(...)
Dandan (obs: nome da mulher que toma conta de Luffy e dos outros): ACORDEM SEUS MALDITOS!
Berra a mulher gorda pela porta da entrada.
Sabo *abre os olhos*: Hm...?... - ainda com os olhos semicerrados - Ace... Luffy...
Luffy *meio a sonhar*: Sabo... Mechi... eu... quero MECHI!
Sabo *levanta-se, boceja e repara que Ace não está no quarto*: Luffy! Luffy! - dá um soco na cabeça de Luffy* - O Ace?
Luffy *acorda a coçar a cabeça*: hã?... O Ace?... - olha em volta - Ele não está aqui...
Sabo: Para onde será que ele foi?
Luffy: Não sei...
Sabo: E a Mizaki?
Luffy: Ela foi para casa dela. Disse que voltava aqui hoje, para pagar pelo jantar de ontem.
Sabo *vestindo a camisola e colocando o chapéu na cabeça*: Sério? Não pensei que ela viria.
Luffy *sorriu*: Eu disse-vos! Mas o Ace nunca ouve ninguém...
Sabo *saindo do quarto*: Ele já deve ter ido caçar! Anda vamos!
Luffy *pegando no chapéu de palha à pressa e tropeçando no meio do chão*: Sabo! Esperaaaa :’(!!
Entretanto, Ace caminhava com o seu habitual cano de ferro e andava pela floresta verde de Fuschia. Estava uma manhã de típica de Verão. Uma leve brisa quente passava pelos seus cabelos e esbatia levemente no seu rosto. A brisa, arrastava tenuemente as folhas verdes das árvores altas. Apenas se ouvia o sacudir das folhinhas e os pássaros a chilrear.
Ace *olhando para o céu, porém este nem se via, estava escondido atrás das copas verdejantes*: Ehh... Mas que dia bonito... Perfeito para caçar! - riu.
Caminhou por uns instantes afastando-se do interior da floresta, alcançando uma pequena clareira com um riacho. Mas, antes de lá chegar, escondeu-se atrás de um arbusto.
Ace *sorriu maliciosamente*: O meu próximo alvo, ali relaxadinho!
Perto do rio, estava uma enorme criatura a dormir. Era um tigre da floresta, a fera mais temida daquele arvoredo. Ronronava profundamente, enquanto deixava que o seu pelo laranja listrado brilhar com os primeiros raios de sol.
Ace *apertou a sua arma*: É agora!
Saltou por entre os arbustos ruidosamente, despertando a fera que acordava furiosa por alguém ter interrompido o seu sono.
Ace: Vais ser o meu almoço! - troçava, enquanto dava um pulo no ar, ficando ao nível dos olhos felinos da besta.
Ace ia ataca-lo na cabeça, porém é surpreendido pela velocidade da pata do mesmo.
Ace *surpreso*: Mas.. o que..? - e acabou por levar com a pata bem no braço esquerdo.
Caiu de costas no chão, dando gemidos de dor e amarrando o braço ferido.
Ace: N-Não te vais livrar de mim assim!
A fera rosnou agressivamente em sinal de desagrado.
Ace levantou-se cambaleando e ergueu o seu cano de ferro pronto a atacar. Insistente, saltou novamente ao mesmo nível dos seus olhos, esquivando-se, desta vez, de uma patada da enorme besta. Tentou alcançar o seu focinho, mas foi novamente atirado para longe, devido a outra patada, desta vez na cara.
Ace *limpando o sangue da sua boca com o braço*: Nem penses que vou desistir assim!
Tentou mais uma vez, mas a tentativa foi falhada. O enorme tigre começava a ficar cada vez mais chateado por ver que aquilo não tinha fim. Ace não desistia, acabando por levar sempre com patadas do enorme animal, e caindo brutamente no chão de pedra. O rapaz estava bastante ferido, principalmente o seu braço, pela qual, escorria sangue vivo.
A besta rosnou farta daquele cenário. Ace saltou mais uma vez, porém desta vez foi preso pela enorme pata do animal e ficou preso no chão, sem se conseguir mover. Ace suava, surpreso com tal situação. O seu coração acelerou, porque a besta ameaçava amassa-lo com a outra pata.
Ace: Ei-... Ei!! Espera!! Eu...EU...VOU-TE MATAR!!
Após proferir estas palavras fatais, o colossal animal, ergueu a pata e lançou-a a uma enorme velocidade até o rapaz preso no chão.
Ace fechou os olhos, sem ter mais nada que fazer, à espera que aquela pancada o atingisse, mas não sentiu nada. O peso que o mantinha preso no chão, começava a aliviar-se e a sair de cima dele.
Ace: “ele não me acertou?” – pensou confuso.
Uma voz ouviu-se a chamar pelo seu nome.
Ace: “Alguém me está a chamar…?”
Abriu os olhos. O enorme animal estava desmaiado no chão e a correr na sua direção estava a mesma rapariga de ontem. O seu rosto estava preocupado e aflito.
Mizaki: Ace! Ace! Estás bem?
Ace sentou-se com alguma dificuldade, devido aos seus ferimentos.
Ace *resmungou*: Eu esto bem!
Mizaki aproxima-se dele e vê as suas feridas.
Mizaki: Tu não estás nada bem! Olha para essas feridas!
Mizaki tentou ver como estava o seu braço, mas este puxou-o para trás.
Ace: Eu já disse! Estou muito bem!
Ia a tentar levantar-se, mas tombou para o lado. Sorte que Mizaki aparou-lhe a queda amarando-o. Este encolheu-se sentindo todas as suas feridas a doerem-lhe.
Ace: Ai…
Mizaki *preocupada*: Tu não estás bem. Deixa-me cuidar de ti.
Ace *olhou-a desconfiado*: …
Mizaki: Sei que não confias em mim, mas este não é um momento para isso. Senta-te aqui. Eu vou procurar umas ervas e vais te sentir melhor.
Ace sentou-se e desviou o olhar.
Mizaki *riu*: Teimoso hein… Bem, não penses em andar, senão vais pior. – Começou a correr em direção à floresta – Eu já volto!
Ace ficou ali sentado durante alguns minutos. Observava a água que corria no pequeno ribeiro. Era cristalina e dava para ver pequenos peixes coloridos a nadarem. O sol já iluminava agora toda a clareira, aquecendo-a com os seus raios luminosos.
Ace *fitava os arbustos por onde Mizaki desaparecera, ouvindo o suave som da correnteza do rio*: “Ela não parecia ter segundas intenções…”
Depois de algum tempo, um pequeno ruído se ouviu dos arbustos e por entre eles surgiu Mizaki. Trazia consigo algumas ligaduras e várias ervas nas suas mãos.
Mizaki *sorridente*: Já cheguei! Demorei um bocadinho, mas trouxe tudo.
Ace: …
Aproximou-se dele verificando todas as suas feridas.
Mizaki *colocando uma ligadura no braço esquerdo*: Não deverias ter lutado com ele sozinho.
Ace *resmungou*: Eu conseguia derrota-lo…
Mizaki *resmungou*: Vê-se! Se não fosse eu, tu estavas a esta hora deitado no chão sozinho e sabe-se lá o que ele te faria!!
Ace *envergonhado, por saber que ela tinha razão*: … Isso…
Mizaki *riu*: Vês como tenho razão!
Ace *desviou o olhar embaraçado*: Tsc...
Houve um período de silêncio. Ace permanecia quieto enquanto Mizaki lhe colocava ligaduras nas zonas feridas.
Ace *seriamente*: Porque me estás a ajudar?
Mizaki *olhou-o confusa*: Porque não haveria?
Ace: Tu sabes que não confio em ti e mesmo assim ajudas-me.
Mizaki riu daquilo que o rapaz de cabelos negros disse.
Ace *irritado*: Porque te estás a rir!?
Mizaki *colocando um penso na bochecha de Ace*: Fica quieto - disse ainda a rir - Assim não consigo ajudar-te.
Ace *finalmente parou de se mover e virou a cara, para que Mizaki pudesse colocar o penso*: Ainda não respondeste à pergunta...
Mizaki *acabou de colocar o penso e sentou-se à sua frente suspirando*: Por muito que não confies numa pessoa, tenho a certeza, que se fosse ao contrário também me ajudarias.
Ace *desconfiado*: E como tens tanta a certeza?
Mizaki *riu*: Os teus olhos não são maldosos. Tens um coração amável. Nunca te atreverias a magoar alguém inocente, Ace.
Ace olhou-a espantado. Nunca ninguém lhe havia dito tal coisa. Nunca ninguém lhe tinha dito que o seu coração era bom. Nunca ninguém... lhe havia dito...que ele tinha um coração amável. As bochechas coraram como nunca. Ali à sua frente, estava a única pessoa, que tinha visto verdadeiramente o seu coração.
Mizaki levantou-se, rindo da expressão de Ace, que continuava sentado e extremamente corado. Virou-se e começou a arrumar as ligas dentro de uma pequena mochila.
Passou uns breves minutos, quando Ace fala:
Ace: Mizaki...
Mizaki *virando-se para Ace*: O que se...? O...O que é isto?
Bem na sua frente, estava a imagem que ela pensava ser impossível ver. Ace sustinha uma flor na sua direcção. Tinha pétalas de uma cor laranja ardente e muito delicadas.
Mizaki *surpresa*: O... O... que estás a fazer? Uma flor?
Ace *corado e desviando o olhar*: É-é uma flor do monte. É...É para ti. Por me teres ajudado...
Mizaki *sorriu-lhe e pegou na flor, cheirando-a*: Obrigada Ace! - chegou a sua cara perto da de Ace.
Ace *atrapalhado*: O-O que estas a-a fazer?
Mizaki deu-lhe um beijo na sua bochecha. Ace virou-se rapidamente para o rio, muito embaraçado.
Mizaki ria.
Mizaki: O que foi? Este foi o meu agradecimento - riu.
Ace *com as mãos na cara*: N-Não precisavas de agradecer!
Mizaki *colocou-se em frente a Ace*: Hm... Um sorriso também ajudava ao agradecimento...
Ace: U-um sorriso ?!
Mizaki *sorriu*: Sim. Isso mesmo.
Ace *suspirou e depois disse sorrindo levemente*: Tens umas ideias muito estranhas...
E ambos riram das suas figuras.
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