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História Onde mora o coração (NaruHina) - Olá, Grécia


Escrita por: biawallflower

Notas do Autor


Olá, gente, estou de volta!
Então, estou com alguns capítulos prontos já e não vou ficar segurando eles.
Gostaria de agradecer os novos favoritos, fiquei super feliz *-*
Espero que aproveitem capítulo novo.


Vamos lá...

Capítulo 3 - Olá, Grécia


Fanfic / Fanfiction Onde mora o coração (NaruHina) - Olá, Grécia

 

Depois de um dia inteiro de compras, de Ino tagarelando sobre garotos, de Tenten fazendo comentários sarcásticos e irônicos e Sakura tentando conter os ânimos de Ino, nos dirigimos ao nosso local sagrado: a sala de ioga onde nossas mães se conheceram. A sala já havia sido desocupada há alguns anos, e conseguíamos entrar sempre pela escada de incêndio. Nos sentamos em círculo como sempre fazíamos e Ino colocou a calça que magicamente cabia em cada um dos nossos corpos no centro, para finalmente explicar a ideia maluca que teve:

- Bom, esse é o primeiro verão que vamos passar longe, e apesar de eu ter passado o dia todo bem tranquila a verdade é que estou tentando esconder o quanto isso tudo me deixa triste - ela diz olhando pra baixo, e todas nós adquirimos uma expressão triste, porque também nós sentíamos assim -, mas agora temos uma forma de nos manter unidas nesse verão - ela diz levantando a cabeça, abrindo um sorriso e abraçando a calça.

- Ino, celular e internet estão aí pra isso! Como uma calça vai nos manter mais unidas do que isso? - Tenten pergunta revirando os olhos. A morena era sempre muito lógica. 

- Porque esse laço vai ser só nosso - ela diz falando um pouco baixo, como se estivesse tentando guardar aquele momento para ela -, é uma coisa que liga nós 4, e que ninguém vai poder nos tirar isso. - e ao dizer isso a loira consegue deixar até mesmo Tenten sem palavras. Todas nós sorrimos e assentimos com a cabeça.

- Então, como isso vai funcionar? Porque vamos estar super distantes, né? A Hina vai estar na Grécia, que é o local mais distante. Eu vou estar na Carolina do Norte, com o meu pai. Você, Ino, vai lá pro México, pra o acampamento de futebol feminino, e só a Tenten vai ficar aqui, trabalhando naquele supermercado. - Sakura diz como se aquilo fosse óbvio. 

- Ei, é um trabalho de pesquisa. Estarei me preparando para fazer o meu novo filme. - Tenten fala autoritária. 

- Tá, ok. Mas e aí, como vamos fazer isso? - Sakura insiste.

- Uma semana com cada. Cada irmã aqui vai ficar uma semana com a calça e então ela envia pelo correio para a próxima irmã da lista, e assim vamos fazendo até nos reencontrarmos no final do verão. - Ino explica. Ficamos pensativas um momento, e então todas nós assentimos. 

- E quando enviarem a calça vocês devem enviar junto uma carta, explicando o que de melhor aconteceu com vocês quando estavam usando ela - Ino continuou. 

- Carta? Sério? Ainda tem alguém que escreve cartas? - Tenten falou ácida. 

- Bom, se não tiver, agora vai voltar a ter. - Ino deu de ombros. - E aí, concordam ou não?

Eu não esperava que nada de muito interessante me fosse acontecer na Grécia, com calça ou não. Mas era a forma de me manter unida com minhas irmãs da vida nesse verão, então eu concordei com tudo. 

- Hina, melhor você ficar com a calça nessa primeira semana, já que você é a que vai para o local mais distante. - Sakura me olhou. 

- Tudo bem, então depois envio para você, no México. - falei.

- Pronto. Depois envio para a Saky, na Carolina do Norte, e por último mando de volta pra cá pra Tenten, e aí o ciclo recomeça. - Ino falou feliz. 

Tenten permanecia com uma cara de tédio, mas eu sei que no fundo ela estava como todas nós ali, com o coração partido. Não estávamos prontas para nos separar e encarar o mundo pela primeira vez sozinhas. Mas talvez aquela fosse a forma de não estarmos sozinhas nesse momento, e de saber que não importasse o que acontecesse, nós teríamos umas às outras, um laço que era só nosso. Ficamos lá por mais algum tempo e, antes de irmos embora, demos um abraço bem demorado na esperança de que por um instante o tempo parasse, como se estivéssemos gravando para sempre o rosto das pessoas que mais amavámos nesse mundo, e de que aquele laço jamais seria quebrado. E então eu fui para casa descansar porque no dia seguinte, eu iria para a Grécia. 

 

--

Mamãe e Hanabi me trouxeram até o aeroporto, papai não pôde vir, como sempre trabalhando. Eu olhava ansiosa para o telão com os vôos, sem saber se queria logo ir ou se queria que ele fosse cancelado. A verdade é que a última vez que fui à Grécia eu era muito pequena, nem me recordo direito. Minha avô e meu avô nunca saem de lá, e eu estou aproveitando essa última chance de estar lá antes da faculdade começar e meu tempo ser todo tomado. Mas, mais do que tudo, eu me recordo da linda arquitetura de Santorini, e de como aquilo poderia ser ótimo para que desenhasse. 

Finalmente meu vôo é chamado e me despeço de mamãe e Hanabi com um abraço forte. Seriam 10h de vôo, então eu só coloquei os meus fones e me perdi nos meios dos meus pensamentos, e dos meus medos. Se foram 10h de vôo eu realmente não sei, mas quando eu achava que a Grécia não ia chegar nunca mais, finalmente anunciaram que estávamos pousando. Segui até a entrada do aeroporto onde um carro me esperava para me levar até parte do caminho. Santorini é uma linda cidade, mas formada principalmente por escadas e ladeiras, ou seja, não dava pra chegar até a casa dos meus avós de carro. Depois de uns 30min chegamos até onde meu Nonô (avô em grego) me esperava. 

Desde criança sempre tive uma grande ligação com meu avô, mesmo ele não falando português. Meus pais sempre disseram que puxei a ele, Nonô sempre foi muito calado, muito observador, e sempre preferiu não chamar muita atenção. Mesmo não entendendo o que ele fala, sempre fui muito ligada a ele, e acho que sempre nos entendemos com o olhar. 

- Nonô, que saudade! - digo o abraçando e ele me retribui. Ele não disse nada, apenas sorriu para mim e eu pude sentir meu coração ficar quentinho, como se estivesse sendo acolhido. 

Ele me colocou em cima do burro, que seria nosso transporte até chegar em sua casa. Enquanto subia aquelas escadarias de Santorini, fiquei admirando a imensidão daquele mar azul. Tão lindo, tão grande, tão profundo. Todas as coisas que nunca me senti. Eu sempre tive tanto medo de tudo que mesmo sabendo nadar, nunca me atrevo a entrar no mar, a pular de cabeça. Aliás, eu nem sei o que é me envolver profundamente com algo, ou alguém. A única coisa que tenho profundamente é minha arte, e mesmo essa eu guardo apenas pra mim, e mesmo sendo minha paixão não tenho a capacidade de enfrentar o meu pai e dizer que é isto que quero fazer. Que bom seria estar em cima daquele ondinha que está se desfazendo lá no mar… Que bom seria me deixar levar. Sou tirada dos meus pensamentos quando o burro para na frente da casa dos meus avós. Minha Naná já está a minha espera falando várias coisas rápidas, que eu nem consigo entender.

- Naná sempre foi mais expansiva, sempre perguntando sobre tudo e querendo saber sobre tudo. E sempre muito doce comigo. As vezes eu acho que ela pensa que eu sou um bibelô, que pode quebrar a qualquer momento. 

- Hinata, que saudade! - diz me abraçando. - Você não deveria ficar tanto tempo sem ver os seus avós!

- Desculpe, Naná, prometo tentar vir com mais frequência. - digo sorrindo para ela. 

- Não se preocupe com isso agora. Você vai ter o verão todo para cansar de nós, agora entre e se ajeite. Vá descansar um pouco, sei que a viagem foi longa. - diz me guiando para dentro. 

A verdade é que eu estava cansada mesmo. Nunca entendi como mesmo dentro de um avião ficando sentada, podemos ficar tão cansados. Mas eu estava, e só queria um bom banho e relaxar. Observei que a casa dos meus avós em nada tinha mudado. A frente ainda era um restaurante familiar que meus avós mantinham, e ao entrar senti todo aquele frescor e cheiro de infância que me invadiam. Na sala, a ampla janela que tinha uma vista privilegiada do mar, e as paredes tão branquinhas me transmitindo calma. Apesar de raramente ir à Grécia, sabia que existia algo naquele lugar que me fazia bem, onde eu queria estar. Me dirigi até o quarto colocando as minhas malas e indo tomar um bom banho. Depois dali, eu só queria dormir. 

--

Acordei somente no outro dia e pude encontrar minha Naná preparando a mesa para o café. Ela disse que meu Nonô tinha saído para pegar peixe, então seríamos apenas nós duas. Ficamos conversando sobre a vida em casa, e eu tinha esquecido a capacidade que a minha avó tinha de me fazer sorrir. Ao terminar, decidi dar um passeio pela cidade e ver se encontrava algo interessante para desenhar. Antes disso, fui ao meu quarto e decidi colocar a calça jeans que estava compartilhando com minhas amigas. Ali ninguém me conhecia, então não iriam se surpreender por eu estar usando jeans, e talvez ela me trouxesse a sorte que eu precisava, algo que me iluminasse e acalmasse meu coração tão confuso com esse buraco que parecia existir nele. Levei um banquinho a tiracolo comigo, para que eu ficasse confortável caso encontrasse algo que chamasse a minha atenção. Mas a verdade é que eu estava completamente dispersa, e por mais que eu procurasse algo não seria capaz de me concentrar o suficiente para passar pro desenho. Decidi por sentar perto do mar, e tentar desenhar uma das casas que ficavam em frente. Mas algo começou a chamar a minha atenção: a maneira como um grupo de homens dentro de um barco faziam a pesca e devolviam os peixes ao mar. Lembro de ter pensado como deve ser triste ser retirado da sua casa e ir perdendo a vida aos poucos. E, sem eu perceber, quanto mais eu me esticava para ver, mais na ponta eu ficava. E então, como num rompante, eu caio no mar.

A verdade é que eu sei nadar, mas eu fui pega tão de surpresa com essa queda que não soube reagir, eu só consegui me sentir sufocada, e então gelei em desespero. Meus olhos foram fechando aos poucos, e eu me senti mais uma vez fraca. De repente, senti uma mão puxando a minha cintura e um corpo colando no meu. Me senti sendo puxada para fora d’água, e o ar finalmente voltando aos meus pulmões. Então eu abri os olhos, e eu o vi. Mesmo ali com os olhos embassados, o coração disparado e o pulmão ofegante, eu vi os olhos mais profundos de toda a minha vida. Ele me olhava com uma expressão preocupada, e eu não pude deixar de sentir que quando eu olhei naqueles olhos tão azuis, eu ainda estava me afogando naquele mar. Mas dessa vez eu não queria que ninguém me salvasse. 

- Você tá se sentindo bem? - ele perguntou me puxando para que me sentasse, e eu levei a minha mão até a cabeça, como se estivesse confusa. 

- S-sim, estou bem! Obrigada! - disse fechando os olhos.

- Você tá bem mesmo? Consegue lembrar o seu nome? - ele me perguntou ainda segurando a minha mão, e com a mesma expressão preocupada. 

- Lembro sim! Hyuuga Hinata. - disse corando pelo toque dele na minha mão. E então ele fez a coisa mais absurda do mundo, ele sorriu. E quando eu vi aquele sorriso, eu senti todo o meu estômago embrulhar. Eu nunca tinha visto algo tão lindo em toda a minha vida.

- Olá, Hyuuga Hinata, muito prazer. Eu me chamo Uzumaki Naruto! - disse me segurando e novamente abrindo um lindo sorriso. 


Notas Finais


Então é isto, pessoaaal! Nosso Narutinho finalmente apareceu. agora que a história vai deslanchar de vez.
A relação da Hina com os avós também é muito bonita e muito importante pra construção da história. Espero que vocês estejam gostando! Por hoje é isto.
Até a proxima!



love always,
B.


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