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História One Less Lonely Girl - Vas Happenin?


Escrita por: Haroldinha

Notas do Autor


Hey tchutchucas!
QUEM TÁ ANSIOSA PRA KISS YOU?

Capítulo 62 - Vas Happenin?


*Anne Russel*

Nunca na minha vida pensei que precisaria de ajuda para trocar de roupa. Poderia ter pedido ajuda para a enfermeira, mas ela não tinha aparecido ainda. Então quem me ajudaria? Só tinha Niall. Pela manhã ele voltou até em casa e me trouxe roupas, ou seja, Niall mexeu nas minhas peças intimas e eu não gostei disso. O maior problema era que eu não podia me abaixar nem erguer os braços, ainda sentia muita dor. Como eu iria colocar o short e a blusa? Pois era aí que Niall iria me ajudar.

– Se você estiver olhando, eu juro que furo essas duas bolotas azuis com uma caneta.

Eu estava blefando.

Confiei que ele não abriria os olhos enquanto eu ainda estivesse apenas com roupas intimas. Niall ergueu o short até minhas coxas, meio desajeitado por não estar enxergando nada, e eu apenas ria. Subi o short e fechei o zíper. Quando olhei para Niall, vi que ele tinha um dos olhos abertos.

– Eu disse pra não olhar!

Consegui acertar um tapa nele, mas com certeza doeu mais em mim. Niall riu e sentou na beirada da cama, agora com os olhos abertos e não exitou em me olhar por inteira, o que me fez quase morrer de vergonha. Ele viu que eu corei e balançou a cabeça.

– Não me olha assim!

Puxei a blusa que estava em seu ombro e tentei vestir para disfarçar o constrangimento. Obvio que não consegui vestir e muito menos disfarçar, então ele riu da minha cara e levantou para me ajudar com a blusa. Depois que a blusa já estava em seu devido lugar, Niall sentou novamente e eu apoiei os braços em seus ombros. Mesmo estando sentado e eu de pé ele ainda fica mais alto.

Eu não devia ter ficado com tanta vergonha, afinal, Niall já me viu de sutiã. Me lembro daquele dia em que nós quase, hum, quase... pois é, nós quase... não consigo terminar a frase sem rir mentalmente. Era uma lembrança engraçada e frustrante ao mesmo tempo, porque aquela foi a única oportunidade que tivemos de, bem, passar de nível... A única oportunidade em anos.

– Que nostalgia – Comentei rindo.

– Lembrou do que? – Niall perguntou curioso.

– Você lembra... – Comecei a rir. – daquele dia que... – Mais risos escaparam. – foi um dia antes do seu aniversário de dezessete anos, você ia viajar aí nós...

– Eu lembro – Me interrompeu. – Lembro de tudo: Da sua roupa super curta, do brigadeiro, do filme, do presente, que a propósito eu ainda uso – Ele puxou o colar de trevo que estava escondido por debaixo da blusa. – e depois...

– Liam chegou atrapalhando tudo – Completei.

– Eu ia falar do seu sutiã preto, mas lembro dessa parte também.

Mais uma vez eu ri para disfarçar a vergonha.

– Depois daquele dia as coisas só desandaram – Falei tombando a cabeça para o lado e suspirei. Ele imitou meu gesto.

– Isso podemos esquecer.

Eu assenti. Já havia mudado meu lema de vida que agora é: “Passado é passado”. Sentei na cama ficando com os pés suspensos e os estiquei.

– Coloca meus tênis.

Niall me olhou de soslaio, mas pegou meu vans vermelho e pôs em meus pés. Ele sabia muito bem que se eu peço ajuda é porque realmente preciso. Ficamos no quarto até a enfermeira, que agora eu sabia que se chamava Lara, nos chamar. Ela me passou a receita com o nome dos remédios que devia tomar.

– Então, é isso. Se ficar em repouso e tomar a medicação direitinho ficará boa em duas semanas.

– Wow, duas semanas? No domingo eu preciso voltar pra Londres, não posso ficar aqui – Protestei.

– Londres? Mora lá? – Perguntou ela. Vi um brilho diferente em seus olhos.

– Nasci lá, cresci no Brasil e depois voltei. Sou um pouco dos dois – Falei sorrindo.

– Que incrível! – Ela sorriu, mostrando seus dentes extremamente alvos. – Vou pra lá ainda esse ano.

– Intercâmbio?

– Consegui uma bolsa. Ainda estou arranjando um lugar pra ficar. Por isso estou fazendo esse “bico” como enfermeira, apesar de ter feito só um curso técnico, para conseguir me manter por lá até conseguir um bom emprego.

– Entendi. Tem uma caneta? – Mudei totalmente de assunto. Ela fez uma cara estranha e puxou a caneta da prancheta e me entregou. Peguei uma de suas mãos e ali anotei o número do meu celular. – Quando chegar lá, me liga. Posso te ajudar.

Ela me olhou incrédula.

– Sério isso? Esta querendo ajudar uma desconhecida?

Fiz cara de cansada e suspirei. Cheguei perto dela e dei alguns tapinhas em seu ombro.

– Quando ele me encontrou – Apontei para Niall, que estava a alguns metros mais a frente de nós. – eu era uma desconhecida, mas isso não o impediu de me ajudar.

– Certo – Disse ela meio receosa. Seu olhar ia de mim para sua mão.

Me despedi com uma aceno e fui até a recepção.

Tive que assinar alguns papéis antes de ir embora e pegar alguns remédios. Niall estava com uma cara confusa por não saber o que as pessoas falavam. Para poder ir até a saída tive que me apoiar em Niall, e me surpreendi quando ele passou as mãos por trás de meus joelhos e me ergueu. Minhas mãos agarraram seu pescoço imediatamente, fiquei com medo de cair.

– Isso foi tão...

– Clichê – Ele completou em uma tentativa frustrada de imitar minha voz.

– Desnecessário é a palavra correta.

As pessoas nos lançavam olhares estranhos. Ou estavam achando aquilo romântico ou nos tachando como loucos e idiotas. Mas quem se importava? Preferia pensar que estavam todos com inveja por não terem um namorado tão prestativo como o meu, que apesar de me chamar de gorda, me carregava no colo até o carro. Aquela frase "Você pode não ser bom o suficiente para todo mundo, mas com certeza vai ser perfeito para alguém" se encaixa perfeitamente agora. Niall não agradava todo mundo, mas era perfeito para mim, mesmo com todos os defeitos.

– Por que meu pai não veio? – Perguntei.

– Ele nem sabe que você teve alta do hospital – Niall disse simplesmente.

– Já percebeu o quanto meus pais se importam comigo? É tanto amor... – Falei ironicamente.

Niall apenas riu.

Tentei ficar o mais confortável possível nos bancos de trás, mesmo assim o corpo ainda doía. Eu só queria chegar em casa e comer comida de verdade.

 

 

 

*Louis Tomlinson*

Esses dias que passamos no Brasil fizeram com que um grande afeto por ar condicionados crescesse dentro de mim. Com esse calor infernal só assim para conseguir ficar dentro de casa. E com o sol lá fora é quase impossível aguentar cinco minutos debaixo dele. Protetor solar não adianta, então para evitar ficar queimado é melhor ficar dentro de casa. Imagina só, eu com a bunda queimada?

Aquela casa era tão tranquilizante que até me fazia ficar calado, só que não.

 There once was a group with Liam and Niall, Vas happenin' boys? Vas happenin' boys?

Eleanor me olhou, quer dizer, todos me olharam.

– Pô galera, Louis Tomlinson cantando é muito mais interessante do que o desenho de dois ratinhos que querem dominar o mundo!

Todos concordam, né?

– Certo Louis, nos faça rir – Liam incentivou.

Limpei a garganta e pensei em alguma música.

– Like a virgin...

Somente três palavras e uma vozinha afeminada foram o suficiente para fazer todos rirem. Às vezes me sinto um palhaço, mas palhaços são legais. Só Niall que não acha porque ele tem medo. Por falar no Leprechaun, cadê ele?

Minha esperteza andava aguçada ultimamente, eu logo percebi tudo. Niall saiu ontem à noite e não voltou até agora, devia ter saído para catar uma brasileira, afinal, ele anda na seca há tanto tempo... Não que eu tenha contado ou me importado... Niall nunca se aproveitou da fama para coisas do tipo, acho que é por isso que as directioners vêem ele como um “garoto puro”, que na verdade não é nada puro. Fiquei sabendo que uma vez ele e Anne quase transaram no sofá da sala. OPA, EU NÃO DEVIA TER CITADO ISSO, LIAM PEDIU SEGREDO!

Mas quem disse que eu sou bom em guardar segredos? Como a nanica Anne diz, eu sou um linguarudo.

Por falar em Anne, acho que foi ela que acabou de chegar. Se não me engano ela deveria estar no hospital, certo? Oh, será que o espírito dela veio se despedir?

Cruzes, cala a boca, Tomlinson!

Eu estava seduzindo todos com minha dança “Parar o trânsito e deixar os carros do outro lado passarem”, mas parei e fui até Anne. Dei um abraço repentino e fiz ela se assustar. O abraço foi tão apertado que eu cheguei a ouvir um estalo.

– Por Deus, agora além de pneumonia eu tenho uma costela quebrada – Ela grunhiu.

Logo atrás dela estava Niall com uma expressão incompreensível.

Quando os outros a viram ali... foi uma puxação de saco e ninguém mais prestou atenção na minhas dancinhas.

 

***

 

Anne ter aparecido ali, hoje, foi uma surpresa para todos. Os pais dela estavam ocupados arrumando as malas, pois teriam que ir embora antes do tempo previsto. Pelo que entendi, o pai dela é bancário e estão precisando dele, e a mãe dela acompanha o marido em tudo. Nem eles sabiam que Anne voltava hoje. Então por que Niall sabia?

Na sala era um alvoroço. Parecia uma discussão entre Anne, seus pais e o irmão. Obvio que eu e os demais não entendíamos nada. Ver uma discussão em outra língua é estranho. Eles parecem um bando de galinhas brigando pelo último grão de milho.

– Fala sério! Querem que eu morra de fome, só pode! – Disse Anne, irritada, olhando para Niall.

– O que houve? – Perguntou ele. Eu fiquei prestando atenção nos dois. Sou curioso, ok?

– Sei lá! Minha mãe disse que eu tenho que comer coisas leves, tipo sopa. Mas eu não quero sopa, preciso de comida. Não como há dois dias, já estou quase oca.

Ri com o drama dela.

Os outros já haviam se normalizado e voltaram os olhos para a TV, mais especificamente para nosso clipe que passava. Eu foquei em Anne e Niall que conversavam aos sussurros e estava tão perto um do outro. Fazia tempo que não se via eles assim.

Os dois continuaram conversando por mais tempo. Vi Anne fazer uma careta e dar um falso tapa na cara de Niall. Ele riu e puxou as pernas dela para seu colo, e a abraçou pela cintura.

Tem treta aí – Pensei.

Confirmei isso ao ver Anne segurar o rosto de Niall com as duas mãos daquele jeito delicado que ela sempre teve e deu um selinho nele.

Há quatro anos essa seria uma cena comum, mas hoje, é uma novidade. Cocei os olhos para ter certeza de que não estava vendo miragem, mas não, eles continuavam do mesmo jeito.

– Quê isso? Vocês dois tão se pegando de novo?

Anne pareceu surpresa com minha pergunta e arqueou uma sobrancelha.

– Algum problema nisso?

– Não – Falei simplesmente. – É que... sei lá. Depois de tanto tempo, tantas confusões, é meio estranho ver vocês dois trocando saliva de novo.

– Não vejo nada de errado – Disse Niall. – Até parece que não sabe que a tampinha aqui nunca me esqueceu.

– Ah é assim, é? - Anne protestou. – Não importa. Só por favor, não fiquem zoando a gente.

A essa altura todos já haviam percebido e tinham sorrisos maliciosos nos rostos.

– Só um avisinho para o Nialler aqui – Falei rindo sinicamente sem mostrar os dentes. – Se eu ver minha puppy chorando por sua causa, eu juro que deixo os índios canibais te devorarem.

Eu não sabia se ria ou se gargalhava da cara do Niall.

Certo, o casal ternura tinha voltado. Niall i ficar todo bobão de novo. Mas algo me preocupava: As Directioners. Quando ela souberem, eu não quero nem ver... Até porque elas eram acostumadas com a solteirisse do irlandês.

Apesar dos apesares, de Anne estar roubando toda a atenção de Niall mais uma vez,  eu estava feliz por eles.


Notas Finais


O que me dizem?


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