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História One more step - Imagine Monsta X - Kihyun - Thirty-eighth chapter


Escrita por: kando

Capítulo 39 - Thirty-eighth chapter


Kihyun acordara no meio da noite, a preocupação não permitiu que tivesse um período de sono tranquilo. Estava a lutar internamente com seu incógnito desajuste sobre a garota que havia jurado conhecer mais do que a si mesmo. Como poderia ter passado tanto tempo ao seu lado e não saber exatamente nada de sua vida? Ah, mas ele sabia. Manias, gostos, desgostos, preocupações, feridas e alegrias. A compreendia e descobria seus seguintes passos, mas apenas na linguagem corporal, conhecimentos de fora nunca lhe soaram prioridades. Agora estava encurralado em um terrível labirinto de angústia e preocupação, como também o ódio a sua própria ignorância.

Andava desnorteado pelo corredor escuro, sem nenhuma intenção aparente. O celular em mãos o fazia recordar que ela deixara o seu no dormitório, ligou por precaução, para conferir se havia voltado. "Ela provavelmente não iria me atender, de qualquer forma" - Raciocinou, e sem mais esperar, tornou seus passos decididos ao recorrer por todo dormitório até alcançar a maçaneta da porta de entrada.

- Não adianta. - O corpo de Kihyun saltou em um pulo, e ainda com a respiração desregulada, virou-se para repreender quem quer que tivesse lhe assustado daquela forma. - Ela não voltou.

Sua língua travou assim que conseguiu perceber tamanha seriedade e preocupação no semblante de Changkyun. Ele raramente ficava assim. Mantinha o celular contra o ouvido, provocando um som angustiante ao bater freneticamente o pé contra o piso. Massageava a têmpora e retardava abrir ao prensar as pálpebras, inspirando hora ou outra. Seria até interessante observar os diversos movimentos que Changkyun produzia quando conduzido pelo nervosismo, mas Kihyun tinha assuntos mais importantes para tratar.

- O que está fazendo? - Se aproximou, atraindo o olhar de Changkyun por um mero segundo.

- Ligando para os pais dela. - Ele, agora, apoiava seu peso de uma perna para outra, adentrando a mão livre pelos cabelos, pressionando o couro com as pontas dos dedos.

- Não está um pouco tarde para isso? - Kihyun estava realmente fascinado ao encarar Changkyun, sua desinquietação era instigante.

- Fuso horário. Devem estar em horário de almoço agora. - Havia deslizado a mão fortemente pelo rosto, rebaixando até a nuca, onde pressionava os ossos daquela região.

- Consegue falar com eles? - Um país tão distante, Kihyun considerou que a língua fosse diferencial de tudo que já imaginou.

- Não os compreendo muito bem, mas conseguimos nos virarmos com um inglês improvisado. - Changkyun levantou o indicador, pedindo silêncio, e assim, Kihyun permaneceu.

Observou atentamente quando Changkyun havia sido atendido, realmente não entendia nenhuma palavra, o que o tornaria insuficiente para aquela tarefa. Kihyun se sentiu um inútil, incapaz de contribuir para algo. Havia provocado toda a situação, e se mostrava impotente ao buscar uma solução. Não possuía nenhum recurso recorrente, pelo menos não como Changkyun, e isso lhe era frustante.

Batucou o dedo impacientemente sobre a coxa a espera de qualquer anunciamento da parte de I'M assim que conseguisse tomar conhecimento o suficiente para saber aonde ela estava, mas não considerou fielmente essa possibilidade pelo esmorecimento na face de Changkyun assim que encerrou a ligação.

- Ela não deu notícias. Aonde foi a última vez que a viu?

- Aqui por perto. Eu estava a perseguindo, mas acabei a perdendo de vista por conta de algumas fãs. Tentei encontrá-la depois, mas... - Kihyun mesmo não compreendia, ela simplesmente havia desaparecido, sem deixar nenhum rastro. - Achei que quisesse ficar sozinha, por isso voltei.

- Ela está sendo imprudente demais, deveria ter me contatado. Não é seguro andar por aí a essa hora da noite.

- A culpa é minha... - Sem conseguir prosseguir, Kihyun foi surpreendido pelo modo como Changkyun lhe interrompeu.

- Não temos tempo para a sua autoacusação, Kihyun. Vá acordar os meninos. Temos que procurá-la. - Changkyun estava demonstrando indiferença, poderia até dizer insensibilidade. E Kihyun concluiu que ele também estivesse o culpando pelo ocorrido, mas a explicação lhe bateu bem de frente a face. Changkyun também a amava, se preocupava com ela mais do que qualquer outra coisa, e não tinha tempo para cogitar haver um culpado.

Aquela situação só serviu para demonstrar o quanto Kihyun se considerava ainda mais insuficiente, ele não a merecia, nem mesmo a mínima porcentagem do amor que ela lhe dava, era módico em alcançar tudo que acreditava ser o adequado. Changkyun era suficiente, não ele, era isso que mais o perturbava'.


                        ~★~



Ela não saberia dizer quantas horas eram, ou se conseguiria dormir naquela noite. Era pavoroso pensar o que poderia lhe acontecer caso fechasse os olhos por mínimos minutos. Seunghyun estava ao lado do sofá, com distância de quatro passos. Os caixotes e colchões foram ajeitados, resultando em algo que parecia aconchegante por uma noite. Ofereceu para que a garota dormisse ali, mas ela preferiu permanecer no sofá, e ele não teve receio algum em ocupar a cama improvisada que o próprio teria planeado.


- Aquele cômodo é para mim? - A saleta ficava do lado posterior do velho sofá, mas ela a sentia, como se transmitisse vibrações negativas, e não conseguia parar de pensar nela nem por um só segundo.

- Não sei ao certo, ele não diz para que serve. Já dei uma espiada uma vez, se parece com um quarto de tortura ou coisa assim. - Os olhos de Seunghyun permaneceram fechados. Ela tinha feito a pergunta baixinho, no caso dele não estar acordado.

- Acha que ele me colocará ali dentro? - Pareceu mais tranquila e confortável ao ver que ele lhe respondia, poderia tirar algumas dúvidas.

- O Kwon é uma pessoa bastante centrada e racional. Não acho que ele irá lhe machucar se não houver motivos. - Seus olhos se abriram, e ele mirava o indicador para o teto, como se traçasse desenhos imaginários.

- Como assim?

- Faça o que ele mandar. Se desobedecê-lo, irá sofrer as consequências no quartinho do castigo. - Sua voz soou em um tom infantil, parecia imitar uma criança que impõe regras a um adulto.

- "Quartinho do castigo"? É assim que ele diz?

- Não, foi assim que eu nomeei. Já vi esse tipo de situação em um filme, era assim que o assassino chamava o compartimento com objetos de tortura. - Curioso, ele olhou para o lado. Ela estava assustada além da conta, e ele sentiu culpado ao perceber que se divertia um pouco com o desespero dela. - Não quero que pense muito nisso. Estará fora daqui antes que o dia termine, e nunca mais precisará olhar na minha cara novamente. Sei que iria querer isso.

Ela sentiu a necessidade de não soar tão ingrata pelo que ele fazia por si, apesar de uma parte sua desejar profundamente não vê-lo pelo resto dos dias que vivesse. - Não acho que seja necessariamente assim, como você mesmo disse, está salvando a minha vida. Deveria agradecer-lhe, estou em dívida com você.

- Acredite, você estará sendo esperta o suficiente se tentar evitar pessoas como eu. Acho que há algo de errado com minha aura, ela só atrai péssimos resultados. Foi assim que conheci Kihyun. - "Kihyun". Ela não o tirara da cabeça, mas estava ocupada demais tentando manter-se com a consciência lúcida a resolver querer sofrer logo agora por um amor mal-acabado.

- Qual a sua relação com ele? - Perguntou, não lembrava se ele tinha lhe dito algo sobre isso.

- Éramos amigos. No colegial.

- Ah, você era uma das más influências. - Refletiu em voz alta, sem pensar.

- Quem lhe disse isso? - Ele se sentiu levemente censurado. Não deve soar muito bom ser considerado má influência.

- Uma garota. Se chama Sojin.

- Ah, claro. Me lembro dela. Não haveria como esquecer, foi um dos escândalos mais excêntricos que Kihyun provocou. - Incomodada, ela resolveu não opinar, ainda lhe pertubava bastante tocar naquele assunto. - Creio que ela esteja um pouco errada, Kihyun não necessitava de nenhuma influência, agia por si só. Mas me diga, como ele teve coragem de te apresentar a ela?

- Não foi ele.

- Então quer dizer que você descobriu?! - Ele a encarou e ela consentiu. - Deve ter sido difícil. - Encolheu os ombros e os soltou.

Olhando por agora, ela não tinha se afetado de completo com a descoberta. Sofreu por Sojin, Yein e Minji, isso ela poderia dizer, mas seu coração amoleceu rápido demais após presenciar as condições físicas, emocionais e psicológicas de Kihyun, a distância que tentou manter depois disso é que havia sido a mais dolorosa.

- Por que estava correndo do Kihyun mais cedo? Me pareceu que estavam brigando. Descobriu por agora o que ele esconde por trás daquele rostinho bonito? - Ela ficou levemente impressionada em saber que ele presenciara a cena, mas depois o mal estar ao se lembrar da briga com Kihyun retornou.

- Pode se dizer que em partes. - Ela não queria falar sobre aquilo, então rapidamente reverteu o rumo da conversa. - Há quanto tempo estavam me vigiando?

- Duas semanas ou mais, não sei direito. É muito difícil te ver fora da empresa, ainda mais sozinha. - Seu rosto se ruborizou, pensou que eles devessem ter presenciado o momento em que quase se entregara para Kihyun bem no meio da rua, e resolveu não perguntar sobre, não queria saber de qualquer forma.


- Não consigo manter meus olhos abertos. - Ela disse isso para si mesma, como um lembrete de que teria de permanecer acordada.

- Se mantém pelo menos um pouco de confiança em mim, acreditará se eu disser para ficar tranquila. Ele aparecerá pela manhã, você ainda tem algumas horas até lá.

- Posso ligar para um amigo? Preciso avisar, ao menos, que estou viva. - Ele abria brechas, por isso ela se sentiu no direito de pedir algo assim, mesmo não sendo algo que os sequestradores, normalmente, cediam as suas vítimas.

- Pode ligar para o Kihyun. Ninguém mais além dele pode saber sobre isso. Quanto mais pessoas envolvidas, mais problemas geram.

Ela pensou. Tinha que avisar para alguém que estava bem, ou pelo menos temporariamente. Ela já imaginava o alvoroço que Changkyun provocava por ela não ter voltado para o dormitório, ele a conhecia, não tinha aonde passar a noite. Mas voltar a falar com Kihyun novamente era algo que seu orgulho não queria permitir. E demorou um pouco para que tomasse uma decisão.


                        ~★~



Shownu permanecera na empresa, tinha que ficar atento caso a garota desse sinais de vida por lá. Dividiram dois grupos de busca, Wonho, Changkyun e Kihyun estavam no primeiro veículo, Jooheon Minhyuk e Hyungwon complementavam o grupo dos que "haviam sido acordados no meio da noite com a notícia de que uma amiga próxima havia desaparecido, e que era para eles levantarem aquelas bundas magras e ajudarem a procurar". Soava cômico, Minhyuk chorava e Jooheon tremia, eram os mais assustados e os mais negativos, já imaginavam mil e uma possibilidades do que poderia ter acontecido com ela, e nenhuma dava sinais de positividade, e Hyungwon percebeu que foi uma péssima ideia colocá-los juntos.

Os motoristas foram instruídos a não falar o que acontecia com o Manager e seus bolsos foram alimentados com um tipo de "serviço extra", ou não dissimuladamente falando, "subordinação". Guiavam-se pelas ruas e pediam informações em locais abertos, sem obterem qualquer resultado.


- Será que podemos conversar? - Wonho passara todo o tempo refletindo sobre suas atitudes. A última rejeição havia sido definitiva, ele já aceitara, mas as consequências permaneciam, e ele se tocava do quão desleal havia sido para com Kihyun.

- Droga, Hoseok. Não é um bom momento. - A expressão fechada de Kihyun era refletida no vidro da janela, e passava claramente o controle que ele mantia para não cometer uma imprudência ali mesmo.

- Temos que resolver isso logo. Eu aceitei a minha derrota. Ela te ama. Não há mais motivos para continuarmos assim. - Kihyun balançou a cabeça, mais como um gesto de incredulidade, e o sorriso amargo era irônico.

- Você a levou para a cama, dois dias após ela ter descoberto tudo. Eu estava de mal a pior, e você nem mesmo se importou em ser íntegro. Quer motivos a mais? - No banco da frente, ao lado do motorista, Changkyun ficou levemente sem fôlego, não tinha conhecimento desse fato, não sabia o que Wonho provocou ao deixar aquele quarto bem depois dela dizer que o amava.

- Mas que coisa, Kihyun. (S/n) e eu não transamos. - Wonho arremedava alguém injustiçado por algo vergonhoso, e Changkyun suspirou, não sabendo de onde Kihyun havia tirado uma ideia daquelas, já que Hoseok estava falando a verdade.

- Como pode dizer uma coisa dessas? Você estava lá quando ela confirmou, e ainda jogou na sua cara que você apenas tinha sido usado. - Kihyun descontrolava o tom vezes ou outra, indicando que perderia o controle a qualquer momento.

- Ela mentiu. Boa parte de tudo que disse, foi mentira.

- Então o que significava aquele "tudo" e "entre nós"? Pareceu uma relação bem íntima para mim. - Kihyun ainda não acreditava, mas também não encontrava motivos para Wonho querer mentir sobre isso.

Wonho coçou a nunca, envergonhado. - Eu estava com raiva e exagerei um pouco, admito. Ela não fez nada mais a não ser me dar esperanças. Até mesmo me impediu de beijá-la, dizendo que terminaria com você antes.

- Ótimo, agora você acaba de revelar que estavam mancomunados para me dar o golpe. - Assim como Changkyun, Kihyun reconheceu que Wonho não mentia ao dizer que não havia dormido com (s/n), e se sentiu um pouco mais aliviado.

- Não foi assim. Ela tomou aquela atitude por minha causa, por conta do que eu disse a seu respeito.

- E o que disse? - O humor de Kihyun não deixava de sofrer ondulações, e agora mantinha um olhar fulminante para Hoseok.

- Nada mais do que a verdade, oras. Que você é um louco obcecado, que hora ou outra, iria acabar machucando-a. - Hoseok tomou a atenção para frente, o encarando de soslaio, temeroso. - E não me olhe desse jeito, sabe que está passando dos limites, não acha que iria ferí-la mais cedo ou mais tarde?

Kihyun não quis responder, reconhecia o seu erro, mas dizê-lo em voz alta não era uma tarefa simples.

- E por que ela disse aquilo? Por que mentiu?

- Talvez ela acreditasse que você fosse odiá-la se revelasse ter dormido com outro homem. Ou talvez que o rompimento pudesse ser menos doloroso se fosse você a realizá-lo.

- Eu nunca terminaria com ela. - Sussurrou para si, sendo asseverativo pelo fato de realmente não ter terminado e nem cogitado essa ideia.

- E isso só comprova ainda mais tudo o que eu disse a ela. Sabe que pessoas comuns pediriam um tempo, levariam um grande período para superar uma traição. Mas o que você fez?

Kihyun refez a cena nitidamente. A obrigaria a se mudar consigo e não permitiria que se aproximasse de outro homem. Aquilo não era uma atitude normal, nenhum pouco. - Droga. - Fechou os olhos e reclinou-se sobre o banco, refletindo sobre todas as suas atitudes até agora, perguntando se ainda possuía chances de haver reparação por todos os seus erros. Se ela ainda poderia, um dia, sorrir para si sem qualquer sombra do passado.



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