele se deitou e soltou um gemido baixinho e manhoso. Retiro sua capa e largo numa cadeira junto da minha, seu rosto está banhado de suor, e muito quente até mesmo para tocar por um segundo que fosse, estava mantendo os olhos fechados e a boca entreaberta com arfadas. Me arrepio com o toque que me deu, apertando a parte interior de minhas coxas.
— ggukie...
— me ajude, alfa... ah...
O olho surpreso, focando principalmente as pupilas azul-cinzento tão frios como gelo. Se livrou logo dos sapatos e das calças, desvio o olhar em constrangimento, me sentia queimar também, seus feromônios fazendo efeito em mim.
Quando espio apenas veste a camisa soltinha, evito olhar para baixo, já sabendo que sua lubrificação molha os lençóis, e pensar que o líquido adocicado sairia aos montes quando...
— alfa... a.ah... venha logo...
Nem percebi quando o pequeno estava colocando os dedos na entrada encharcada com o pequeno estímulo. Também nem percebi quando o outro me despiu totalmente e tirou a própria camisa, abraço minha barriga instintivamente por vergonha. O menor pronunciou algo inaudível e me deitou na cama, começando a me cheirar desde minha nuca, deixando até mesmo uma lambida no caminho para minha clavícula, e descendo até demais para meu membro que está sem muita atenção até mesmo por mim, mesmo que fosse necessário a essa altura.
O omega não insistiu em descer para o quadril e nem para a virilha ao perceber o meu incômodo tanto por reações e pela minha marca em seu pescoço, subiu novamente tomando posse do corpo, deixando marcas e mordidinhas, ainda tímidas.
Storyteller’s point of view
O alfa do casal não relutou em gemer arrastado, não aguentaria mais muito tempo e logo faria o mesmo com a permissão do outro, dar esse mesmo prazer. Teve o colo ocupado por quem tinha o lugar de direito, o ocupando tão bem e tão perfeitamente que parecia ser sob medida. O omega de Jeongguk mordeu os lábios, os olhos queriam começar a escurecer, mas nunca voltando aos naturais dele, o Jeon não está mais dominando.
— me faça seu... — soltou um gemido entre as palavras, sentindo a dor do cio.
— eu vou... meu omega...
Os lábios do Kim foram tomados pelo Jeon com luxúria, se remexendo no colo e sentindo a ereção presente. Aquele não era, sem duvidas, Jeongguk, o príncipe calmo, doce e sereno que conhecia, e sim um omega insaciável de sede na luxúria, apenas se separaram pela falta de ar. O alfa do maior dava voltas com tudo que acontecia.
Apesar do jeito possessivo e um tanto carente do omega, o mesmo também era submisso e um tanto atirado, algo que o lado humano sempre temeu. E esse lado apenas está começando a dar as caras, se deitou e puxou o alfa com as pernas, entrelaçando-as em sua cintura aproximando ainda mais as intimidades, vale citar.
Sem adiar mais o inevitável Taehy se colocou sobre e entre as pernas do mais novo, penetrando devagar, receioso com o que o outro sentiria, se estaria o machucando. O que não adiantou de muito, foi puxado para ainda mais perto e sendo engolido de um vez só na entradinha encharcada, soltou um gemido sôfrego e já o omega de Gguk não se segurou em gemer alto, não pela dor, e sim pelo prazer de estar preenchido por seu alfa. Então logo começou a se movimentar, fazendo o membro rígido entrar e sair sem dificuldade cada vez mais rápido e fundo.
— és apenas meu, alfa... ahmm...
Curvou as costas atrás de contato com a pele dourada, não exatamente atrás de um toque íntimo, e sim de atenção, seus dígitos apertavam as costas do alfa, não exatamente sólidas e cheias de músculos estonteantes, apenas boas de apertar e arranhar. Recebeu um pequeno rosnado em resposta, apenas como uma reação e não negação ao ato de Jeongguk.
— apenas seu...
Taehyung voltou a ser mordido, as pequenas presas faziam alguns filetes de sangue escaparem, até se contentar em morder a clavícula e marcar o alfa, eram totalmente um do outro agora.
As movimentações de ambos durante a cópula não durou muito, logo se desmancharam juntos em cima dos lençóis e o nó foi feito, permaneceram assim por um tempo, sem pressa e numa justificativa silenciosa de não se machucarem ao se afastarem.
— agora, banho.
O menor já estava dormindo quando o nó se desfez totalmente.
— melhor deixar para outra hora...
(...)
Não imaginava que a cada alguns minutos tudo recomeçaria, os banhos ficaram escassos e as refeições também, três dias assim. Bom ou não, não há criados lá, apenas guardas nos arredores e aos montes, coisa percebida por Taehyung.
— obrigado por ter tido paciência com ele... — sorriu, com os olhos num cinza escuro e azulado, aos poucos seu aroma diminuía.
— teria de todo jeito...
Estavam no banho de banheira, agora que o cio está no seu fim, o Jeon já está de volta e tomando mais presença e estava sendo atualizado do que estava acontecendo, feliz por não acontecer nada de ruim.
— ele é totalmente diferente de você. — contou em tom de surpresa. — e totalmente insaciável... — falou a última parte baixinho, sem querer constranger o marido.
— vi que foi marcado...
— sim... para ser sincero esperava que fosse acontecer com você... e não num cio. — confessou.
— bem... eu aceitei que ele lhe desse a marca... — o lambeu com carinho nos furinhos de seus caninos para cicatrizar mais rápido. — eu... influenciei...
— mesmo...?
— mesmo...
— eu te amo, ggukie...
Jeon abraçado fora pelo marido, não tardou em retribuir, corado e sem saber o que responder, apenas em choque demais para entender algo.
— eu... também... te amo... taehy...
(...)
Tiveram um jantar simples antes de dormir, o mais novo engoliu em seco, pensando no que aconteceu naquele quarto.
— taehy...
— o que foi?
— p.podemos... fazer de n.novo? Fora do cio?
— a.ah... claro... — abraçou a cintura alheia com timidez. — podemos quando quiser... entendeu?
— uhum...
A noites foram longas nessa semana, e não apenas pelo cio, mas pelo amor e a proximidade que ambos estão desenvolvendo um pelo outro.
(...)
— me pergunto se você não é muito bom para mim...
— posso até ser... mas você também é...
Ambos estão deitados próximos do quentinho da lareira e aproveitando o quentinho que exalava nos últimos momentos que passariam ali, voltariam para Seoul em poucos instantes.
— nem sou tão carinhoso assim... — se aconchegou na braços do alfa. — você é...
— não me refiro a isso... — beijou a testa alheia. — e sim de que... sabe... estar com ti é muito bom... e aprendo tanto com você... bem mais do que com os professores que tive...
— podemos fazer isso...
— agora?
— uhum, trouxe aquele livro que tanto gostou.
Agora que tinha dezoito anos Jeongguk se sentia mais ativo e um tanto independente, mesmo que seja algo bobo, se sentia bem por ter a idade que ninguém poderia dizer que ele ainda era uma criança.
— consegue se levantar?
— não... meu quadril ainda dói e... naquele lugar também... — teve a ajuda do marido para se levantar, sorrindo em agradecimento.
— queria não ter exagerado...
— sabe que não foi culpa sua, não é? Eu tmabem quis
Jeongguk beijou a bochecha alheia, encerrando o assunto para pegar seu livro, que estava em uma das bolsas que trouxeram.
— do que se trata esse capítulo?
— o cio.
“Durante período o fértil omegas liberam um líquido lubrificante, caracterizado pelo aroma do lobo e por facilitar o ato sexual, além de atrair principalmente alfas. O cio dura entre dois e uma semana para os omegas, sendo o primeiro período o mais longo e de maior alcance.
No caso de alfas, o tal do cio durava entre cinco a dez dias, a presença aumenta inconscientemente e atrai especialmente omegas, alfas não marcados geralmente optam pela possibilidade de ficar com mais de um parceiro, a fim de espalhar sua genética, também é no período fértil do alfa que o nó acontece com mais facilidade.
Com o nó a chance de gravidez é maior, o gênero e a classificação depende dos progenitores.
Mulheres possuem genes do tipo XX, logo uma gravidez entre mulheres, naturalmente geram apenas mulheres também com gene XX.
Homens possuem genes XY, logo numa gravidez entre homens pode se gerar tanto homens(XY), quanto mulheres(XX).
Quanto a classificação, irá depender da própria classificação dos progenitores.
Um casal de alphas geram alfas.
Um casal de betas geram betas.
Um casal de omegas geram omegas.
Um casal de alfa e omega pode gerar tanto alfa quanto omega. E assim por diante.
A gestação...”
— acho que já está bom... — o mais novo entre ambos fechou o livro e escondeu o rosto avermelhado na capa que usaria quando saíssem.
— está com vergonha gguk? Que fofinho você... — taehy mecheu nos fios escuros do outro.
— não estou...
— é por causa do assunto de gravidez?
— não...
— será que já está gravidinho? — o maior tomou o corpinho para seu colo, abraçando por inteiro com um sorriso bonito nos lábios. — vamos ter um bebê?
— não, Taehy... — continuou corado, querendo encerrar o assunto logo. — acho que já está na hora de irmos...
— também acho. — ele riu baixinho, roubando um beijo na testa coberta pelo cabelo do Jeon.
O mesmo beta que havia os levado já estava os aguardando no fim das escadas, Taehy abriu a porta da carruagem para que Gguk entrasse primeiro. Aproveitaram o caminho para ler mentalmente o livro que estavam tão curiosos para terminar.
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