História One of us - Nice To Meet Ya

O sol já estava batendo na janela era uma segunda feira de manhã, e Raquel ia começar a seu novo emprego como secretária.
  

Depois que Sérgio foi embora ela não conseguiu mais dormir estava com tanta dor de cabeça que parecia que ia explodir, tomou um remédio pra dor e foi direto pro banheiro vomitar, ela com certeza tinha bebido demais e se arrependeu, mas se teve uma coisa que ela não se arrependia era ter transado com o homem na noite passada, Raquel não era o tipo de mulher que dormia com alguém que acabou de conhecer, mas dessa vez ela não se importou e se jogou com tudo, estar bêbada ajudou um pouco, mas ela estava precisando disso, uma distração ou um escape de tudo que está acontecendo.

  Raquel se deu conta que era quase nove horas da manhã a hora que ela tinha que estar no trabalho e ainda no primeiro dia, então ela se levantou do chão onde estava vomitando no vaso e foi direto tomar banho com água fria pra ver se o mal estar passava. Saiu do banho e escolheu uma roupa, um terninho cinza com calça e usando um scarpin preto.

  Pegou sua bolsa e pensou já que a chave do carro novo que deu pra filha estava com ela, resolveu ir com o carro novo e foi no meio do caminho percebeu que não estava acostumado a dirigir um carro com direção automática, no meio do caminho ela viu que ainda faltava dez minutos e resolveu ir na padaria comprar um donuts de chocolate para não passar a manhã inteira sem comer nada e foi comendo dentro do carro indo pro trabalho.

Ela chegou no prédio, era enorme cheio de andares, cada andar tinha um departamento de advogados para cada especialização de advocacia, Raquel só pensava em sair daí não sabia se era apta por um trabalho assim e vendo advogados chiques ricos e ela ali apavorada.

- Olá posso ajudá-la? - Perguntou uma mulher morena com tranças no cabelo, ela parecia ser uma mulher com menos de quarenta anos e mais de vinte.

- Sim, eu vim pra vaga de emprego de secretária.


- Certo, qual é seu nome? - pediu a moça.


- Raquel Murillo.

- Certo. - falou ela anotando num caderno de agenda.


- Com licença! - chegou do lado de Raquel uma mulher loira com cachos lindos no seu cabelo usava roupas formais como ela.


- Sim? - respondeu a mulher a olhando de cima a baixo.


- Eu vim pra vaga de secretária, meu nome é Mônica.

Raquel olhou pra loira sem entender nada porque ela pensava que a vaga iria ser dela sem concorrência nenhuma.


- Perai você também foi chamada? - a mulher apenas assentiu com a cabeça.


- Eu chamei as duas pra duas vagas de secretárias, vocês estão contratadas. - Falou a morena.


 As duas ficaram felizes que sorriram pra si mesmas e se abraçaram, tanto que nem se  conhecem.

 - Ok, vou levar vocês até os advogados para conhecer eles melhor, e mostrar o lugar.


  As duas seguiram a mulher para o segundo andar de elevador, e chegaram a primeira sala onde era só de um advogado, tinha uma sala de espera e uma porta pro escritório da pessoa, tudo era decorado em tons de cinza claro, muito chique.

 Só havia elas naquele ambiente e a porta do outro lado fechada que Raquel se perguntava se tinha alguém aí ou só estava fechada mesmo.

- Bom aqui é onde você irá trabalhar, Raquel.- A mulher apontou para a mesa perto da porta do escritório.


- Entendi. - balançou a cabeça como afirmação.


- Desculpa incomodar mas você não nos disse seu nome? - perguntou Mônica com a mão no rosto a questionando.


- Ah perdão, acabei me esquecendo meu nome é Ágata. - Sorrio sem mostrar os dentes.


- Então eu começo agora a trabalhar? - falou Raquel. 

- Não, hoje vocês só vão conhecer o lugar, saber marcar os horários e combinar tudo com quem vocês vão trabalhar, e vão começar amanhã.


   As duas pensaram que isso não parecia ser difícil já que era o primeiro dia de trabalho no novo emprego porém elas não sabiam pra quem iam trabalhar.


  Raquel não se importava com quem trabalharia, ela queria ganhar dinheiro e sabia que eles pagavam bem uma secretária aqui, por isso veio trabalhar aqui.

 Mônica estava olhando a decoração, os quadros ao redor da sala, eram lindos ela pensou, Raquel e Ágata conversavam sobre trabalhar nesse escritório e como tudo funcionava aqui.

Derrepente a porta do escritório abriu, saindo dois homens, Raquel ficou paralisada tanto que a boca ficou aberta. Era ele, era ele, o cara que ela transou na noite passada, o homem que fez ela ter um orgasmo puta que pariu pensou a loira.

    Sérgio ficou na frente da porta e o cliente saiu, ele estava olhando para as três até perceber que era a Raquel no meio entre elas, ele não expressou nenhuma reação mas por dentro estava surtando e não podia acreditar que a mulher que ele fudeu ela tanto que cansou, iria trabalhar de secretária pra ele.

- Licença, onde é o banheiro? - perguntou Raquel que estava quase vomitando.


- Naquela porta. - respondeu Ágata apontando para o lugar.


 Ela saiu correndo pro banheiro e ninguém entendeu nada apenas ficaram se olhando estranho enquanto ela vomitava todo o donuts que tinha comido pela manhã, Raquel estava se sentindo tonta e fraca.


- Eu vou atrás dela ver o que aconteceu. - falou Mônica.

Os dois asentiram, então ela foi, bateu na porta e começou a perguntar se estava tudo bem mas ninguém respondia, então ela abriu a porta que não estava fechada por surpresa dela.

 Mônica viu Raquel jogada no chão vomitando no vaso do banheiro, ela estava toda pálida, a mulher pensou que definitivamente ela não estava bem, então ela saiu do banheiro e avisou eles que ela estava pensando mal.


- Alguém tem que levar ela para o hospital, ela tá pálida vomitando, acho que ela precisa de soro pra ajudar a ficar forte. - sugeriu Mônica preocupada com Raquel.

Ágata e Sérgio se olharam pensando no que podiam fazer diante dessa situação, até que o homem tomou uma atitude.


- Eu a levo ao hospital, não tenho clientes até o final da manhã sem problemas. - Ágata assentiu com a cabeça e Monica voltou ao banheiro.


   Quando ela voltou viu Raquel desmaiada no chão, a mulher ficou desesperada quando viu a cena então ela gritou, eles ouviram os gritos da loira no banheiro e foram correndo ver o que tinha acontecido viram Raquel desmaiada no chão e então Sérgio pegou ela no colo pra leva-la ao hospital ainda inconsciente, ele chamou o elevador pra descer ao térreo onde estava seu carro, o elevador abriu então ele desceu com a mulher que tinha transado na noite passada em seu colo a levando ao hospital que loucura ele pensou pra si mesmo. Ele a colocou delicadamente deitada no banco de trás e entrou no carro e dirigiu diretamente para o hospital, estacionou o carro e pegou ela novamente no colo entrando na recepção e pedindo ajuda no mesmo momento vieram enfermeiras com uma maca para levá-la.

- Qual é o nome dela, pra eu poder anotar no sistema.  - perguntou a recepcionista.


- Raquel, eu não sei o sobrenome dela.


- Tudo bem o primeiro nome já é o suficiente, achei que fosse sua mulher. - Confessou a mulher. - ele arrumou seus óculos timidamente e foi se sentar.

Sérgio fico lá sentando esperando notícias, ele não conseguiria apenas abandona-la no hospital sem saber se ela estava bem ou precisava de alguém ao seu lado, se fosse preciso essa pessoa era ele, e era ele mesmo que ficou lá.

  Derrepente seu celular começou a tocar era Ágata, devia estar preocupada com o que aconteceu.


- Oi - Falou ao atender o celular.


- Sérgio o que aconteceu, ela está bem?


- Ainda não tenho notícias dela, as enfermeiras levaram em uma maca.


- Devem estar fazendo exames qualquer novidade me liga, Monica está preocupada e eu também.

Ele não sabia quem era Mônica mas imaginou que seria a mulher loira de cabelos cacheados que seria a outra secretária mas não dele de algum outro advogado.


- Ok. - desligou a chamada.


[...]


  Quase se passou uma hora e ele queria notícias dela mas nenhum sinal, então ele se levantou e foi conversar com a recepcionista.

- O-oi como está a Raquel?


- Ela está em um quarto, você quer visita-la?


- Sim!


- Ela está no quarto quinhentos e cinco.


- Obrigado. 

E saiu procurar esse quarto, não demorou muito pra achar e entrou abriu a porta lentamente e a fechou após entrar viu a loira deitada na maca com soro nas veias, ela estava dormindo, Sérgio não pensava em deixa-la, ele ficaria ali até Raquel estar bem. Ele sentou em uma poltrona ao lado dela e esperou ela acordar.


  

Raquel ouviu o barulho de alguém ao seu lado e então abriu os olhos e viu Sérgio, sorriu ao ver ela acordada, a mulher estava sem entender nada do estava acontecendo.

- Perai deixa eu entender, ontem a gente transou, hoje eu começei a trabalhar pra você e agora está no hospital aqui comigo. 

- Na verdade fui eu que te trouxe aqui. - começou a rir da cara da Raquel.


- Meu Deus do céu que tipo de pessoa transa com um cara e no dia seguinte descobre que tá trabalhando pra ele, e te leva ao hospital, isso parece um filme.


- Sim, aí depois a gente se apaixona e termina em brigas e discussões. - Falou Sérgio, ambos riram.


- Mas sério, por que me trouxe?



- Porque talvez você estava passando mal?? - respondeu ele sendo óbvio.


- Eu tô dizendo tipo por que você? Por que não outra pessoa? ou por que eu não podia ir eu mesma com o meu carro.

Ele pensou consigo mesmo que não via que ela se importava tanto com quem simplesmente trouxe-a para o hospital mas para ela significava. Claro que qualquer pessoa podia ter levado ela mas não, foi ele, foi ele que se ofereceu pra levar e ficar esperando por notícias e visitar o seu quarto mas ele podia simplesmente ter largado ela e ir embora daí.


 Derrepente a porta do quarto abriu rapidamente, era a Sofia, arrependida do que disse na noite passada e desesperada pela saúde da sua mãe, se Raquel tivesse morrido a menina se culparia de suas palavras pro resto da vida. Sérgio olhou a menina e não entendeu nada, muito menos Sofia que se perguntava quem era aquele homem. 

- Acho melhor eu ir embora, melhoras Raquel.


- Obrigada.

  

Ele saiu e fechou a porta e ficaram só elas no quarto, a menina nem sabia como começar a pedir desculpas, ela simplesmente deitou na maca no deito da mãe e começou a chorar. Raquel passava as mãos no cabelo da filha, elas não disseram uma palavra pra outra um silêncio habitava o quarto só dando pra ouvir o choro da menina e finalmente ela respondeu falar.


- Mãe por favor me desculpa do que eu te falei, eu não devia ter falado aquilo eu nem pensei no que disse e hoje me ligaram do hospital pra falar que você estava aqui eu vim assim que pude com medo do pior, se acontecesse qualquer coisa eu iria me arrepender tanto.

- Eu nem sei o que te disse só sei que as suas palavras me machucarem tanto, falou sem pensar eu sei mas isso não se faz com ninguém principalmente comigo, eu sou sua mãe posso não ser de sangue mas ainda sou sua mãe.


- Quer saber eu não tô nem aí pra minha outra mãe se ela ainda exista ou sei lá, ela nunca vai se melhor que você.

Raquel ficou feliz que Sofia tinha se arrependido de tudo que disse ontem, por que ela nunca tinha ficado triste daquele jeito, e entendeu que a menina não queira mais saber da mãe biológica. As duas se abraçaram como se fosse o último abraço delas.


- Afinal quem era aquela homem que estava com você?


  

A mulher preferia não ter que responder aquela pergunta, mas não ia falar pra filha que enquanto ela dormia na casa da amiga a mãe dela foi para um bar beber e depois levar um homem pra casa e transar com ele.


- É o meu novo chefe, eu passei mal no trabalho aí ele me trouxe só isso. - mentiu.


- hum!


[...]

Passou- se três horas e liberaram Raquel pra ir embora mas ela acabou lembrando que deixou o carro no trabalho e veio com o Sérgio.


- Sofia, faz um favor? Busca o carro que eu deixei no trabalho, pra podemos ir embora.


- Você foi trabalhar com meu carro novo, não perde tempo né. - Ambas riram.


- Eu só queria fazer um teste drive.


- Tá bom mãe eu busco o carro, mas não é muito longe ir caminhando?


- Até que não, na verdade eu não sei porque quando o Sérgio me levou eu tinha desmaiado. - Sofia revirou os olhos.

- Tá eu vou lá. - Raquel tirou a chave da bolsa e a entregou.


   Um tempo depois Sofia voltou pegar a mãe e foram pra casa, elas ainda não tinham almoçado e Raquel precisava comer alguma coisa leve pra não passar mal de novo, então a morena vez uma sopa de legumes para elas comerem. A menina ligou pra avisar sua chefe que não iria trabalhar pois sua mãe ficou doente e tinha que cuida-la.
    

Depois de almoçar foram no sofá da sala com as cobertas e travesseiros, assistir esposa de mentirinha e diário de uma paixão os filmes favoritos delas. Ficaram assim vendo filmes o dia inteiro, rindo e chorando. A briga delas só foi uma briga, elas continuam as mesmas, mas Sofia ainda queria saber quem é sua mãe biológica, mas não ia procurar a mãe um tempo depois dessa briga não ia desistir até a encontrar.