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História One Less Lonely Girl - Drunk


Escrita por: Haroldinha

Notas do Autor


Espero que gostem!

Capítulo 54 - Drunk


*Anne Russel*

Que atire a primeira pedra quem nunca foi chateada pelo irmão mais velho!

Eu e meu irmão somos como cão e gato. Brigas, apelidos, xingamentos, socos, tabefes e coisas do tipo são comuns entre nós. O mais legal nas nossas demonstrações de afeto é que sempre nos acertamos cinco minutos depois. É uma relação de amor e ódio. Também temos nossos momentos de irmãos unidos e rebeldes, como agora. Antigamente costumávamos armar planos de fuga, pois meu pai nunca deixou que nós saíssemos à noite, então a única maneira era... Fugindo; na maioria das vezes, pela janela. Temos prática nisso e vamos relembrar os velhos tempos. Estávamos bolando um plano para irmos a algum lugar. Claro que os demais não sabiam, ou estragariam tudo.

– Olha, é melhor que dê certo. Sou velha pra levar bronca do "papai’.

– Vai dar tudo certo – Disse meu irmão, bem otimista. – E se der errado, não tem problema. Somos adultos e fazemos o quisemos, certo?

- Isso é contraditório. Se somos adultos e podemos fazer o que quisermos, por que vamos sair escondidos?

- Por que é legal.

Apenas assenti ainda meio receosa. Meu irmão explicaria tudo aos outros, e eu subi para meu quarto para me vestir. Se der tudo certo, nós iremos em um bar qualquer ou boate, se é que existe isso em uma ilha. Afinal, qual a graça em vir para o Brasil e não experimentar as comidas e... Bebidas?

Hoje aquele povo britânico vai saber o porquê que o Brasil é tão elogiado por todos os que vem aqui.

 

***

 

Já era tarde da noite. Eu terminava de me arrumar, esperando que meu irmão chamasse por mim. Julia, como sempre, já estava arrumada. Ela era bem resolvida em relação a roupas. Eu acabei vestindo a mesma coisa de sempre.

Leves batidas na porta fizeram Julia saltar da cama, exasperada.

– Seu pai parece ser bravo, acho que não quero ir.

– O Zayn vai...

– Ok, eu vou.

Ri levemente e abri a porta, encontrando seis semblantes risonhos em minha frente. Saí silenciosamente, com Julia logo atrás de mim, e descemos a escada, sem fazer barulho, e por um milagre consegui chegar até a porta sem derrubar nenhum objeto.

– Saia muito curta! – Disseram Harry e Thiesley, em uníssono, ambos olhando acusadoramente para mim

– Nem vem! – Falei sem paciência. – Louis, cadê a Eleanor? – Perguntei quando dei falta dela.

– Ela ta de tpm e não quis vir – Respondeu não muito animado.

Ninguém falou mais nada e deixamos que Liam e meu irmão nos guiassem até algum lugar. Durante o caminho eu era a única que permanecia em silêncio. Minha animação sempre some que boto o pé na rua, é algo extraordinariamente irritante. Me limitei a sorrir quando vi um chafariz, acho tão lindo. A cada passo eu sentia mais vontade de voltar. Ah, eu sou muito sem graça!

– Aqui? – Ouvi alguém dizer.

– Comparado com o último lugar que Harry nos levou, até que é bom.

Percebi então que estávamos parados em frente a um tipo de restaurante ao ar livre. Estava meio vazio e alguns homens de terno ocupavam uma das maiores mesas. À mesa ao lado estavam sentadas várias mulheres com vestidos elegantes, e na mesa mais escondida, havia adolescentes. Não era bem o que eu imaginei, mas não me importei muito com o lugar. Não queria ter que andar mais e seria ali mesmo que ficaríamos. Sendo assim, fui a primeira a ocupar uma das cadeiras. Os outros fizeram o que eu fiz, e logo a garçonete/recepcionista/sabe-se lá o que logo veio nos atender.

– Vão querer alguOH MY JOSH! – Ela tapou a boca com a mão.

– Directioner – Falei, comprimindo os lábios.

Pelo visto, One Direction faz sucesso até nas ilhas... Eu só esperava que a garota não me apedrejasse, e que ela não fosse escandalosa.

– Bia, se controla! Se controla! – Ela repetia baixinho.

– Hum, Bia, certo? – Perguntei e ela assentiu. – Não grite, por favor – Ela assentiu novamente. – Boa menina.

– Ér...O-O que v-vão querer? – Perguntou, tentando retomar a postura.

– Queremos todos os tipos de bebida que tiver aqui – Disse meu irmão.

– Pede pra ela trazer comida – Niall tratou logo em dizer.

A garota, que devia ter seus dezoito ou dezessete anos, anotou algumas coisas em um bloquinho. Sorriu para os meninos, que lhe devolveram o sorriso, e seguiu até uma porta.

 

***

 

Cada qual tinha uma pequena bandeja em sua frente. Nelas continham vários copos de diversos tamanhos e bebidas diferentes. Algumas os garotos já conheciam, já outras, iriam conhecer agora.

– Pode levar, eu não vou beber – Disse Liam, afastando a bandeja de perto de si. – Me traga um refrigerante.

A garota manteve os olhos castanhos fixos em Liam. Acho que ela não sabia falar inglês.

– Pode levar as bandejas, minha e dele. Nos traga refrigerante – Falei.

– Temos Pepsi – Ela meio que sugeriu e eu assenti.

Bia equilibrou as duas bandejas nas mãos e marchou até o mesmo lugar de antes com muita rapidez e agilidade. Sem demora ela voltou com nossos refrigerante.

– Isso é forte pra caralho! – Harry disse, fazendo várias caretas.

– O que ele tomou?

– Caipirinha – Meu irmão respondeu.

Ri levemente. Os outros ficaram meio receosos em tomar a bebida, mas por insistência do meu irmão, acabaram tomando e fazendo as mesmas caretas que Harry. Meu irmão que gostava de ver a desgraça dos outros só ria.

Meia hora depois as bandejas estavam completamente vazias e aqueles doidos já estavam podres de bêbados. Eu, Liam e Thiesley éramos os únicos sóbrios. As pessoas que estavam ali olhavam apavorados para nossa mesa, e Niall mal conseguia acertar a batata frita na boca.

Levantei e fui em direção a Bia, que olhava para nossa mesa com os olhos brilhando e um sorriso no rosto.

– Onde tem um banheiro? – Perguntei a ela.

– Vem comigo.

Bia me guiou até o banheiro e eu entrei em uma cabine. Ela ficou na porta, pois segundo ela, os tarados costumavam entrar no banheiro feminino para assediar as mulheres. E eu não queria ser novamente atacada por um tarado, então...

Fiz o que tinha que fazer e saí para lavar as mãos.

– O que você é dos meninos? – Perguntou ela, parando ao meu lado e me olhando pelo reflexo do espelho.

– Amiga – Respondi simplesmente.

– Eu não sabia que eles estavam no Brasil – Disse pensativa. – Ainda mais aqui.

– Eu os convenci em virem – Dei de ombros.

De repente uma música alta chegou aos meus ouvidos. Ela vinha de fora.

– Os empresários devem ter ido embora – Bia comentou.

– Como? – Perguntei sem entender.

– Às vezes, alguns empresários alugam esse lugar para reuniões, como hoje – Ela começou. – Depois que eles vão embora isso aqui lota de... Adolescentes.

Eu havia entendido. Então quer dizer que lá fora está cheio de adolescente... Agora a probabilidade dos meninos serem vistos e reconhecidos se tornou maior. Ok, hora de ir embora.

Ao voltar para o lado de fora, me deparei com a multidão insana dançando loucamente. Por Deus! Aquelas pessoas só podiam ter brotado do chão!. Gritos no meio da ‘pista’ chamaram minha atenção. Era difícil abrir caminho entre as pessoas, e para facilitar, eu beliscava todo mundo. Havia uma roda formada ao redor de alguém e a cada segundo que passava os gritos aumentavam, era quase ensurdecedor.

Quando consegui ver quem estava no centro dessa roda, fiquei boquiaberta.

Não, eu não vi isso! ME DIZ QUE NÃO! Aqueles fazendo uma dancinha ridícula no meio da roda não são Louis, Niall, Harry, Zayn e Liam!

Consegui ficar bem na frente e ver o mico deles. Que dança era aquela, Jesus?

Do outro lado da roda, meu irmão ria descontroladamente. As pessoas pediam por mais e eles estavam, se achando ‘os dançarinos’.

– Louis, sai daí! – Gritei quando a música parou.

– PUPPY, vem dançar!. – Disse meio embolado e tentou me puxar para o meio da pista, que agora estava cheia novamente.

Comecei a empurrá-lo e fui catando cada um deles pelo caminho. Achei meu irmão e o peguei pela gola da camisa.

– Por que deixou eles fazerem isso? Esses babacas estão bêbados!

– Não sei de nada – Ele virou as costas para mim.

– Pelo menos me ajuda a carregá-los pra casa.

Ele revirou os olhos, mas apoiou Harry em seu ombro. Liam pegou Louis, Julia e Zayn apoiaram-se um no outro e para mim restou Niall, que ria a toa.

– Vê se colabora seu saco de batatas!

Fiz o mesmo que meu irmão fez com Harry e segui até a saída.

– NÃO! EU PRECISO DE AUTÓGRAFOS!

Virei o máximo que pude e encontrei Bia correndo em minha direção, com o bloquinho em mãos.

– Desculpa, mas eles não estão em condições.

– Não acredito que eles estiveram tão perto e eu não pude pegar um autógrafo sequer – Falou cabisbaixa.

Me deu um aperto no coração.

– Prometo que trago eles de volta pra te darem autógrafos.

– Jura? – Ela sorriu.

– Vou fazer o possível – Devolvi o sorriso. – Agora preciso ir.

Ela assentiu freneticamente e voltou para o restaurante, assim pude continuar o caminho um pouco afastada dos outros, até tinha medo de me perder. Niall estava praticamente dormindo em meu ombro.

Minhas costas doíam muito quando finalmente chegamos, e abri a porta da frente silenciosamente, tentando não derrubar nada. O mais difícil foi subir a escada com Niall pendurado em meu pescoço. Liam devia ter ido direto tomar banho, pois a luz do banheiro estava acesa. Larguei Niall na cama e dei leves batidas em seu rosto para fazê-lo acordar.

– Depois que Liam sair você toma um banho, entendido? E não saia daqui!

Ele levantou a cabeça e me encarou com um sorriso safado no rosto. Mandou um beijo e depois riu, achando muito engraçado o que havia feito, e eu não contive o riso.

Deixei Niall em seu quarto e me dirigi até o meu, exausta até o último, porque quele oxigenado me deu uma canseira mesmo. Também não podia reclamar, já que a ideia de ir para aquele lugar foi minha, em parte. Só não esperava que todos fossem se embebedar. Pelo menos tive Liam para me ajudar.

Eu precisava da minha cama, e de um banho também. O dia tinha sido muito cansativo. Enquanto procurava meu pijama, ouvi a porta se abrir e fechar. Presumi que fosse a Julia.

– Ju, pode ir tomar banho primeiro, eu posso esperar – Ela não respondeu e nem se movimentou. – Será que eu vou ter que te dar banho a força?

Como se não bastasse minhas costas estarem doendo, eu teria que dar banho em uma bêbada. Virei o rosto rapidamente, pronta para mandar ela tomar banho novamente, mas não era ela que estava ali.

– Niall, eu mandei você ficar no quarto! - Ele não respondeu. Só deu um sorriso sacana e começou a balançar algo em suas mãos. – O que é isso?

– Uma chave – Disse simplesmente. Já não parecia tão bêbado quanto antes.

Mas o que ele fazia com a chave na mão?

Olhei para a fechadura da porta, e constatei que a chave que ele segurava era a do meu quarto. Meu sangue gelou.

– Você não nos trancou aqui dentro, né? – Perguntei receosa.

– Talvez... – Disse com cara de culpado.

– Me devolve a chave, Niall – Pedi, dando um passo para frente, mas ele recuou e novamente deu um sorriso sacana.

– Vem pegar - Ele provocou.

– Isso não é hora pra provocações.

Caminhei até ele e estiquei o braço para pegar a chave, mas mesmo estando bêbado ele era mais rápido que eu e conseguiu desviar. Bufei, ainda de costas para ele. Virei novamente e meu sangue gelou mais ainda. Niall não devia estar com a mão para fora da janela. Não devia.

– O que acontece se a chave escorregar da minha mão? – Perguntou, fingindo inocência.

– Se ela cair nós vamos ficar presos aqui. Você não quer isso, né? – Tentei me aproximar, mas ele ameaçou a abaixar o braço. Parei imediatamente.

– Não me parece ruim...

– Mas é! Você tem que me dar a chave agNIALL, PORQUE VOCÊ DEIXOU A CHAVE CAIR?

Ai meu santo Deus, ele largou a maldita chave! Ele deixou ela cair! Desgraçado!

– Ops, escorregou – Disse, com cara de falsa surpresa, pondo a mão na boca para esconder o sorriso triunfante.

Comecei a andar de um lado para o outro. Por que ele fez isso? Esse garoto tem merda na cabeça?

É hoje que eu viro uma assassina.

– THIESLEY!

Chamei a primeira pessoa que veio em minha cabeça, e não demorou muito para eu ouvir passos e rezei para que fosse ele

– O que foi? – Thiesley forçou a maçaneta. – Abre a porta, criatura, eu ainda não tenho poderes de atravessar portas.

– Não dá – Respondi agoniada.

– Por que não? O que houve? Você se machucou?

– Não. Foi Niall que jogou a chave pela janela.

– Como é?

– Foi o que você ouviu - Bradei, sem paciência. – Vai lá fora e pega a chave. Deve estar no jardim.

– O que? – Ele riu. – Não vou ir lá fora, está escuro demais.

– Maninho, por favor! – Choraminguei

– Amanhã eu pego, dá pra ficar aí por uma noite.

– NÃO!

– Boa noite pra vocês.

– Thiesley, volta aqui! – Falei brava.

Era tarde demais. Ele tinha se ido. Os outros garotos não me ajudariam. Todos já deviam estar dormindo profundamente por causa do porre. Onde estaria Julia quando eu mais precisava dela?

Olhei para Niall enfurecidamente, com fogo saindo pelas ventas.

Ele já estava bem acomodado em minha cama.

Eu não estava acreditando que teria que passar uma noite inteira trancada em um quarto com ele estando podre de bêbado!


Notas Finais


Postarei mais ainda hoje, ok?


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