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História Only the Lonely - Frustrar (parte um)


Escrita por: lanes_moon

Notas do Autor


Tá, eu sei que me atrasei um dia, mas essa última semana foi tão corrida e tão cheia de coisas que eu só consegui parar agora.

Mas a notícia boa é que atingimos a nossa meta!!! Ou seja... Nossa maratona começa HOJEEEE

Então a partir de hoje, sete dias, teremos um capítulo por dia para comemorar.

Aguardem por muitas surpresas que vêm vindo por aí...

BEIJÃO

Capítulo 13 - Frustrar (parte um)


Fanfic / Fanfiction Only the Lonely - Frustrar (parte um)

frustrar (parte um)

verbo

transitivo direto e pronominal

falhar ou fazer falhar; baldar (-se), anular (-se).

 

Acordei naquele sábado com uma grande sensação de que aquele seria um dia com muitas surpresas, eu só não sabia explicar o motivo desse pensamento.

Talvez fosse pelo fato de que ultimamente todos os meus dias reservavam coisas especiais e eu até mesmo me esquecia de quando tinha sido a última vez que realmente havia me sentido triste.

Minha procura por casas/apartamentos com Clarice não estava mostrando grandes resultados, pois nenhuma das opções parecia se encaixar em meus requisitos, mas passar esse tempo com minha melhor amiga era tão prazeroso que eu ansiava pela próxima vez que iríamos nos encontrar.

Finalmente tinha tomado vergonha na cara e marcado uma consulta médica com um profissional de minha confiança, mas este possuía uma agenda cheia, o que acarretou em meu horário marcado quase um mês adiante. Eu deveria suportar a dor incômoda que me assombrava dia sim dia não até lá.

Havia tido a chance de me encontrar com James mais uma vez antes que aquela semana se acabasse e seu alívio fora tão grande quando lhe contara sobre o médico que me encheu de beijos em agradecimento. Talvez eu que devesse lhe agradecer por me encorajar e cobrar tanto.

Minha relação com Derek melhorava e muito, assim como Alf que se tornava cada dia mais próximo e até tentava me ter como modelo de seus exuberantes vestidos de noite. Agora eu entendia de onde saía tanto dinheiro daquele homem.

Mas como eu estava dizendo, aquele era um dia para se alegrar, por mais que o corretor havia ligado desmarcando nossa visita a um apartamento no centro da cidade, eu ainda seria babá dos meninos Ramos e gostava muito da ideia.

Como combinado, eu iria até lá após o almoço e aproveitaria uma carona de Alfred que tinha que buscar tecidos em uma cidade vizinha.

- Se cuidem – pediu Derek enquanto seu namorado e eu terminávamos de nos arrumar. – E você, sua desmiolada, se precisar que alguém vá te buscar pra voltar pra casa, por favor, me liga.

- Tá bom, seu chato – revirei os olhos sobre seu sermão.

Despedimo-nos do mais velho que resmungou alguma coisa sobre ter que ficar em casa sozinho limpando os porta-retratos da sala, rebati dizendo que quem sempre os trazia para casa e enchia tudo de fotos era ele mesmo.

Saltei para dentro da camionete de Alf assim que o elevador nos deixou na garagem e aspirei com vontade do aroma do couro, deixando que um pensamento rápido passasse em minha mente sobre a possibilidade de eu ter um desses, mas logo a lembrança de meu amado fusca tomou lugar e eu me senti mal por traí-lo daquela maneira.

- James sabe que você está indo lá? – Questionou Alfred de forma cautelosa e eu o olhei sem entender o motivo de sua pergunta.

- Sabe. – Respondi sem rodeios. – Por que não contaria a ele?

- Sei lá – deu de ombros enquanto manobrava o carro. – Você disse tinha um clima estranho entre os dois. Achei que não fosse dizer nada.

- Nah – estalei a língua no céu da boca. – Eu não tenho nada que ver com isso, os dois cabeções que se entendam. Vou lá no Ramos hoje, pois adorei as crianças e Sergio estava precisando de uma ajuda.

- As crianças, né? – Piscou um dos olhos de forma marota e eu me virei para frente fingindo que não tinha ouvido nada.

Eu gostava de Alf, pois diferente de Derek que agora tentava esconder seu ciúme, eu podia conversar sobre o mundo dos jogadores que eu fora inserida anos atrás sem medo de dizer sobre quem eu achava interessante e tinha um “crush”, e é óbvio que ele sabia sobre minha quedinha por Sergio Ramos.

O restante do caminho foi silencioso e aconchegante. Nós dois tínhamos o gosto musical muito parecido e isso já nos bastava para manter o clima confortável entre nós dois.

Mas não pude evitar me sentir ansiosa quando a mansão Ramos começou a tomar forma a nossa frente.

- Gracias pela carona – agradeci assim que o veículo parou.

- É sempre uma honra, guapa – jogou um beijo no ar que eu fingi pegá-lo e colocá-lo em meu coração.

Acenei mais uma vez e fiquei observando a camionete acelerar e sumir a minha frente.

Puxei o ar para dentro de meus pulmões e fiz meu caminho em direção à porta principal, cuidando para não cometer a mesma vergonha da primeira vez. Por isso, logo tratei de apertar a campainha sem medo e fiquei aguardando a chegada de alguém.

Diferente do que eu esperava, uma simpática senhorinha apareceu com um grande sorriso no rosto.

- Você deve ser Liana, eu sou Meri, muito prazer – estendeu a sua mão com unhas vermelhas e eu a apertei sem hesitar. – Entre, por favor. O senhor Ramos teve que sair um pouco antes com a senhorita Pilar e me pediu para que eu a recebesse hoje, espero que não se importe.

- Não, imagina – forcei um sorriso, me sentindo levemente desconfortável sobre a menção do nome de Pilar. Balancei a cabeça disfarçadamente para espantar quaisquer pensamentos e segui a empregada que me guiou até o quarto dos meninos que brincavam sentados no chão.

- Garotos, a senhorita Liana chegou – me apresentou e os dois logo vieram me cumprimentar com beijos e abraços calorosos.

- Tia Lia! – Disse o mais velho agarrado em meu pescoço. – Fico feliz por ter vindo, a outra babá é muito chata.

- Eu que fico feliz por passar mais uma tarde com vocês – passei os dedos pelos seus cabelos macios. – Mas não fale assim da outra babá, tenho certeza que ela faz tudo o que pode.

- Ela não dá biscoito pra gente – resmungou Marco retornando para sua torre de legos e eu ri pelo nariz por sua inocência.

- E a sua comida é mais gostosa – Sergio Júnior depositou um beijo estalado em minha bochecha. – Vem tia, vem brincar com a gente.

Sorri para Meri, garantindo que estávamos muito bem sozinhos e ela nos deixou, dizendo que faria um bolo de chocolate e mais tarde aparecia novamente para que pudéssemos comer.

Eu então me juntei aos pequenos, tirando as botas e me sentando no carpete claro, não medindo esforços para agradar os dois mini Ramos que me contavam sobre seus amiguinhos da escola e a professora nova.

Meia hora mais tarde e a brincadeira foi trocada por bonecos de super heróis e vilões e a mim coube ser a donzela indefesa. Sergio Junior fez questão de ser meu salvador enquanto Marco era o monstro que me aprisionava em uma torre. Acho que nem preciso dizer que quase me diverti mais do que as crianças.

Em um determinado momento os dois acabaram se envolvendo entre eles mesmos e eu me deitei, apreciando a cena de vê-los brincando juntos, novamente sentindo aquele desejo reprimido dentro de mim de poder viver isso todos os dias sem ser chamada de “tia Lia”. Algo dentro de mim ansiava pela palavra “mamãe”, mas ao mesmo tempo, algo bem lá no fundo gritava que isso era impossível e eu já começava a acreditar de que talvez fosse verdade.

Uma lágrima solitária escorreu de meu olho com a cena de Sergio e Marco e também com o sentimento de solidão que me consumiu naquele momento.

Funguei disfarçadamente e tratei de secar qualquer vestígio de choro e voltei a me sentar, sendo logo inserida na brincadeira, o que me ajudava a espantar os pensamentos atormentadores. Às vezes eu não conseguia impedi-los de entrar.

E assim o tempo passou que nenhum de nós sequer percebeu. Só fui me dar conta que o relógio já marcava quase cinco horas da tarde quando Meri apareceu na porta pela segunda vez dizendo que o bolo já tinha esfriado e que ela já estava indo para casa.

- Eu vou indo então – disse ela e os meninos se levantaram rapidinho para lhe darem beijos e abraços. – O Senhor Ramos disse que viria mais cedo, que estranho essa demora dele.

Tive de concordar, pois nosso acordo tinha sido feito para que eu ficasse poucas horas ali, pois o seu compromisso não perduraria por muito tempo, mas não reclamava de ficar com Sergio e Marco que eram crianças doces e adoráveis.

- Alguma coisa deve ter acontecido – dei de ombros. – Mas pode ir pra casa bem tranquila, eu não tenho horário para ir, então fico aqui até que o Sergio volte.

A empregada sorriu e agradeceu pedindo para que eu retornasse mais vezes, dizendo que havia simpatizado comigo. Senti-me feliz e acolhida com sua confissão e afirmei que voltaria.

Assim que o barulho da porta principal sendo fechada foi ouvido, chamei os meninos para irmos comer, uma vez que tínhamos passado a tarde inteira brincando. Ramos não podia nem sonhar que eu tinha deixado seus filhos com fome, que desnaturada!

- Eu gosto muito do bolo da tia Meri – disse Marco muito contente ao se sentar na ilha majestosamente colocada no meio da cozinha. – Mas não tô com muita fome.

- Não? – Estranhei enquanto preparava a mesa. – E o que é que vocês almoçaram hoje, hein?

- Hambúrguer! – Sergio ergueu os braços muito contente. – Papai disse que se a gente se comportasse ontem e hoje com você, ia comprar hambúrguer e refrigerante pro almoço.

- Ah é? – Ergui uma das sobrancelhas. – E como ele sabia que vocês iam se comportar comigo?

- A gente jurou juradinho – o mais novo ergueu o último dedo da mão e eu não resisti à tentação e lhe apertei as bochechas, depositando um beijo em sua testa tamanha fofura. – Ai tia, assim você me esmaga.

- Desculpe, querido – acariciei seus cabelos. – É que eu não resisto a sua cara linda.

Beijei-o novamente, dessa vez salpicando seu rosto com muitos beijinhos o fazendo gargalhar. Aquilo era música para os meus ouvidos.

Precisei conter a vontade de ficar ali o paparicando e retornei a meus afazeres, pois também estava ficando com fome.

Após a mesa posta, cortei um pedaço de bolo para cada um e lhes servi um copo generoso de suco de uva – o favorito de Sergio, segundo ele mesmo e o meu também.

Sentamos todos juntos e fizemos daquele momento muito agradável. O bolo estava realmente uma delícia e pareceu ficar ainda mais saboroso quando percebi os cantos das bocas dos dois sujos com a cobertura cremosa.

Aproveitei a situação e peguei o celular para tirarmos uma foto juntos e mandar para Ramos que ainda não tinha mandado nenhum sinal de vida.

- Essa vai pro papai – anunciei virando a câmera para nós três e todos fizemos uma careta. – Xis!

Tirei a foto e a enviei para Sergio que não entrava em seu celular havia algumas horas. Franzi o cenho, mas não me atentei muito a isso, afinal, ele não devia satisfações de sua vida para mim e eu estava ali apenas para cuidar de seus filhos, não é mesmo?

Nosso café da tarde foi tranquilo e gostoso, os meninos me contaram sobre suas aventuras na escola nova e das brincadeiras que aprenderam para fazer com o irmão mais novo – este que eu ainda não tinha tido a chance de conhecer.

O céu já estava escuro quando saímos da cozinha até a sala de TV onde fizemos uma votação sobre o que iríamos assistir, por fim escolhemos Bolt, o Supercão e os deixei esparramados no sofá enquanto retornava para a cozinha na intenção de estourar algumas pipocas.

Fiquei um pouco perdida no começo, pois não sabia onde nada ficava, mas após abrir e fechar praticamente todos os armários existentes ali encontrei tudo o que precisava e me concentrei em meus afazeres.

Até que um barulho alto pode ser ouvido da porta da garagem e eu deduzi que seria Sergio, por isso não me preocupei muito, apenas continuei a cuidar das pipocas pra que não queimassem.

Mas o barulho de saltos batendo no chão me tiraram a atenção e eu franzi o cenho, me virando para ver quem além de Ramos tinha chegado também. Arregalei os olhos ao encontrar a sua figura a minha frente.

 

 

 


Notas Finais


Me segue lá no Instagram pra gente ficar mais pertinho ♥ @___leonhardt___


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