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História One more time, One more change - Redenção


Escrita por: Kvothez

Notas do Autor


Olá! Faz um tempinho, né? Como disse na última vez, o capítulo seria atualizado em um mês, e cá nós estamos rs
Como podem perceber pelo número de palavras, este capítulo é beeem grande! Não vi jeito de dividi-lo já que ele é bastante episódico. Por outro lado, o capítulo 12 vai ser mais curto, pois existe muita informação e mudança de cenário :p

E vamos com um capítulo cheio de lacração! E o que teremos para hoje? Faz dois capítulos ou mais que menciono a tal reunião de Eiji com seus antigos ex-colegas. Hoje veremos isso acontecer :)

Enfim, não deixem de ler as notas finais! E tenham uma boa leitura :)

Capítulo 10 - Redenção


Depois de dois dias tediosos e frustrantes passados em um hotel, Eiji e Ash se prepararam para ir na reunião de ex-colegas do fotógrafo. Ao se vestirem, o primeiro valorizou roupas confortáveis; enquanto o segundo elegantes, embora igualmente quentes.

– Estou apresentável? – O americano perguntou ao terminar de se vestir.

– Por que não estaria? Seu senso de moda é muito melhor que o meu. – Respondeu Eiji.

– Eu gosto mais do seu jeito de vestir. – Na verdade, o mais novo tinha uma opinião formada sobre o modo como seu amigo vestia-se. Uma vez que Eiji valorizava roupas confortáveis, muitas vezes escolhia roupas folgadas. E já que era inverno, essa impressão era ainda mais evidente: além de abusar de roupas largas, o fotógrafo vestia coisas felpudas. Em outras palavras, parecia incrivelmente adorável. Ash continha-se ao máximo para não abraçá-lo.

– Por que está sorrindo que nem um bobo? Poderia compartilhar a piada para que eu possa rir também?

– Não é nada tão engraçado que precise ser compartilhado. Vamos pedir um uber? – O americano tentou corrigir suas feições engraçadas.

O fotógrafo ficou entusiasmado. – Não sabia que você estava tão ansioso por conhecer meus ex-colegas. Ok, irei chamar! – Em seguida, pegou seu celular e começou a digitar.

Ash sentia-se mais curioso do que ansioso por conhecer os amigos de Eiji, isto porque gostaria de ouvir mais sobre o passado do amigo, além de conhecer as pessoas com que o outro se relacionava no colegial.

    Não demorou muito para o uber chegar. No caminho, ambos aproveitaram para conversar. O mais importante dessa conversa foi que o mais novo descobriu que a escola em que Eiji frequentou ficava em outra cidade, mas como a maioria dos seus colegas era de Izumo, o encontro não seria nada complicado. Aqueles que não moravam na cidade simplesmente se deslocariam até ali por um trem.

    Ao chegarem no endereço, subiram as escadas que davam acesso a uma série de apartamentos enfileirados. Após apertar a campainha, o fotógrafo foi recebido pela sua antiga companheira de classe e também ex-presidente do clube estudantil.

Quando viu seu amigo, ela sorriu e lhe cumprimentou com um abraço. Para Ash ela ofereceu a mão, já que não tinha tanta intimidade com ele. – Podem entrar, só não reparem na bagunça. 

Ao passarem pela porta, notaram um punhado de pessoas amontoadas ao redor de uma televisão. Algumas estavam sentadas e outras cantando. Para Ash, aquilo era curioso; para Eiji, era uma visão nostálgica dos seus dias como colegial.

    Quando percebeu as expressões do americano, o fotógrafo fez questão de explicar. – Eu não te disse antes, mas um passatempo bastante comum entre os jovens aqui no Japão e em outros países da Ásia é cantar em karaokês.

– Estou vendo. – O americano observou a empolgação dos cantantes.

Quando notaram a chegada de mais gente, as pessoas que cantavam de pé e as que estavam sentadas fizeram um silêncio prolongado. Eiji notou que isso ocorreu pela surpresa dos seus ex-colegas ao se depararem com a beleza americana ao seu lado. Eles estavam claramente fuzilando Ash com o olhar. Após esse minuto constrangedor, alguns rapazes e moças se levantaram para cumprimentar seu antigo colega de classe.

– Eiji mencionou que traria um amigo da América para nossa reunião, mas não imaginei que fosse um modelo. – Falou uma das meninas.

– Como é a América? Por acaso você tem irmã? – Disse um dos rapazes.

Depois das primeiras perguntas se sucederam muitas outras e logo Ash foi cercado por curiosos.

– Ash-kun, seu japonês é muito bom, desde quando está aprendendo?

– Ash, pretende morar no Japão?

Depois de mais uma rodada de perguntas, Eiji temeu que questões constrangedoras ou inapropriadas fôssem indagadas, deixando seu amigo desconfortável, então interrompeu a conversação. – Gente, como vocês podem ver ele é estrangeiro, mas não é nenhum animal exótico para vocês ficarem enchendo o saco assim.

O americano finalmente pôde respirar mais tranquilo. Ele já estava ficando ansioso com tantas perguntas.

– E você como tem estado, Eiji? Soubemos que foi baleado na América. Ficamos muito preocupados! – Questionou uma moça franzina.

Em seguida, outra pessoa continuou. – Posso ver a cicatriz? Nunca vi uma cicatriz de  bala!

Por se animarem em razão de uma cicatriz, o americano pensou na previsibilidade dos homens. Era óbvio que alguns dos ex-colegas do fotógrafo não perderiam a oportunidade de pedir por algo assim. Ainda mais se tratando de um ferimento à bala, afinal, armas são proibidas no Japão, por isso dificilmente qualquer japonês teria a oportunidade de ver uma cicatriz do tipo.

– Por que você está tão empolgado em ver uma cicatriz de bala? Deveria ficar triste por mim. – Apesar de dizer isso, o fotógrafo estava sorrindo. – E obrigada por perguntar, Hina-chan. No momento estou bem, o pior já passou. – Ele respondeu sua ex-colega que havia feito a primeira pergunta.

Logo em seguida completou. – Vocês fizeram um milhão de perguntas e já sabem o nome dele, mas eu não apresentei vocês direito. Esse rapaz bonito ao meu lado. – Eiji apontou com as duas mãos. – É um amigo muito querido que eu fiz na América, Ash Lynx. Espero que vocês se deem bem.

– Prazer Ash! – Falaram em uníssono.

– O prazer é todo meu. – Respondeu o americano com um grande sorriso.

Entre sussurros, as pessoas começaram a apontar as qualidades do gângster:

“Olhe como os dentes dele são brancos.”

“Você viu o quanto ele é alto?”

“Mais do que isso, você notou o quão elegante é?”

“Os olhos dele parecem duas jóias verdes”

“Não acha que ele cheira muito bem?!

Embora um pouco tímido, Ash não se importou com os comentários, pois já estava acostumado a ouvir aquele tipo de coisa. Ser elogiado era algo, o problema era quando as pessoas se tornavam invasivas e até mesmo apelavam para o assédio.

Depois das apresentações, as pessoas retornaram a cantar no karaokê, uma a uma se dispondo a arriscar uma música Nesse intervalo de tempo, o fotógrafo foi até a geladeira da cozinha para guardar as bebidas que havia conseguido com sua mãe.

Enquanto isso, Ash aproveitou para perguntar mais sobre seu amigo. Ao se sentar em um dos sofás de frente ao karaokê, deu continuidade a este plano .– Ei, como Eiji era no tempo de escola?

O rapaz ao seu lado respondeu. – Eiji? O que posso dizer? Bem, para começar ele era super popular. Tudo por que era um ótimo atleta. Sempre que ia treinar, muita gente se juntava para vê-lo, até mesmo homens!

Ash nunca tinha cogitado que seu amigo pudesse ser popular na escola, mas isso era algo bom, sinal de que o fotógrafo não teve grandes preocupações enquanto estudava.

Outro pensamento que lhe ocorreu foi o desejo ter participado mais cedo da vida de Eiji. Se houvesse se encontrado quando adolescente com ele, como teria sido sua relação com Eiji? Mas depois de tudo, estes pensamentos eram infundados, pois a distância separava Ash e Eiji nesse momento das suas vidas.

– As pessoas se juntavam ao redor dele porque ele era fofo! – Teorizou uma menina ao lado de Ash.

– Eiji tem esse jeito gentil e seus olhos grandes e negros causam uma impressão ainda maior de fofura. Como não ser atraído por uma pessoa assim? – Afirmou o americano. – Ainda mais quando ele inventa de usar roupas grandes e de lã. Parece um bichinho!

– Exatamente isso! Mais do que pelos músculos, Eiji era atraente por causa da sua personalidade doce.  – Concordou a mesma jovem.

Outra pessoa acrescentou. – No colegial as meninas sempre ficavam na volta dele, mas como era bem tímido, não sei exatamente se alguma vez chegou a ficar com alguma delas. – Em seguida perguntou. – Por acaso ele chegou a ficar com alguma americana?

– Até onde sei, não. – Foi tudo que Ash conseguiu responder. No fundo, ele ainda guardava o amargo sentimento da probabilidade do seu interesse amoroso ser hétero.

Ao voltar da cozinha, o fotógrafo pegou de um cooler térmico duas garrafas de bebida, uma para ele e outra para Ash. – Já experimentou sake¹? – Indagou ao se aproximar.

Ash tentou se lembrar, mas não conseguiu. – Acho que não. 

Eiji alcançou a bebida para o americano. – Eu estou te dando essa bebida, mas como você é ainda jovem, quero que modere. – Provocou.

Aproveitando que Eiji estava brincando com ele, Ash fez o mesmo. – Pode deixar, Onii-chan.

Risos foram ouvidos. Era óbvio que esse tipo de piada era comum entre os japoneses. Ash captou mais do que nunca essa mensagem.

– Quer dizer que além de te ensinar japonês, Eiji está te ensinando a fazer piadas?

– Por favor, não diga que fui eu quem ensinou ele esse tipo de coisa sem graça. – Se defendeu o fotógrafo.

– E quem disse que não tem graça? Só em ver você fazendo biquinho toda vez que te chamo assim, já vale a piada. – Argumentou Ash.

De birra, o fotógrafo sentou-se no chão. De qualquer forma, o lugar ao lado do seu amigo estava ocupado. Rapidamente, Ash tornou-se popular entre os ex-colegas de Eiji, por isso que sua atenção estava sendo igualmente roubada. O mais velho não se importava com isso, na verdade, estava feliz em ver o mais novo enturmado com pessoas mais ou menos da sua idade.

Ao tirar sua atenção de Ash, Eiji percebeu algo curioso. A ex-presidente do clube estudantil havia permitido que seus amigos trouxessem um namorado ou namorada para a reunião. Boa parte dos presentes havia feito aquilo, com exceção dele, que era solteiro e havia trazido Ash. Nesse momento de reflexão, ocorreu ao fotógrafo que talvez seus ex-colegas pudessem fazer sugestões sobre seu relacionamento com seu amigo, afinal, eles eram pessoas abertas que não desconsideravam relações entre homens, pelo menos atualmente - no tempo de escola, muitos deles costumavam ser mais conservadores. De qualquer forma, Eiji parou de pensar nisso. Sua atenção foi roubada por um dos seus amigos que cantava muito mal.

    O clima da noite continuou descontraído. Ash falava sobre a América aos curiosos e Eiji ria ainda mais dos seus ex-colegas que se arriscavam cantando. Após mais algum tempo de desconcentração, a campainha soou.

– Falta mais alguém? – Perguntou uma das pessoas.

– Eu quase havia me esquecido. Eu convidei Ryo, espero que não fiquem bravos comigo. Eu conversei com ele e ele parecia bastante mudado. – Respondeu a ex-presidente do conselho estudantil.

No momento que aquele nome foi mencionado, o americano percebeu uma onda de estranheza percorrer o rosto de muitos dos que ali estavam. Incluindo o de Eiji.

Sussurros foram ouvidos, enquanto a dona da casa foi atender o seu convidado.

– Por que ela convidou aquele imbecil?

– Himuro-cham tentou ajudar ele no passado, acho que ainda acredita ter esse dever. – Falou uma pessoa mais próxima da ex-presidente.

– Parece que ser presidente do clube estudantil no passado fez ela pensar que ainda tem uma espécie de dever com os outros. – Completou um rapaz que tinha acabado de cantar.

– Eiji, se ele fizer qualquer coisa estaremos aqui. – Disse uma das meninas.

– Como aquele depravado teve coragem de se confessar ao Eiji na frente de todo mundo?!

Eiji não acreditava no que o último colega dissera. A indignação tinha fundo: apesar de chamar outra pessoa de depravada sem provas da sua promiscuidade, o acusador era conhecido por ter se envolvido com inúmeras meninas na escola. – Hideo, cuidado com o que fala. Ninguém é simplesmente depravado só porque é gay. Ser gay é uma coisa, ser idiota é outra.

Assim como Hideo, o fotógrafo também era ciente de que seus outros amigos embora fossem progressistas, ainda carregavam certos preconceitos enraizados. Até que eles fossem censurados por isso, continuariam reproduzindo esse tipo de comportamento.

As conversinhas não se demoraram mais, pois a porta havia sido aberta para a passagem de um homem. – Olá! – Ryo exclamou Ryo nenhum pouco tímido.

As pessoas não responderam imediatamente, pois estavam surpresas. Seus olhos definitivamente traíam suas lembranças. Entretanto, o silêncio não se estendeu mais. Foram ouvidos vários “olás” de retorno, incluindo o de Eiji.

Ryo não sentou-se com seus colegas de imediato, ao invés disso, preferiu ficar conversando com a ex-presidente do clube estudantil e seu companheiro. Mas antes, ele foi até a cozinha depositar sua contribuição no congelador. Assim que as bebidas no cooler acabassem, elas seriam reabastecidas com as do freezer.

Nesse ínterim, Ash pôde entender melhor as reações de surpresa das pessoas que o circulavam. Pelo que notou das conversas, Ryo costumava ser um delinquente com todos os estereótipos possíveis. Vestia as roupas de escola desajustadamente, usava piercings, tinha o cabelo descolorido e, para completar, tinha um vocabulário bastante grosseiro. Há quem dissesse que ele teria, inclusive, se metido com a Yakuza. O americano achou isso um pouco irônico já que provavelmente ele era o único presente que realmente havia se envolvido com yakuzas.

Entretanto, a pessoa que eles haviam acabado de cumprimentar era alguém totalmente diferente: seus cabelos já não eram mais descoloridos ou tingidos, mas simplesmente castanhos; não havia mais nenhum piercing à mostra; suas roupas eram elegantes e seu comportamento educado. Como as pessoas presentes haviam de não estranhar esse novo homem que se apresentou a elas?!

Depois de um tempo, a ex-presidente do clube estudantil avisou que iria até um mercado próximo com seu namorado para buscar petiscos. Quando ela se retirou, a atmosfera se tornou constrangedora: Ryo estava sozinho em um canto, parecendo não demonstrar interesse algum em se aproximar.

– Ei, cara, aqui tem mais bebida. Pode se aproximar, não iremos morder não. – Quem havia dito isso era o rapaz mais próximo da embriaguez naquele momento. 

Ryo também não gostava da tensão no ar, então se aproximou.

Não havia lugares no sofá, mas havia espaço no chão. – Posso me sentar aqui? – Perguntou ao se aproximar do fotógrafo. Não era que ele havia visado Eiji, mas simplesmente o espaço perto dele era um dos únicos lugares que restavam em meio a tantas pessoas.

– Por que não poderia? Fique à vontade. – Apesar de dizer isso, Eiji estava um pouco preocupado, pois ainda não sabia se Ryo havia mudado na personalidade, assim como mudou na  aparência.

Ryo agora era o centro da atenção. Antes de ele chegar, as conversas estavam bem animadas, depois disso se voltaram silenciosas. Embora ele não soubesse disso, desconfiava.

– Como tem passado, Ryo? Você está bem? – Alguém teve coragem de perguntar.

Ele sorriu. – Eu estou muito bem e você?

A menina corou. Embora conhecesse seu ex-colega do tempo de escola, atualmente ele parecia outra pessoa. 

– Nossa, cara. eu quase não te reconheci. Desde quando você é um ikemen? – Quem perguntou isso era o responsável por ter convidado Ryo a se juntar ao grande grupo.

O ex-delinquente era simpático. – Eu quis abandonar o que era para tentar me esquecer do passado. Provavelmente se naquele tempo eu fosse “normal” como sou considerado hoje, atualmente eu teria minha antiga aparência.

– Não diga uma coisa dessas, você está muito melhor hoje! – Disse uma outra pessoa.

Ryo olhou para o chão. – Hideo, não julgue uma pessoa pela aparência, nem sempre isso quer dizer muito. Eu sei que não era um santo, mas você deve tomar cuidado para não associar aparência com caráter.

– Mas você definitivamente não era coisa boa, como poderíamos não te associar com algo ruim? – Insistiu a mesma pessoa.

– Como a Yakuza? – Sugeriu Ryo. 

As conversas estavam aos poucos sendo retomadas, mas ao mencionar a Yakuza, mais uma vez o ambiente se voltou silencioso.

Ryo continuou. – Desde que o pessoal da escola descobriu que eu era gay, começaram a surgir muitos boatos infundados. Sim, eu pertencia a uma gangue juvenil, mas nunca fui o delinquente o qual me pintavam. Eu era só um adolescente rebelde, fazendo o que um adolescente normalmente faz.

– Mas teve aquela vez que você se confessou pro Eiji na frente de todo mundo, aquilo realmente foi chato. Vai negar isso também? – Era Hideo novamente.

Ryo não respondeu de imediato. O novo tópico, deixava ele claramente desconfortável. – Não planejava tocar nesse assunto tão cedo, mas quando recebi o convite da Himuro-chan, decidi vir hoje para me desculpar com o Eiji. No passado, realmente tratei ele muito mal. Mas isso também não quer dizer que era da Yakuza. Eu era só um adolescente apaixonado.

A atenção desta vez recaiu em Eiji, que foi pego de surpresa. – Aquilo faz tanto tempo, não precisa se desculpar, mas se isso te faz sentir melhor, eu aceito suas desculpas. – Eiji sorriu, mas não demorou muito para ficar sério. – Na verdade, eu também devo pedir desculpas. Eu descobri há pouco tempo o que meu pai fez. Fiquei muito envergonhado quando soube de tudo. 

– Isso foi uma pequena pena que eu mereci ter pagado. – O antigo yankii² falou culposamente.

Em seguida, curiosas, as pessoas perguntaram o  que o pai de Eiji teria feito, mas nem ele e nem Ryo responderam. Algumas conversas eram pessoais demais para serem ditas em voz alta.

Passado o clima tenso que havia se estabelecido no ambiente, as conversas voltaram a sua normalidade e, mais uma vez, o karaokê voltou a entreter o ambiente.

Nesse meio tempo, um espaço no chão perto de Eiji ficou vago e Ash aproveitou a oportunidade para sentar-se ali. 

Ao observar o americano se aproximando, Ryo finalmente o notou. – Eu sou bem seguro da minha aparência, por isso não imaginei que encontraria um homem mais bonito do que eu aqui.

Ash ficou um pouco surpreso e isso foi percebido por Ryo. – Não te conheço ainda, mas já deve ter percebido que eu sou gay. Não se incomode com isso, de qualquer forma você não faz meu tipo. Prefiro homens mais fofos e doces.

Eiji engoliu em seco.

– Na verdade, eu não fiquei surpreso com o elogio. Fique com sua aparência, de perto você é ainda mais bonito. – Nesse momento, o americano já havia se sentado. Agora ele estava tão perto de Eiji quanto de Ryo.

Foi a vez do antigo yankii ficar surpreso. – Você também é gay? – Pelas experiências dele, dificilmente um hétero admitia a beleza de um outro homem, ainda mais de um gay assumido.

– Na verdade, sou bissexual. De qualquer forma, ainda que fosse hétero não teria a masculinidade frágil ao ponto de não te reconhecer como um homem bonito.

O fotógrafo estava observando a interação entre Ryo e Ash sem fazer qualquer intervenção. No momento que ouviu seu melhor amigo dizer as últimas palavras, inevitavelmente se engasgou com o sake que estava bebendo.

Ryo ia perguntar, mas o americano foi primeiro. – Eiji, você está bem?! – Indagou preocupado.

Eiji pigarreou para limpar a garganta. – Eu to bem, não precisa se preocupar. Foi só um susto.

– Vocês se conhecem? –  O ex-delinquente ficou curioso.

O fotógrafo ainda estava pigarreando quando respondeu. – Desculpa não apresentar vocês ainda. Este é Ash Lynx. Um amigo que conheci nos Estados Unidos e que agora está visitando o Japão.

O antigo yankii ofereceu sua mão. – Seu japonês é muito bom! E muito prazer. Como deve saber, eu sou Ryo. Fui colega de escola de Eiji. Bem, provavelmente você já deve ter ouvido falar de mim. Senão do próprio Eiji, das pessoas aqui que devem ter cochichado e praguejando contra mim. 

Ash aceitou a mão do outro. – Obrigada. Sobre o que ouvi de você, bem, foram só alguns comentários.

– Então, Eiji te contou que a gente compartilha um passado?

Embora o passado que o ex-delinquente compartilhou com Eiji não fosse bom, Ash sentiu inveja disso, pois ele tinha o desejo impossível te ter conhecido o fotógrafo na adolescência. – Ele me contou algumas coisas, embora não tudo.

Eiji ainda observava a conversa dos dois ikemen em silêncio, até que alguém chamou sua atenção. – Oi?! – Disse ele para sua ex-colega que se aproximou com um microfone.

– Eiji, eu disse, você quer cantar algo? 

O fotógrafo pareceu pensar um pouco antes de dar de ombros. – Por que não? – Antes de começar, procurou por alguma entre as várias músicas em destaque, até que uma em específico chamou sua atenção. Em pouco tempo, começou a cantar.

Gostaria de poder

Eu poderia ter dito adeus

Eu teria dito o que eu queria

Talvez até tenha chorado por você

Se eu soubesse que seria a última vez

Eu teria quebrado meu coração em dois

Tentando salvar uma parte de você

Não quero sentir outro toque

Não quero começar outro incêndio

Não quero conhecer outro beijo

Nenhum outro nome caindo dos meus lábios

Não quero dar meu coração

Para outro estranho

Ou deixe outro dia começar

Não vai deixar a luz do sol entrar

Não, eu nunca vou amar de novo

Eu nunca irei amar novamente

Até aquele momento, poucas pessoas aventuraram-se por repertórios mais tristes, preferindo músicas alegres e bastante vivas. Eiji foi o primeiro caso. As pessoas ali presentes, não se importaram com essa escolha, pois mais do que isso, a voz do fotógrafo era um alento para seus ouvidos. Quem se importaria com o gênero da música quando alguém tão talentoso cantava?
    Eiji havia escolhido uma canção tema de um filme que havia sido lançado recentemente. Star Is Born era o nome. Poucos ali associaram a letra com o filme. Ryo era uma das exceções.

Ash parou para ouvir seu amigo com toda atenção focada. O americano pensava que sabia muitas coisas sobre Eiji mas jamais suspeitou que ele cantasse tão bem. Diante disso, não pôde deixar de pensar o quanto gostaria de conhecer mais ainda sobre o fotógrafo. Quantas surpresas Eiji ainda guardaria?

Eiji tentou durante toda sua apresentação desviar sua atenção do mais novo, mas seu olhar o traia, recaindo sempre em Ash. Como se ele estivesse cantando aquela música, justamente para o americano.

Ryo percebeu isso com mais maestria do que o próprio Ash, cego  por todas as suas inseguranças. Entretanto, para ele, não fazia sentido a letra que Eiji cantava. Era como se um amante lamentasse eternamente por uma perda.

    Quando terminou a música, uma salva de palmas acalorada foi ouvida. – Bem, é a vez de quem agora? – Disse Eiji, assim que as palmas foram cessadas.

Parecia que os presentes ali tiveram a mesma ideia quando falaram ao mesmo tempo. – De novo, de novo!

De primeira, o fotógrafo ficou tímido diante de tanta atenção, mas logo se acostumou com isso. – Por que não mais uma? – Deu de ombros. Novamente, escolheu uma música entre as várias opções, então começou a cantar. Dessa vez, preferiu uma canção mais alegre.

Passado a surpresa inicial, as pessoas retomaram suas conversas, embora não deixassem de, mesmo assim, apreciar a bela voz de Eiji.

– Eu não esperava que Eiji cantasse tão bem, você sabia disso? – Ainda admirado pelo amigo, Ash fez essa pergunta a Ryo.

– Eiji tem uma bela voz, então eu já suspeitava, embora nunca tenha ouvido ele cantar.

O americano pareceu vacilar um pouco antes de direcionar seu olhar a Ryo – Posso te perguntar uma coisa? –  Indagou.

Ryo olhou Ash de volta, sem deixar de prestar atenção na música que ouvia. – Acho que sim.

– No passado, o que te fez se apaixonar pelo Eiji?

O antigo yankii sorriu. – Você é bem direito, hein. Está mesmo interessado? A história é um pouco grande.

– Temos tempo, antes de Eiji terminar de cantar. – Reafirmou Ash.

– Nesse caso, suponho que muitas coisas. – O ex-delinquente focou sua atenção novamente no seu antigo amor. – Eu nunca escondi minha sexualidade de ninguém, no entanto, naquela época as pessoas não eram tão abertas como são hoje. Metade dos presentes aqui, por exemplo, caçoavam de mim no colegial, com exceção da presidente e do Eiji, que souberam me tratar como alguém normal. E pior do que os que me caçoavam, eram os que me reconheciam unicamente pela minha sexualidade, como se toda minha identidade fosse apenas isso. Se aproximaram de mim achando que estavam fazendo grandes coisas, mas só me magoaram. Eu não precisava de bondade por ser gay, eu só queria ser tratado com normalidade como os héteros eram. Nesse momento, Eiji e a presidente foram os únicos que fizeram isso. Talvez se eu gostasse de mulheres teria me apaixonado pela Himuro-chan, mas como era gay, Eiji chamou toda minha atenção. Entretanto. – Ryo inspirou. – Eu não soube aproveitar a amabilidade deles. – Naquele tempo eu estava muito magoado e tinha me envolvido com pessoas suspeitas. Eiji e a presidente até tentaram me afastar dessa gente, mas não dei ouvidos a eles. Com o tempo, me deixei levar mais ainda pelas influências e cometi o erro terrível de perseguir e me confessar ao Eiji na frente de todos. – Ryo leu as expressões de Ash nesse momento, motivo pelo qual deu uma pequena pausa na sua fala. – Não faça essa cara, eu juro que não me envolvi com a Yakuza! Mas continuando, eu fiz algo imperdoável. Acabei sendo coercivo com Eiji para que me aceitasse, além de ter causado constrangimento a ele. Jamais me perdoei por isso.

    O americano sorriu amarelo. – Eiji não tem jeito mesmo. Parece que ele tem vocação para atrair pessoas problemáticas. – Ele era orgulhoso pela pessoa pela qual se apaixonou, mas não imaginava que esse sentimento pudesse ser extrapolado. Mais do que orgulho, Ash admirava mais e mais o fotógrafo.  Contudo, essas emoções boas sempre tinham um preço: ele alimentava cada vez mais a ideia de não ser digno do fotógrafo.

– Você também era uma pessoa problemática? – Indagou Ryo curioso.

– Você nem imagina o quanto. – Ash se deixou levar pela melodia alegre cantada pelo fotógrafo. – Eiji realmente não mereceu o que passou ao meu lado.

Ryo discordava. – Se quer minha opinião, ele não mereceu o que passou comigo. Foi tudo sofrimento em vão. Mas olhe para você, embora fosse tão ruim quanto diz ser, ainda sim, soube valorizar Eiji, ao contrário de mim. Eu jamais faria ele sorrir como você faz.

Por acaso, nesse momento as expressões do fotógrafo eram bastante alegres enquanto cantava.

Em um instante, Ash recuperou todo ânimo que havia perdido quando constatou que Eiji era demais para ele. Mas no minuto seguinte, suas emoções mergulharam em desordem. Por mais que tentasse fugir do fato revelado nos seus sonhos, jamais esqueceria deles. Como poderia fazer isso? Em um suposto futuro em que seu suicídio deu certo, ele condenou a vida de Eiji ao sofrimento. Por mais que isso não tivesse se concretizado, o americano sabia que este era o futuro reservado ao fotógrafo. Ignorar isso, era ignorar sua culpa nesse futuro quase certo.

O fotógrafo finalizou a música. – Isso é tudo, mesmo que vocês implorem, não irei cantar mais. Se continuar é capaz de não restar mais bebidas para mim já que vocês estão bebendo tudo! Então, quem será o próximo?
    Várias pessoas protestaram, mas não persistiram. – Que tal Ash? – Sugeriu alguém.

– Nem pensar. – Já foi logo dizendo o americano. – Eu posso fazer muitas coisas, mas com certeza cantar não é uma delas.

Ryo desviou seu olhar para que também não fosse escolhido.

Mais queixas foram ouvidas, mas novamente as pessoas não insistiram. Ao que tudo indicava, o karaokê havia saturado os presentes.

– A presidente mencionou um filme quando falei com ela pelo celular. Que tal esperarmos por ela? – Comentou Ryo.

– Bem lembrado! – Exclamou Eiji. – Ela mencionou qual filme era?

Ninguém soube responder, então simplesmente esperaram a ex-presidente chegar do mercado com o namorado.

Nesse meio tempo, o fotógrafo sentou de volta no seu lugar. – O que vocês conversaram enquanto eu estava cantando?

Imediatamente, Ryo respondeu. – Ash estava perguntando o que fez eu me apaixonar por você. 

O americano não esperava que Ryo fosse entregá-lo. Sua vontade, neste instante, era de afundar seu  rosto em um buraco e escondê-lo para sempre.

Eiji estava intrigado. – E o que respondeu?

– Que foi inevitável me apaixonar. Quer dizer, como eu não me apaixonaria depois de te ver nos treinos saltando? Ash, você precisava ver. – Ryo falou diretamente para o americano. – Eiji tinha músculos bastante marcantes e quando o suor escorria pelo seu corpo ele era tão provocativo... eu mal me atrevia a piscar – Sorriu maliciosamente.

As palavras de Eiji sufocaram na sua garganta. Mais do que corar, seu rosto ficou completamente vermelho.

O americano estava boquiaberto pela ousadia de Ryo. – Ei, mais respeito! – Protestou.

Para Ash, o ex-delinquente era inegavelmente privilegiado. Primeiro, ele participou da adolescência de Eiji; segundo, teve a oportunidade de ver o fotógrafo treinando enquanto esportista. O quão sortudo poderia ser? Era impossível não sentir inveja de Ryo.

– Ok, ok. Eu vou parar por aqui. Não tive a intenção de te constranger, me desculpa Eiji. – Embora dissesse isso, o ex-delinquente não se arrependia. Na verdade, divertia-se assistindo as reações do par de amigos.

    Não demorou muito para a ex-presidente chegar com os aperitivos. Momento oportuno, pois muitos estavam sentindo fome. E, enquanto comiam, debatiam sobre o filme que assistiriam.

    Para dinamizar o tempo, Himuro recomendou filmes entre os já baixados na sua lista do torrent. Entre os títulos, o que mais interessou foi Kimi no Na wa por ser uma obra bastante comentada nos últimos tempos. E, por coincidência, a maioria ali não tinha visto a animação.

    O filme foi então rodado.

No começo, Ash achou a escolha péssima, mas não reclamou já que foi a decisão da maioria. Entretanto, ao longo do filme surpreendeu-se com a qualidade da animação, com a trilha sonora e principalmente com o roteiro.

O filme era sobre o encontro e reencontro de almas gêmeas. De certa forma, essa narrativa parecia remeter a sua própria história com a de Eiji. “Minha alma sempre estará com você”, dissera o fotógrafo em sua última carta para o americano. Isso não soava como uma insinuação entre duas almas gêmeas?

Mais tarde, Ash não esqueceria de pedir mais recomendações do mesmo tipo de filme a Eiji.

Em relação ao fotógrafo, Ash notou que parecia que ele estava ainda mais submerso na história. Isso foi percebido, principalmente porquê Eiji não interagiu em nenhum momento com ele. O americano concluiu que talvez seu amigo gostasse muito de romances, ou tinha algum tipo de conexão com aquela história.

O fim da noite, pelo menos para aquele encontro de ex-colegas, aproximava-se do fim, e despedidas tiveram que ser dadas.

Ash não fez questão de cumprimentar todos os ex-colegas de Eiji, mas foi prestar seus devidos respeitos a ex-presidente do clube estudantil. – Presidente, adorei te conhecer! Não sabia que Eiji tinha amigos tão incríveis, e agora que sei, fico feliz em saber que ele esteve em boas mãos durante o colegial. – Cumprimentou. – Depois de tudo que ouviu de Ryo sobre ela, Ash, no mínimo, havia simpatizado com a amiga de Eiji.

    A ex-presidente ficou sem jeito. – Pode me chamar de Himuro. E, a propósito, também adorei te conhecer! Agora posso dizer que tenho um amigo estrangeiro! E saiba que sou muito agradecida por ter tido Eiji como colega e amigo. Ele sempre foi uma pessoa maravilhosa e o tempo só cultivou mais suas qualidades. E agora sou eu que peço: cuide bem dele. Eiji merece toda felicidade do mundo.

– Eu cuidarei. – O americano sorriu. Embora ele tivesse ciencia do quanto foi horrível ao abraçar à morte e, portanto, o suicídio, isso não significava que ele iria deixar Eiji à mercê novamente. Enquanto fosse vivo, sempre zelaria pelo fotógrafo, mesmo que na posição de um amigo.

    Depois disso, as pessoas foram se dissipando, cada uma para seu destino. Já na rua, prestes a pedirem um uber, Ash e Eiji conversavam com Ryo.

– Eu realmente sinto muito pelas coisas que ocorreram no passado. – Disse o ex-delinquente. – Espero que algum dia ainda possamos ser amigos. 

    Embora estivesse desconfiado de Ryo mais cedo, Eiji sentia que estava testemunhando uma mudança. – Eu não guardo nenhum rancor, e saiba que antes de você ser corrompido pelas péssimas influências, eu realmente te via como um amigo. Quem sabe não possamos retomar aquela amizade que tínhamos?

    Ryo ficou genuinamente feliz. – Você nunca decepciona. Eiji, posso te pedir algo?

    Mesmo temendo pelo que o outro pediria, o fotógrafo não negou o pedido. – O que seria?

– Antes de ir, você poderia me dar um abraço? 

Ash levantou franziu o cenho naquele momento.

– Por que não? – Respondeu o fotógrafo.

Ao abraçar Eiji, o antigo yankii olhou provocativamente por cima dos seus ombros em direção a Ash. 

O americano estava tendo sentimentos conflitantes. Ele realmente não gostava de ver um homem que teve interesses românticos com Eiji lhe abraçando. Porém, que direitos ele teria de não gostar disso?

Depois de longos segundos segurando o fotógrafo, Ryo finalmente se desvencilhou dos seus braços. – Não me olhe assim, Ash. – Ele se aproximou do americano. – Você também merece um abraço.

Para surpresa de Ash, ele também havia caído nas garras de Ryo.

    Ao abraçar o americano, o ikemen japonês disse perto dos seus ouvidos. – Cuide bem do Eiji. Jamais o decepcione como eu fiz. Se fizer isso, talvez eu roube ele algum dia de você.

    Ash não deixou por isso mesmo, sussurrando, respondeu. – Eiji não é de ninguém para ser roubado. – Em seguida, afastou Ryo. – Eu também gostei de te conhecer. Espero que sejamos amigos também. – Sorriu.

    – Quem iria negar ser amigo de homem tão bonito assim? – Ele piscou para o americano. 

    Ash pensava que Ryo não tentaria mais nenhuma gracinha, mas descobriu que o ex-delinquente ainda poderia lhe surpreender muito.

    – Eiji. – Novamente o ex-colega de Eiji se aproximou dele. – Esse é meu cartão. Caso queira ter contato ainda.

    – Pode deixar. – O fotógrafo guardou em um dos seus bolsos os dados do seu antigo ex-colega.

    Não demorou muito para o uber chegar. Com as despedidas feitas, Ash e Eiji apenas acenaram para Ryo dentro do carro. 

    No caminho de volta para o hotel, Ash refletiu um pouco sobre Ryo. Apesar de tudo, ele havia simpatizado com o rapaz, que no final das contas não era ruim. Pelo contrário, era alguém muito parecido com ele.

E, estranhamente, Eiji tinha um certo magnetismo por esse tipo de pessoa. Era uma vocação do fotógrafo corrigir pessoas desajustadas, ou era destino que sua amizade com ele superasse todas essas coincidências?


Notas Finais


¹ Arroz fermentado. Bebida típica japonesa.
² Yankii: Delinquente japonês.

Considerações:
1) Eu sei que eu retratei Ash, Eiji e Ryo como muito desconstruídos, mas devo ressaltar que não acho que eles realmente sejam assim de verdade. Tipo, podem pensar assim, mas não fazem o tipo "militante", que aponta os erros das pessoas para que elas possam melhorar. Então, pq eu retratei eles assim? Pq infelizmente não conseguiria descrevê-los de outra forma sem fazer eles parecerem uns cuzões rs.

2) O próximo capítulo pode sair em duas semanas ou em um mês. Eu já escrevi 20 capítulos dessa fanfic, mas com as mudanças de roteiro, eu estou reescrevendo ela toda, por isso essa demora em entregar as atualizações - sem contar que tenho problemas com perfeccionismo. Mas fiquem firmes que eu não vou deixar de escrever. Amo muito essa história e não vou largá-la assim tão fácil :p

3) E aí, que parte mais gostaram desse capítulo? O que acharam de Ryo? Gostaram da redenção dele? Esperavam que eu retratasse ele como vilão? Inicialmente era essa a proposta, inclusive tinha escrito esse capítulo pensando nisso, mas posteriormente achei a ideia meio merda e reescrevi todo esse capítulo.

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