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História One more step - Imagine Monsta X - Kihyun - Lay me down


Escrita por: kando

Notas do Autor


Oi^^
Desculpem o horário
E a demora também
Boa leitura~

Capítulo 48 - Lay me down


- Lugar legal.

Ela havia desaparecido por entre a cozinha depois de dizer para Kihyun ficar à vontade pela sala de estar. Ele observou o que seus olhos alcançavam, nada de muito diferente em um apartamento qualquer, sem muito mais do que apenas o necessário, o que tornava o ambiente moderno e aconchegante, cores neutras, acessórios de enfeites em minoria, era tudo muito simples, agradável às vistas.

- Oh, sim, Sungyeol quem decorou. O apartamento é dele, afinal. - Ela respondeu da cozinha, junto com os barulhos de portas de armários abrindo e fechando-se.

- Quem?

- Sungyeol. Dividimos o apartamento. Tenho vinho, pode ser?

- Claro. Sungyeol? Um garoto?

- Sim. - Ele agora ouvia o som de vidros batendo uns no outro.

- Você divide o apartamento com um garoto?

- Sim.

- E qual a idade dele?

- Vinte e dois. - Apareceu da entrada da cozinha, com duas taças em mãos, tinha a testa franzida. - Por que a idade importa?

- Hm. Nada mesmo, só curiosidade. Aonde ele está agora?

Enquanto respondia, ela se aproximava, estendendo-lhe uma taça. - Trabalhando. É barman em uma boate à noite, pra ajudar com as despesas da faculdade.

Ótimo, um universitário. Antes do debut, Kihyun sempre teve inveja deles. O padrão perfeito da sociedade, o exemplo primordial a ser seguido, dever ao invés de conquista. Era esse o caminho que iria seguir, antes de decidir entre as duas das propostas mais importantes de sua vida. Ingressar na faculdade ou se arriscar em um futuro incerto, em busca do seu sonho? A possibilidade de não conseguir passou diversas vezes por sua cabeça, tanto que a primeira opção foi seguir o caminho mais seguro, aceitar a realidade, colocar os pés no chão, como seus amigos costumavam dizer. As batidas rápidas do seu coração ao colocar os pés pela segunda vez na Starship, poucas semanas após o seu primeiro teste, diziam que a segunda opção era melhor, pois seguir uma vida infeliz fazendo o que não amava era uma grande estupidez, Kihyun também achou que era.

Se ele teve medo no início? Mas é claro que sim. As expressões de desgosto nas pessoas quando revelava ser um trainee foi um dos principais problemas a que teve de enfrentar, escutavá-as sempre colocarem "mas" e "se" sobre sua decisão. Havia sido um tempo em que tinha se esforçado bastante para evitar ataques de raiva, pois teria deixado acompanhamento profissional pouco antes, e o fato de estar longe da família, em um lugar diferente do qual não estava acostumado a lidar, também não ajudava.

Mas depois Kihyun descobriu que nunca teria escolhido ser conhecido por outra coisa além do que é agora, - Yoo Kihyun, main vocal do Monsta X - sabia que sua vida seria regada a arrependimentos se tivesse dado um passo para trás, nunca poderia imaginar estar em outro futuro, ele se encaixava perfeitamente bem ali, era o seu destino, sempre soube disso.

Mas um pensamento indesejável acabou lhe inundando para tirar-lhe o sossêgo e pertubá-lo. Será que ela preferia os universitários? Eles podiam ter uma vida normal igual a qualquer outra pessoa, não precisariam esconder sua vida sentimental dos outros, não tinham nada em risco a perder se anunciassem entrar em um relacionamento, poderiam construir uma família, planejarem uma grande festa para anunciarem o noivado e uma maior ainda para revelar que a cegonha os teria feito uma visitinha outro dia, diferente de um K-Idol, a imagem pública que vive para agradar seus fãs, satisfazendo-os da melhor forma que podem, restringindo sua vida pessoal própria a níveis absurdos. Bem lá no fundo, Kihyun sentiu uma pontada de inveja desse garoto.

- Não quer sentar? - Ela lhe puxou de volta, e Kihyun, ainda imerso naqueles pensamentos, deixou transparecer um pouco da decepção de não poder ter aquela vida com ela, mas escondeu depressa.

Fez que sim, e depois de descer uma grande golada do vinho, quase levando todo o líquido do recipiente, afundou-se de forma derrotada no sofá estofado acinzentado.

Ela o acompanhou, o surpreendendo por estar bastante próxima, colocou as pernas dobradas para cima, tocando os joelhos na coxa de Kihyun. Ele fixou o olhar nas pernas cobertas pela calça preta justa. Sempre a achara sexy usando jeans.

- Está tudo bem? - Subiu sua atenção, de modo que observasse a cabeça dela apoiada na mão pelo cotovelo contra o encosto, as feições denunciando um tipo de sentimento que ele não conseguiu compreender. Parecia ansiosa, ou seria tensa?

- Sim, está. - Não era verdade, mas ele não esperava que ela fosse se importar. - Tem música aqui?

- Sim, tem. - Ela se ergueu, seguiu para o aparelho de som no móvel perto da parede, abaixo do televisor e ao lado da grande janela de vidro que quase alcançava do teto até o chão, dando vista à boa parte da rua, e manuseiou, até que a voz inconfundível de Sam Smith saísse pelas caixas.

Se virou sem jeito, bebendo o último gole de sua taça para colocá-la na mesinha de centro, isso sem nenhum momento desgrudar os olhos dos dele. Kihyun copiou o ato, e com um suspiro, levantou-se do sofá, avaliando se sua atitude seria aprovada. Ela não demonstrou negação, então ele se aproximou.

- Me daria a honra? - Esticou a mão, colocando a postura do corpo como um verdadeiro cavaleiro. Ela esboçou um sorriso, tentando imitar as honras de uma dama, mas falhando nos movimentos e resultando em algo desengonçado. Kihyun sorriu internamente, imaginou se já estaria bêbada.

Assim que ela havia colocado a mão sobre a sua, moveram-se para mais perto, até que não sobrasse mais espaço para reduzir, e dançaram, simplesmente assim. Com as ancas grudadas, as batidas compassadas imitavam o ritmo da música. Uma mão dele em cada lado de sua cintura e as dela entrelaçadas atrás de sua nuca. Kihyun tinha a cabeça inclinada até seu pescoço, e exalava o cheiro dali, tentando decifrar que perfume usaria. Pêssego, concluiu. Ele a conduzia por todo o espaço, às vezes, cantarolando a música baixinho, como se usasse as letras para lhe confessar.


      "Estou procurando por você

 Você consegue ouvir o meu chamado?

   Essa dor pela qual tenho passado

         Estou sentindo sua falta

   Sentindo sua falta como um louco"


  "Eu posso me deitar do seu lado?

            Perto de você, você

   E ter certeza de que você está bem

            Eu cuidarei de você

         E eu não quero ficar aqui

Se não puder estar com você, hoje à noite"


Ali, extremamente perto, Kihyun sentiu o gosto de deixar a realidade fora do seu caminho. Sua garota estava em seus braços, o segurando como se sua vida dependesse disso. Os dedos dela passeiam delicados por suas costas e sobem para o ombro, onde alcançam a face. De olhos fechados, ele sente a respiração, abafada e ansiosa, colidindo e misturando com a sua. O corpo dela é quente, e implora para ser tocado, agarrado, beijado. Quer dizer algo, nem que seja um sussurro, mas está ébrio demais para desfazer o silêncio daquela conexão. Ele poderia beijá-la, mas ela não permite, pois é quem toma atitude primeiro. É doce, tão doce. Algo escondido que apenas lábios na linguagem apaixonada têm. Ele a puxa, tão perto que parece impossível não querer entranhar-se, inebriar-se na possibilidade de alcançar tudo o que sua existência parece clamar. Suas mãos deslizam, sente, em contato com a pele macia, quer mergulhar naquilo, juntar ambos os corpos em um só. Tem a percepção de que estão conduzindo-se para outro lugar, desesperados pelo desejo, imaginando se vão conseguir encontrar a cama antes de alcançarem o chão.

A música encerra, e ela desfaz o contato, o afastando pelos ombros. Kihyun abre os olhos, e tenta entender. Se sente frustrado quando toma conhecimento. Havia sido tudo coisa da sua cabeça, eles não estavam se agarrando com o risco de chegarem aos seus objetivos antes mesmo de tirarem as roupas, e nem se beijando como se fosse o fim do mundo. Com o pulso desenfreado, ele a olha, acredita que a vê tentando tomar compostura, com a respiração ofegante quase tanto quanto a sua. Mas se não aconteceu nada, o que houve então para estarem assim? Tenta dizer algo, até mesmo cria a dedução de que não foi o único que sentiu aquilo tudo.

- Nós... - Ela nega, pedindo silêncio, e já parece tão distante que o abate.

- Vou buscar mais vinho.

Ele assente, cabulado demais com o esfriamento repentino do clima para impedí-la. Foi uma recaída do disfarce, a maior que Kihyun conseguiu lhe arrancar durante toda a noite, mas ela materializou um tipo de impedimento convincente o suficiente para fazer-se voltar trás. Kihyun contorcia-se para poder descobrir o que se passava na mente dela, saber os motivos por trás de tudo. Talvez ele poderia resolvê-los, ou talvez não, mas o fato é que ele nunca poderia tomar conhecimento do que fazer sem antes ela lhe contar. Será que ela não via que aquilo estava machucando Kihyun mais do que quando não tinha notícias dela? Nunca temeu tanto na vida que ela não o amasse mais, e sem o amor dela, tudo estaria acabado, Kihyun se perderia ao deixá-la ir.

Ela retornou da cozinha de cabeça baixa, segurando a garrafa do vinho, encheu as duas taças e o entregou de volta a que era a dele. Não sentava mais próxima, agora, estava acuada no canto do sofá.

- Então, qual é sua relação com esse tal Sungyeol? - Kihyun questionou, para puxar assunto e desfazer a tensão, além de estar bastante curioso. Ela oscilou, como quem reavalia se deveria contar.

- Sung e eu mantivemos um relacionamento, mas por pouco tempo. Acabamos descobrindo que somos melhores em ser amigos que dividem o mesmo apartamento.

Ele cerrou tão firmemente o punho que suas unhas curtas começaram a lhe machucar. Considerou-se um idiota por ter ciúmes quando não havia, nem mesmo, nenhum direito.

- Entendi. E vocês já... Er, dormiram juntos? - Kihyun percebeu tarde demais a inconveniência da pergunta quando o percurso que ela fazia com a taça até a boca ter sido interrompido. Sentiu-se terrivelmente estúpido. - Desculpe, não é da minha conta.

A garota consentiu, afirmando sua última fala, e Kihyun não esperava que fosse lhe responder. Mas ela lhe encarou.

- Não, Sungyeol e eu nunca dormimos juntos.

Ele suspirou, não conseguindo esconder o alívio. Relaxou um pouco no sofá, julgou que fosse culpa da bebida.

- E então, teatro? - Ela ergueu os olhos, a mudança súbita de assunto a agradou. Ajeitou um pouco o corpo, como se não estivesse mais tão desconfortável.

- Sim. No início, planejava algo temporário, precisava de um emprego, enquanto resolvia o que pretendia fazer com minha vida. O professor de dança da Starship, depois de eu confirmar minha saída, havia me informado sobre o teste, e até mesmo me incentivado a fazer. Não tinha nada a perder, então fui, e pra minha surpresa, fui aprovada. Mas depois... não sei, acho que me apaixonei.

- Eu vi. Como Changkyun disse, você realmente estava fantástica lá.

- Obrigada. - Encolheu os ombros, em uma forma que denunciava se sentir pequena. Kihyun entendeu que ela tinha aprendido aceitar elogios, não seria de outra forma, já que suas apresentações deveriam lhe render diversos deles, mas ainda era especialmente insegura e desacreditada de sua própria capacidade. Ele sabia que isso era consequência da época em que havia sido trainee, e julgou ter culpa por não lembrá-la todos os dias do quanto era incrível.

- (s/n).

- Sim?

- Você leu os meus e-mails?

Ela hesitou, um descuido que, se Kihyun tivesse analisado com mais atenção, encontraria o poço com as respostas para as principais perguntas que se fez a todo momento. Era escuro e fundo, mas estava ali, ocultando tudo o que sabia, era preciso apenas que Kihyun acendesse uma luz e apontasse para baixo, ou até mesmo trazer o balde para cima, mas a barreira da indiferença se arquitetou como uma tampa de ferro pesada o suficiente para se fazer inútil todo o esforço que Kihyun efetivasse. Ele imaginou o que ela estaria escondendo.

- Sim, Yoo. Todos eles.

- Nunca pensou em retorná-los?

- Diversas vezes.

- E por que nunca fez?

- Está tarde, é melhor você ir. - Ela ficou de pé, indo até adiante da janela, como se buscasse algo para se ocupar. Olhou para o que parecia ser um pedaço do céu caindo. Sequer notara quando a chuva havia começado. - Vou chamar um táxi.

Ele não retrucou, o que poderia fazer? Era exatamente essa atitude que temia, e mesmo assim resolveu arriscar. Se insistisse, sabia que poderia perdê-la, novamente. E Kihyun não estava disposto a apostar essa possibilidade. Era sua única chance, não podia dar o tiro no próprio pé, mesmo que tivesse todas as razões para fazer qualquer pergunta que fosse, instigá-la e pressioná-la. Não queria correr o risco.

Ele a escutou enquanto falava ao telefone com o porteiro do prédio, a conversa durou mais do que deveria, mas Kihyun não fez questão de compreender do que falavam. Tentava pensar em algo para desfazer o que tinha feito, achar uma solução, não permitir que a noite terminasse daquele jeito, mas sequer conseguia parar de imaginar consequências. Tanto que notou um pouco tarde a presença dela ali, diante de si.

- As ruas das avenidas estão escorregadias, houve um acidente na principal e acabaram dispensando os taxistas. Acho que a empresa não quer se preocupar em tratar de indenizações. Disseram que voltarão a transitar pela manhã. - Kihyun não entendia por que ela estava apreensiva daquele jeito, já que a solução era bem simples.

- Posso voltar para o restaurante, é só me dar algo para me proteger da chuva.

- O quê? De jeito nenhum, não posso deixar que enfrente essa tempestade, sem contar que está tarde, o restaurante deve ter fechado. É melhor... - Ele aguardou, não conseguindo encontrar a mesma resposta que a dela. A viu mudar o peso das pernas, por que é que estava tão indecisa? - ... É melhor avisar aos garotos que irá dormir fora. - Kihyun ficou tão surpreso que não evitou o estranhamento, por acaso era o que ele pensava? Ainda não tinha acabado? Teria uma chance de permanecer perto dela naquela noite? Consertar o que tinha provocado? - Venha, vou mostrar aonde irá dormir.


Notas Finais


Pessoal, por favor, dêem amor pra essa fic maravilhosa, a criatividade das autoras é fantástica, simplesmente amei, então vamos lá dar uma olhadinha, tô pedindo com carinho
https://spiritfanfics.com/historia/a-saga-das-fics-perdidas-9392336
E se puderem responder, querem Seunghyun de volta ou deixa ele esquecido pra lá?
Obs: A fic só terá mais dois capítulos
Kissus, vejo vocês na próxima


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