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História One step alone - Imagine Park Jimin - Hope


Escrita por: TwinArmy

Notas do Autor


Boa noite pessoal!

Segue mais um capitulo!
Espero que gostem e boa leitura!

:*

Capítulo 16 - Hope


Fanfic / Fanfiction One step alone - Imagine Park Jimin - Hope

Taerin On.

 

- Como me encontrou? – Perguntei me afastando da porta.

Mamãe entrou sorrindo. Olhou em volta e depois seus olhos param em mim.

-Não interessa. – Falou. – O que interessa é que você vai comigo agora.

-Não. – Exclamei. – Eu não vou com você.

Mire estava sem reação, parecia assustada ao ver minha mãe ali. E eu a entendia, acredito que a última vez que viu minha mãe não foi um encontro muito agradável. O melhor foi uma das últimas vezes que ouviu sobre o Tae.

- A você vai sim. – Disse chagando mais perto.

- Não, eu já tenho vinte e dois anos, e posso decidir sozinha aonde ir. – Falei indo para trás do sofá.

Mamãe parou onde estava e ficou séria, pude ver raiva em seus olhos.

- Peguem ela. – Falou e saiu andando.

Pegue ela? Olhei para porta e por ela passou dois seguranças e veio em minha direção. Eu não acredito nisso. Sai correndo em direção à escada, mas um deles foi mais rápido e me puxou pela cintura me jogando em suas costas.

-Me solta! – Gritei enquanto balançava as pernas e socava suas costas. – EU NÃO VOU!

Mire pareceu voltar à realidade quando ouviu meu grito e correu até mim.

- Nem ouse mocinha. – Mamãe falou da porta a fazendo parar. – Eu vou cuidar de você depois. – Disse e saiu andando.

- Não, me solte! – Gritei novamente.

Mire estava assustada, não sabia o que fazer. Pude ver ela pegar o celular e levar até a orelha antes do segurança sair comigo em suas costas e fechar a porta.

- A coloque aqui. – Mamãe já estava entrando no carro.

- Mãe. – Exclamei. – Manda ele me por no chão.

Mas ela não disse nada. O segurança me jogou no banco de trás e travou as portas. Tentei abrir desesperadamente, mas foi em vão. O carro deu partida e saiu.

- Eu vou fugir de novo. – Falei para ela. – Eu vou continuar fugindo de você.

Eu não pude ver sua expressão, pois estava no banco da frente.

- Não vai não. – Foi tudo o que disse.

Me encostei no banco. Eu vou fugir sempre.

Jimin.

Meu coração apertou, ele está a caminho da casa da Mire para me pegar. O que ela vai dizer a ele? Eu não quero que fique preocupado. E muito menos que mamãe saiba dele. Depois de alguns minutos chegamos em casa, o segurança desceu do carro e veio me pegar. Sai do carro e ele manteve sua mão firme em meu braço.

- Não a solte de maneira nenhuma. – Minha mãe falou chegando ao nosso lado. – Vamos.

Suspirei e deixei que aquele segurança me puxasse. Assim que entramos meu pai estava no meio da sala, quando me viu veio em minha direção em passos firmes. Quando chegou perto o suficiente levantou a mão. Ele vai bater em mim? Fechei os olhos e me encolhi. Mas nada aconteceu. Abri meus olhos e ele ainda estava ali com o braço levantado, mas não teve coragem de seguir em frente. Suspirou e abaixou sua mão.

-Pai...

- Taerin. – Falou. – Eu não acredito nisso. – Começou andar de um lado para o outro.

-Pai... – O chamei novamente. – Eu não vou me casar.

Ele parou e ficou olhando para mim, eu não sabia se ele estava nervoso ou decepcionado. Eu estava ficando desesperada. Do mesmo jeito que mamãe me encontrou fácil, ela pode achar o Jimin.

- Você não tem escolha Taerin. – Minha mãe disse ao meu lado me chamando a atenção.

-Tenho sim. – Falei. – Eu não irei me casar. – Gritei e sai correndo em direção à escada.

- Vocês dois fiquem de guarda na porta do quarto dela. – Ouvi meu pai falar.

Assim que cheguei ao corredor abri a porta do quarto do Tae, mas ele não estava. Droga TaeHyung, onde você está uma hora dessas?  Ouvi os passos dos seguranças e corri para o meu. O que eu vou fazer agora? Eu não posso viver desse jeito!

 E cá estou eu, de novo presa nesse quarto.

 

Taehyung On.

 

Mire havia me ligado e dito que mamãe achou Taerin, eu estava muito desesperado. Estava pisando naquele acelerador que nem louco. Mas como? Como? Como ela soube onde Taerin estava? E como soube exatamente o endereço dela?

Entrei no condômino correndo, todos ali sabiam que era eu quando um carro passava em alta velocidade. Passei na frente da casa da Yunna e a vi sentada nos degraus. Pisei no freio cantando pneu, ela levantou a cabeça assustada com o barulho.

- Tae. – Veio correndo até o carro.

- Yunna. – Falei. – Minha mãe achou a Taerin. E já levou ela para casa. – Falei passando a mão no cabelo.

Yunna pressionou os lábios e olhou para os lados.

-Tae...

- Eu preciso ir lá urgente, com certeza já a prenderam no quarto novamente. – Falei ligando o carro.

- Tae. – Falou colocando a mão no meu braço. – Podemos conversar? – Perguntou.

Olhei para ela, estava com uma expressão um pouco triste ou desesperada, eu não estava entendendo. Ela me ligou ontem à noite querendo me ver, será que aconteceu alguma coisa?

- O que foi Yunna? – Perguntei. – Parece triste.

- Desce um pouquinho. – Falou e se afastou do carro.

Eu estava louco para ir para casa e ficar com minha irmã, mas alguma coisa estava acontecendo com ela. Suspirei.

- Tudo bem. – Falei descendo do carro e me encostando nele.

Ela juntou suas mãos em frente ao corpo. Estava com uma saia preta e uma blusa de frio rosa e não usava salto, estava de pantufas nos pés.

-O que foi? – Perguntei colocando as mãos nos bolsos.

Ela levantou a cabeça e me encarou. Não como das outras vezes, estava me olhando intensamente como se estivesse transbordando algum sentimento pelo olhar.

- Tae... Eu... – deu um passo em minha direção.

Precisei olhar para baixo quando se aproximou. Ela suspirou e levou uma das suas mãos em meu peito. O que estava acontecendo? Eu não tirei sua mão dali, mas continuei com as minhas no bolso.

- Fale Yunna. – Falei.

Foi bem rápido, ela se aproximou rapidamente e selou os meus lábios. Eu fiquei extremamente sem reação. Na hora me veio à sensação dos lábios da Mire na cabeça. Yunna era uma boa pessoa, e acredito que estava se apaixonando por mim. Eu não a empurrei e também não correspondi, apenas fiquei parado. Ela se afastou e olhou em meus olhos. Eu a encarei de volta.

-Por que fez isso? –Perguntei.

Ela abaixou a cabeça e juntou novamente suas mãos e frente ao corpo.

- Você não sabe? – Perguntou.

- Está apaixonada por mim Yunna? – Perguntei logo em seguida.

Ela arregalou seus olhos minimamente e desviou o olhar. O que iria fazer? Só com essa expressão ela me respondeu. Eu tenho certeza que se eu não tivesse Mire no coração eu teria me apaixonado por ela também, ou se ela tivesse feito isso antes mesmo de eu beijar Mire. Isso com certeza me deixaria confuso. Mas depois de ontem nunca me senti tão seguro em relação ao que sinto.

- Eu preciso ver minha irmã Yunna. – Falei entrando no carro.

Ela virou e saiu correndo. Fechei os olhos e coloquei a cabeça no volante. Eu estava gostando de tê-la por perto, sempre ter uma pessoa com quem contar além do Hobi era incrível. Mas agora eu precisaria me afastar um pouco, isso parece estar chateando ela. Liguei o carro e sai dali.

Assim que cheguei abri a porta rapidamente, meu pai e minha mãe estavam no meio da sala. Assim que me viram, mamãe veio em minha direção.

- Eu não acredito TaeHyung. – Falou. – Eu não acredito que voltou a se encontrar com aquela garota.

Garota? Ela estava falando da Mire. Meu coração congelou e senti meu sangue ferver.

- Mãe, se tentar fazer alguma coisa com ela novamente, você não vai ter que lidar só com a Rin, vai ter que lidar comigo também.

- Garota? – Meu pai perguntou chegando perto de nós.

- Isso mesmo querido, não é só nossa filha que está apaixonada por um ninguém. Seu filho também está apaixonado por uma mera garçonete. – Falou cruzando os braços.

Suspirei e fechei os olhos. Eu não acredito nisso. Ninguém? Jimin administra uma oficina inteira, é formado em engenharia mecânica. Cuidou do seu irmão depois que sua mãe morreu, um ‘ninguém’ ele está longe de ser. Se status e dinheiro são as únicas coisas que significam pra ela, então ela é um ‘ninguém’.

- TaeHyung. – Meu pai me chamou. – Sabe que não temos esse privilégio. – Falou calmamente.

- Privilégio? – Perguntei.

- Exatamente. – Respondeu. – Não escolhemos a pessoa certa filho.

Mamãe olhou para ele com uma expressão na qual eu não sabia como descrever e foi ai que veio em minha mente.

- Você não escolheu a mamãe? – Perguntei.

Meu pai parou e olhou para os lados.

- Cala a boca TaeHyung. – Minha mãe gritou ao meu lado me assustando. – Eu vou arranjar um casamento para você também.

Olhei para ela. O que?

- Está brincando comigo né? – Ri soprado.

- Ela esta certa TaeHyung. – Meu pai falou. - Eu gosto muito da filha do Ministro, como é o nome dela?

- Kang Yunna. – Minha mãe falou.

Yunna. Meu coração travou. Eu não iria ficar mais um segundo ali ouvindo os dois decidirem a minha vida. Virei e sai andando.

- TaeHyung. – Ouvi minha mãe me chamar.

- Posso pelo menos ver minha irmã? – Perguntei.

-Deixe seu celular com o segurança ai pode. – Meu pai respondeu saindo da sala.

Eu estava enlouquecendo, como eu queria sumir daquele lugar com a Rin para os dois nunca mais nos achar. Virei e subi a escada, cheguei ao corredor e vi dois seguranças na porta do quarto dela. Assim que me viram um deles esticou o braço para que eu entregasse meu celular. Suspirei e entreguei. Abriram a porta para mim e entrei.

Rin estava deitada na cama, assim que ouviu o barulho da porta fechando levantou rapidamente. Assim que me viu correu até mim jogando seus braços para me abraçar.

- Tae. – Falou com uma voz de choro.

Apertei ela e fechei os olhos.

- Rin, esses dois são loucos não é possível. – Falei me separando dela gentilmente.

- Tae, você tem que avisar o Jimin. – Falou um pouco desesperada.

- Tabom. – Passei a mão no cabelo dela. – Eu vou avisar ele.

- E a Mire Tae, você tem que manter ela longe da mamãe. – Falou.

Eu não posso permitir que minha mãe se aproxime dela novamente.

-Tira era de lá Tae. Pode ser difícil pra ela, mas ela te ama e irá concordar em se mudar! – Rin falou enquanto sentava na cama.

Mire mora naquela casa desde que me lembro. Seus pais se mudaram quando atingiu a maior idade e ela ficou com a casa. Só de pensar em pedir para ela se mudar fico extremamente incomodado, não suporto a ideia de ela sair de um lugar tão querido por minha culpa.

-Eles irão sofrer por nossa culpa não é mesmo? – Ela perguntou de repente.

Sentei-me ao lado dela.

-Quem?

-Mire... E o Jimin também. – Rin puxou suas pernas e as abraçou. Deitou sua cabeça nos braços. – Podemos ser egoístas Tae?

Suspirei. Nem eu sei essa resposta. Podemos?

-Eu o conheço bem Tae. – Sorriu. – Eu vi pela sua expressão quando mandei você pedir á Mire para sair de lá, sua expressão me mostrou o quanto aquele lugar é importante pra ela e você sabe disso.

Abaixei a cabeça. Rin tinha toda razão, eu não suportaria pedir isso pra ela.

-A Yunna me beijou. – Falei.

Taerin sentou ereta rapidamente e me encarou surpresa.

-Como assim? – Perguntou. – Está acontecendo alguma coisa entre vocês?

-No começo pensei estar sentindo alguma coisa. Quando ela me beijou na bochecha me senti estranho, às vezes eu precisava desviar o meu olhar do dela. Mas depois que beijei Mire tudo clareou, percebi que estava atraído somente pelo jeito extrovertido dela, o humor que por incrível que pareça é idêntico ao meu. – Suspirei novamente. – Percebi que não importa quantas vezes eu ficasse com Yunna e me sentisse assim, quando Mire aparece na minha frente tudo clareia. Vivemos em um mundo onde jovens como nós Rin não podem fazer nada, e Yunna não é assim, isso me encantou! Mas eu não acho que seja paixão.

-Achou estar apaixonado pelas duas ao mesmo tempo? – Perguntou.

-É... Mais ou menos isso. – Passei minha mão no cabelo.

-As duas são boas garotas...

-Rin! Não! - A cortei. – Não me confunda. Sou apaixonado por Mire.

Ela sorriu e pegou em minha mão.

-Eu te amo Tae! Ficarei ao seu lado, independente de quem escolher.

-Você não está ajudando. – Falei a fazendo rir novamente.

-Somente um é dono do nosso coração irmão. – Olhou para baixo sem soltar a minha mão. – Eu sei que seu coração não o enganará!

-Obrigado Rin. – Sorri.

Fiquei ali sentado ao lado dela por alguns minutos. Não dissemos nada, não sabíamos o que iria acontecer, não sabíamos o que fazer. Não sabíamos nada. Parecia que tudo estava sobre o controle de nossa mãe e isso estava nos matando. Temos pessoas que ela pode ameaçar e nos controlar para sempre.

-Rin... – Depois de um tempo a chamei.

-Hum. – Ela enrolava um fio que se soltava do seu cobertor nos dedos.

-Acha que eles ficariam melhores sem nós? – Perguntei.

Ela levantou a cabeça e me olhou surpresa com a pergunta.

-Conseguiria ficar sem ver a Mire Tae? Porque eu não me imagino viver sem ver ou tocar em Jimin. – Respondeu desesperada.

Fechei minhas mãos em cima da perna.

-Não temos esse privilégio.

-Privilegio? Do que está falando? – Continuou perguntando.

-Papai disse que não temos o privilegio de escolher com quem queremos passar o resto de nossas vidas.

-Não! Eu não vou desistir dele! – Falou ficando em pé. – E o irmão que eu tenho e conheço não desistiria tão fácil da Mire!

Fechei os olhos e suspirei. Levantei.

-Acha que está sendo fácil pra mim Rin? Acha? – Perguntei um pouco alterado.

-Acho! Todos têm privilégios! Todos tem o direito de escolher com quem será feliz! – Seus olhos já estavam cheios de lágrimas.

-Acha que vamos ter escolha? – Perguntei abrindo os braços.

-Mire o ama TaeHyung! Aquela casa não é nada pra ela perto do que ela sente por você!

-E a oficina do Jimin Taerin?! – Isso a fez paralisar.

Ela arregalou os olhos.

-O que tem a oficina dele? – Perguntou, mas parecia não querer saber a resposta.

-Jimin da sangue, suor e lágrimas por ela! Suportaria mamãe fazer algo para tirá-la dele? – Perguntei.

Vi sua mão subir em câmera lenta até seu peito. Eu sei o quanto aquilo doeu, mas se ela o ama como diz que ama precisa olhar por todos os ângulos se quiser ficar com ele.

-Ela não faria isso... – Olhou para baixo.

-É da nossa mãe que estamos falando. – Sentei novamente na cama.

-Tae! – Ela veio até mim e se ajoelhou em minha frente. – Não podemos perder a esperança.

Eu não sabia o que dizer á ela. Eu não sabia o que fazer o que é irônico, eu sempre sei o que fazer. Mas isso quando Mire não estava novamente em minha vida. Eu queria poder dizer a ela para lutar por Jimin e usar todas as suas forças contra nossos pais, mas eu não conseguiria. O sofrimento dele se tornará o seu, e quando ela o ver sofrer por algo que a mamãe fez isso a destruirá e será tarde demais para voltar atrás.

-Quer se afastar da Mire Tae? – Perguntou ficando em pé novamente.

-Eu não sei o que te dizer Rin. – Apoiei a cabeça nas mãos.

-Sabe sim Tae! Você sempre sabe o que me dizer! – Rin já chorava muito. – Você está livre. Se eu pudesse sair desse quarto e correr até o Jimin eu faria isso nesse exato momento! Então pega a droga do seu carro e vai até ela! Diga o quanto a ama e se ela não aceitar sair de lá você pelo menos tentou! Você precisa confiar que o amor que ela sente por você supera tudo isso!

A olhei surpreso. Nunca vi Rin falar desse jeito ou pronunciar alguma palavra como ‘droga’, ela estava totalmente irritada. Ela tinha razão, eu estava aqui falando tudo pra ela e eu tenho como sair daqui, eu sou um grande idiota. Rin está presa nesse quarto não podendo fazer nada, mesmo sem ter o que fazer ela estava disposta a lutar pelo Jimin, e eu perdendo as esperanças.

Levantei rapidamente e a puxei para um abraço.

-Me perdoe! – Passei minha mão em sua cabeça.

Rin chorava como uma criança.

-Você é a minha esperança Tae. Se você perdê-la o que será de mim? – Perguntou entre os soluços.

-Não irei! Não se preocupe. Vamos fazer isso junto!

Será que um dia conseguiremos sair dessa bolha e viver livremente?

 

Jimin On.

 

-Como assim saiu com o Tae? – Perguntei.

-I-isso. – A amiga deles dizia. – Ele pa-passou aqui e teve que leva-la a um lu-lugar.

Ou ela é muito tímida ou está nervosa com alguma coisa. Taerin teria me avisado caso precisasse sair. Talvez tenha sido muito urgente.

-Tudo bem. – Sorri. – Muito obrigado... É... – Estiquei a mão em sua direção.

-Mire. – Sorriu e pegou minha mão.

-Muito obrigado Mire. Poderia pedir pra ela ligar pra mim quando chegar?

-Claro.

Fiz uma leve reverência e sai.

Aquilo me deixou um pouco preocupado, mas ela estando com TaeHyung me deixa mais aliviado. Tae é esperto e sabe o que fazer. Entrei no carro e voltei para a oficina, assim que cheguei perto dela vi Kook na esquina carregando umas caixas. Estacionei o carro em frente à oficina e desci.

-Quer ajuda? – Corri em sua direção.

-Pega a de cima. – Respondeu dobrando um pouco seu joelho para eu alcançar. – Não ia sair com a Taerin? – Perguntou.

-Ia... – Respondi pegando a caixa. – Mas ela precisou sair com o Tae.

-Entendi.

Quando fui entrar no portão alguém trombou em mim com muita força. Fui jogado pra trás, a caixa tampava minha visão então não vi ninguém vindo. Cai no chão junto com as peças que estavas dentro da caixa, olhei assustado para quem trombara em mim. Hobi estava caído do outro lado.

-Jimin! – Levantou rapidamente. – Me desculpa!

Começou a me ajudar pegar as peças, estava um pouco transtornado. Kook colocou suas caixas no chão e começou a ajudar.

-Hobi! Tudo bem? – Perguntei olhando em seu rosto.

Ele levantou o olhar em minha direção.

-S-sim! – Sorriu fracamente.

-Porque estava correndo desse jeito? – Kook perguntou colocando a última peça na caixa.

-Por nada. – Abaixou a cabeça. – Preciso ir.

Ele saiu correndo. Olhei para JungKook que estava franzindo as sobrancelhas.

-O que deu nele? – Perguntou.

-Nem todos são alegres todos os dias. – Respondi pegando novamente a caixa. – Vamos.

Quando entramos colocamos as coisas em cima de um balcão. Yoongi estava parado ali perto, olhava para um ponto qualquer sem piscar.

-Hyung? – Kook o chamou. Mas esse não fez nada e nem olhou pra gente. – HYUNG!

Isso o trouxe pra realidade. Ele chacoalhou a cabeça.

-Oi...

-O que foi? – Perguntou.

-Na-nada. – Respondeu.

-Porque Hobi saiu daquele jeito? – Perguntei.

-Que jeito? – Ele me respondeu com outra pergunta.

-Sei lá. Estava um pouco transtornado.

-Estava? – Perguntou olhando para o chão.

-Vocês estão estranhos. – Kook disse abrindo uma das caixas que trouxemos.

-Não é nada. – Falou e saiu andando.

Fiquei olhando Yoongi sumir pela porta. Alguma coisa aconteceu isso estava claro. Brigaram talvez? Estavam se dando tão bem, não acho que seja possível um desentendimento entre os dois. Suspirei e comecei a ajudar Kook a descarregar as peças.

-São do Camaro? – Perguntei.

-Algumas. – Falou. – Naquela ali. – Apontou para uma caixa.

Fui até ela e comecei olhar, o quanto antes que arrumássemos o carro daquele babaca menos seriam as chances de aparecer por aqui.

-Pessoal! – Namjoon apareceu.

-Meu Deus Namjoon! – Kook pulou no lugar.

-Nossa, o que foi? – Perguntou.

-Não apareça desse jeito como se caísse do céu. – Meu irmão respondeu colocando sua mão no peito.

Sorri com o gesto.

-O que foi Namjoon? – Perguntei.

-O Jin está aqui. – Respondeu olhando as peças junto com o Kook.

Fechei os olhos e suspirei. Foi só pensar nesse idiota e ele aparece. Fui até a frente da oficina, ele estava parado, olhava o carro do Senhor Yang.

-Já estamos quase fechando. Porque veio aqui esse horário? – Perguntei sem paciência.

-Sou muito ocupado para vir aqui antes. – Respondeu.

Minha vontade era manda-lo embora nos tapas. Só de olhar a cara dele me fervia o sangue.

-Sério? O que fica fazendo, deitado enquanto seus empregados o abanam? – Kook perguntou entrando no recinto.

-Engraçadinho. – Jin falou.

-Fala o que quer Jin! – Disse entrando na frente do meu irmão.

-Meu carro está aqui, o que mais eu iria querer? – Falou encostando-se ao carro do senhor Yang.

-Esse carro está sendo sustentado apenas por um suporte, eu iria adorar vê-lo cair junto com ele. – Kook disse colocando seu braço em meu ombro.

Jin arregalou os olhos e se desencostou desajeitadamente do veiculo. Kook riu com aquilo e eu não aguentei e ri junto.

-Idiotas... – Falou olhando para o carro. – Então não entrariam em baixo dele.

-Não precisamos entrar em baixo dele. – Kook continuou falando.

-Jin, você trouxe seu carro não faz nem dois dias, quando estiver pronto eu te ligo. – Falei.

-Não fizeram nada ainda?

-Suas peças chegaram hoje. – Respondi.

-É isso que dá quando riquinhos mimados quebram carros, principalmente as peças mais raras. – Kook continuava provocando Jin. – É a explicação da demora. – Sorriu debochado.

Eu podia mandar Kook parar, mas eu não queria. Primeiro que Jin estava aqui quase na hora de fechar, segundo eu estava adorando ver meu irmão o provocar desse jeito. Infantil? Muito, mas quem liga?

Jin apenas suspirou.

-Cadê ela Jimin? – Estava demorando.

-Quando o seu carro estiver pronto eu lhe avisarei querido cliente. Agora se nos der licença temos que fechar o estabelecimento. –Falei ignorando totalmente sua pergunta.

Yoongi veio andando, parecia meio perdido.

-Acho que perdi as chaves. – Falou enquanto olhava para os lados.

-Hyung, está na sua mão. – Kook falou apontando.

-Ah... – Olhou pra elas.

Jin ainda continuava ali. Namjoon começou a abaixar a primeira porta, Sanah passou e me entregou os papéis do dia. Ela não me dirigiu uma palavra o dia todo, passou pela porta e foi embora.

-Estamos fechando Jin. – Repeti quando vi que ele não saiu do lugar.

Todos saíram dali inclusive ele, Namjoon abaixou a última porta e Yoongi a trancou.

-Não vai me falar onde ela está? – Jin tornou a perguntar.

Suspirei. Quando fui responder vi o carro do TaeHyung virar a esquina, era idêntico ao do Hobi, mas pela velocidade era o Tae. Ele parou bruscamente. Desceu e veio em nossa direção.

-Jimin! Minha mãe achou a Rin! – Falou de repente.

Aquilo foi como um empurrão no peito, mas como isso foi possível?

-Quer dizer que ela já está em casa? – Jin perguntou sorrindo.

Tae o olhou surpreso, talvez não tenha o visto ali.

-O que ele faz aqui? – Perguntou.

-Ele quebrou um carro pra ter desculpa de vir aqui. – Kook respondeu.

Eles falavam, mas eu não conseguia prestar atenção. Taerin pode estar trancada novamente em seu quarto. Como uma mãe podia ser capaz de fazer isso com a própria filha? Jin começou a andar, Tae e eu levantamos a mão ao mesmo tempo e seguramos a touca de seu moletom impedindo de andar.

-Aonde pensa que vai? – Tae perguntou.

-Irei ver minha noiva! – Respondeu.

-Ela não é sua noiva! – TaeHyung e eu respondemos ao mesmo tempo.

-O que foi isso? Combinaram? – Jin perguntou sorrindo.

-Devemos prendê-lo? – Nanjoon perguntou.

-Não ousam, eu sou o filho do...

-Bla bla bla... – Tae revirou os olhos.

Jin aproveitou uma distração nossa e saiu correndo dali. Idiota.

-Jimin, preciso ver Mire. – Tae virou e me encarou. – Minha mãe vai sair à caça de vocês dois.

-E o que faço Tae? Não posso deixar Taerin sofrer sozinha. – Passei minha mão no cabelo.

Eu não podia abandona-la. Eu não podia deixar Taerin passar por tudo isso sozinha, eu enlouqueço um dia longe dela, se sua mãe nos separar será o fim pra mim.

-Minha mãe vai fazê-la voltar às rotinas normais. Aulas de piano, francês e alemão. Faculdade, só que cercada de seguranças. Precisamos pensar com calma o que fazer. – Ele respondeu.

-Tabom.

O máximo que podíamos fazer é pensar com calma. Qualquer erro e eu a perco para sempre, eu não suportaria isso. Kook se aproximou e colocou sua mão em meu ombro.

 

TaeHyung On.

 

- Vai dar certo cara, Taerin está disposta a tudo para ficar com você. – Falei chegando perto dele colocando a mão em seu ombro como seu irmão fazia.

Ele levantou a cabeça e me encarou. Eu não vou deixa-la sofrer, se a felicidade dela é esse garoto, então nem que eu tenha que enfiar Jimin dentro de um saco eu vou levar a ela. Sorri.

- Qualquer coisa me liga Tae. – Jimin disse.

- Pode deixar. – Bati em seu braço e sai em direção ao carro.

Entrei e logo dei parida pisando fundo, eu queria muito vê-la. Deve estar desespera desde que viu minha mãe levar Taerin a força. Assim que cheguei na frente da sua casa desci do carro correndo e apertei a campainha. Não demorou nem um segundo ela já abriu a porta, quando me viu no portão saiu correndo. Assim que abriu a puxei para um abraço, senti ela contornar meu pescoço com os braços e me apertar. Mesmo com ela em meus braços comecei a caminhar e fechei o portão com uma das mãos e a outra firme em sua cintura.

Mire se afastou minimamente.

- Tae, eu não pude fazer nada. – Falou baixo. – Eu...

Inclinei-me e selei seus lábios. Ela pareceu surpresa no começo, mas logo correspondeu e voltou a colocar seus braços em meu pescoço. Eu estava amando isso. Essa sensação de quando a beijo. Abaixei ainda com meus lábios nos seus e a puxei para cima, a fazendo encavalar em mim. Caminhei em direção à porta, eu estava com medo de ter sido seguido por uns dos seguranças da mamãe. Não queria que vissem Mire de novo.

Entrei e fechei a porta com uma das mãos e a encostei nela fechada. Mire parou o beijo com selar demorado por falta de ar e apoiou sua testa na minha, respirávamos na mesma velocidade.

- Mire... – falei. – Eu não quero perdê-la novamente.

Ela sorriu fracamente e voltou a me beijar. Fechei os olhos e correspondi. Explorávamos a boca um do outro com urgência, eu estava ficando louco com a sensação que essa menina me causava quando nos beijávamos.  Desci o beijo em seu pescoço, Mire jogou sua cabeça para trás apoiando na porta me dando mais espaço para beija-la.

- Não vai Tae... – Falou com a respiração pesada.

Eu subi o beijo até seu rosto e procurei sua boca novamente. Senti seus dedos firmes no meu cabelo, começamos a ficar sem ar novamente. A coloquei no chão gentilmente.

-Não vou? – Perguntei ainda de olho fechado.

-Éramos jovens quando ela nos afastou. – Falou passando sua mão em meu rosto. – Se depender de mim eu faço qualquer coisa para que isso não aconteça novamente.

“Você precisa confiar que o amor que ela sente por você supera tudo isso!” A palavra de Taerin me veio à mente. Mire estaria disposta a sair dessa casa?

- Mire. – A chamei.

- Hum...

Ainda estava pressionando ela naquela porta. Levantei minha mão e acariciei sua bochecha. Será que eu digo a ela?

- Oi. – Respondeu novamente sorrindo.

-Você sairia... – Eu não sabia como pedir uma coisa dessas a ela.

Ela levantou o olhar e me encarou. Eu tinha que fazer isso por nos dois.

- Você estaria disposta a mudar daqui? – Perguntei de uma vez antes que se arrependesse.

- Mudar daqui? – Perguntou.

Suspirei e andei até o sofá e me sentei nele. Mire veio logo atrás e se sentou ao meu lado e pegou na minha mão. Olhei para ela e a mesma me encarava. Puxei sua mão e a fiz sentar entre as minhas pernas contornando sua cintura com os braços apoiando minha cabeça em seu ombro.

- O que foi? – Ela perguntou passando a mão em meus cabelos.

- Aqui é muito perigoso Mire. – Falei. – Minha mãe sabe que está aqui agora.

-Uhum...

Levantei a cabeça. Mire virou um pouco de lado e me olhou.

- Eu mudo Tae. – Falou.

-Muda?

- Claro que eu mudo. – Sorriu. – Mas para onde? – Perguntou.

Eu fiquei surpreso. Ela aceitou rapidamente, pois eu sabia o quanto essa casa significava para ela. Rin tinha razão, Mire está me colocando a cima de tudo para que possamos ficar juntos.

- Deixa que isso eu resolvo. – Falei selando sua bochecha.

- Já que está aqui, vai jantar comigo. – Falou se levantando e indo em direção à cozinha.

Sorri e encostei a cabeça no sofá aliviado. Foi mais fácil do que pensei que seria. Eu estava recuperando totalmente minhas esperanças. Senti meu celular vibrar, o peguei na mão e vi uma mensagem da Yunna.

Preciso te contar uma coisa muito séria Tae. Eu não consigo mais esconder isso de você.

Yunna, o que será que era? Será que queria me contar o que sentia apropriadamente. O que eu faço?

O que foi Yunna? – Perguntei.

Tem como vim aqui? Por Favor!

Olhei para a Mire, estava amarrando seu avental para começar a preparar o jantar, se eu fosse rápido daria tempo de voltar e comer com ela.

- Mire. – A chamei me levantando do sofá.

- Oi. – Respondeu

Caminhei até a cozinha.

- Yunna precisa conversar uma coisa comigo, eu vou, mas volto logo. – Falei.

Ela levantou o olhar um pouco surpresa, mas logo concordou com a cabeça. Sorri e fui até ela e selei seus lábios e sai.

Estou indo. – Enviei a ela.

Estou na praia que ficamos da última vez. – Mandou.

Virei o carro e segui direto para a praia. Se fosse mesmo o que estou pensando, como devo reagir? Eu não queria magoar a Yunna, em pouco tempo ela se tornou uma pessoa muito especial para mim.

Não demorou muito para chegar, da última vez que estive aqui não estava tão frio, mas dessa vez ventava bastante. Desci do carro e fui para a areia e vi ela perto do mar, estava com um vestido branco que se movimentava violentamente com o vento. Seus cabelos balançavam sem parar. Quando cheguei perto notei que estava descalça e molhava seus pés na água e estava sem casaco.

-Yunna, ficou maluca? – Perguntei chamando a atenção dela.

Ela virou e parecia muito triste. Tirei meu moletom e entreguei na mão dela.

- Vista. – Falei.

Ela pegou o moletom da minha mão lentamente, mas ao invés de vestir ela o abraçou.

-Tae...

-Yunna, me desculpe sair daquele jeito. Eu estava sem cabeça... Eu... – Eu não sabia o que falar para ela.

- Tae...

- Olha Yunna, você é uma garota incrível, eu realmente fiquei encantado por você. – Eu falava sem parar.

- Tae...

- Você é linda, extrovertida, simpática... Mas Yunna. – Passei as mãos no cabelo. – Eu não consigo esquecer a Mire. – Falei

Ela levantou o olhar e pressionou os lábios, eu queria acabar com aquela distância entre nós e abraça-la, mas se eu fizesse isso só daria esperanças a ela. E eu não queria magoa-la.

- Fui eu Tae... – Falou abaixando a cabeça.

- Você o que Yunna? – Perguntei.

- Fui eu quem contou para sua mãe onde Taerin estava. – Respondeu.


Notas Finais


Pessoal também estou enlouquecendo entre Mire e Yunna Huahsuahushauhsuahs.
Só não me odeiem! Please XD

É isso por hoje!
Comentem o que acharam.
Beijos e até o próximo! :*


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