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História One (Diley) - Don't leave me


Escrita por: dileycoud

Notas do Autor


Oiii humanos, desculpa a demora.

Tenham uma boa leitura.

Capítulo 25 - Don't leave me


Medo. Era o que eu sentia naquele momento, medo. 

Eu não entendia o que estava acontecendo, eu só sabia que tinha que correr, correr o mais rápido possível, mas parecia que eu não saia do lugar. Eu estava desesperada.

Meus pés descalços se mexiam automaticamente na rua fria e molhada, apenas oa faróis iluminavam aquela rua deserta. Eu já estava cansada, eu estava exausta na verdade. O ar faltava em meus pulmões e o meu coração acelerava cada vez mais. Minha barriga estava enorme, não conseguia mais sustentar o peso do meu corpo e o da minha filha. Eu precisava parar

Meus passos diminuíram o ritmo aos poucos até eu parar para finalmente poder respirar. Apoiei uma mão em meu joelho e a outra automaticamente foi em minha barriga. Sentia o suor descer em minha testa, costas e braços, minha garganra implorava por água.

Ouvi uma risada atrás de mim e me desesperei. Voltei a correr sem rumo, sentia a presença de alguém, sabia que tinha alguém me seguindo mas não sabia quem era e o porquê estava me seguindo, eu só sabia que precisava escapar.

Mais uma vez ouvi a risada assustadora e irônica. Pelo o milésimo de segundo que olhei para trás acabei tropeçando em algo e bato com o nariz no chão. Levei a minha mão até o meu nariz e ele sangrava, mas isso é a última coisa que eu devria me preocupar nesse momento. Ouvi passos e virei o meu corpo esperando ver o dono dos passos, mas o que eu vi me deixou totalmente sem chão.

Eu avia tropeçado em Miley. Seu corpo pálido e o vermelho vivo escorrendo em seu peito e estômago me levou ao desespero.

 Me arrastei até ela e com as minhas mãos trêmulas toquei seu rosto gelado. Ela estava fria, seus lábios estavam em um tom roxo, os seus olhos abertos e sem brilho fixados pro nada e o seu pulso sem qualquer sinal de pulso confirmou o que eu mais temia. Ela estava morta, a minha mulher estava morta.

Mais uma vez a risada ecoou na rua deserta, mas desta vez acompanhada com outra risada e passos. Olhei para os lados na tentativa inútil de encontrar alguém, mas ninguém, exatamnete ninguém estava presente ali comigo, não vi niguém, nem uma sombra.

Mas me enganei quando alguém me puxou pelo o meu cabelo e o meu corpo foi arrastado com violência para longe do corpo sem vida de Miley. Me debatia na tentativa falha de me soltar das mãos firmes que me arrastavam para algum canto daquela rua, mas eu ficava cada vez mais fraca. Fui arremessada bruscamente contra uma parede e sentir minhas costas e cabeça doerem com o impacto. Tentei me levantar mas alguém me empurrou me fazendo sentar e bater a cabeça novamente na parede.

A risada, novamente ouvi aquela risada que estremecia o meu corpo.

Olhei para cima e vi ela.

Minha mãe ria como estivesse assistindo o programa de comédia mais engraçado do mundo. Ela não estava sozinha, tinha alguém do seu lado que eu não conseguia ver o rosto, apenas o seu corpo. E em sua mão direita tinha uma faca e na outra mão uma arma.

Fechei os meus olhos com força quando senti minha cabeça doer. Quando abri os meus olhos eu não encontrei mais ninguém. Eu estava sozinha de novo.

Me levantei com dificuldade e algo pingava por entre as minhas pernas. Olhei para baixo e tinha sangue no chão, o vestido que eu usava estava com uma grande mancha vermelha. Eu a havia perdido, eu perdi a minha filha. Eu perdi a minha mulher e agora minha filha.

Meu corpo sem forças caiu no chão. Eu estava fraca, não tinha forças nem para respirar. Tentava manter os meus olhos abertos, mas não conseguia, parecia que eu estava sendo anestesiada. A risada foi a única coisa que eu ouvi antes de apagar.

Abri os meus olhos mas logo fechei por causa da luz forte. Pisquei algumas vezes, tentando me acostumar com a caridade. Quando finalmente abri os olhos percebi que eu estava no hospital.

Um médico forçava o seu peso contra o meu peito, enquanto os outros médicos observavam tudo atentos. Eu não conseguia dizer nada, tentava falar mas não saía nenhum som. Tentava me mexer mas os meus músculos não me obedeciam. Eu não tinha o comando do meu próprio corpo.

– Droga! – O médico exclamou. – Carrega 250 de adrenalina. – Ouvi algo ser ligado. – Afasta! – Uma corrente elétrica passou pelo o meu peito e atingiu o meu corpo inteiro me fazendo ter uma vontade imensa de gritar. — Aplicando uma carga de 300... Afasta! – Eu queria gritar, pedir para que eles parassem mas eu não conseguia. – Vamos, reage! – Seu peso foi forçado contra o meu peito novamente. – Aplica mais 370... Afasta! – Senti a dor insurportável novamente e já não sabia como reagir diante daquilo.

Silêncio, nada mais além disso. Apenas o "pi..." era ouvido naquele quarto de hospital. Silêncio pertubador, silêncio que indicava que tinha algo errado, silêncio que eu não queria estar ouvindo naquele momento.

Olhei pro lado e vi ela, deitada numa maca. Dallas tinha a pele pálida, seus lábios roxos e a parte de cima da  sua cabeça enfaixada. Ela estava tão quieta, mas também parecia pedir ajuda. Eu sentia que devia protegê-la, assim como ela me protegeu. Ser uma irmã, uma irmã melhor. Mas eu não podia fazer nada, nada além de olhá-la naquele estado.

Um dos médicos se aproximou dela e a cobriu até o seu rosto, me impedindo de vê-la. Um forte aperto tomou conta do meu peito, e eu queria chorar mas os meus olhos estavam secos. O que estava acontecendo?

A minha visão ficou escura, e percebi que eles também me cobriram, mas eu não morri! Por que eles me cobriram? 

O desespero tomou conta de mim novamente e eu já não sabia o que fazer. Parecia que quanto mais eu tentava gritar, nenhuma som saia da ninha boca. Quanto mais tentava me mexer nenhum músculo se movia. Eu me sentia sufocada, me sentia sem forças, me sentia morta.

Hora do óbito...

— NÃO! – Me sentei na cama passando a mão pelo o meu rosto e cabelos. Eu suava frio e minha respiração estava descompensada. A minha mão foi automaticamente à minha barriga e lágrimas rolavam facilmente em meu rosto.

– Calma pequena, calma. – Senti Miley me abraçar e rapidamente retribui o seu abraço apertando mais em meus braços.

Foi apenas um pesadelo, apenas um terrível pesadelo.

– Não me deixe. — Supliquei a apertando mais contra mim. – Por favor... Nã-não me deixe Mi-Miley, e-eu não...

– Calma, eu estou aqui, eu não vou te deixar. – Sussurrou em meu ouvido e acariciando o meu cabelo. — Foi apenas um pesadelo, meu amor. — A apertei mais em meus braços e fechei os olhos sentindo a sua pele contra a minha. Eu estava com medo de que ela escapasse dos meus braços, e eu não pudesse fazer nada.

– Não vai embora, por favor. Eu preciso de você. Eu já perdi a Dallas, não quero pperder você ta-também. – Sussurrei contra a sua pele e senti ela ficar tensa, mas eu não me importei com isso. Miley relaxou e deixou um beijo em meu ombro.

Ficamos um tempo abraçadas e senti seus braços relaxarem em volta da minha cintura. Me apertei mais à ela a impedindo que ela se afastasse.

– Calma querida. – Se afastou de mim lentamente e beijou a minha testa acariciando a minha bochecha, me deixando mais calma. – Eu não vou embora, eu estou aqui por você, eu estou aqui por vocês. – Senti a sua mão acariciando o meu rosto e a outra foi para a minha barriga acariciando aquela região.

Miley me deitou calmamente na cama e ficou por cima de mim sem colocar todo o seu peso em meu corpo me dando um beijo delicado e rodeando seus braços em minha cintura.

Quebrei o beijo com calma e minha mão subiu por seu antebraço e pescoço, e a senti se arrepiar com o contato direto em sua pele. Meus dedos viajaram por todas as partes de seu rosto, me recordando de cada detalhe dele, de cada defeito perfeito. Nunca alguém se tornou tão importante para mim como ela se tornou, só de pensar em meu pesadelo, só de pensar em perdê-la meu peito dói. Não suportaria em perdê-la.

– No que tanto pensa? – Perguntou com a voz baixa.

– Eu não quero te perder. – Respondo mais baixo ainda. Miley ficou em silêncio, parecia raciocinar o que eu disse.

– Você não vai me perder. — Falou contornando o meu queixo com o dedo.

– Então por que eu ainda sinto tanto medo? – Passei os meus braços pelo o seu pescoço a abraçando contra o meu corpo. – Eu sei, estamos rodeadas de pessoas que nos ama e que querem o nosso bem, mas... Eu tenho medo. Por que tenho esses pesadelos? — Miley escondeu o seu rosto na curva do meu pescoço e distribuiu alguns beijos singelos naquela região.

— Não há o que temer, são apenas pesadelos. — Beijou a minha bochecha e senti a sua respiração em meu pescoço. Suas mãos seguravam firme a minha cintura e sua bochecha encostava na minha.

– Não me deixe. — Sussurrei a apertando com certa força contra mim. – Por favor, não me deixe.

(...) (...)

– Já está pronta? – Ouvi a voz de Miley e parei de acariciar os pelos do Floyd virando o meu corpo na direção de sua voz. – As meninas já estão esperando. É melhor irmos agora, chegamos lá mais cedo.

– Ok.— Suspirei voltando a cariciar os pelos do Floyd que estava deitado em minhas coxas.

Senti o lado da cama afundar e em seguida sua mão acariciar as minhas costas.

– Tudo bem? – Perguntou e começou a acariciar o meu cabelo. Dei um sorriso fraco e concordei com a cabeça. – Quer conversar? — Sorri de lado e procurei a sua mão e quando encontrei entrelacei os nossos dedos.

– Está tudo bem, sério. – Beijei a sua mão que estava entrelaçada com a minha. – Só estou com um pouco de sono. – Digo em meio ao bocejo. Depois daquele pesadelo horrível que eu tivesse não consegui mais pregar os olhos. Toda vez que tentava dormir, flashes do sonho passava na minha mente, então o resto da minha noite foi resumida em ficar acorda em meio aos pensamentos enquanto Miley me abraça, dormindo tranquilamente.

– Então quando chegamoso lá vou deixar você dormir a vontade, ok?

– Ok. – Levantamos e ela me guiou até no andar de baixo, onde provavelmente as meninas estavam nos esperando.

Eu andava contando os meus passos, precisava conhecer a casa onde eu estou morando agora. Desde que passei a morar na casa de Miley, eu não parei para conhecer o ambiente que eu ia ficar, eu tinha outras coisas para me preocupar. Agora eu fico vinte e quatro horas com o meu bastão e preciso de mais ajuda que do eu precisava antes. Eu odeio ser independente dos outros, eu não gosto quando as pessoas me ajudam. Não é questão de orgulho, mas é porque me sinto dez passos atrás das outras pessoas por ter que precisar de ajuda para fazer coisas tão banais. Mas não posso reclamar, eu realmente preciso dessas pequenas ajudas.

– Finalmente! Eu já estava criando raízes esperando as bonitinhas. – Ouvi a voz da Megan assim que chegamos no primeiro andar. – Estavam transando né? Sim, estavam transando suas "safadênhas". — Disse me fazendo corar fortemente.

– Você não pensa em outra coisa além de sexo? – Miley perguntou abraçando a minha cintura.

– Não! E eu também preciso tirar o meu atraso, eu estou subindo pelas as paredes!

– Ué... E a Cara? Falando nela, cadê ela? – Lauren perguntou.

– A gente terminou. Não estava dando certo mesmo, servimos mais como amigas como namoradas. Mas estou com saudades do seu sexo gostoso.

– Por que você tem que falar sobre isso na frente de criança? – Dinah perguntou.

– Porque elas já precisam saber o que é realmente bom. E tem coisa melhor do que sexo? Não! – Meu Deus essa mulher é uma ninfomaníaca, só pode.

– Quer saber, vamos mudar de assunto, por que isso está ficando estranho. — Ally disse e eu rapidamente concordei com ela. Já estava ficando sem jeito diante desse assunto.

– Af, até parece que vocês não transam. Com toda certeza a Umpa Lumpa Demi não ficou grávida graças à uma cegonha. – Meus Deus... – A girafa e a pedaço de mal caminho já conhecem os corpos uma da outra mais do que elas mesmas. A gótica vampira das trevas e a bunduda cabeluda também são outras que amam uma transa. Allyluia de santa aposto que não tem nada, essa carinha de pastora não engana ninguém. A Sra. Cyrão no colégio era uma vadia sem coração, uma pedra fria que tirou a virgindade de quase todas líderes de torcida. Ela mesma já me di...

– Che-chega, já entendemos Megan. – Miley Interrompeu ela. 

– Não Megan... Continua. Eu quero saber dessa história da Miley vadia sem coração. – Sorri irônica e cruzei os braços. É claro que eu já sabia que Miley era uma pegadora no colégio, mas vou dar um pouco de medo nela.

Miley sempre fazia muita fama no colégio, ainda mais quando uns dos babacas do time do futebol revelou para todos que ela era intersexual na intenção de fazê-la sofrer bullying na escola, mas aconteceu o contrário, as meninas e alguns meninos caíram nos pés dela. Ela nunca me disse sobre essas coisas, pois ela achava que eu ia ficar furiosa com ela e tal. Ela já me contou que ficava com algumas meninas, mas eu já sabia da sua fama. Sou cega, não surda.

– Bom, Como eu estava dizendo. Miley me contou que...

– Não! Não precisa dizer Megan, já faz muito tempo. – Miley Interrompeu Megan de novo.

– Mas você...

– Não Megan, passado é passado. – Senti a mão de Miley apertar com força a minha cintura. Estava quase rindo dela.

– Mas...

– Mas nada, chega, ninguém precisa saber disso. – Disse um pouco rude.

– Mas você me contou que...

– Megan cala a boca! – Sua voz saiu alterada e apertou mais a minha cintura.

– Aí grossa. Até parece que você está com medo que alguém saiba.

– É amor... – Me virei em sua direção. – Parece que você está com medo que alguém saiba. – Sorri falso, mas por dentro eu estava gargalhando. — Você está com medo, querida? 

– Eu? – Riu forçado. – Ah! Não, claro que não. 

Semicerrei os olhos e agradeci por não estar com os meus óculos escuros agora.

– Quero dizer, Eu... an ... é .. eu ... eu acho melhor irmos né? A fazenda não é muito perto e vamos pegar muita estrada, então acho que eu... eu acho que agora eu vou... eu vou... eu vou ali. – Soltou a minha cintura e ouvi os seus passos se distanciando, mas senti o seu perfume passar por mim novamente. – As malas! Eu esqueci... vou pegá-las. E-elas estão lá no quarto. Vou pegar as ma-malas, para colocá-las no carro... vou subir para pegar as malas que es-estão... eu vou pegá-las. – Se enrolou nas palavras e seus passos se distanciaram novamente, provavelmente ela subiu a escada e foi para o quarto. Esperei um pouco e cai na gargalhada junto com as meninas.

– Ela es-estava mais bra-branca que a Lauren! – Dinah disse entre risadas.

– Estava mesmo. – Lauren concordou rindo, mas logo parou de rir. – Ei!

– Ok, vamos para o carro, a Liz está quase dormindo em meu colo. – Mani disse e concordamos. Alguém me abraçou pelo o ombro e pelo o perfume percebi que era Camila

– Você foi má. – Ela disse rindo.

– Mas eu não fiz nada. – Dei um sorriso inocente e ela gargalhou. Sorri abraçando a sua cintura e ela me guiou para fora de casa e me levou até o carro da Ally já que o carro dela é de sete lugares.

— A Miley está vindo. Continua com a atuação. – Ouvi Megan dizer atrás de mim, já que eu estava no banco do passageiro.

– Pode deixar Megan. – Virei o meu rosto piscando um dos olhos e sorri.

Fiquei seria novamente quando ouvi a porta do motorista ser aberta e logo o seu perfume se instalou no carro.

– Então... Vamos?

– Vamos! Ainda bem que é um pouco longe, vou poder saber melhor dessa história Miley. Como assim você era uma vadia no colégio? Eu nem sabia disso. – Digo com um sorriso de lado e as sobrancelhas erguidas.

– Bo-bom, eu... é... Alguém vai querer passar em algum lugar antes de irmos? – Mudou de assunto rapidamente e eu não aguentei e soltei uma risada.

— Tem como passarmos em algum mercado antes? Dinah esqueceu as fraldas da Raven. — Ouvi a voz da Normani.

– Eu arrumei essa bolsa tão rápido que eu acabei esquecendo. – Falou Dinah.

– Eu falei para você arumar a bolsa dela enquanto eu dava banho na Elizabeth e na Raven, mas você estava com os olhos grudados na porcaria do programa de fofoca que estava passando na TV que nem me ouviu. – Mani bravejou e em seguida ouvi um som tipo de um tapa e o resmungo de Dinah.

– Foi mal! Mas eu consegui arrumar a tempo, não consegui?

– Mas esqueceu as fraldas! De tantas coisas que você tinha para esquecer você foi esquecer justo as fraldas! As fraldas Dinah!

– Desculpa!

– Tudo bem Mani, a gente passa no mercado sim. – Miley disse entre risadas. – Mais alguém? — Perguntou e todas negaram.

Miley ligou o carro e logo já estávamos indo para o mercado mais próximo. Não demorou muito e senti carro parar e as portas serem abertas. Coloquei o meu óculos e Miley me ajudou a sair do carro me entregando o meu bastão.

– Eu vou comprar salgadinhos e refrigerantes. Alguém vem comigo? – Camila perguntou assim que entramos no supermercado.

– Eu vou. – Ally falou e logo ouvi seus passos se distanciando.

– Eu vou pegar as fraldas. — Mani falou. – E você vem comigo. – Dinah resmungou alguma coisa antes de eu ouvir seus passos se distanciando deixando apenas eu, Miley, Lauren e Megan. Sabia que Megan e Lauren não saíram pois as duas estavam ao meu lado brigando por times de futebol.

De repente senti cheiro de algum doce e me deu uma vontade imensa de comer doce agora. Sério, o ruim de ser grávida é que qualquer coisa você fica com vontade de comer algo. Teve um dia que eu estava com vontade de comer cubos de gelo, cubos de gelo! Quem tem vontade de comer isso? Só eu mesma para ter esses desejos estranhos.

– Miley. –A chamei tocando o seu braço de leve.

– Que foi? – Eu nem precisei dizer nada apenas fiz a minha melhor cara de bebê pidão. — O que você vai querer senhorita Lovato? – Sorri largo e a abracei forte a fazendo dar uma pequena risada.

– Eu quero comer doce. – Digo me separando dela.

– Que tipo de doce?

– Tanto faz. Portanto que seja doce, pra mim está ótimo. – Dei de ombros. – Vamos logo que a sua filha está pedindo. – Toquei o meu bastão no chão a puxando e ela logo começou a me guiar pelo o mercado.

– Fique aqui que eu vou na padaria pegar algo para você, esta bem? – Disse me parando em algum lugar daquele supermercado e eu assenti antes de eu não sentir o calor do seu corpo perto de mim mais. Demorou alguns minutos e logo senti seu braço em volta da minha cintura.

– O que você...

– Olha só quem eu encontrei. A vadiazinha e a esquisita. – Uma voz que eu não queria ouvir nunca mais me interrompeu. – E aí Demezinha, como vai essa sua vida de uma deficiente inútil?

– O que você quer Justin? – Miley rosnou soltando a minha cintura.

– Eu não me lembro de ter falado com você. – Respondeu com deboche. – Eu perguntei para a nervosinha do seu lado.

POV Miley Cyrus

Raiva. Era tudo o que eu sentia naquele momento, raiva, nada mais além disso. Quem esse garoto pensa que é para se referir a Demi dessa forma? Por mim ele pode tentar me ofender de todos os nomes possíveis, eu não ligo. Mas com a Demi eu não vou permitir isso.

– Que foi esquisita? O gato mordeu a sua língua? – Perguntou com um sorriso debochado. Eu apenas revirei os olhos tentando manter a calma e voltei a abraçar a cintura de Demi, a mesma estava toda encolhida.

– Vai embora. – Lauren disse ríspida parando do meu lado junto com Megan.

– Estamos em um mercado, e pelo o que eu saiba vocês e essa esquisita não são donas do dele. Vocês não podem me pedir para ir embora.

– Cuidado de como você fala de Miley ou... – Demi se pronunciou pela a primeira vez mas foi cortada pelo o Justin.

– Ou o quê? Você não vai querer o outro lado do seu rosto arranhado, não é mesmo? – Novamente senti a raiva me consumir. – Agora eu sei com quem Madison puxou, uma vadia igualzinha a irmã... 

Quando percebi já tinha socado o rosto dele o fazendo cambelear para trás. Transferi outro soco certeiro em seu nariz. Ele caiu no chão e eu ia para cima dele descontar toda a minha raiva mas alguém puxou o meu braço me levando um pouco longe do moleque que estava caído no chão gemendo de dor.

Olhei para trás e vi que quem me puxou foi Lauren. Demi estava do seu lado e tinha o semblante preocupado, já Megan que estava do seu lado tinha um sorriso largo orgulhoso no rosto. 

– Miley fique calma. – Lauren segurou o meu braço firme. – Não caía nas provocações dele. Você sabe que é isso o que ele quer! 

– Faz de novo! Ele mereceu. – Megan disse ainda sorrindo como tivesse acabado de ver um espetáculo. Eu poderia rir dela se eu não tivesse tomada pela a raiva. – Eu estou tão orgulhosa de você.

– Cala a boca idiota! – Lauren deu um leve tapa em seu braço.

– Está tudo bem? Ele não te machucou não, né? – Demi me perguntou e eu me soltei das mãos de Lauren indo até ela. 

– Digamos que ele vai pensar duas vezes antes de tentar provocar a gente. – Ela da uma pequena risada e me abraçou pela cintura. 

– O que aconteceu? – Ally veio em nossa direção em passos largos e Camila estava logo atrás dela.

– Miley bateu no Justin. – Lauren respondeu.

– Ah não acredito que perdi isso. – Dinah apareceu empurrando o carrinho da Raven e Normani e Liz estavam do seu lado.

– Eu devia ter gravado. – Megan bufou cruzando os braços a baixo dos seios.

– Quem sabe na próxima. – Pisco um dos olhos e ela sorri.

— Não vai ter próxima nenhuma. — Demi falou separando de mim. – Se você se meter em brigas eu mesma te mato. — Tentou fazer cara de brava mas não deu muito certo.

– Você vai se arrepender Miley! – Justin chamou a nossa atenção. Seu lábio estava cortado, sangue escorria do seu nariz e tinha um pouco de sangue em sua boca. Eu acho que fiz ele morder a língua ou algo assim. – Grave o que eu estou te falando.

– E eu espero que você tenha gravado o caminho da saída, porque é melhor você sair ou você vai apanhar de novo, e desta vez vai ser de mim. — Dinah o empurrou fazendo ele cambelar e depois saiu com a mão na boca.

– Eu estou com fome. – Megan se pronunciou quebrando o silêncio que se instalou quando ele saiu do mercado. – Acho que essa cena toda me deu fome.

– Então vamos pagar essas coisas, porque como a Miley disse, vamos pegar muita estrada. — Camila disse e concordamos.

 Fomos para o caixa e pagamos as nossas compras, que não é muita coisa, apenas as fraldas da Raven, alguns pacotes de salgadinhos, refrigerante e o doce que Demi pediu, que no caso é um bolinho de chocolate recheado.

Tudo muito saudável. 

Não demorou muito e já estávamos a caminho da fazenda dos meus pais entre conversas, risadas, brincadeiras e comendo guloseimas

Entrei em uma estrada de terra e logo entramos numa trilha cheia de árvores. Era tudo maravilhoso, o cheiro natural da natureza embriagava qualquer um. Olhei pelo o retrovisor e vi que as meninas estavam olhando tudo encantadas e Demi me pediu para abrir a janela do seu lado para ela poder sentir o vento bater contra o seu rosto e assim eu fiz, e acabei soltando uma pequena risada com o sorriso fofo que se formou em seus lábios assim que o vento bateu contra o seu rosto.

Segui com calma pela a trilha e entrei em um campo aberto, e uma pequena estrada de pedra levava até uma casa grande do estilo antigo mas bem tratada e tinha várias árvores e flores em volta deixando tudo mais belo.

– Chegamos. 

Estaciono o carro na frente da casa. Saio do carro e dou a volta no mesmo, abro a porta para Demi e a ajudo a sair do carro e as meninas fizeram o mesmo.

– Puta que pariu. – Lauren murmurou olhando a casa.

– Olha a boca Gaspar! – Dinah a repreendeu. – Temos criança aqui.

– Aqui é maravilhoso! – Camila exclama dando pequenos pulos.

– Meus pais amam esse lugar. Espero que não quebram nada, tudo aqui é muito valioso. – Digo olhando para Dinah, Megan e Lauren.

– Você fala como se nós fossemos loucas e colocaríamos essa casa para baixo em menos de doze horas. – Megan fala cruzando os braços e negando com a cabeça.

– Mas vocês são loucas. – Ally confirmou e Megan a olha com um sorriso malicioso. Lá vem merda.

– Você quer ver como eu sou louca na cama? – Ela se aproximou de Ally e a mesma revirou os olhos.

– Eu sou hetero. – Ally respondeu com desdém.

– Olha só que coincidência! Eu também sou hetero, e pelo o que eu saiba hetero fica com hetero então não tem problemas. – Ally não aguentou e soltou uma pequena risada.

— Você acabou de terminar em um relacionamento.

– Exatamente eu terminei, acabou, já era, não existe mais.

— Eu tenho namorado! – Ela entra na casa sem deixar Megan responder.

– Mas eu não tenho ciúmes! – Megan segue ela também entrando na casa.

– Serio, o que essa garota tem na cabeça? – Normani pergunta se referindo a Megan. – Vai dar em cima justo na Allycat! A única hetero do grupo.

– Vamos entrar logo se não Ally perde a paciência com Megan e acaba cometendo um crime. – Demi fala e entramos na casa. Entreguei a chave do carro para um empregado para ele poder pegar as nossas malas, e claro deixei uma gorjeta à ele.

– Certo, vamos dividir os quartos em casais. – Me sentei no enorme sofá preto que tinha na sala e puxei Demi para sentar ao meu lado.

— O quê?! – Ally olhou para mim incrédula. — Eu não vou dividir o quarto com essa ninfomaníaca!

– Hey! — Megan a tocou pelo ombro mas a Ally a afastou bruscamente. – Eu não vou fazer nada que você não queira, fique tranquila.

– Não interessa! Eu não vou dormir no mesmo quarto que você.

– Por que não? – Megan deu um sorriso de lado e ficou perigosamente perto de Ally e a mesma ficou tensa. Parece que daqui algumas semanas vamos ter um novo casal.

— Porque... Porque não! – Ally olhou para mim. – Miley eu vou ficar em outro quarto.

– Por mim tudo bem. – Dei de ombros. – Bom, vamos subir, não dormimos quase nada essa noite. — Digo levantando do sofá e logo Demi levantou também.

– Vão... — Megan ia começar com as piadinhas mas eu a interrompi.

– Se você falar alguma coisa eu juro que arranco essa sua língua fora a sangue frio e te expulso desta casa à força. — Ela arregalou os olhos e abaixou a cabeça murmurando um "magoou".

– Fiquem a vontade e podem escolher qualquer quarto. – Segurei a mão de Demi e fomos até a escada. – Qualquer coisa me chamam. — Subimos a escada e fomos em direção ao quarto em que eu e Demi sempre ficavamos quando viemos para cá.

Assim que entramos me joguei na cama de casal e Demi se jogou praticamente em cima de mim.

– Obrigada pelo o bolo de chocolate. — Demi murmurou contra o meu peito. — Estava muito bom.

– Me diga uma coisa que você não gosta? — Digo rindo e levei um tapa. – Não precisa me bater.

— Idiota. – Demi se ajeitou ficando do modo em que o seu rosto tivesse escondi em meu pescoço e uma das suas pernas em cima das minhas coxas. Demi começou a distribuir alguns beijos pelo o meu pescoço e eu suspirava apertando mais a sua cintura.

Ela subiu em cima de mim ficando com as pernas de cada lado do meu corpo e seus beijos viraram mordidas. Apertei a sua coxa e soltei um gemido baixo quando ela chupou forte a minha pele sensível.

– Demi... – Não consegui terminar a frase. Seu beijo inesperado me fez sentir os pelos da minha nuca se arrepiarem.

– Não fala nada. – Sussurrou em meu ouvido com a voz rouca. Deu uma leve rebolada em meu pau e um gemido rouco saiu da minha garganta. – Apenas cale a boca e me fode.


Notas Finais


Eu sei, eu fui filha da puta por parar no Hot, mas juro que vou recompensar.

E aí? Aprovam Ally e Megan? Ou não?

Desculpem qualquer erro e um beijo na bunda de vocês.


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