No capítulo anterior...
- Seu coração está tão tranquilo. – Comenta quase em um sussurro.
– É assim que me sinto quando estou com você. – Digo a ela.
- Eu também. Por isso... – Ela respira e a sinto sorrir.
- Eu quero que você fique...
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- Eu vou ficar. – Ela levanta sua cabeça, por conta do escuro do quarto, só consigo enxergar o brilho de seus olhos.
- ... Me sinto segura quando estou contigo. – Sua revelação me fez pensar por um segundo, que minha aproximação dela foi tão de repente, mas me sinto feliz por ela não estar me evitando, ou melhor, evitando até mesmo de falar.
- Vou ficar. – Repito. Ela acomoda sua cabeça em meu peito e eu fico lhe fazendo carinho até que a sinto dormindo.
Meu corpo está calmo, pela primeira vez me sinto livre, seu coração tão puro está me fazendo visualizar um futuro, que antes eu não possuía nem o direito de planejar. Algo que jogarei nas mãos do destino, e esperarei por um resultado incerto, e não definitivo, afinal aprendi com o melhor, de que o destino sempre pode mudar, mas ao mesmo tempo sinto que não posso me deixar afetar, os anos que passei sem meu pai, e convivendo com a dor de ser jogado de lado sem ter ninguém para me guiar e sem um amor paterno/materno, me fizeram criar e moldar essa camada fria que tenho, até pouco tempo não achava que fosse uma camada... – Meus pensamentos são interrompidos por um conjunto de palavras que, ao mesmo tempo que ditas, fizeram meu coração fraquejar.
- N—Neji.... – Suas pausas indicavam um sonho, pois estavam calmas e suaves, certamente não era pesadelo, o tempo que levava de uma palavra a outra, me fizeram agoniar, infelizmente meu lado curioso esta surgindo.
- Ne-ji.... Eu....vou...........c-cuidar de você........... p-pra..........- Sua voz rouca e suave me fizeram arrepiar. – Sempre.
Com isso a tranquilidade me invadiu, meu coração pela primeira vez fraquejou. Fico pensando em suas palavras quando finalmente pego no sono.
~~~~~~~~~ manhã ~~~~~~~~~~
Acordei da mesma forma que dormi, com ela adormecida em meu peito, agora me abraçando mais forte. Com cuidado tirei seu braço do meu entorno, para em seguida me sentar na cama. Agora sentado, passei a observá-la, ela resmungou, ao meu ver por causa de que eu não estava mais ali, já que em seguida ela abraçou o travesseiro, seu cabelo solto jogado ao colchão, seu rosto sereno com suas maçãs ruborescidas, vê-la neste estado tão frágil me fez lembrar dos acontecimentos da madrugada.
Por ser orgulhoso não achei que um dia iria expressar meus sentimentos para alguém, principalmente confessando a uma garota que estou gostando dela. Nunca se quer cogitei essa ideia em minha mente, mas assim como meu coração, que pela primeira vez se manifestou, essa foi a primeira e única vez que fiz isso.
Agora lembro, o que Hiashi-sama fez um tempo atrás.
FLASHBACK ON:
Narrador...
Neji caminhava para dentro do distrito Hyuuga quando é chamado por seu tio para a mansão Souke. Surpreso por ser chamado pelo seu próprio tio, começa a ficar nervoso, se fossem lhe acusar de algo que o mesmo não teria feito? Tentou manter a calma enquanto caminhava com seu tio para a sala principal da mansão, no caminho Hinata, aparece e lhe cumprimenta, hoje não haviam treinado pelo fato de que ela foi convocada a uma “reunião de meninas” na casa de Sakura.
Nos últimos tempos Hiashi tem se preocupado com a situação atual do clã. Hinata não era forte o suficiente mas mesmo assim era sua primogênita. Tem observado seu sobrinho e sua filha muito próximos.
- Neji. – Começa, o moreno o olha no fundo dos olhos do jovem. - Sei que você e Hinata estão muito próximos desde o início de seu treinamento, isso destrancou uma questão entre o concelho do clã. Mas antes, preciso que me responda algo. – Neji engoliu em seco e esperou seu tio perguntar. – Você e Hinata estão se relacionando?
- Nani?! – Neji leva um susto a pergunta de seu tio. – “ Eles estão achando que eu e Hinata temos algo só por estramos treinando juntos?”
- Quero que me diga a verdade. Eu até gostaria que tivessem, porque eu simplesmente não acho que nenhum dos filhos dos conselheiros sejam um bom futuro para ela. Mas pelas leis do clã, um Bunke não pode se casar com uma Souke. Essa é uma lei que não pode ser mudada...
- Não! – O perolado interrompe seu tio, recebendo um olhar desaprovador do mesmo. – Gomen. Eu e Hinata-sama não temos nada, eu não gosto dela. Quero dizer... ela é minha prima, isso seria incesto. – Seu nervosismo é visível.
- Sendo assim, amanhã, você irá conhecer uma das filhas do conselheiro representante da Bunke. O Byakugan não pode sair do clã e você sabe o porquê.
FLASHBACK OFF
Ao relembrar esse acontecimento, se revolta, força seus punhos. Começa a pensar que tudo que estava acontecendo poderá ser em vão. Frustrado, levanta com cuidado para não acordá-la e vai tomar um banho para esfriar a cabeça.
NEJI ON
Entro no banho, sinto-me pesado, com a consciência pesada, nunca pensei que algo que antes eu não liguei, agora pudesse me afetar tanto. Prometi à ela que a protegeria e que sempre vou ficar do seu lado, mas com a Haeri, como vou conseguir? Soco a parede, para tentar aliviar minha mente desses pensamentos perturbadores, só agora noto que de tanto bater na parede, meus punhos já estão cortados e sangrando.
- Kuso. – Mesmo com a água gelada, não consigo me livrar desses pensamentos, o que está acontecendo comigo?
NEJI OFF
TENTEN ON
Acordo com o barulho de fortes pancadas na parede, vindas do banheiro, mas logo em seguida elas param. Olho para a cama e vejo que Neji não está comigo, e sim um travesseiro, o que me leva a pensar direto nos acontecimentos da madrugada.
Eu nunca pensei que novamente ele confessaria que sente algo por mim, mas senti que dessa vez foi mais intenso, ele realmente estava decidido do que queria. – “ Mesmo com o acontecimento, eu não sei o que será de nós quando voltarmos a Konoha, devido a minha recente estrada no time, não acho que isso será bem visto, ou até mesmo se ele realmente quer algo comigo, afinal nos conhecemos a pouco tempo, espero que isso não seja relevante aos pensamentos dele....” – Meus pensamentos são interrompidos quando escuto o barulho da água cessar, não sei o por que mas estou preocupada com o dia hoje. Devemos voltar, mas como vou olhar para ele? Essa dúvida, que eu quero muito que vá embora, está me incomodando. Por quê?
Após um longo tempo, ele sai do banheiro, nem havia me tocado de que fiquei esse tempo todo imersa em meus pensamentos ilusórios, ao menos arrumei minhas coisas. Ele para entre a porta e me encara, não sei decifrar o que se passa por sua cabeça, seu semblante está normal, mas sinto como se algo o incomodasse.
- Ohayo. – Ele diz sério, sua voz está pesada, por algum motivo desconhecido por mim, seus olhos estão focados no chão.
- Ohayo Neji-kun... vamos voltar hoje então? – Tento parecer normal, mas sinto que há algo para lhe perguntar, mas algo me diz também que ele não está bem hoje.
- Precisamos ir o mais rápido possível para dar tempo de conseguirmos encontrar Gai-sensei e Lee, para que não haja problemas na hora de relatarmos a missão para a Hokage.
Sério. Frio. Distante. Com certeza algo lhe incomoda, mas o que seria? - Imersa em meus pensamentos novamente, demoro a perceber que está falando comigo, até se mover.
- Ahm?...
- Perguntei se você já está pronta...
- Ah.... só vou tomar um banho e poderemos ir, comeremos no caminho?
- Hai, há uma barraca de dangos a alguns metros da saída de Suna.
Dito isso eu vou ao banheiro em quanto ele vai a caminho de sua mochila e terminar de fazer suas coisas para sairmos.
Ao fechar a porta, algo me impede de continuar, sinto meu corpo ficar frio, um ar gelado se aproximar de mim, a luz do banheiro começa a piscar, meus reflexos me fizeram olhar para minhas mãos........sangrando.
Os pingos caem no chão e parece formar uma poça rapidamente, a essa altura deveria estar gritando, mas é como se minha voz não existisse. Desesperada corro me olhar no espelho do banheiro, a luz já tinha se esvaído, não que não conseguisse enxergar, mas fico petrificada ao reflexo que surge no espelho.
Enxergo-me ensanguentada, ao lado da pavorosa sombra que está a me espreitar, levo minhas mãos geladas com o sangue quente às áreas do meu corpo que estão inundadas, meus seios, e minha virilha, o sangue continua escorrendo por minhas pernas.
Meu desespero é visível tanto em minha face quando em minhas mãos trêmulas, mais aflita por não conseguir gritar...não conseguir reagir direito à forma que me encontro agora. Aquela sombra parece ficar maior a cada segundo que a olho, fecho meus olhos com força novamente e me sinto despencar direto ao chão gelado do banheiro.
De repente sinto-me sendo segurada por mãos fortes, ao finalmente abrir meus olhos eu vejo orbes perolados a me olhar com preocupação, tentando falar comigo, aos poucos consigo lhe ouvir, e sinto minha voz voltando quando finalmente consigo dizer algo.
- Neji-kun! – Grito seu nome e no mesmo instante o abraço, a sensação que estava sentindo antes é imediatamente sessada, minhas batidas normalizam e minhas mãos não tremem, ele estava me protegendo de mim mesma.
NEJI ON
A escuto fechar a porta, logo olho para minhas coisas que tenho de arrumar e vou ainda pensando no que será de nós assim que chegarmos a Konoha, ou assim que ela sair do banheiro. Ainda não há nada definitivo entre nós, é estranho pensar em que em tão pouco tempo eu ia me apaixonar por uma garota assim, sinto que em outra vida tivemos algo, sinto agora que nos encontramos depois de muitos anos, mesmo nunca a tendo visto, ou não me lembro se a vi, mas não tenho a memória do Lee, não sou chamado de Gênio do Clã Hyuuga a toa. Meu coração sente que eu e ela já nos conhecíamos em um tempo passado.
Só depois que termino de arrumar minhas coisas, percebo que não há barulho de chuveiro ligado, algo está acontecendo. Aproximo-me da porta prestes a bater e perguntar se ela esta bem. Bati e nada, nem um “Hai” vindo dela, começo a ficar aflito, coloco minha orelha rente a porta para tentar ouvir algo, mas escuto passos correndo até alguma coisa, e gritos abafados.
Começo a bater na porta novamente, agora preocupado com a falta de uma resposta sensata. Por uma terrível sensação eu adentro o banheiro e a primeira coisa que vejo é ela indo ao chão, corri e a segurei a tempo. Meu coração está saltando de dentro de mim.
- TENTEN! TENTEN!! – Tento chama-la ela abre os olhos e me encara com seus olhos cheios de lágrimas, por algum motivo ela estava gelada, suas mãos estão tremulas, mas assim que me encara sinto ela se acalmar, ao que me parece sua voz retorna aos poucos, o que me faz ficar estupefato.
- NEJI-KUN! – Ela me abraça tão forte que sinto seu coração bater junto ao meu, ela se desprende de mim, mas continuo a segurando em meus braços, seus olhos estão fitando a porta, cujo por pouco eu não a destruo de tanto bater. Depois de uns segundos ela retorna seu olhar a mim, seus olhos transmitem dúvida, a vejo olhar seu corpo, parece procurar por algo, aflita.
- O que aconteceu com o sangue?
A olho perplexo com sua repentina pergunta, não havia reparado se havia sangue ou algo assim no lugar quando entrei, e depois de uma rápida olhada no banheiro, confirmo a mim mesmo que não tem nada.
- Que sangue Tenten? – Seu olhar a mim é de dúvida, ela não responde, permanece se olhando por uns segundos, até levantar, assim que a ajudo a ficar em pé, ela solta minha mão, mas fraqueja, por puro reflexo a seguro ao ver que ia cair novamente.
- Tenten, o que está acontecendo? O que houve com você?
Muda. Pensativa. Inexpressiva. Ela novamente solta minha mão e caminha até a bancada da pia, se olha no espelho e leva uma de suas mãos ao seu rosto, passa a mão sobre seus olhos. Observo tudo em completo silêncio, até que seu olhar encontra o meu.
- Arigato Neji-Kun, onegai, pode sair? – Sua voz agora suave, seus olhos agora serenos, me encaram com firmeza.
- Hai. – Sai sem protestar, sua confiança não me convenceu, mas não há nada que eu possa fazer sem que haja consentimento dela.
NEJI OFF
TENTEN ON
Depois de fechada a porta novamente, volto a me encarar, meu coração volta a bater rápido novamente, tento controlar minha respiração. Tiro minhas roupas a fim de finalmente entrar no banho. Despida, me olho e vejo as marcas roxas em volta da minha cintura, marcas daquele acontecimento doloroso, marcas que para mim, durarão para sempre.
Balanço minha cabeça e tento controlar a imensa vontade de chorar, caminho ao box e vejo a pequena quantia de sabonete que ainda resta, algo em meu interior me diz que é pouco, mas é uma quantidade suficiente para me levar uma vez. A água gelada caindo em meu corpo são como facas nos lugares roxos, e uma massagem nos lugares sem marcas.
Ainda estou atordoada pelo o que acabara de acontecer, tentei parecer que tudo ia ficar bem, afinal não quero incomodá-lo, não posso incomodá-lo. Não quero ser um estorvo para ele, tenho que parecer que estou bem, sempre bem.
“Mas... O que aconteceu com o sangue? O que é essa sombra? O que está acontecendo comigo?” – Essas perguntas rondam minha cabeça até eu terminar de me lavar e me enxaguar, finalmente, acredito que depois de um longo tempo, eu desligo o chuveiro, suspiro e pego a toalha, me enrolo e só agora me toco que esqueci a roupa. A toalha não é curta, mas o fato de que estou sem roupa nenhuma por baixo, me faz hesitar em abrir a porta e pegar minhas roupas, mas não tenho escolha. Abro a porta.
- Neji-kun? – Nenhum sinal, apenas com a cabeça para fora, vasculho o quarto e o encontro na varanda, parece estar com a cabeça longe. Silenciosamente caminho até minhas coisas e não as encontro onde deixei, estranho e procuro pelo quarto até achar em cima de um banco ao lado da porta de entrada e ao lado da mochila de Neji, aberta. E um pedaço de uma foto. Infelizmente quando me toco estou com a foto na mão, ele está ao lado de Hinata e uma garota do clã, bonita aliás.
- O que está fazendo? – Levo um susto e quase deixo a toalha cair ao ouvir sua voz grossa e um pouco alterada. Onde fui me meter. Largo a foto onde encontrei sem que ele perceba. Seguro minhas coisas.
- S-só vim pegar minhas roupas que tinha esquecido. – Volto ao banheiro para me trocar e ele permanece no lugar.
TENTEN OFF
NEJI ON
Assim que ela volta ao banheiro fui ver o que ela estava a encarar, e descobri que a foto minha, de Hinata e Haeri foi retirada de onde estava, se não fosse tão perfeccionista eu nem teria notado que está centímetros deslocada de onde a deixei, então chego a conclusão de que era isso que ela estava encarando.
Se não fosse pelo susto, achei que teria me perguntado sobre quem era a garota na foto além de Hinata. Não vou tocar nesse assunto a não ser que ela mesma se dirija a ele, não quero lembrar do meu futuro amarrado a alguém como Haeri. Depois de ficar pensando tanto sobre isso, escuto sua voz me perguntando se já podemos ir. Olho no relógio atrás de mim e vejo que já são 8:56, muito tarde, teremos de ser rápidos para encontrar Gai-sensei e Lee.
Pegamos nossas coisas e saímos, ela quieta e eu também. Depois de umas horas, finalmente saímos do deserto e entramos na floresta, o caminho que iremos fazer é o de costume entre Suna e Konoha.
A umas horas já de corrida sem parar, olho de soslaio para ela e a vejo com uma cara cansada, colocando sua mão na sua barriga. Dou um sorriso de lado ao notar que ela está com fome e está lutando consigo mesma para não me pedir para parar. Paro assim que piso no solo.
- Vamos comer. – Ela nada diz, mas consigo ouvir um “finalmente” vindo da parte dela.
- Como a viagem de Suna a Konoha é grande, mesmo com nós apressando o passo serão 2 dias inteiros, como já vamos comer aproveitamos e acampamos aqui, sairemos mais cedo amanhã, com sorte chegaremos antes deles.
- Hai.
Depois de comermos, fui fazer uma pequena patrulha para me certificar que nada nem ninguém nos mate enquanto dormimos, com sorte nada estava perto ou a quilômetros de nós. Voltei para onde ela estava e a encontrei dormindo, novamente me peguei admirando-a enquanto dormia, tão linda, mas tão vulnerável. Depois de um tempo me ajeitei e devido ao cansaço, dormi.
~~~~~~~~~~~~~~~~manhã~~~~~~~~~~~~
Acordo antes mesmo do primeiro raio de sol surgir, no mesmo momento sinto movimentos e vejo que é apenas ela acordando.
- Ohayo Neji-Kun. Vamos?
- Hai.
Ela me olha com uma certa dúvida, mas logo fica inexpressiva. Suspira e arruma seus coques, rapidamente volto a arrumar meu cabelo que aparentemente hoje está para me irritar. Depois de um tempo, continuamos nossa corrida a Konoha.
Passou-se algumas horas, já havíamos almoçado e de repente sinto uma sensação ruim. Olho para trás e não a vejo perto, está a uns metros atrás de mim, paro e ela se aproxima, ia passar na minha frente mas fui mais rápido e a fiz parar.
- O que houve?
- Você está bem?
- S-sim. – Ela desvia o olhar, aparentemente repreendendo-se por gaguejar. Noto que num segundo sua respiração fica pesada. – Ai.... aaahh...
- Tenten? – Ela grita e coloca sua mão em cima da região do seu útero. Ela se ajoelha e aperta sua barriga, eu não sei o que fazer para ajudar, começo a procurar água em sua mochila, depois que encontrei, estendo à ela e ela aperta meu pulso.
- Neji eu tô bem.......vai passar, vai na frente, já te alcanço, prometo.
- Como assim?! Não vou deixar você aqui nesse estado! – Fiquei pasmo quando ela me pediu para que eu fosse, o que ela está pensando?! Não vou deixar ela aqui morrendo de dor, no momento me encontro desesperado, não tem nada nem ninguém perto que possa ajuda-la e ainda estamos longe de Konoha, só tenho uma opção.
- Sobe nas minhas costas!
- Que?! De jeito nenhum Neji!!
- Vai ser melhor pra você, assim posso ir sem parar até Konoha. Suba! – Me ajoelho para que fique fácil para ela, nunca vou permitir que ela sinta mais dor numa corrida desenfreada até a Vila.
- NÃO!
- SIM!
- NÃO QUERO SER UM INCOMODO PRA VOCÊ!
- O QUE? – Fico petrificado ao ouvir suas palavras, afinal ela não falou nada nem me pediu para pararmos porque não quer ser um incomodo???
- Pare de loucuras Tenten! Você não é um incomodo pra mim! Eu não quero que você fique ai sentindo dor e além do mais eu não vou te deixar pra trás de jeito nenhum! Eu quero ajudar você! - Após dizer isso, ela se cala e tenta se levantar, com dificuldade ela sobre em minhas costas e segura em meu ombro com apenas uma mão, sinto que a outra ainda esta em sua barriga. Ela não é pesada, o que me alivia saber que posso ir mais rápido.
- Eu não vou parar até que cheguemos ao Hospital de Konoha.
- Hai..... – Começo a correr mais rápido que posso, sinto ela encostar sua cabeça em mim. Me arrepio ao sentir sua respiração tão perto. -.... Arigato....... Neji-Kun.
~~~~~~~horas depois~~~~~~~~
Adormecida em minhas costas, sinto a brisa da manhã, tiro uma mecha do meu cabelo da minha face, e no fundo já consigo enxergar o portão Pricipal de Konoha (auto: com o Byakugan), só mais 8 quilômetros.
- Ohayo.
- Falta pouco, quer que eu pare? – Pergunto sério.
- Onegai, quero correr até lá com você agora.
- Hai.... – Ela desce das minhas costas e arruma sua roupa que devido a movimentação, subiu um pouco. Ao olhar para sua cintura pude ver marcas roxas, o que me revolta imediatamente, ao me lembrar daquele dia.
- Vamos? – Ela pergunta, aceno com a cabeça em sinal de sim e dou uma leve espreguiçada, ela imediatamente desvia o olhar.
Voltamos a correr e depois de um tempo finalmente chegamos a Konoha.
NEJI OFF
.
.
Continua.....
PS: ESTOU DE OLHO! PLÁGIO É CRIME!
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