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História One-Shot - Existências Contrárias - Capítulo Único - Opostos


Escrita por: AhoMine-Kun e Mohara-kun

Notas do Autor


Olá :D
Bem, escrevi uma pequena reflexão da minha vida junto com outro usuário e... Obrigada por lerem! :*

Capítulo 1 - Capítulo Único - Opostos


Fanfic / Fanfiction One-Shot - Existências Contrárias - Capítulo Único - Opostos


         Além das fronteiras existe um oceano infindável, repleto de criaturas ainda desconhecidas pelos seres humanos e águas inexploradas, ondas que banham as praias, quentes pelos raios solares que irradiam do céu.
      Assim como as ondas do infindável e desconhecido oceano, a vida é apenas uma turbulência de dores, aflições e sentimentos que nenhum coração deseja sentir.
       O céu repleto de estrelas e nuvens esbranquiçadas cobre todo tipo de corpo que por estes solos caminha ou descansa, podendo ser ultrapassado apenas por nossos belos sonhos, recheados de esperança.
       Mas nossos sonhos não passam de imagens criadas pelo desespero em nossas mentes, pois, lá no fundo, todos sabemos que eles jamais se concretizarão, serão apenas ideias felizes e esperançosas que jamais teremos o privilégio de vivenciar.
         Além do céu que conhecemos existem milhares de galáxias e astros que jamais teremos o privilégio de sentir ou tocar;
         Pois estamos aprisionados num eterno e inquebrável ciclo que conduz a vida à morte.
         Não há coisa mais linda do que ver uma nova vida florir nos jardins de nossa época, pequena, frágil, e pura.
       Pequena, porém, grandiosa, que um dia crescerá e se tornará grande, porém, pequena. Frágil, que um dia terá força para tomar seus próprios caminhos. Pura... Que, ao crescer, tornar-se-á infeliz e morrerá afogada em pecados.
         Mas, mesmo que presencie a morte, sua alma dourada será imortal...
      ... Condenada a viver eternamente se lembrando de suas aflições sem jamais poder descansar. 
        O descanso dos vivos não é a morte, mas sim, as belezas que podem presenciar enquanto têm seus pulmões repletos de ar.
        E o descanso dos mortos não é a morte em si, mas sim, o alívio que recebem ao findar seus dias de infinita tortura.
       E que beleza há na morte? Não há nada de belo em terminar seus dias repentinamente, perdendo seus sonhos e seu direito de sonhar. 
     E o que há de belo em viver, sendo apenas outra existência insignificante em meio a incontáveis formas de vida, forçado a viver na angústia de dormir às noites e se lembrar que você não passa de um ser humano frágil e solitário?
       A beleza da vida é justamente aprender a conviver com essas dificuldades e crescer até atingir a perfeição.
       Você só atinge a perfeição quando aprende que a morte é apenas um estágio do ciclo da vida. 
      Não há meio de atingir a perfeição, ela é inalcançável... 
      Não há nada mais perfeito que descansar de uma vida sombria...
      Se  pudéssemos atingir a perfeição ainda neste estágio mortal, não teríamos razão para crescer e sonhar.
      Sonhos vazios jamais levarão alguém a atingir algo como a perfeição.
       E uma mente vazia e repleta de dores jamais compreenderá o significado por trás de minhas palavras. Abra sua mente.
       Alguém que jamais enfrentou dificuldades não pode compreender a dor de uma existência solitária. Abra a sua mente.
      O fogo ardendo em seu peito provoca chamas altas e intensas, assim como o ódio nas palavras que diriges a mim. 
       A bondade no teu coração é semelhante às mais tranquilas águas banhando a Terra. Porém, tu não compreendes que, mesmo que dês a mim o maior dos cometas, nada afastará a angústia em meu peito e a vontade que tenho de morrer.
      Minhas águas tranquilas tornar-se-ão tortuosas e violentas se for preciso; pois de tudo farei para manter teus pés pregados no fértil solo da vida. 
       Mesmo que tentes, jamais conseguirás, pois meus pés há muito deslizaram pelos altos barrancos e já não se sustentam mais. E a única forma de findar a escuridão na qual me encontro, é libertar de meu peito a vida tortuosa e sufocante que ainda me resta.
      Mesmo que estejas  perdido em trevas, estarei aqui para salvar-te até o fim. Pois não importa qual a situação, para estar novamente contigo, derrubarei uma estrela, cegarei o sol, darei fala ao mudo, cavalgarei cometas e adentrarei a mais profunda escuridão; trocarei minha vida pela própria morte, apenas para restituir suas frágeis asas quebradas.
       Mesmo que tentes trazer-me de volta, sabes que jamais poderá. Porque, há muito, já respiro sem me mover, penso sem entender, olho sem enxergar, falo sem ouvir, choro sem sentir e saboreio o gosto amargo da derrota. Mesmo que haja vida em mim, sinto-me como se estivesse morto;
      A vida manifesta-se em você sem ser percebida... Ela é curta, e difícil, porém, é nossa única chance de alcançar bênçãos acima da perfeição.
        Pois então siga em frente com sua vida, aproveite-a enquanto ainda a tem, e evite se tornar alguém sem conteúdo e morto por dentro. 
        No fim, sabemos que somos como a água e o fogo, a terra e o ar...
       ... A luz e as trevas, a Lua e o Sol.
         A vida e a morte. 
         Feitos de enigmas, dores e alegrias; somos como o vento frio a interromper as quentes tardes de primavera.
        Feitos de dor e sorrisos, cicatrizes que jamais sumirão, remorsos que nossas consciências jamais apagarão.
        Somos o topo e o piso, vivendo fora de nossas épocas...
        Somos apenas existências contrárias, prevalecendo na morte e sobrevivendo nas trevas.
        Existências contrárias, perdidas em meio a um mundo onde ter muito é querer mais e ter pouco é querer menos.
        Opostos nascidos do ódio de estarmos mortos dentro de uma casca que se move sem emoções;
        Existências únicas que prevalecerão mesmo depois do fim desta Terra.
        Irmãos gêmeos e diferentes que morrerão no último segundo do primeiro dia da nova Era.
        Eu sou o ódio...
              Eu sou o amor.
      Eu sou o frio...
              E eu, o calor.
      Eu sou a destruição...
             Eu nasci da esperança.
      Eu vivo, mas estou morto.
             E eu já morri, mas insisto em viver.
      Eu assombro suas noites...
             Eu existo para alegrar seus dias.
      Eu sou como a punição severa...
              Eu sou a misericórdia.
      Eu me contorço de dor;
              Eu sorrio de alegria...
      Eu te odeio, meu oposto, até o fim dos meus dias.
              E eu para sempre te amarei até que me deem uma nova chance.
     Eu sou a morte presa na vida.
             E eu a vida, aprisionada em morte.
     Mesmo que te odeie...
          ...Mesmo que te ame...
    Jamais poderemos negar...
        ... Jamais poderemos negar...
     Que somos existências contrárias, pertencentes a um mesmo corpo, compartilhando a mesma alma, e vivendo nas sombras de um mundo decaído...
      Meu nome é Dor; e nasci das trevas profundas do mundo mortal. Mesmo que queira estar morto, vocês insistem em me imortalizar.
      Meu nome é Esperança, fui forjado nas nuvens de um paraíso esquecido até mesmo pelos deuses, e queria viver em seus corações, mas estou morto em suas memórias. 
      Somos existências contrárias, somos o bem e o mal...
      Mas eu fui fragilizado e agora estou morto.
      E vocês me mantêm vivo mesmo sabendo que eu deveria morrer.
     Andaremos juntos até o fim, entre lágrimas e sorrisos, assombrando seu passado, presente e futuro, caminhando de mãos dadas até sermos esquecidos.
      Pois mesmo que sejamos Existências Contrárias, fomos feitos para alegrar e entristecer seus sonhos e pesadelos, acompanhar você até o dia de sua morte...

      E, enquanto este dia não chega, chore, se contorça, sofra, perca sua alma, se desespere e fuja, angustiado, correndo para tentar amparar sua agonia e descabelando-se enquanto treme, presenciando a mais profunda e sombria Dor;
       Mas não perca a Esperança, pois a recompensa para alguém que aguenta as trevas da dor é a perfeita imortalidade. 
       Eu te odeio, por isso existo para lhe fazer sofrer.
       Mas não se esqueça que eu te amo, e sempre estarei aqui para elevá-lo em Esperança.
 



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