História Only Do What I Say - • Capítulo 9 •

                      | A r i a n a |
                          | P O V |

Senti os lábios dele se juntarem com os meus, e a primeira que consigo fazer é empurrar ele. Não estava conseguindo processar as coisas dentro da minha cabeça, e agora ele vem me beijando como se nada tivesse acontecendo aqui?

Ele estava me olhando com os olhos arregalados e com a respiração meio acelerada, da mesma maneira que eu estava. Rapidamente, ele segura os  meus braços, me trazendo mais uma vez para perto de seu corpo, e bem no momento que ele iria me beijar novamente, viro meu rosto.

— O quê foi em? — ele diz, me encarando.

— Dá para você me soltar? — digo virando meu olhar para ele.

Assim ele me solta, e passa uma das mãos em seus cabelos respirando fundo em seguida.

— Agora comece a me explicar o porquê de ter uma arma na minha cabeça há alguns minutos atrás — digo da maneira mais calma possível.

Ele me olha por alguns segundos e nega com a cabeça, passando a lingua levemente pelos lábios. Cruzo meus braços arqueando uma de minhas sombrancelhas e em seguida, dou alguns passos em sua direção, o olhando fixamente.

— Okay, mas esqueça de qualquer coisa que já fizemos juntos ou deixamos de fazer. Esqueça essa história toda de proposta, tudo — digo me virando de costas a ele. 

Senti seu olhar sobre mim, mas decidi ignorar aquilo e simplesmente sai andando. Por meros segundos, senti que deveria voltar, mas só porque está sendo muito perigoso eu estar andando sozinha com essas pessoas vindo atrás de nós.

Mas o problema é com o Justin, e eu não sabendo de nada do que está acontecendo será ótimo, assim não preciso ficar me preocupando com alguém que... Não vale a pena? Okay, só sei que ficar perto do Justin não foi uma decisão boa que tomei nesses últimos 10 anos de minha vida.

Vou parar com essa história de tentar ser diferente, e seguir a minha vida. Antes tinha tudo planejado, agora só preciso continuar seguindo esse mesmo plano até que eu consiga a vida completamente perfeita, sem ninguém para me atrapalhar.

Fiquei alguns minutos andando por aquele local, e acabei pegando um táxi para voltar para casa. Ainda bem que ainda tinha dinheiro nos bolsos. Quando chego em casa, penso duas vezes se devo ou não contar para minha mãe o quê aconteceu na saída do parque, mas decidi não contar.

— Oh, ainda bem que chegou, fiz um bolo para gente — ela diz com uma certa animação, enquanto se levantava e ia em direção à cozinha.

A única coisa que eu realmente queria fazer naquela hora era ir para o quarto dormir, mas acabei por seguir ela até a cozinha. Me sento em uma das cadeiras, e ela coloca o bolo sobre a mesa. Era meio estranho aquilo porque ela quase nunca está em casa, e sempre que está, fica fazendo essas coisas.

Dei um sorriso e permaneci calada, enquanto a observava colocar um pedaço de bolo em meu prato, e em seguida sentar-se na mesa e se servir também. Tem uma fatia de bolo coberto por chocolate em minha frente e eu nem sequer toquei no mesmo. 

— Está tudo bem? — minha mãe pergunta me olhando.

— Sim... Ahm... Coisas de adolescentes... Er, eu vou ir comer lá no quatro, okay? — digo me levantando, pegando o prato onde estava a fatia de bolo em seguida.

Ela sorri e concorda com a cabeça, e logo estou subindo as escadas em direção ao meu quarto. Assim que entro no cômodo, vou caminhando até a minha cama, logo sentando sobre a mesma. Deixo o prato sobre o criado mudo e tiro meus sapatos, me deitando na cama.

Fecho meus olhos e respiro fundo, soltando o ar calmamente. Aquela sensação que eu estava sentido era extremamente louca, eu quero me afastar dele mas ao mesmo tempo o queria aqui do meu lado.

Mas não é uma boa ficar perto do Justin por causa de suas companhias... Na verdade, acho que ele e aquele cara que me apontou uma arma não devem ser tão próximos dessa maneira, e... E... Ah, eu estou confusa, não consigo achar motivos de ir atrás do Justin.

Me viro de lado na cama, e pego o cobertor, me cobrindo. Me aconhego mais alí e suspiro, tentando dormir até que sinto algo passar sobre minha cintura, e me trazer um pouco mais para perto, me abraçando.

— Vai embora — resmungo, ainda parada.

Ele apenas nega com a cabeça e coloca a mesma na curvatura de meu pescoço, depositando um beijo no local, e dalí, vai subindo aos poucos, até chegar em minha orelha. Um arrepio passou pelo meu corpo, e me mexi meio desconfortável na cama.

— Eu sei que quer que eu fique — ele sussurra em meu ouvido, e gentilmente, me vira na cama.

Em segundos, ele está em cima de mim, beijando meu pescoço de uma maneira delicada, que fazia meu corpo se arrepiar a cada beijo que ele depositava. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo, e apertavam algumas partes levemente.

Minhas mãos instantaneamente foram para sua nuca, e enquanto uma acariciava aquele local, a outra subia e descia pelas suas costas. Sinto seus dentes sobre a pele de meu pescoço, e ele foi subindo até a minha boca, e encarou meus olhos por alguns segundos, antes de se aproximar e...