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História One step alone - Imagine Park Jimin - In the dark


Escrita por: TwinArmy

Notas do Autor


Boa noite Pessoal!

Segue mais um capitulo pra vocês!
Espero que gostem e boa leitura a todos!

Capítulo 7 - In the dark


Fanfic / Fanfiction One step alone - Imagine Park Jimin - In the dark

TaeHuyng On.

 

Aquela rua e aquele lugar me traziam lembranças felizes, momentos especiais que não serei capaz de esquecer nunca mais. Situações marcantes que estão tatuados em meu coração. Pela milionésima vez eu estava parado ali, olhando aquele lugar de dentro do carro, só que dessa vez eu queria descer, eu queria ir lá e perguntar o que á anos está enroscado no fundo da minha garganta. Eu havia posto e tirado o cinto várias vezes, Rin me deu esperança e eu não podia desperdiça-la.

Kang Mire é a garota que me apaixonei quando tinha quinze anos, ela apareceu em minha vida em um momento difícil, um momento que eu queria fugir de casa, quase abandonei Rin, a pessoa que mais amo nesse mundo. Mire me tirou da escuridão e me mostrou como é viver no claro. Nunca dissemos ao outro o que sentimos, nunca disse á ela que a amo. Ela também nunca falou ou demonstrou nada. Talvez somente eu sinta algo, mas pra isso preciso encarar o meu medo e ir até lá falar com ela.

Tirei o cinto pela décima vez e desci do carro. Caminhei lentamente até a cafeteria, puxei o boné que usava um pouco mais pra baixo pra esconder o meu rosto e sentei em uma mesa lá fora.

-Transferência? – Ouvi uma menina que usava o mesmo uniforme que Mire perguntar a outra.

-Sim, Mire pediu transferência. Eu entrarei no lugar dela. – A menina respondeu. Essa não usava o uniforme.

Transferência? Mire estava saindo daqui? Será que reconheceu minha irmã e pediu para sair para não acontecer nada? Levantei da cadeira antes mesmo de alguém me atender e fui direto para o carro. Rin estava enganada, Mire estava saindo, aquele era o único lugar que eu conseguia vê-la sem me aproximar. Com certeza ela aceitou o dinheiro da mamãe, eu sou um idiota por tentar saber a verdade.

Entrei no carro, dei partida e sai. Pisei fundo, acelerei o máximo que conseguia. Eu desviava dos carros rapidamente. Ouvi sirenes de carros de policias me mandar parar. Acelerei mais, eles não podiam me pegar de novo. Depois de alguns minutos consegui despistá-los, o máximo que eu teria nisso seria uma multa, com certeza anotaram a placa.

Parei o carro perto de um parquinho para crianças e me sentei no balanço. Sorri, eu adiei tanto isso e nunca pensei que fosse ser tão doloroso saber a verdade. Senti meu celular vibrar, era Kook.

-Alô! – Atendi.

(Tae, vamos a um parque hoje à noite, está a fim?) – Perguntou.

Eu estava gostando de ser amigo desses garotos, eles nunca se esqueciam de nos chamar para qualquer coisa, sempre tive somente Hobi. Era bom ter mais.

-Posso chamar o Hobi? – Perguntei.

(Claro, e a Taerin também!) – Respondeu.

-Ok, nós vamos sim. Que horas passamos ai, ou preferem se encontrar lá? – Perguntei.

(A gente se encontra lá. Não abrimos a oficina hoje.) – Respondei.

-Beleza. Tchau!

(Tchau!)

Será que a Taerin já saiu da universidade? Ir ao parque com eles não será tão ruim, irá me ajudar a esquecer o que ouvi hoje. Talvez Mire esteja tentando seguir em frente, e eu deveria fazer o mesmo. Entrei no carro e fui em direção à universidade da minha irmã. Parei o carro e avistei Hobi.

-Hobi! – O chamei descendo do carro.

Ele olhou em minha direção e veio correndo.

-E ai Tae! – Falou.

Fizemos o toque que inventamos quando tínhamos oito anos. Aquilo já estava muito infantil para a nossa idade, mas a gente não se importava.

-Quando vai me deixar dirigir essa belezura? – Perguntou alisando meu carro. – Afinal, você já foi preso com o meu, eu quero ir preso com o seu!

-Sabe que nossos carros são iguais né? – Perguntei.

Hobi e eu compramos o mesmo carro no mesmo dia, juntos! Eu escolhi primeiro e ele insistiu em ter igual, só muda a cor. O meu é cinza e o dele branco.

-E outra você é filho do ministro da EDUCAÇÃO! Não pode ir preso. – Sorri.

-Tu tá ligado que seu pai é quase presidente né? Então tá tudo bem pra você? – Respondeu arrumando sua bolsa nas costas.

Sorrimos juntos.

-Viu a Taerin? – Perguntei olhando para os lados. – Aliás, vamos a um parque hoje libere sua agenda.

-Eu vi o babaca do Jin dispensando seu motorista. – Respondeu me ajudando a olhar para os lados. – Ali! – Apontou.

Olhei. Minha irmã usava uma saia preta com uma camisa social vermelha e seu salto na mesma cor, Jin a seguia. Caminhei em direção á eles e pude ouvir sua conversa com o Jin.

-Me deixe ajuda-la! – Jin falava enquanto insistia em pegar a maquete que ela segurava.

-Já falei que não precisa... – Rin respondeu como sempre educada.

-Mandou nosso motorista embora de novo? –Perguntei me aproximando deles. Rin quase derrubou sua maquete no chão quando ouviu minha voz.

-Tae! – Ela sorriu a me ver.

Jin me encarou sério. Acredito que nem em uma próxima geração conseguiremos nos dar bem. Ele, Hobi, eu e Rin crescemos juntos e nunca conseguimos engoli-lo.

-Eu iria leva-la pra casa. – Jin me respondeu.

Hobi chegou sorridente ao meu lado.

-Rin! Vamos a um parque hoje! – Falou ainda sorrindo. Parecia uma criança feliz por poder ir se divertir em brinquedos.

-Sério?! – Ela perguntou sorrindo também.

Minha irmã nunca foi em um parque de diversões. Mamãe nunca a deixou sair, nem quando era criança, ela dizia que sua diversão estava nas leituras.

-Eu também irei! – Jin falou de repente.

Isso nos fez parar e olhá-lo lentamente. A mas ele não iria mesmo!

-Iremos com pessoas que não são filhos de políticos senhor riquinho e mimado. – Falei o provocando.

Rin me olhou surpresa, notei que não foi pelo o que eu falei e sim por quem me referia, os meninos da oficina.

-Pois é. Você sempre disse para não nos misturarmos com pessoas ‘assim’. – Hobi me ajudou na provocação.

-Abrirei uma exceção hoje! – Falou me encarando.

Hobi caminhou devagar até Rin e pegou a maquete de sua mão, ela murmurou um ‘obrigada’. Jin e eu nos encarávamos com se estivéssemos prestes a duelar em alguma coisa.

-Pensando bem! – Falei cruzando meus braços sobre o peito. – Nossa mãe deixará Rin ir a qualquer lugar se souber que estará junto. Então irei lhe usar. – Sorri o provocando.

Se ele desistisse ali não teria problema, eu a faria ir de qualquer jeito. Mas pra minha surpresa ele sorriu.

-Sua mãe sabe o que é bom pra ela! – Falou levantando o queixo.

Aish, mais convencido que ele só ele! Revirei os olhos e olhei pra Rin.

-Vamos. – Falei.

-Uhum... – Sorriu.

-Eu passo na casa de vocês! – Falou indo em direção ao seu carro.

Hobi e sua boca grande, poderíamos ter ido embora sem ele souber. Nos despedimos dele e saímos.

-Tae... – Ela me chamou depois de alguns minutos.

-Hum...

-Não acho uma boa ideia Jin ir, eu não quero... Eu... – Rin tentava me falar alguma coisa, mas não saia nada.

Faz tempo que venho notando sua reação e jeito perto de Jimin, com certeza ela estava preocupada com o que ele irá pensar. Mas será mias fácil ‘dobrar’ mamãe com Jin junto.

-Eu avisarei os meninos, direi que estamos o usando. –Falei para deixa-la tranquila.

Ela apenas sorriu e se arrumou no banco.

-Rin... – Ela me olhou. – Eu fui ao café hoje.

-Foi? – Perguntou entusiasmada.

-Fui, e não a vi. Ela pediu transferência! Ela vai sair de lá. – Sorri. – Estava demorando, talvez ela estivesse procurando outro lugar para trabalhar e depois poder sumir.

-E esperou dois anos para isso? – Perguntou.

-Rin, eu quero esquecer isso! – Falei enquanto trocava a marcha do carro.

Ela apenas abaixou a cabeça e não disse mais nada. Eu realmente queria esquecer, ficar batendo na mesma tecla só irá gastá-la.

 

Taerin On.

 

Chegamos em casa minutos depois. Eu precisava fazer alguma coisa. Mire não me pareceu ser alguém que aceitaria dinheiro em troca de algo. Mas eu não iria ficar falando isso a ele, eu posso estar errada e lhe dar várias esperanças em vão, isso só vai magoa-la cada vez mais. Troquei e fui para minha aula de piano. Eu estava muito animada para sair hoje a noite, principalmente para ver Jimin, só de pensar meu coração acelera.

-Nota Ré Taerin! Olhe aqui! – Minha professora apontava para a partitura sem paciência.

-Não é Ré, é Sol... Olha! – Peguei a partitura nas mãos e mostrei a ela.

Qual era o problema? Ela não estava enxergando? Eu toco aquela música de trás pra frente! Ela passou a mão nos cabelos e suspirou.

-Tem razão. Perdoe-me! – Falou fazendo uma leve reverência.

-O que foi professora? – Perguntei. Ela não me parecia bem, sempre dava aula sorrindo e conversava muito.

-Sua mãe me demitiu. – Falou colocando a partitura de volta no piano.

-O que? – Perguntei assustada. - Por quê?

-Seu concerto está chegando e ela não me acha boa o suficiente! – Respondeu.

Fechei os olhos e suspirei calma. Boa? Ela foi minha professora desde quando eu não sabia o que eram notas, graças a ela eu toque perfeitamente. Como ela pôde dizer isso á ela?

-Esse serviço era o meu sustento. – Falou baixo, eu a vi enxugar uma lágrima que caiu de repente.

-Espera um minuto! – Sai do banco e fui em direção aonde mamãe sempre lia seu livro.

Coragem tomava conta do meu corpo e controlava minhas ações, eu não sabia o que estava fazendo. Eu simplesmente não podia deixar mamãe demiti-la por isso.

-Mãe! – Cheguei ao seu lado.

-Que modos são esses Taerin?! Deve bater antes de entrar em algum lugar. – Falou fechando o livro e me olhando.

-Não pode demitir minha professora! – Falei rapidamente.

-Posso como já fiz! – Respondeu pegando o livro.

-Não! Não pode! – Gritei pegando seu livro e o jogando para longe.

Meu coração saiu do meu peito e caiu ao lado dos meus pés. Mas o que foi que eu fiz? Eu enlouqueci?

-Enlouqueceu Taerin? – Ela perguntou ficando em pé.

-Me desculpe pelo livro mãe. Mas não irei tocar em concerto nenhum se ELA não me ensinar! – Sai pisando fundo da sala.

Fui até minha sala de ensaio. Minha professora estava sentada em seu lugar, assim que me viu ficou em pé.

-Pode ir pra casa professora! Mas trate de voltar amanhã. – Falei sorrindo.

-Muito obrigada Taerin. – Sorriu com lágrimas nos olhos, pegou suas coisas e saiu.

Sentei no banco e suspirei. Agora mesmo eu não iria sair com os meninos, deixei mamãe muito furiosa. Subi as escadas e bati na porta do Tae.

-Entra! – Ele gritou.

Ele estava esparramado em sua cama, tirou os fones quando entrei.

-Acabou cedo hoje. – Falou.

-Mandei a professora embora. – Sorri e deitei ao seu lado. – Por isso irritei nossa mãe, talvez eu não vá hoje.

Ele sentou rapidamente.

-Temos a arma ‘Jin’, ela vai deixar. – Disse um pouco desesperado.

-Espero. – Falei.

Na verdade eu queria muito que ele não fosse. Eu não quero que Jimin se encontre com ele, não quero estar com Jimin e Jin no mesmo lugar. Tenho medo que ele interprete mal.

Fui para o meu quarto e deitei. Acabei cochilando, quando acordei já era noite. Tae bateu na porta e mandou me arrumar. Tomei um banho rapidamente e vesti um short preto, era um dos que eu mantinha escondido para que mamãe não encontrasse. Vesti uma blusa branca e um tênis preto. Tae estava me esperando na sala.

-Falou com a mãe já? – Perguntei.

-Falei, agora vamos antes que ela a veja de short. – Tae pegou em minha mão e saímos correndo em direção à porta.

-Ela deixou facilmente? – Perguntei saindo pelo portão.

-Arma Jin... Esqueceu? – Piscou sorrindo.

-É bom saber que eu fui útil. – Ouvimos Jin dizer.

Olhamos surpresos, há quanto tempo estava parado ai? Hobi veio logo atrás.

-Venha comigo Taerin. – Jin esticou seu braço para pegar em minha mão.

Automaticamente eu dei um passo para trás, eu não queria chegar com ele. Jimin com certeza me veria descer do carro dele, eu não sei por que, mas eu não quero que ele me veja com Jin.

-Eu vou com você Baby... – Hobi pegou em sua mão esticada.

Tae e Hobi nunca perdiam a chance de zoar ou provocar Jin. Mas isso me deixou muito aliviada, virei rapidamente em direção ao carro do Tae e sorri.

Depois de um tempo chegamos ao parque. Era enorme e colorido, eu admirava tudo com um sorriso enorme.

-Kook! – Hobi gritou ao meu lado. – O meu bebê venha aqui. – Ele abriu os braços.

Eu não sei por que Hobi o tratava como uma criança por ser o mais novo deles e eu ali tinha a mesma idade que Kook e ele não me via assim. JungKook apenas sorriu e o abraçou gentilmente.

-Oi Hyung! – Falou para Hoseok.

Olhei para os meninos que vinham atrás de Kook. Meus olhos automaticamente encontraram os de Jimin, ele sorriu pra mim e eu perdi o chão sob meus pés. Ele usava uma calça Jeans branca e uma camiseta vermelha, estava muito lindo!

-Pessoal esse é o Jin! – Para a minha surpresa Tae o apresentou.

Todos apenas sorriram e acenaram com a cabeça, o que foi um alivio. Tenho muita vergonha ainda quanto me lembro dele recusando o aperto de mão do Kook.

-Não está faltando uma? – Hobi perguntou.

-Sanah. Ela pediu para virmos na frente. – Yoongi respondeu. – Já deve estar chegando.

Eu não havia notado que Sanah não estava eu estava somente preocupada em encontrar Jimin. Eu o olhava uma vez ou outra, e quando nosso olhar se cruzava as borboletas no meu estomago voavam loucamente.

- Cheguei. – A ouvi chegar atrás de nos.

Todos olharam em sua direção. Virei e vi a Sanah, ela estava diferente. Usava um vestido reto sem curva que desciam até o meio das coxas e uma sandália com um salto pequeno. Seu cabelo curto estava somente com uma faixa. Quando ela se aproximou pude notar que usava levemente uma maquiagem.

Todos ali pareciam surpresos inclusive eu. Ela sorriu e caminhou ao lado de Jimin que a encarava também. Mas ele estava sério.

- Vestido em um parque? – Yoongi perguntou a ela.

Sanah pareceu pensar um pouco e olhou para mim de cima a baixo.  Olhei para os lados disfarçando.

- Vamos pessoal. – Hobi disse chamando nossa atenção. – Antes que o parque fecha. – E nisso saiu puxando Kook e o Tae.

Jin veio andando e parou ao meu lado. Notei Jimin olhar para nós rapidamente, mas logo foi puxado pela Sanah para dentro do Parque.

- Está linda Taerin. – Ele disse.

Olhei para ele. Jin sempre me elogiava não importava o que eu estivesse vestindo. Se ele não fosse tão insistente em relação aos seus sentimentos por mim e seu egoísmo em relação a algumas pessoas, podíamos ser grande amigos.

- Obrigada Jin. – Respondi a ele. Apertei o passo e entrei primeiro que ele no local.

Jimin andava na frente, Sanah não saia do seu lado. Fechei as mãos ao lado do corpo, eu estava com ciúmes dela. Jin correu e parou ao meu lado, os meninos estavam na frente escolhendo o primeiro brinquedo. Vi Jimin olhar para trás despercebidamente, quando sustentei seu olhar ele logo desviou.

-Rin! – Tae me chamou. – Vamos nesse aqui, tudo bem por você?

Olhei para o alto, era a famosa montanha-russa.

-Tudo bem. – Sorri. Eu adoraria experimentar todos, até porque eu nunca havia ido a nenhum.

-Tudo bem por mim também. – Sanah disse pegando no braço do Jimin.

Aquilo me deixou muito incomodada, eu queria ir até ali e tirar suas mãos dele. Mas que direito eu tinha pra fazer isso? Senti Jin pegar em minha mãe e me puxar até a entrada do brinquedo. Jimin parou logo atrás de mim e Sanah atrás dele.

Eu conseguir sentir o seu perfume, meu coração estava acelerado com ele ali perto de mim. Quando chegamos ao brinquedo, foram sentando de acordo com a fila. Os meninos estavam lá na frente. Então Kook sentou com Tae, Hobi com Yoogi. Jin teve que sentar com Namjoon e eu fiquei com Jimin e Sanah sentou com a pessoa atrás dela. Eu consegui sentir seu olhar pesar em nós enquanto nos arrumávamos no banco. Jimin estava ao meu lado e eu não tinha reação nenhuma.

O funcionário do parque passou prendendo o cinto em nós. Jimin estava calado, pensei em dizer alguma coisa para quebrar aquele silencio, mas nada me vinha à mente. Eu não sabia como puxar algum assunto com ele. Quando fui perguntar como ele estava o brinquedo começou a andar. Apertei a alça do cinto e fechei os olhos. Eu havia visto vários brinquedos como esse ficarem de cabeça para baixo na internet, com certeza esse não seria diferente.

O brinquedo era muito rápido. Meus cabelos foram jogados violentamente para todos os lados com a força do vento. Às vezes eu gritava outras eu pressionava os lábios para conter o medo. Não ouvi Jimin gritar nada, mas também não abri os olhos para ver sua expressão. O brinquedo andou por dois minutos e logo parou. Descemos dele, Tae e Hobi estavam muito animados. Raramente tínhamos permissão para virmos em lugares assim quando crianças, eu mesma nunca vim.

Comecei a passar minhas mãos nos cabelos para coloca-los no lugar. Jin se aproximou de mim.

-Aqui... – Levantou a mão e colocou uma mecha no lugar.

Jimin ficou olhando o gesto dele e logo virou o rosto.

-Obrigada. – Agradeci.

Eu não tinha conseguido falar com ele nenhuma vez, eu estava começando a enlouquecer. Sentamos em uma mesa para pedirmos alguns lanches.

-Eu irei pegar os sucos. – Jimin disse se levantando, eu o acompanhei com os olhos até sair da mesa.

-Ajuda ele Rin! – Tae falou do outro lado da mesa.

O olhei surpresa, quando fui levantar Sanah ficou em pé rapidamente.

-Eu ajudo! – Falou, mas foi puxada para baixo pelo JungKook.

-Não precisa, ela irá ajudar. – Falou a sentando de novo.

Seja lá o que estão tramando Tae e Kook, mas obrigada. Corri até chegar ao seu lado.

-Eu vou te ajudar. – Disse a ele. Foi a primeira coisa que falei pra ele hoje.

Ele apenas me olhou e continuou andando.

-Ei... – Segurei a barra de sua camiseta o fazendo parar.

Ele me olhou surpreso. Várias pessoas passavam por nós. Ele ficou me encarando, estava esperando eu falar. Afinal eu havia puxado sua camiseta.

-O que foi? – Perguntei.

Ele estava muito quieto, não me olhava, não conversava comigo. Eu queria saber. Ele pegou no meu pulso que segurava sua camiseta e me puxou para o canto, onde poucas pessoas passavam.

-Eu não gosto daquele cara. – Falou quando me encostou na parede.

-Jin? – Perguntei.

-É! – Respondeu fechando os olhos parecia um pouco impaciente.

-Jimin, me desculpe. Ele se convidou para vir, eu e Tae não tivemos escolha. – Falei levando uma mão em seu peito.

-Não é isso. – Disse abrindo os olhos. – Não gosto dele tocando em você toda hora!

Meu coração acelerou com aquelas palavras. Jimin me encarava com muita intensidade. Ele estava com ciúmes? Ele estava incomodado assim como eu com Sanah perto dele?

-Sa-Sanah não para de toca-lo também. – Falei.

-Ela não é minha noiva! – Falou se afastando um pouco.

Ah não!

-Eu já te falei que ele não é meu noivo!

-Mas na cabeça dele ele é Taerin!

-Jimin!

O que é isso? Estamos brigando?

-Vamos pegar o suco. – Falou se virando.

-Já disse á ela que não gosta dela? – Perguntei antes de ele dar um passo.

Ele me olhou e continuou parado.

-O que? – Perguntou.

-Ela colocou um vestido Jimin. – Falei. – Acha que ela está tentando impressionar quem? Os brinquedos? – Abri os braços.

-Já falei que não sinto nada por ela! – Falou firme.

-E ela sabe disso? – Perguntei.

-Sabe! Eu já disse á ela! – Deu um passo em minha direção. – E você? Já disse o que sente para Jin?!

Jimin e eu nunca falamos um com o outro dessa forma, estávamos deixando os ciúmes que estamos sentindo um pelo outro tomar conta do nosso corpo.

-Eu não gosto dele Jimin! – Respondi.

-É, mas ele parece não saber. – Falou saindo.

Aish! Foi a pior ideia tê-lo seguido. Mas eu já estava aqui, iria ajuda-lo com aquelas bebidas. Caminhamos um ao lado do outro até nossa mesa em silencio. Sentamos em nossos lugares.

-O Yoongi quer ir à roda gigante, ele gosta de coisas calmas. – Namjoon falou revirando os olhos.

-Por mim tudo bem. – Hobi falou bebendo suco que Jimin e eu trouxemos.

Foi uma péssima ideia! Eram quatro pessoas por cabine, e adivinhem! O destino estava brincando comigo, Jin e eu com Jimin e Sanah! Entramos em silencio.

Jin sentou ao meu lado e Jimin ao lado da Sanah. Depois que a roda gigante estava lá em cima Sanah começou a falar.

-Você é filho do presidente? – Ela perguntou ao Jin.

-Sou sim. – Respondeu sério.

Jimin estava com os braços cruzados, seus olhos estavam vidrados para fora da cabine.

-Então você é o noivo dela?! – Ela continuou perguntando.

-Estou! – Ele respondeu.

Comecei a tossir sem parar. Como ousa dizer que estamos noivos? Ainda mais na frente do Jimin.

-Não, não estamos Jin! – Falei.

Jimin continuava olhando para fora. Eu queria muito poder ler sua mente.

- Não é você quem decide isso Taerin. – Ele disse olhando para mim.

Com isso Jimin virou o rosto e o encarou. Não sou eu quem decido? Eu não irei me casar com ele e já estava decidida.

- Jin...

-O que ela é? Um brinquedinho que o filhinho do papai escolheu? – Jimin perguntou me cortando.

Nunca tinha visto Jimin com aquela expressão. Era uma mistura de raiva e impaciência. Era a primeira vez o vendo provocar alguém, Jimin sempre foi uma pessoa quieta. Sanah o encarou espantada para ele assim como eu. Jin por outro lado o encarava sério.

- Eu sou apaixonado por Taerin desde quando eu tinha cinco anos. – Respondeu a ele.

- Eu também! Sou apaixonada por ele desde criança. – Sanah disse de repente ao lado dele.

Abaixei a cabeça. Aquilo me incomodou muito, será que Jimin sentiu o mesmo quando Jin disse o mesmo?

- Se gosta dela de verdade porque não a deixa decidir sozinha? – Jimin tornou a perguntar. Ignorando Sanah ao seu lado.

Eu estava completamente sem reação. Mas isso era verdade, eu tenho o direito de decidir se quero isso ou não na minha vida agora. E com certeza não seria com Jin.

- Jimin. – Sanah colocou sua mão no braço dele. – O que está fazendo?

Jimin tornou a olhar para fora da cabine.

-Qual é o seu problema? – Jin continuou falando. – Por acaso está apaixonado por ela? – Perguntou ao meu lado.

Arregalei os olhos e olhei para o Jin, Sanah fazia o mesmo do outro lado. Eu não acredito que ele perguntou isso. Nem eu havia pensado em uma possível resposta da parte dele ainda.  E quanto a mim? Eu estou apaixonada por ele? Jimin virou o rosto e tornou a encarar o Jin. Quando ele abriu a boca para dar uma resposta sentimos um ‘solavanco’ da roda gigante e a porta ser aberta por um dos funcionários. A conversa estava tão tensa que nem notamos o tempo passar.

Assim que descemos Tae veio correndo em nossa direção.

- O achou? Viram os fogos? – Perguntou sorrindo.

Fogos? Não conseguimos prestar atenção em nada. Apenas sorrimos em reposta a ele.

- Ah. Chega dessa calmaria. – Namjoon chegou falando. – Quero algo mais emocionante agora. – Disse sorrindo.

Eu não estava muito animada. Eu queria pegar o Jimin levar ele para um canto para resolvermos tudo isso de uma vez.  Eu nunca o vi assim.

- Que tal ali. – Ouvi Kook dizer e logo apontar para alguma coisa.

Seguimos aonde ele apontava e vi uma casa de longe. Era a casa mal assombrada, eu nunca estive em uma. Uma coisa era certa. Eu odiava o escuro, e ali não seria um lugar agradável.

- Pode ser. – Namjoon respondeu a ele.

Saimos em direção a casa. Tae, Hobi, Kook e Namjoon estavam muitos animados. Yoongi parecia cansado e sonolento. Jin permanecia sempre com a mesma expressão, Jimin continuava sério e ao seu lado Sanah não parava de sorrir.

Chegamos na casa e logo entramos. Não havia fila para ela, talvez seja o menos disputado do parque. Era tudo muito escuro, algumas luzes brancas passavam, simulando fantasmas voando. Sei que tudo é de mentira, mas um pouco de medo dava sim.

-Jimin você vai me proteger. – Ouvi Sanah dizer.

-Ei! Esse é o meu braço. – Ouvi Hobi dizer a ela.

-Foi mal. Cadê o Jimin?! – Ela perguntou dando eco na casa inteira.

-Não faço ideia, está um breu aqui. – Kook a respondeu.

Eu permaneci quieta, eu não fazia ideia de quem entrou ao meu lado. Continuei andando, não estava com humor para me divertir ali naquela casa. Meu primeiro dia em um parque estava sendo decepcionante. Continuamos andando.

-Ai meu Deus! – Tae falou um pouco alto. – Alguma coisa pegou em mim!

Todos ali riram com seu comentário.

-Jimin! – Sanah tornou o chamar. – Responda!

Será que ele não entrou?

-Gente, é sério. – Tae falou novamente. – Alguma coisa está segurando meu tornozelo.

-Tira a perna daí! – Ouvi Kook dizer sorrindo.

Continuamos caminhando lentamente esperando alguma coisa nos atacar do nada, conseguíamos ouvir os gritos das pessoas que entraram antes de nós. Senti uma mão muito fria pegar em meu tornozelo como o do Tae.

-Aaah! –Gritei!

-Taerin! Tudo bem? – Ouvi a voz do Jin um pouco longe de mim perguntar.

-Estou, Tae estava certo. Uma mão segura nosso tornozelo. – Respondi sorrindo.

-Falei! – Meu irmão disse logo em seguida.

Senti alguém segurar meu pulso e me puxar. Reconheci o toque na hora, por isso não gritei. Me arrastou para um canto e me encostou em algum lugar, uma parede.

-Ji... – Falei colocando a mão em seu peito, eu não conseguia vê-lo. Estava muito escuro.

-Sou eu... – Jimin disse baixo.

Meu coração acelerou, eu conseguia senti-lo muito perto de mim. Conseguia sentir o toque de suas mãos em minha cintura.

-Jimin... – O chamei de novo.

-Shiuuu... – O ouvi dizer bem ao lado do meu ouvido.

Seus braços contornaram minha cintura e ele me puxou em um abraço. Senti nossos corpos se encaixarem perfeitamente, o cheiro do seu perfume deixava tudo mais perfeito. Envolvi meus braços em seu pescoço e o abracei. Meu coração estava acelerado, eu estava adorando ficar ali. Senti uma de suas mãos subirem lentamente em minhas costas e prender meus cabelos entre os dedos. Jimin se afastou minimamente e eu pude sentir sua respiração bater em meu rosto.

-Essas mãos não param de tocar em meu tornozelo! – Ouvi a voz do Tae um pouco longe. Eles continuaram caminhando.

-Cadê o Jimin pessoal?! – Sanah não parava de perguntar por ele.

Tirei minha mão de seu pescoço e a desci em seu rosto. Ouvi-la chamar seu nome fez meu corpo arder de ciúmes. Mas ele estava ali, comigo e não com ela!

-Me beija... – Falei baixo.

Com isso senti seus lábios pressionares os meus rapidamente. Fechei os olhos e o correspondi imediatamente. Enterrei meus dedos em seus cabelos e me entreguei ao seu beijo. Meu coração rodava em minha caixa torácica. Levantei meus pés e o senti me apertar contra seu corpo, sua língua explorava cada canto da minha boca, era um misto de sensações incríveis que eu não conseguia separar e explicar. Jimin me encostou novamente na parede, o beijo não estava calmo, estava urgente. Estávamos querendo isso há tempo.

Ele desceu vários selares em meu pescoço, tombei minha cabeça para trás para sentir seus lábios ali. Eu já havia beijado antes, mas nunca desse jeito. Como muita intensidade e vontade. Virei meu rosto e beijei sua bochecha enquanto ele depositava vários beijos embaixo da minha orelha. Aquilo estava me causando arrepios no corpo inteiro, minha respiração estava descompassada. Jimin procurou meus lábios novamente e iniciou outro beijo, uma vez ou outra ele mordia levemente meus lábios e os segurava.

Não conseguíamos nos ver, mas apenas o toque dele estava me deixando em delírios. Ele me puxava com tanta precisão que meus pés quase saiam do chão. Eu o correspondia na mesma intensidade, se houvesse alguma dúvida do que eu estava sentindo por esse garoto se foi totalmente. Eu estava completamente apaixonada por Jimin, bastou apenas um toque dele pra eu descobrir.

-Taerin... – Ele disse com seus lábios ainda nos meus, mas não me beijava. – Eu vou acabar com aquele cara se ele a tocar de novo.

Eu estava com os olhos fechados, senti-lo ali me deixou anestesiada!

-Uhum... – Foi à única coisa que respondi.

-Uhum? – Ele me imitou em uma pergunta.

-Uhum! – Concordei e o puxei para baixo em outro beijo.

Eu não iria discordar de nada que ele falasse ou fizesse, eu só queria que aquele momento ali com ele parasse para sempre. Eu queria que tudo em nossa volta desaparecesse e somente nós restarmos no mundo, juntos e assim para sempre. O que aquele beijo me fez sentir, foi algo que nunca pensei ser possível sentir, foi algo extraordinário e incrível!

Eu queria que ele sentisse o que eu estou sentindo, eu queria que ele sentisse essas coisas que estão me deixando maravilhada. Desci beijos em seu pescoço, Jimin segurou em meus cabelos com uma mão e a outra apoiou ao meu lado na parede.

-Tae... Rin... – Ele disse pausadamente com seu rosto enterrados em meus cabelos.

Eu o beijava em todos os lugares. Pescoço, bochecha, embaixo de sua orelha. Senti Jimin colocar as suas mãos em meu rosto e me beijar novamente. Ele me apertou na parede com seu corpo. Apertei sua camiseta, meu peito subia e descia loucamente.

-Já devem ter saído da casa... – Falei enquanto ele beijava sem parar meu pescoço novamente.

Senti Jimin sorrir sobre minha pele, o que causou um arrepiou incrível no lugar. Ele se separou de mim, eu não conseguia vê-lo. O que foi um alivio, meu rosto provavelmente estaria da cor de uma pimentão. Eu acabei de dar um baita de beijão nele, com certeza eu estava vermelha. Ele pegou em minha mão e fomos em direção saída.

Quando chegamos lá fora, automaticamente soltamos nossas mãos. Não porque não queríamos que nos vissem assim, foi algo normal.

-Graças a Deus! – Tae disse quando nos viu. – Dois saíram! Faltam o Hobi e Yoongi!

Eu não conseguia olhar para o Jimin, meu rosto estava ardendo. Meu coração ainda estava acelerado, minhas mãos tremiam sem parar. E os lugares que Jimin deixou beijos ardiam como fogo.

-Jimin! – Sanah correu até ele.

Caminhei até o outro lado do lugar em que estávamos e sentei em um banco. Minhas pernas estavam bambas, eu precisava sentar. Jin não estava ali, provavelmente fora comprar algo.

Olhei para Jimin. Ele sustentou o meu olhar. Não consegui desviar de seus olhos, eu estava completamente apaixonada por esse garoto. Meu coração batia loucamente, eu não o comandava mais, ele passou a ter um dono.


Notas Finais


É isso!
Espero que tenham gostado!

Comentem o que acharam...
Beijos e até o próximo!

:*


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