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História Onde Tudo Começou - Maldita viagem no tempo


Escrita por: Cookie-Teddy

Capítulo 8 - Maldita viagem no tempo


   Kara Danvers percebeu que algumas coisas nunca iriam mudar. Quando chegou ao estúdio, ouviu algo que aquecia seu coração um pouco por nostalgia e saudades de Catherine Grant.

   _Kiera, não sei porque te dei a oportunidade de apresentar esse programa. Nem a competência de chegar na hora você têm.

   A Danvers mais nova não tinha nenhuma  desculpa para dar, por sorte uma voz veio ao seu resgate.

   _Relaxa, Cat. Dá um tempo pra menina, ela veio do hospital. Você está bem, Kara? Ken me mandou uma mensagem falando que você havia desmaiado, querida.

   Olhando para trás, a loira viu Lena Luthor. Aquilo a surpreendeu, nunca em sua vida imaginou ver a irmã do arqui inimigo do Superman a chamando de querida. A filha de Alex tem uma cauda, Maggie virou uma hippie e Winn tem uma namorada. Três coisas improváveis mas não impossíveis, agora por outro lado, uma relação íntima de carinho mútuo entre uma Luthor e uma Super… isso sim parece uma ficção como aquelas de internet onde Snape não morreu ou Hermione termina com Harry e não com Rory. É cada coisa que as pessoas inventam mas definitivamente essa seria a mais absurda de todas para se ler. A kriptoniana não sabia reagir, deveria chama-la de Lena, Srt.Luthor, de algum apelido carinho? Kenny seria útil neste momento mas ele havia a deixado set de filmagem e saído para resolver uma questão do seguro do carro que havia chegado com um valor acima do estimado no contrato.

  _E-eu estou bem sim. O médico disse que foi só uma queda de pressão. Acho que é ansiedade com o programa de hoje.

  Lena sorriu e disse:

  _Também estou nervosa. Ser a herdeira Luthor lésbica e anunciar ao vivo que está sendo barriga de aluguel da melhor amiga não é algo que se faça todos os dias. Mas eu faria tudo isso de novo para que você e Kenny possam ter filhos.

   Kara pediu licença e foi aí banheiro ligar para Alex. Aquela loucura era muito grande, ela precisava da irmã para lhe ajudar a acalmar. Infelizmente para a loira, do outro lado havia problemas maiores e mais preocupantes que uma suposta melhor amiga e um bebê que a kriptoniana nem sabia que desejava mas que de uma forma estranha, o pensamento aquecia seu coração. A maternidade nunca foi algo que passou na sua mente, por conta da biologia alienígena e por imaginar que ninguém poderia estar com ela e amá-la da forma que é. Ao que tudo indica, esse não é um problema que a sua versão alternativa enfrentava, tudo naquele lugar era diferente.

   Diferente seria um eufemismo a se usar na situação que Alex estava. Sua filha havia passado mal e Maggie viajou a MidVale para estar com a criança. Estava sendo complicado para a agente assimilar que havia casado com a mulher de seus sonhos e que juntas tinham uma criança, uma criança alien que atualmente está em um estado de transição para perder a calda. A ruiva queria mais do que tudo está lá, mesmo não conhecendo Trini, a garotinha já mexia com seu coração. Infelizmente, o trabalho no DEO exigia que a Danvers mais velha permanecesse em National City.

    Resumindo a grande confusão, Alexandra estava prestes a guardar suas coisas para acompanhar a esposa quando Winn com uma voz culpada a chama:

    _Eh...Alex, podemos ter um pequeno probleminha, bem pequeno mesmo que precisa de você.

    Suspirando e tentando o seu melhor para não apertar o fino pescoço do garoto que ela considerava como um irmãozinho. Com uma expressão cansada, Alex falou:

     _O que você fez dessa vez?

     _Como assim o que eu fiz? Por que você presume que fiz algo? Eu posso ser inocente, nem sempre dou mancada.

     _O que você fez? Winn, eu tenho certeza, está de novo com aquela cara de culpa.

     Com muita vergonha Winn sussurrou:

     _Eu sentei em um grampeador e agora ele ta preso no meu traseiro e não consigo tirar. Preciso de alguém pra fazer isso e se eu for na ala médica o deo inteiro vai saber e vão me zuar pra sempre. Prefiro você fazendo bullying comigo que o Deo e você também.

     Alex segurou o riso, por mais hilária que fosse aquela declaração, ela se compadecia com a dor do amigo, aquilo não devia ser nem um pouco agradável. A real surpresa era Winn ainda não estar chorando de dor já que o menor corte de papel já é motivo para que ele faça um escândalo. Considerando toda a situação, a ruiva o levou para o laboratório e após muitas provocações retirou o aparelho. De uma forma estranha, o grampeador estava magnetizado, quando um dos grampo voou de volta para a parte traseira do nerd, a Danvers decidiu investigar o que estava causando esse comportamento anormal.

    _Okay, Winn. Isso está ficando esquisito, abaixa as calças.

    Winn no mesmo momento ficou vermelho de vergonha.

    _Como assim? Você tem esposa, eu estou noivo, você é lésbica… devo ir no RH e abrir uma queixa de assédio sexual, Alex?

    _Abaixa logo, antes que eu faça isso por você. Por acaso tenho cara de quem queira ver seu pequeno amiguinho, Winn? Eu quero ver seu bumbum branquelo pra entender porque esses grampos ficam se atraindo pra você e se há algum machucado causado pelo grampeador.

    _Oh, entendi. Então eu vou...eh...você pode tipo se virar?

    Revirando os olhos e cruzando os braços, Alex se virou para a parede. Esperou até que Winn estivesse deitado na maca com as calças arriadas e lhe desse permissão para virar, assim que a recebeu foi até o jovem. E notou algo estranho, não havia hematomas mas havia um pequeno brilho metálico, como se um dos grampos tivesse entrado em baixo da pele. preocupada, Alex pegou a pinça e avisou Winn:

    _Preciso que você fique quieto, preciso tirar um grampo de você e isso vai doer.

    Winn apertou os olhos e esperou a dor chegar, quando sentiu o toque mas não a dor, reclamou com a agente:

     _Você não vai fazer isso, Alex? Eu não quero contrair tétano.

     Quando sua amiga nada respondeu, o TI olhou por cima do ombro e caiu no chão com o susto da visão a sua frente, Alex estava apontando para ele a arma alienígena e não parecia feliz.

      _Seja lá o que você seja, mais um passo e eu estrago a sua cpu.

      Alexandra falou apreensiva afinal quando foi retirar o grampo, percebeu que não era um objeto pequeno e reluzente mas toda uma placa metálica. Foi dessa forma que Maggie acabou indo sozinha para a casa da sogra enquanto Alex fazia exames num pobre Winn assustado. Foi apenas a noite que Alex conseguiu ir pra casa e ligou a chamada de vídeo com sua esposa.

      _Hey, Mags. Como foi a viagem? Como ela é? Ela gosta da gente? Somos boas mães?

      Maggie do outro lado da tela sorriu, sua namorada ou melhor esposa agora, era tão fofa. Poderia ser durona com os outras mas quem a conhecia realmente sabia o quão doce e sensível Alex era.

      _Oi, Lexie. Sim, foi boa a viagem, gosto de viajar. Trini é um doce, ela nos ama e se parece bastante com você, adora se meter em confusões. Mas me diga como estão as coisas ai? Você só me mandou uma mensagem falando que houve um imprevisto e eu deveria vir sozinha. Está tudo bem? Eu sei quando algo te incomoda.

      A Danvers mais velha deu um pequeno sorriso e assentiu enquanto dizia:

      _Está e não está tudo bem. Vou ver se consigo explicar… Resumidamente de alguma forma o Winn dessa realidade sabia da nossa realidade e estava sendo sugado pelo universo para que tudo se equilibra-se já que salvamos a vida do Kenny. Prevendo seu desaparecimento, ele construiu um android que passou a viver a sua vida até que nós acordássemos aqui. Quando revelei pro robô que sabia o que ele era, ele entrou em um modo diferente e explicou tudo isso que lhe contei. Então basicamente, o Winn não existe e no lugar dele existe um robô.

      Maggie estaria surpresa mas depois da história de seu casamento, do casamento de Kara, de abandonar a policia, montar uma loja vegana e ter uma filha, nada naquele universo poderia surpreendê-la mais.

      _Uau, isso é muita coisa. Eu queria ter alguma coisa empolgante para contar mas aqui está tudo tão cal…

      Antes que a latina pudesse falar algo, ela ouviu um som intrigante e foi ver o que poderia ser. Deixando Alex sozinha na ligação, ela desceu as escadas pro segundo andar e foi até a cozinha que era a fonte dos sons. Vendo o que ocorria, a ex detetive correu tão rápido e silenciosa quanto podia para que não fosse vista. Voltando ao quarto, ela se sentou na cama e soltou a bomba.

     _Sua mãe está pegando a Lilian Luthor.

     _Como assim pegando? Maggie explica isso direito, acho que entendi errado.

     _Sua mãe estava na cozinha, no colo da milionária e gênia do mal, Lilian Luthor com a boca na boca dela e as mãos em lugares que não vou dizer porque o meu relato já está traumatizante o suficiente e só uma de nós precisa viver com essa imagem na cabeça.

     A ruiva estava sem palavras, seus estados passaram de surpresa, para negação e terminaram em um misto de nojo e raiva enquanto dizia.

     _Ew… isso é nojento. Oficialmente a realidade paralela mais absurda possível, eu vou matar a minha irmã. O que falta agora, a Lena estar gravida da Kara?

     Se Alex tivesse com o seu celular carregado poderia ver o quão certa estava e que deveria usar seus poderes de “clarividência” para prever os números da mega-sena porém considerando a sua sorte seria capaz que ela acertasse os números mas perde-se o bilhete da loteria. Por uma sensação estranha a agente tinha certeza que onde quer que estivesse, Lucy estava rindo de toda essa confusão, provavelmente bebendo com James e comemorando o sucesso de sua firma. O que mais aquele louco universo poderia estar guardando para todos eles, uma invasão alienígena? Se essa era a aposta da mais velha das irmãs Danvers, ela nunca poderia estar mais correta.

      

 



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