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História One me two hearts - Vacilão morre cedo


Escrita por: unkn0w

Notas do Autor


Abençoado seja Jason Grace

Capítulo 7 - Vacilão morre cedo


Fanfic / Fanfiction One me two hearts - Vacilão morre cedo

NICO

O que tem de errado comigo?

O que tem de tão errado comigo?

Mate-me

Mate-me

Mate-me

Receite-me algo doce, doce como a morte

Eu não tenho dormido por três semanas

Eu odeio tudo que eu sou

O que tem de errado comigo?

Estou ficando louco louco louco

Eu mereci tudo isso? É culpa minha, não é?

Culpa minha e dessa minha música amaldiçoada

Queria poder me matar mas gente demais já se foi

Eu sou uma aberração

Aberração

 

 

Aberração.

          

— Calem a boca — Nico choramingou baixinho. — Por favor. Calem a boca, me deixem em paz.

— Os fantasmas só absorvem o seus pensamentos, Nico — Bianca sussurrou, passando os dedos fantasmagóricos pela cabeça do irmão. — Eles são um eco.

— Bia, faça isso parar. Eu imploro.

— Eu não posso, irmãozinho — por um momento, Nico pensou ter escutado compaixão na voz dela. Mas quando olhou para cima, o que viu foi um sorriso assustador. — Você mesmo está se assombrando.

 

 

 

 

— Você tá horrível, bro — Hazel disse com a boca cheia.

— Obrigado, é tudo que um garoto precisa ouvir pela manhã.

— Não há de quê.

Ele passou os olhos pela mesa e aquele café da manhã vasto que nela estava. Pegou um biscoito de maçã e comeu lentamente, para dar a impressão de que tinha comido direito, e quando deu o horário, apenas levantou, indo para o carro em total silêncio. Ele se sentia como uma marionete.

Talvez falar não fizesse bem pra todo mundo.

Antes de sair da mansão, não havia notado que chovia.

As gotas da tinta incolor caindo compassadamente, numa melodia limpa e irritante. Nico imaginou como seria o mundo se tudo fosse transparente. Desde a crosta terrestre até no núcleo da terra. Seus olhos alcançariam o infinito? Como seriam as construções se a luz as atravessasse quase cem por cento? Um mundo sem cores seria habitável? As pessoas se esqueceriam do que são as cores?

Nico estremeceu. Não, ele não queria esquecer o que era o colorido. Porque assim ele não poderia, também, se lembrar do pôr do sol e dos olhos de Will Solace.

Mas ele estava feliz. Feliz pela chuva. Garotos como Nico pertenciam à chuva.

— Certo, crianças, entrem no carro e não se esqueçam de pegarem seus guarda-chuvas — disse o motorista, Bob, com toda a sua alegria infundada.

— Papai não vai com a gente? — Hazel perguntou.

— Seu pai saiu mais cedo hoje, querida.

Nico desligou-se durante a explicação a respeito do paradeiro de Hades, porque ele não se importava. Assim que sentou no carro, deitou a cabeça no banco e dormiu. Se algum morto o rodeava ou tentava atormenta-lo, ele ignorou. Estava exausto demais para isso.

Era um tipo de exaustão que não passava com o sono.

 


CATH

— Jason, por favor, abre a porra da perna.

Catharina suspirou pela milésima vez só naquela manhã. Arrumou a posição de Jason, que tentava não rir, e foi murmurando tudo que ele precisava corrigir na dança.

Se não tivesse olhado para trás por um momento, ela nem teria notado Will a observando com o olhar distante.

— Will?

— Ah — ele pareceu despertar e finalmente enxerga-la. — Bom dia.

Normalmente, ele a chamaria de princesa e daria um beijo em sua testa. Ele olharia gentilmente para ela e ambos contariam sobre seus finais de semana. Mas ele apenas falou aquilo e acenou, com um sorriso distraído.

Foi frio. Foi distante. Era algo como dizer que eles estavam acabando.

Eles estavam.

Will, que fez curativos em seus dedos sangrando na primeira semana de aula, que a abraçou antes do festival de maio e disse que estaria lá na plateia, que ela só precisa dançar para ele.

Will Solace, que quando estava afim dela, trouxe cada dia uma flor diferente para colocar em seu cabelo.

Will, que não era mais seu. Mas era de quem?

De quem?

De quem?

Catharina teria dito alguma coisa, mas poucos segundos depois o olhar morto de Will ganhou vida, e o garoto saiu andando rápido até o outro lado do corredor, onde ficava a porta de entrada do colégio.

Catharina olhou para Jason e ele já havia desfeito sua posição de dança, estava conversando com Piper, Annabeth também estava.

Todos estavam. Todo santo adolescente naquele corredor falava e ria como se não houvesse amanhã. A causa das baleias em extinção na Ásia era muito interessante, e o desfile de moda da semana passada realmente foi muito ruim. Cada música lançada essa semana era crucial, todos queriam saber. Parecia um formigueiro.

Cath não se sentia parte.

Ela seguiu, com o olhar, a direção de Will e viu Nico. Ele entrava com uma garota morena e parecia estar a ponto de desmaiar.

Tinha olhos tão tristes, tão fundos, tão esgotados. Ele sempre tinha aquele olhar, não?

Nicolas di Angelo. Sempre sozinho. Sozinho demais para ser inteiramente saudável.

E então Catharina experimentou o que era solidão. Talvez Nico tenha inventado o conceito de solidão.

Ela sentiu um aperto no peito quando viu Will passando um braço por cima do ombro de Nico e fazendo brincadeiras animadas. Ela queria correr e socar a cara daquele infeliz até ele não conseguir sorrir mais, nem brincar.

— Se continuar fazendo essa careta, eles vão notar — alguém disse ao seu lado.

Procurou em volta e viu Tomás encostado num armário jogando no celular.

— Seria bom se Will notasse alguma coisa — comentou ironicamente, encostando-se ao lado dele.

— Se eu fosse você, eu desistiria.

— Do que está falando?

— Você não vê? — com o queixo, apontou para a entrada, finalmente desviando a atenção do jogo. — Você já perdeu o seu namorado. Isso se ele já foi seu algum dia.

Ela queria estar com raiva, porque a sua única defesa era o seu temperamento explosivo. Mas ver Will ali, conversando tão alegremente com Nico e a menina desconhecida, e ver o próprio Nico esboçando um rosto menos angustiado, a fez não ter forças para isso.

Catharina pegou sua mochila e foi em direção à sala de dança.

Ela nunca fora boa atriz mesmo.

Por que estava tão triste?

Acho que, de alguma forma, ela sabia.

Ela foi a primeira.

A gente vive trocando de pessoa. Hoje, Hamilton é a minha pessoa. Semana que vem, talvez seja a Sarah. É assim que as coisas funcionam. Tal qual uma criança que hora prefere tal brinquedo e hora prefere outro, os humanos são assim.

Catharina não era mais a pessoa de Will Solace, e podia ter certeza disso só vendo a maneira que ele olhava para Nico.

Ele o olhava como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.

Ele o olhava como a lua olha para o sol.

Ele o olhava como se estivesse apaixonado.

Ela sabia, sabia sim. Era óbvio, estava bem ali. Eles estavam se apaixonando. Seu namorado e seu melhor amigo. A traindo bem debaixo do seu nariz.

Ela sabia. Tinha certeza.

Essas lágrimas teimosas em seus olhos apenas confirmavam a traição.

Seus punhos cerraram.

Finalmente, ela sentiu raiva.

 

 

NICO

— Você chega numa Lamborghini e não quer causar tumulto na escola?! — perguntou com aparente indignação para Nico. A menina ao lado dele ria.

— Eu nem sabia o nome do meu carro, que dirá o motivo pelo qual tá todo mundo me olhando estranho.

— Nico, muita gente aqui tem dinheiro, você sabe, classe média alta e tal. Mas não temos muitos milionários nem nessa escola nem no mundo. É óbvio que você vai chamar atenção. Você é louco ou se faz?

— Não ligue para Nico, ele não se acostuma com o resto do mundo nunca — disse a menina, ainda soltando risadas. — A propósito, meu nome é Hazel, sou a irmã dele. Vim conhecer a famosa Olympus Academy antes de ir para a minha escola.

— Vocês não são nem um pouco parecidos, mas a senhorita é tão encanradora quanto o seu irmão — disse Will, exibindo um sorriso brilhante e dando uma piscadela. — Me chamo Will Solace.

Hazel lhe deu uma reverência elegante.

— Foi você que roubou meu irmão esse fim de semana, não foi? Senhor mais-gostoso-da-terra.

Os dois estavam tão obcecados um pelo outro que Nico não pôde deixar de tentar sair mansamente.

Por favor, Deus, me liberte da tortura que é ver dois raios de sol se encontrando.

— Se você quer que eu vá embora, é só falar, Neecks — Hazel falou alto e debochado.

— Neecks? — Will riu. — É assim que te chamam em casa?

Nico olhou-os com o extremo da sua expressão de mau humor e, dessa vez, continuou seu rumo deixando explícito que cala a porra da boca.

Um doce de pessoa, como sempre.

Naquele dia, todo o grupo do teatro se reuniu para atualizar o que estava acontecendo em cada equipe. Nico ajudou a tirar as medidas para o figurino, e também ajudaria Tomás mais tarde na escolha das peças e nos ajustes.

Chegou, então, o momento de dizer o veredito aos cenografistas.

— Está pronto? — perguntou um deles com seriedade.

— Sim.

Nico parecia nervoso e confiante ao mesmo tempo. Com um suspiro, entregou a folha de planejamento aos seus colegas de grupo e esperou.

E esperou.

E esperou.

Até que Alice sorriu e disse:

— Está lindo. Lindo mesmo.

— Tive que procurar alguma coisa linda pra imaginar esse cenário.

— E você achou?

Nico sorriu.

— Achei. Achei sim.

 

Nos próximos dias, ninguém teve muito tempo de falar com ninguém, todos imersos em sua correria típica dos artistas. 

E no pouco contato que teve com Cath, Nico notou algo estranho.

Uma ausência e uma hostilidade incomuns a ela.

Estranho.

Ela era estranha.

Todos eram estranhos.

Mas também havia o tal do Will Solace.

Aquela figura que mal entrou em sua vida e já lhe tomou os pensamentos.

Will ligava quase todos os dias. Fosse para discutir se as bananas se comunicavam, fosse para falar da peça. Ele parecia entender que Nico tinha algumas guerras internas das quais não queria falar. Ele respeitava e parecia pedir permissão para abrir cada porta dentro de Nico.

Nico gostava de pessoas que pediam permissão. Gostava mesmo.

Mas antes de estar tranquilo, Nico tinha um último trabalho.

Jason marcou de se encontrarem sábado, afinal, Nico era o seu substituto. 

Como di Angelo havia passado muito tempo concentrado no cenário e no figurino, apenas tinha decorado as falas e mais ou menos as músicas. Ele saberia cantá-las se lhe pedissem, mas não interpretaria tão bem quanto Jason, é claro.

Nico não queria subir naquele palco. Talvez não suportasse.

Nada de bom vinha da música dele.

— Você está atrasado.

— Você e essa sua obsessão por pontualidade — Jason riu, sentando-se de frente para Nico no sofá mocado perto do auditório.

— O resto do mundo é que é obcecado por chegar tarde.

— Certo, certo. Então, acho que podemos começar treinando a sua interpretação.

— Nem sei porque você tá se importando tanto com isso se eu só entro em cena se algo acontecer com você.

— Ah, não é óbvio? É porque alguma coisa pode acontecer comigo.

— Tá, — Nico revirou os olhos. — então desde a primeira cena...

O primeiro ato consistia numa briga. As famílias inimigas se metiam numa briga por causa de uma corrida de carros feita por adolescentes bêbados na rua. Ramon era um desempregado e John era músico, que até mesmo fora à Inglaterra para estudar. As famílias tinham essa rixa por conta de ambas as mães estarem concorrendo para o cargo de prefeitas da cidade. A segunda cena era um festival da cidade, onde John tocaria e cantaria, no mesmo instante que isso acontecesse, Ramon se apaixonaria.

A história seguiria com a relação furtiva deles, até que surge o brilhante plano de os dois fugirem para uma cidade do outro lado do país, onde Ramon tinha uma tia distante que os abrigaria. Afinal, eles jamais poderiam se assumir um casal homossexual naquela cidadezinha, ainda mais com a briga entre as duas famílias. Era uma situação tão ruim que chegava a ser ridícula.

Mas algo dá errado no caminho até o aeroporto, e o primo de John os alcança. Ramon acaba matando-o sem querer (joga-o de um penhasco tentando se livrar dele) e nesse trajeto ele e John se separam. A partir daí começa a confusão. A família de John manda a polícia atrás dos dois, e eles pegam primeiro Ramon, o qual desmaia por terem usado violência para conte-lo. Quando John volta para procura-lo e o vê deitado no chão, machucado e sangrando, enquanto o policial tem uma arma na mão, ele anda calmamente até este e toma sua pistola, acabando com a própria vida. Ramon acorda e, ao ver a cena mortífera, se joga do mesmo penhasco do qual o primo de John caiu.

O último ato se trata do enterro e da conciliação das famílias. A música que é cantada...

— Uma versão levemente modificada de Take Me To Church — murmurou Nico, em desgosto. — Sério?

— Essa é bem fácil de tocar e cantar, então tenho certeza de que a parte musical está ok também, porque as outras você já sabe. Você até que foi bem na interpretação, agora quanto à dança...

— Eu não danço. Se algo acontecer com você no dia, vamos ter que improvisar.

Jason suspirou, parecendo preocupado.

Nico imaginou Will o fazendo dançar como fizera na outra tarde.

Era o que mais desejava e, por isso mesmo, se repudiava.

Como reagiria se estivesse a mercê do Solace mais uma vez?

— Mas você não vai ficar enfermo propositalmente, vai? — Nico indagou rapidamente, de repente lhe ocorrendo essa ideia louca.

— Não, é claro que não — disse Jason com um sorriso. — Eu não perderia uma peça dessas por nada na minha vida!

 

 

WILL

— JASON O QUÊ?! — Vociferou Will.

— E-ele pegou um resfriado — Piper disse baixinho, com a voz diminuindo a cada palavra. — Nico vai ter que contracenar com você.

— Estamos perdidos — ele passou as duas mãos pelo rosto.

Era de manhã, terça feira, o dia da apresentação. Ainda faltavam horas, claro, mas Jaosn havia ensaiado três semanas! Era impossível alguém que nem era de teatro simplesmente conseguir pegar toda a peça em algumas horas. Will olhou para o lado oposto da sala, onde Catharina — com cara de poucos amigos — conversava com Nico, que parecia traumatizado. Ou caindo no abismo do desespero.

Talvez ambos.

— Eu não posso fazer os dois papeis?

— Você não pode contracenar consigo mesmo — Leo riu e colocou uma mão em seu ombro, numa tentativa de consola-lo. — Quando for beijar o Nico, tenta não pegar a escuridão dele, vai que é contagioso.

Depois de alguns minutos, Nico foi falar com Will. Ambos pareciam um pouco tensos e irritadiços.

— E aí, Neecks?

O menor abriu a boca para falar algo — parecia que ele ia começar uma discussão—, mas nesse instante seu telefone começou a tocar.

— Jason, seu filhote de uma rapariga — atendeu Nico. — Ei, sério... Eu sei, mas vai ficar horrível, e a cath preparou todas as coreografias por nada! [...] Você nem parece estar doente [...] Tá, tá, eu entendi, mas [...] Só tenho uma coisa a te dizer: vacilão morre cedo — e encerrou a ligação.

— Parece que agora somos um casal apaixonado — Will sorriu meigamente e chamou Nico para sentar ao seu lado. — Neecks. — Acrescentou.

— Nossa, que divertido, esse sempre foi o meu sonho.

Will olhou-o com uma preocupação profunda e quase verdadeira.

— Eu sei que eu sou o cara mais gostoso da terra, Nico, mas não acha que isso já é exagero? Se for para ter algum sonho, que seja se tornar um artista reconhecido, ou...

Nico soltou uma gargalhada e socou o ombro de Will.

— Seu idiota!

— Meu Deus, você tá gargalhando. O mundo vai acabar.

— Eu tô nervoso pra caralho. É só por isso. Não se ache engraçado nem nada.

Will soltou um riso fraco e passou a encarar Nico, que parecia tão desconfortável, e a expressão problemática dele era muito bonita.

Então o loiro desviou o olhar, afastando esses pensamentos. Não. Ele não podia.

— Vamos passar as músicas? Precisamos ficar sincronizados. Isso se você já tiver aprendido.

— Will Solace, eu posso não ser um gênio como você, mas não sou inútil. Eu decorei tudo.

— Ótimo.

— Nós apenas precisamos ensaiar a parte musical. Ah, e vamos ter que reajustar as coreografias para que você dance mais e eu só te acompanhe. Eu não danço.

Will sorriu.

— Posso cuidar do lance da dança?

Nico estremeceu.

— Está pensando em fazer aquilo?

— Só se você deixar.

Nico ponderou.

O que era esse calor?

— Tudo bem.

Eles foram para uma das salas de música e passaram boas horas ensaiando as músicas.

Nico cantou. E tocou.

Will mal conseguia formular uma frase direito. Estava paralisado.

Nico era um monstro. Um monstro de tão talentoso.

— Não sabia que você cantava.

— Todo mundo canta.

— Digo, cantar tão...

— Will — Nico o interrompeu e o encarou sério. — Eu sei. Acredite, eu sei o que eu sou. Mas não vamos falar sobre isso. Por favor, não vamos falar sobre isso.

— Tudo bem.

— Não fique bravo.

— Não estou.

— Está sim.

— Você tem regras demais.

— Perdão.

— Não precisa se desculpar por ser quem você é.

Nico deu um meio sorriso.

Will Solace entendia. 

 

 

Várias horas exaustivas de ensaios e ajustes depois, os detalhes estavam prontos. Nico deixou o comando da cenografia com Jass e foi ser vestido e paparicado pelo pessoal de figurino. O tamanho de Jason era bem diferente do seu, então muitas peças tiveram de ser substituídas de última hora.

Era estranho não estar nos bastidores. Era estranho ter seu corpo medido e vestido por seus colegas. Tinha algo de desafiador, algo de emocionante. Era como se preparar para uma batalha.

O silêncio nas laterais do palco era barulhento. Eles tinham que se comunicar sem falar uma palavra enquanto Catharina e Calipso liam o prólogo da peça.

O cenário estava pronto e Will sentia um frio horrendo na barriga. Ele sabia que estar na eminencia de apresentar uma peça só tinha uns 30% na parcela de culpa disso. O que mais o atormentava era aquela mudança repentina de com quem contracenaria.

Ele tinha que admitir, temia por todo o seu trabalho nas últimas semanas. Ele, assim como toda a equipe, duvidava da capacidade de Nico no palco.

Nem de teatro ele era.

O menino cantava e tocava bem, mas nunca estivera num palco. Aquilo podia se tornar um desastre.

Mas ali e apenas ali, naquele estreito pedaço de existência entre o que veio e o que está por vir, não havia nada a ser feito.

A plateia ficou em silêncio, Cath e Calipso pararam de falar, o pessoal de sonoplastia ficou atento, os atores se posicionaram.

E as cortinas se abriram.


Notas Finais


Tan dan daaaaaaan


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