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História One Less Lonely Girl - Again


Escrita por: Haroldinha

Notas do Autor


Taí mais um pra vocês...
Boa leitura!

Capítulo 72 - Again


Casal da semana (eu poderia rir eternamente depois de ler aquelas três palavrinhas). 

Três palavrinhas que me causaram uma das piores dores de cabeça da história da humanidade, e o pior foi que não pude fazer nada. Nem eu, nem Harry. Melhor dizendo, aquele empresário de uma figa mandou ficarmos quietos e não sairmos. Sim, ele mandou. Mandou Harry me mandar ficar calada, e eu fiquei, ou pioraria tudo. Segundo ele, um dia que a mentira fosse mutuamente assegurada por nosso silêncio já seria suficiente, e depois Harry poderia desmentir tudo, assim abafando todos os recentes acontecimentos. Para mim não era a melhor das maneiras para se fazer isso, mas era tarde demais para um novo plano. Niall não me atendia, não respondia minhas mensagens, ou seja, ele viu as notícias e devia estar me matando mentalmente. Ainda que fosse contra a vontade de Harry, eu e ele fomos falar com o tal empresário, que agora eu sei que se chama Clark, para pelo menos tentar convencê-lo de nos deixar desmentir a parte do beijo, que foi uma das mentiras contadas em um site, mas ele negou nosso pedido, e apesar de ser contra, eu tive de simplesmente concordar, porque afinal de contas, tudo se resumia a Harry, e eu não era mesquinha o suficiente pra pensar em mim mesma no momento. Ele precisava, e eu estava ajudando, mesmo sabendo que uma enxurrada de problemas fossem sobrar exclusivamente para a minha pessoa; eu tremia inteira com a possibilidade de Niall não entender o único propósito da coisa toda.

Voltei acompanhada de Harry até o carro, que estava estacionado do outro lado da rua em frente ao estúdio. Eu sabia que aquele empresário que só pensava em dinheiro só iria piorar as coisas. A única constatação que me fazia manter a sanidade era saber que a minha parte estava feira, então não precisava continuar a tentar fingir que estava tudo bem, porque não estava. O problema é que sou, definitivamente, uma pessoa boa demais. Mereço um lugar no céu por conta disso, no mínimo.

Contudo, eu não conseguia parar de pensar no quanto a vida é tão injusta comigo. Sempre que tento fazer algo bom, acabo sendo a mais prejudicada. Eu sempre me ferro. Uma prova bem exemplificada é essa: Enquanto ajudo Harry, perco Niall.

Ele ainda não tinha retornado minhas ligações e mensagens de texto.

No trajeto do caminho de volta, eu tentava e queria mesmo acreditar que Niall me entenderia e que depois que isso tudo passasse, tudo ficaria bem. Mas se levar em consideração todo o ciúme possessivo que Niall sente (nesse caso com muita razão), era bem provável que ele gritasse e brigasse comigo, isso se ao menos aceitasse falar comigo novamente. Por outro lado, sei que Niall também é sensível,  e se tratando da reputação de um de seus amigos, havia chances de ele não levar tão sério. Talvez ele só fique... Triste. Acho que isso me deixaria ainda mais mal. Ver Niall triste é de partir o coração. Qualquer coisa que acontecesse, eu sabia que não vai ser bom. O fato de Niall não me atender já era uma forma de me punir.

Minha cabeça estava infestada de pensamentos ruins que só pioraram com Harry me atormentando para eu mudar o caminho e ir para a casa dele. Nunca pensei que ter amigos famosos fosse tão exaustivo e exigisse tanto bom esforço.

– Por que temos que ir pra sua casa?

– Porque eu convidei o Ed pra ir lá hoje.

Minha paciência estava se esgotando, mas eu me controlei, depositando a impaciência e a raiva no aperto que dei no volante. Não podia explodir no meio do trânsito, então contei até dez, vinte, trinta, quarenta, cinquenta... CONTEI ATÉ CEM! Contei até chegar na casa da pessoa irritante ao meu lado. Existia um lado bom de ter ido parar por ali, pois Niall mora logo à frente e eu precisava falar com ele. Eu esperava que apenas alguns passos me separassem dele, nada mais que isso.

No entanto, meus passos foram à toa até a casa dele. Eu já havia apertado a campainha, batido e chutado a porta e só depois Liam veio me dizer que Niall havia saído há algum tempo. Parecia que ele estava fugindo de mim. Preferi pensar que não passava mera coincidência, um simples desencontro, e voltei para a casa de Harry, onde Ed Já havia chegado. Estava ele rodeado por guloseimas e arrumando o vídeo game.

– Hey, Ed! Como vai?

– E aí! – Ele chegou perto e bagunçou meus cabelos, ainda que não fôssemos nem um pouco íntimos para tal ato.

– O que vão jogar?

– Independente do que for, eu vou ganhar do Potter – O ruivo se gabou.

– Hoje não Wesley, hoje não. – Harry voltou com uma bandeja de tacos

Harry e Ed eram competitivos entre si no vídeo game, ficavam um tentando atrapalhar o outro. Eu fiquei só observando, enquanto Penny se enchia de doces, e não demorou muito  para, depois de correr pela casa toda, eu conseguir fazê-la dormir. Insisti para que me deixassem jogar e só consegui quando eu mesma conectei mais um controle.

– Cara, ela vai ganhar. Ela tá ganhando. PUTA QUE PARIU! HARRY, SEU PUTO, VOCÊ DEIXOU ELA GANHAR DE NOVO!

Harry jogou o controle longe, bufando.

– Não quero mais. Não gosto de perder.

Ficamos nos encarando por minutos.

– Tem algum outro jogo? – Perguntei, olhando para Harry.

Ele pensou um pouco.

– Hum, eu tenho twistter.

 

***

 

– Mão direita no amarelo, Harry – Ed mandou.

– Não vai dar não, dude.

– Não existe "não vai dar" no twistter, Harry – Eu zombei, toda contorcida. - Você faz ou tenta fazer, ou você perde.

Demos um jeito de cabermos os três no twistter, juntando dois dos "tapetes" e ficou grande o bastante para nós, mas infelizmente Harry perdeu a roleta, então cada um mandava o outro encostar em uma cor. Resumindo: Um ferrava o outro, pedindo movimentos impossíveis. Porém, om muito esforço e contorcionismo, Harry conseguiu alcançar no amarelo.

– Rá! Não há nada que Harry Styles não consiga fazer.

Eu e Ed reviramos os olhos.

– Pé esquerdo no azul, Ed – Dessa vez eu sacaneei ele.

O ruivo me olhou incrédulo, ou pelo menos tentou me olhar, pois estava mais contorcido do que eu.

– Você acha que eu sou o que, um contorcionista de circo? – Ele protestou, tentando alcançar o azul, e conseguiu.

Ele me olhou malignamente.

– Mão esquerda no verde – Ele disse.

Agora eu estava bem ferrada. O único verde mais próximo era ao lado da mão dele e estava um pouco longe, mas como eu sou ninja consegui encostar a ponta do dedo indicador.

– Eu disse a mão, não o dedo.

Revirei os olhos, eu não conseguiria. Dei um pouco de impulso com os pés, mas o resultado foi minha testa se chocando na testa do Ed. Me desequilibrei, oras...

– Ow isso doeu – O ruivo resmungou, massageando a testa.

Eu só conseguia rir.

– Acho que eu ganhei – Harry sorriu.

Um “galo” meio grande já era visível em nossas testas.

– Eu tenho show amanhã, não posso ficar com esse galo no meio da testa.

– Vou buscar gelo

Harry foi até a cozinha. Eu ainda ria um pouco, e parei subitamente ao lembrar de Niall. Já tinha me esquecido do porquê de ter permanecido tanto tempo esperando e aguentando aqueles dois. Já eram oito horas, ele devia ter chegado, então levantei e fui saindo.

– Já volto!

– Cuidado pra não deixar um galo em outra testa – Ouvi Ed dizer e rir logo depois de ver meu lindo dedo do meio apontado em sua direção.

Atravessei aquela rua na maior tranquilidade, sem ligar para o carro que buzinou. Apertei a campainha despreocupadamente e esperei.

Por um momento preferi não ter ido ali.

Quem atendeu a porta foi uma pessoa do sexo feminino.

Fiquei chocada, com raiva, tudo, mas apenas olhei dos pés a cabeça para ela.

Acho que vou estrangular alguém...

Será que eu errei de casa? Não, não errei. Então o que essa piranha faz na casa dele?

– Oi? – Disse ela.

Percebi que fiquei pensando por tempo demais.

– Vim falar com Niall.

– Vou avis...

– Não precisa.

Praticamente invadi a casa. Ele não estava na sala, era provável que estivesse na cozinha pensei. Eu estava certa. Lá estava ele, todo suado e mexendo na geladeira. Por que ele estava suado? Não acredito que...

– Niall – Chamei com a voz trêmula.

Tratei de afastar aquele pensamento ridículo da minha cabeça. Ele não faria o que eu estava pensando.

– Que foi? – Disse friamente, dado-me apenas uma olhada de canto, como se para constatar quem estava ali.

– O que foi? – Repeti a pergunta, incrédula. – Por que não me atendeu?

– Não vi que ligou – Deu de ombros.

– Impressão minha ou você ta me evitando?

– Eu? Te evitando? De onde tirou isso? – Juro que vi sarcasmo na voz dele. – A propósito, Como foi o dia do casal da semana? 

Ele ainda não tinha me olhado de fato, e eu havia entendido o porquê. Suspirei pesadamente. Não sabia por onde começar.

– Era sobre isso que eu queria falar – Comecei, vendo ele fingir prestar atenção. – Você deve ter visto aquela matéria, mas... Não teve nada do que dizia lá. Não teve beijo, não teve clima de romance, nós só jogamos aquela merda de golf, brigamos e tomamos café. Apenas isso, entendeu?

Niall me ignorou completamente. Se distanciou da geladeira com um copo de refrigerante em mãos e finalmente me olhou. O azul de seus olhos pareciam apagados.

– Não me deve explicações, Anne – Ele me olhou de um modo frio que fez meu coração apertar, dando de ombros no final.

– Como que não? Você é meu namorado.

– Sou mesmo? É que às vezes parece que não nada – Seu tom de voz aumentou.

O copo foi largado fortemente na pia. Eu me assustei com o barulho e com a expressão dele.

– O que quer que eu pense quando vejo que minha namorada assume um falso namoro com um dos meus melhores amigos e sequer fala nada pra mim? Pelo amor de Deus.

Fiquei estática.

– Eu não assumi nada – Falei no mesmo tom dele.

– Mas também não fez nada pra evitar.

Respirei fundo. A última coisa que eu queria era brigar com ele.

– Niall, eu só quis ajudar.

– Isso é o que mais me incomoda – Disse com os dentes serrados. – Você se importa mais com qualquer um do que comigo.

– Isso não é verdade - Retruquei.

– Claro que é. Você se importou em perguntar o que eu achava sobre isso? Não, você simplesmente foi e fez, ou seja, não se importou comigo.

– Mas... achei que tivesse a par de tudo. Aquele seu empresário te falou, não foi?

– Ele me disse algo bem diferente, porque se tivesse dito o que você e Harry fariam eu não teria concordado. Você não devia ter concordado!

– Filho da mãe – xinguei baixinho, me referindo a Clark

Ficamos nos encarando em silêncio. Eu não tirava a razão dele, mas também esperava que ele me entendesse.

– É melhor você ir embora antes que ouça o que não quer ouvir.

Eu entendi o que ele quis dizer, e sinceramente não queria que tudo acontecesse de novo. Engoli o choro.

– Você só esta vendo o seu lado, o meu não. O que queria que eu fizesse? Deixasse meu amigo se ferrar sabendo que eu podia fazer algo? Eu só tentei ajudar porque não sou egoísta, não sou assim e não me peça pra mudar!

Ele riu sinicamente.

– Eu também nunca vou mudar, você devia saber disso, então não me peça pra entender que eu sou menos importante que os outros.

Limpei a lágrima solitária que caiu. Como ele podia ser tão egoísta? 

– E quem é aquelazinha que atendeu a porta?

– É minha amiga.

Niall virou as costas para mim e saiu dali. Eu tentava me controlar para não chorar e também para controlar a raiva. Ear incrível a facilidade que eu tinha para me dar mal em tudo. Acabei indo atrás dele. Chegando na sala novamente, o vi despedindo-se da garota com um abraço sentimental demais para o meu gosto.

– Amiga? Tem certeza que é só isso?

– Sim – Disse apenas.

Eu revirei os olhos.

– Então você pode ter uma amiga e eu não posso ter um amigo?

– É diferente – Desta vez sua voz saiu fraca e ele se jogou no sofá. – Muito diferente.

– Não é não.

– Você sabe que é.

Nossos olhares se encontraram de longe. Eu não sabia distinguir o que o olhar dele transmitia, pois as lágrimas ameaçavam cair, minha visão estava turva.

– E você sabe que tudo aquilo é mentira. Está sendo egoísta.

– Agora o culpado sou eu – Ele foi sarcástico. – Já disse pra ir embora. Quando perceber que a errada é você, aí pode vir tentar conversar comigo. Só aviso uma coisa: Não sou mais o mesmo garotinho bobo, eu tenho meus limites e você ultrapassou um deles.

Fechei meus olhos com força. As palavras me atingiram em cheio e as lágrimas aumentaram. Era melhor eu ir embora mesmo, já estava feito, não podia mudar a cabeça dele. Eu errei, assumo isso.

Mas errei tentando acertar.

Consegui mover minhas pernas de alguma maneira. Eu parecia não ter forças, minhas pernas não tinham forças e eu poderia cair a qualquer momento. Ir embora era o que me restava, ele não me queria por perto, outra vez, de novo.

Aconteceu tudo de novo.

E foi culpa do Harry. Não, a culpa foi daquele empresário que merece ser torturado até a morte. Culpar os outros não adiantava. Niall não ia acreditar em mim e acabou. Não daria nem um dia para ele terminar comigo de vez. Mais lágrimas caíram ao pensar nisso. Eu perdi o homem que eu amo por uma bobagem, por um erro que não era meu.

Ainda assim, tentei mais uma vez.

- A garota que estava aqui - Eu disse, dando uma fungada. - Se ela estivesse com sérios problemas e você pudesse ajudar de alguma forma, você ajudaria, mesmo que fosse algo que eu não concordasse. Os amigos são importantes, Niall, tão importantes que às vezes temos que fazer sacrifícios por eles, justamente por serem importantes. Eu faria qualquer coisa por qualquer um de vocês. Por você mais ainda. Harry é meu amigo, eu podia ajudá-lo. Sempre que eu puder fazer algo, eu vou fazer. Você sabe disso. Eu não sou egoísta. Você esta sendo egoísta.

Não ousei olhá-lo novamente, não para receber um olhar frio.

Cheguei na casa da frente e entrei. Eu não ouvia nada ao meu redor, via apenas um borrão. De alguma forma eu sabia onde Penny estava e a peguei no colo. Eu não podia nem queria ficar ali.

– Ei, o que houve? Por que esta chorando? – Ouvi uma voz abafada.

Olhei para frente e vi Harry. Minha visão melhorou subitamente e eu senti raiva ao ver ele em minha, sorrindo como se nada tivesse acontecido.

Sem falar nada, esquivei-me dele e sai dali o mais rápido que consegui. Alguém vinha atrás de mim, mas não me dei o trabalho de olhar. Caminhei até o carro com lágrimas caindo. Eu era fraca e ridícula demais, não devia estar chorando.

Algo segurou com força meu pulso e eu fui obrigada a me virar.

– Por que vai embora agora? Olha o estado que você está. Me conta o que aconteceu, já que parece que não quer nem ver o Harry mais – Falou o ruivo docemente.

– Nada que te interesse.

– Ai, essa doeu mais do que o galo da minha testa – Ele fez drama.

Sorri um pouco enquanto limpava as lágrimas.

– Não precisa se preocupar, eu só preciso e quero ficar longe dele. Ele me faz mal.

Me referi a Harry e ele entendeu.

– Quer que eu te leve? Você não vai conseguir dirigir.

– Eu sou ninja, consigo sim.

Dei um leve soco no ombro dele, vendo logo em seguida ele voltar para a casa onde Harry observava da porta.

Harry é outro filho de uma... Anne.

Entrei no carro e fiquei bons minutos com a cabeça encostada no volante.

Não havia nada que eu pudesse fazer, ou talvez sim, porém não consiguiria pensar em nada por um bom tempo. Só queria ficar longe dele, já era hora de me meter no que não é da minha conta, esse tipo de coisa só me prejudica.

O pior é que sei que não conseguiria ficar longe por muito tempo. Talvez soasse um pouco dramático, mas eu devo ser feita de um material que atrai encrencas. Essa é a verdade.


Notas Finais


Então?


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