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História One More Chance - Costume.


Escrita por: Alasca__Young

Notas do Autor


Esse cap é um dos meus favoritos e espero que gostem!
Boa leitura...

Capítulo 4 - Costume.


Fanfic / Fanfiction One More Chance - Costume.

Point of view America Singer 

Entrei em casa sorrindo, não sei porque, mas eu estava me sentindo bem depois daquela noite ridiculamente infantil com Brice e seu irmão terrivelmente babaca. 

- Então ele conseguiu? - cantarolou Celeste ligando a luz do abajur ao seu lado.

Tentei segurar o sorriso mas parecia que ele so aumentava cada vez mais.

- Eu nunca conheci alguém tão cara de pau, filho da puta e fofo ao mesmo tempo como ele. 

- Você achou ele fofo!?

- Não... É que ele levou a irmã dele, que é minha aluna, e ele é bem gentil com ela. É fofo o jeito que ele cuida da Brice - dei de ombros e ela sorriu - Não é como se ele fosse fofo comigo, muito pelo contrário. Ele me contou que abateu cinco garotas em um só dia - falei revirando os olhos.

- Oh my gosh! - Celeste fechou a cara - Imagina a DST ? Eca! América, você está proibida de andar com esse cara.

- Ufa! - comemorei. 

- Brincadeirinha - ela falou - Eu também já abati cinco garotos em um dia - ela deu de ombros - Sou completamente saudável. 

- Cacete - resmunguei. 

- Mas olha, amiga, seus olhinhos estão tão brilhantes! Pelo menos... tenta. Não é porque aconteceu com várias pessoas e porque já aconteceu com você e comigo também que você tem que desistir. 

- Você desistiu.

- Eu não desisti! Eu so... Não achei a pessoa certa.

- Eu também não. 

- Grrrrr! - ela se enfureceu e jogou as almofadas em mim - Você é uma merda de uma vaca chata pra Caralho!

- Eu também te amo, Celeste. 

Bariel me ligou e disse que eu não precisaria ir pro salão, não tinha nenhuma maquiagem marcada para aquele dia de manhã e se alguém aparecesse ela me avisaria o que de fato eu tinha certeza que nao iria acontecer. 

Eu também não iria para a cademia hoje. Meu dia de folga. Então decidi ir fazer uma caminhada pelo parque.

Vesti um short de lycra e uma blusa soltinha do Metallica e prendi o cabelo em um coque. Abri a minha gaveta para pegar um amarrador e então eu vi meu antigo celular. Uma das poucas coisas que eu trouxe comigo. 

Peguei o carregador e enfiei ele na tomada, deixei carregando e sai de casa ansiosa e agoniada para poder liga-lo depois. 

Andei pela calçada, debaixo das sombras das árvores para não queimar naquele sol quente das 11:30 da manhã. 

Parei um pouco e comprei um saquinho de pipoca, me sentei no Banco para comê-las sossegada quando uma lembrança me perturbou.

(...) Corri para de trás da árvore, meu coração estava palpitando quando de repente senti a mão fria dele na minha. Soltei um grito e ele começou a rir.

Fiquei zangada, muito puta da vida mas então ele me abraçou apertado impedindo que eu pudesse afastá-lo de mim. Não tive escolha, deixei ele me abraçar e quando menos percebi estávamos nos beijando e rindo ao mesmo tempo. 

- Você nunca consegue ficar com raiva de mim de verdade - zombou.

- É claro que não. Estou apaixonada por você.

Ele riu.

- Eu também estou apaixonado por você, ruivinha. 

(...)

Levantei do Banco apressada e fui correndo até chegar em casa. Não queria que me vissem chorando, não queria parecer ter 15 anos quando na verdade já tinha dez a mais. O caminho parecia ter duplicado, quanto mais eu corria, mais parecia que eu nem tinha saído do lugar e quando finalmente achei a minha casa que na verdade não era minha, eu já estava soluçando.

Me sentei ao lado da minha cama, de costas para o espelho que ficava encostado na parede. Peguei o celular e liguei ele. 

Em menos de um minuto, todas as mensagens e ligações perdidas estavam bem ali, na minha frente. Respirei fundo. Eu não deveria fazer isso, eu sabia o quanto eu ficaria mal depois, e eu não podia ficar assim. Mas a minha vontade de ver aquilo era maior que eu. 

Cliquei na última mensagem de voz recebida, mandada à quatro meses atrás.

- Ruivinha, pelo amor de Deus me perdoa. Eu não sei o que houve, eu juro. Eu não consigo mais... Eu... Eu estou morrendo de saudades de você, estou perdendo a cabeça. Perdi duas pessoas que eu amo, e sei que você deve estar sofrendo mais do que eu, mas por favor, retorna a minha ligação, já te mandei milhares, você nunca retornou. Eu juro que essa é a última... É a última vez que eu vou tentar. Mas eu não desisti de você. Nunca vou desistir porque você... você é a minha ruivinha e eu amo você mais do que tudo nessa vida. Por favor, América.... Eu te amo.

Quando percebi, já tinham passado horas e horas e eu ainda estava sentafa, soluçando, sofrendo e ouvido todos os recados que ele mandou. Todas as mentiras que ele contou. Todo o arrependimento que ele sentiu. Toda a dor que ele me causou. 

Os recados que meus pais, minhas amigas e meus irmãos me mandaram eu simplesmente excluí. Não estava afim de ouvir mais falsidade. 

A noite chegou e eu percebi que estava sozinha ali, ainda na pior, precisando mais que tudo de um abraço e de um ombro amigo. 

O meu celular tocou - o que eu estava usando atualmente - era Celeste. Deslizei para o lado e atendi.

Ames... ai, espera - ela disse sorrindo. Ouvi uns barulhos de beijo - Hoje eu não vou pra casa, ok?

- Ok. 

- Tudo bem?

- Sim. Use camisinha. 

- Ar, que amiga prestativa. Beijos!

Me joguei de novo na cama e suspirei. Valeu, Celeste. 

Fui para a cozinha, abri a geladeira e procurei pelo chocolate. Só tinha a embalagem. Vaca. Peguei o leite e tomei no bico. 

- Ótima noite para sofrer sozinha! - disse sorrindo e brindando com o vento.

Toc toc.

Me virei para a porta da entrada. 

Toc toc toc toc toc toc toc....

- Já vai, vagabunda bipolar. 

Me olhei no espelho perto da TV, meus olhos estavam um pouco inchados e eu estava vermelha. Droga. 

De um jeito ou de outro, eu iria contar pra ela o que estava acontecendo então nem me importei.

Destranquei a porta e abri.

- Ela disse que você estava sozinha, eu também estava sozinho então decidi vir pra cá. Trouxe pizza! - disse Maxon animado com duas caixas de pizza na mão e uma garrafa de cherry. 

Sem pensar duas vezes empurrei a porta de volta mas ele a segurou com a lateral do corpo.

- Não seja mal educada, ruivinha. 

- Eu já disse pra não me chamar de ruivinha! - disse forçando a porta do outro lado enquanto ele fazia o mesmo do lado de fora - Maxon, por favor, vai embora!

- Não, eu trouxe pizza.

- Eu não quero pizza!

- Mas eu quero pizza e quero que você coma pizza comigo. 

- Aaaaaaaaah! - gritei e sai de trás da porta que bateu fazendo um barulhão - Você é uma droga de um cara chato! 

- Obrigado - ele seguiu colocando as coisas em cima da mesinha de centro. Ele se virou pra mim sorrindo e de repente sua expressão mudou.

O sorriso morreu e foi substituído por pura preocupação. 

- O quê? - perguntei dando de ombros.

E então eu me lembrei. Eu estava chorando e tinha restigios disso no meu rosto. 

- Vou tomar um banho - dei de costas e fui para o meu quarto pegar a minha toalha.

- Ruivinha, está tudo bem?

- Sim - respondi e ele apareceu na minha frente impedindo minha passagem.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não.

- Então porque seus olhos estão inchados? Porque você está vermelha? E porque está fungando toda hora? 

Me calei e fiquei olhando pra ele que parecia ainda mais alto.

- América, eu... você não precisa me contar se não quiser, mas se você quiser eu posso te dar um abraço. 

- Eu só quero tomar um banho - falei com os olhos fechados e depois abri.

- Tá bom - ele saiu da frente e abriu a porta pra mim, fechando logo em seguida. 

Tirei a roupa e entrei de baixo da água quente. Deixei o líquido inodor cair pelo meu corpo todo enquanto eu tentava relaxar, sabendo que assim que eu saísse do banheiro teria que discutir com alguém que veio me fazer companhia em um péssimo dia e ainda me trouxe pizza e cherry. 

- Ruivinha... - ele falou batendo na porta - Posso entrar? 

- Não. 

E Então a porta abriu. 

Eu estava protegida pela cortina que fazia papel de box e vi a sombra dele entrar e ficar apoiada na pia.

- O que você quer, Maxon? - perguntei. 

- Eu sei que você me acha um pau no cu, babaca e todas as coisas ruins que existem no mundo mas... você pode falar comigo. Qualquer merda que seja, eu não conto pra ninguém. Você pode desabafar comigo. 

Ele parecia verdadeiro e preocupado comigo. Mas eu nao podia contar pra ele, nem queria. Até parece...

- Você pode pegar minha toalha, vai ajudar bastante - estiquei a mão para o lado de fora da cortina e coloquei o rosto também. 

Ele me entregou a toalha e ficamos por um tempo segurando ela juntos, nos encarando.

- Agora você sai porque eu não vou ficar pelada na sua frente. 

- Ok - ele deu um sorriso exibindo a covinha - Vou cortar a pizza e escolher um filme legal. 

Maxon saiu do banheiro e eu me sequei. Enrolada na toalha eu fui para o meu quarto. Vesti uma calça cinza de moletom e uma regata preta. 

Fui pra sala, as pizzas estavam cortadas e um copo enorme de cherry estava sobre a mesa. Maxon estava mexendo no controle, parecia impaciente mas logo deu um sorriso.

- Diário de uma paixão - ele disse e então mordeu um pedação da pizza - Já viu? 

- Um milhão de vezes.

- Que maneiro. Essa vai ser a sua milionésima primeira vez.

- Eu achei que a gente ia ver algo mais... masculino, vindo de você.

- Pode parar com o preconceito, ruivinha - ele fixou o olhar em mim e me olhou e cima a baixo.

Revirei os olhos sorrindo e me joguei ao lado dele.

- O que foi?

- Nada. É que nunca vi uma garota assim, 100% natural, após um banho. Na verdade eu já vi sim e me arrependi, era tanta camada de maquiagem que quando saímos da banheira... minha nossa! achei que tinha comido um traveco. Fui embora na mesma hora.

Comecei a rir da cara dele.

- Vou encarar isso como um elogio - falei. 

Peguei um pedaço da pizza de calabresa e começamos a assistir o filme.

- Porque você nao pegou dois copos? - perguntei. 

- Porque eu tinha certeza de que você iria querer beber no mesmo copo que eu e experimentar da minha saliva.

Encarei ele.

- Você se acha mesmo, hein? 

- Só gosto de te ver estressada. Engraçado, te conheci à três dias atrás. 

- Infelizmente.

- Felizmente... Ruivinha, você está bem mesmo?

- Vou ficar se você parar de me chamar assim. 

- Okay - ele riu - Vamos assitir o filme então, ruivinha.

Não me incomodei. 

Era estranho pensar que ele me chamava assim e ouvir outras pessoas me chamando de ruivinha me causava calafrios horríveis, mas quando o Maxon fazia isso...sei lá, acho que eu me acostumei a odiar ele em apenas três dias. 

- Porque você trouxe duas pizzas? - perguntei horrorizada me dando conta do quanto tinha pizza.

- Porque a Celeste me disse que você come cinco pedaços e bom eu também. Uma pizza tem oito pedaços, nós dois juntos comemos mais que uma então as que sobrarem a gente come amanhã no café da manhã. 

- Você vai vim aqui pra comer pizza de manhã? 

- Não. Eu vou dormir e aqui e acordar aqui pra comer pizza de manhã. 

- Ah é? E eu te dei permissão? 

Ele sorriu charmoso mostrando a covinha, tirou o sapato e a blusa e eu quase fiquei de queixo caído , mas me contive.

- Não preciso da sua se eu tenho a da Celeste. 

Revirei os olhos e joguei a almofada nele que a segurou no ar e jogou de volta na minha cara. 


Notas Finais


Eles são muito lindos juntos e fazem de tudo pra brigar, como não se apaixonar? Rsrs
Maxon é so amores!
Espero que tenham gostado, que favoritem e que não deixem de comentar!
Beijossss 👑


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