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História One Chance - Uma chance


Escrita por: Marshmallow00

Notas do Autor


Oi, povo! Eu de novo :)

Tudo bom com vocês?

Eu não vou enrolar aqui porque não sei puxar assunto, entãooo...

Boa leitura!

* A capa da fanfic não me pertence.

Capítulo 1 - Uma chance


 Já era madrugada na tão adorada Paris, e uma suave brisa gelada anunciava o fim de mais um verão. De telhado em telhado, uma figura negra se movimentava rapidamente, seguida de outra, porém vermelha. Quem os via de longe imaginava que estavam em uma perseguição, ou algo do tipo.

 Mas que doce engano.

Rápidos como uma flecha, os dois heróis logo alcançaram a Torre Eiffel, cansados e ofegantes. Chat Noir se sentou numa das vigas de ferro, e sorriu convencido.

 — Ótimo tempo, My Lady, mas não melhor do que o meu.  

 Desacreditada, a garota afastou sua franja de seus olhos claros e pôs as mãos na cintura. Se aproximou perigosamente do parceiro e bateu os pés.

 — Você roubou! Correr nas “quatro patas” te dá uma vantagem e tanto!

 — Até onde eu me lembro, a única regra é não usar o bastão ou o iôiô.

 — Acho que vamos ter que rever isso, então. – resmungou, se sentando ao lado do loiro. — Mas eu aceito minha derrota. Vamos lá, o que você quer?

 Desde que os dois passaram a marcar horários para conversarem sem ser em patrulhas ou lutas, a corrida havia virado um passatempo divertido, entre outros desafios também. Quem ganhasse poderia pedir ao outro o que quisesse – com algumas restrições, obviamente.

 — Eu não sei ainda... – Chat Noir murmurou, e apoiou sua cabeça em uma das mãos.  — Sugestões?

 — Não sei, o pedido é seu, gatinho. – ela soltou um sorrisinho discreto quando o gatuno lhe ofereceu uma pequena florzinha branca. Pegou-a. — De onde você tirou isso? 

 — Um bom mágico nunca revela seus truques. – piscou, e ela desviou o olhar para o céu pouco estrelado, meneando a cabeça. 

 Não tinha certeza de quanto tempo passaram em silêncio, mas não menos de cinco minutos. As orelhas do herói se enrijeceram, em alerta, quando ela respirou fundo pela terceira vez. 

 Ele se aproximou, quieto e com cautela, tomando o máximo cuidado para não assustá-la. Passou a brincar com um de seus laços avermelhados de cabelo, e ela lhe encarou de rabo de olho. 

 — Bugaboo, você... Você está bem?

— Aham. Por que a pergunta? – ela arqueou uma sobrancelha, curiosa. Como ele...?

 — Você nunca propõe as corridas, só se quiser esquecer de alguma coisa que está te incomodando. Sei lá, percebi isso com o tempo.

 Bem, isso era verdade. Quando triste ou muito sobrecarregada, as competições vinham bem a calhar, sendo que seus pensamentos pareciam todos se virarem para fazer seu melhor, vencer.

 Uou, ele realmente presta atenção em você! – seu subconsciente falou-lhe, soando muito como Tikki. Ela corou, e balançou os pés no vento.

 — Não é nada com que eu não possa lidar, gatinho. Não se preocupe com isso, sim? – apertou a bochecha do loiro de levinho, mas sua voz havia falhado, sendo que sua resposta não fora nada convincente.

 — Quer falar sobre isso? – os olhos da garota novamente se voltaram à escuridão noturna.

 — Acho que não. Só... Você acha que poderia ficar até mais tarde hoje? – disse, ainda sem encará-lo. Ladybug sentiu um braço passar por seus ombros, e tremeu pelo contato. 

 Era uma sensação esquisitamente boa. Esperava que não fosse apenas efeito de sua carência. 

— Ouvi dizer que acalma. – o herói se defendeu, de repente com medo de tê-la incomodado, e ameaçou se afastar. – Mas se você não...

 — Não, tudo bem. – a joaninha murmurou, se encostando no ombro do amigo. Naquele momento pensou que talvez, só talvez, baixar suas barreiras não fosse uma coisa ruim. Além disso, era apenas um abraço entre amigos, que mal poderia fazer?

 Chat Noir estava quentinho, e cheirava à sabonete e algo mais – perfume? Shampoo? Não importava, de qualquer modo. – e logo ela se pegou quase cochilando. Sabendo que não poderia dormir ( Como iria fazer se seus brincos apitassem?) segurou a mão do loiro, mexendo nas afiadíssimas garras retráteis.

 Ficaram ali por indeterminado tempo, quietos e com o sono mandando alguns sinais, entre bocejos e pálpebras pesadas. Ele não queria ir embora, e ela estava bem ali.

 — Sabe... – a azulada começou, depois de muito refletir se deveria. – Tinha um garoto, bom, tem um garoto que eu gosto há alguns anos. Quase três. 

 — Hm? – ele resmungou, sinalizando para ela continuar. Sua nuca queimou de ciúmes, todavia ela não precisava saber disso.

 — Mas eu não quero mais gostar dele. – a mestiça fitou o gatuno, buscando reações. Ele olhou-a, um tanto curioso, mas antes que pudesse dizer, Ladybug continuou: — É como me afundar em uma ilusão, e não quero mais isso, não consigo mais... Eu sei que não tenho chances e já me conformei disso. Eu só não consigo esquecer ele. – deu de ombros. — E isso me irrita.

 Chat Noir olhou para seu bastão, parecendo pensar. Em sua cabeça, várias coisas passavam simultaneamente, alterando-se em “Você deveria tentar.” e “Não se iluda”.

— Eita. 

 A jovem fez beicinho, e se virou, de modo que ele não visse seu rosto. Poxa, havia lhe dito tudo, tudo o que  estava esparramado em sua mente – coisas que não havia dito nem à Alya – e ele responde com um “Eita”?! 

 — Eu não sei o que dizer, My Lady. Mas, se eu puder te ajudar,  estou à sua disposição. – deixou um selinho na mão esquerda dela, e bagunçou seus cabelos negros. 

 A mestiça relaxou suas costas e sorriu mínimo, todavia, antes que pudesse pensar duas vezes, uma ideia martelou sua cabeça.

 Na verdade, talvez você possa ajudar.

 — Ei, gatinho, você estaria disposto a um novo desafio? – mordeu o lábio inferior, estava mesmo fazendo isso?

 — Sabe que eu não recusaria um, Ladybug. – sua cauda/cinto se embolou diante de sua animação súbita.

 — Então, façamos um acordo. – a heroína virou-se para frente, e olhou-o nos olhos. — Primeiro, você me ajuda a esquecê-lo.

 — Tudo bem, e o que eu ganho com isso?

 A joaninha sorriu leve.

 — Uma chance. 

 Corada, sentiu alguns raios de sol fracos atingirem-lhe o rosto. Levantou, já estava amanhecendo e eles nem tinham dormido. 

 — Fechado. – a voz do felino soou confiante, e seu coração estava quase que saltando para fora de tão rápido.

 — Fechado. – Ladybug sorriu, envergonhada.

 — Nos vemos mais tarde? – o loiro murmurou, coçando a nuca. Sentia as bochechas arderem, mas aquilo não lhe incomodava.

 — Claro. – a mestiça segurou seu iôiô e, sem tirar o sorriso de seu rosto, desapareceu pelo horizonte.

 Chat Noir sentou-se novamente, e respirou fundo. Vamos lá, a garota que ele sempre amara com todo seu coração pediu-lhe para conquistá-la!

 E, observando o primeiro pássaro que voou pelo céu agora mais claro, sorriu abobado, mais verdadeiramente do que nunca antes. Agora, tinha um novo objetivo.

 E estava determinado a conseguí-lo.


Notas Finais


Acabou! Eu achei que ficou bem fofinho, até :3

Até o próximo capítulo, espero :)


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