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História Open wounds, closed heart - Dia 14


Escrita por: Nekoclair

Capítulo 14 - Dia 14


05/08/2017

 

Hoje completou três meses desde que comecei a participar do GAPAD, e devo admitir que o tempo passou depressa. Parece que foi ontem que eu conversava com Phichit sobre como Celestino achava que terapia em grupo podia ajudar com minha sociofobia, o que acabou sendo razão suficiente para ele passar a noite inteira procurando comigo lugares onde eu pudesse me inscrever. Fico feliz por não ter desistido antes de tentar, pois conheci pessoas ótimas e com quem espero manter contato daqui para frente.

Com todo esse bom humor, fui para a reunião esbanjando sorrisos. Aquele prometia ser um bom dia.

Durante todo o tempo livre fiquei, como sempre, na companhia de Guang e Leo, que estavam se divertindo com meu bom humor. Nós conversávamos animadamente até que Victor apareceu e perguntou se podia se sentar conosco, o que foi suficiente para que o sorriso de Leo imediatamente desaparecesse. Pelo menos ele não comentou nada sobre seu desagrado pela forma como Victor havia me tratado na semana anterior (fato compartilhado no grupo, depois que informei sobre o pedido de amizade inesperado). Entretanto, eu havia decidido dar a ele uma chance, então gesticulei em direção à cadeira ao meu lado, o que trouxe um largo sorriso ao seu rosto.

Tentamos continuar a conversa, mas o assunto morreu totalmente graças a mudança de humor de Leo.

Sem saber mais o que falar, comentei que Victor parecia melhor, recebendo uma resposta positiva. Leo então se levantou, emburrado, disse que não aguentava mais ficar na companhia de alguém tão falso e saiu andando. Guang foi atrás dele, preocupado, deixando-me a sós com Victor, que ficou notoriamente chateado. Apressei-me em dizer que eu não o achava falso, mas que era verdade que às vezes seus sorrisos não pareciam sinceros. Acrescentei ainda que nem por isso ele devia ser julgado, pois certamente ele tinha seus motivos para se comportar assim. Ele agradeceu pela minha honestidade e disse que sabia que o que Leo dissera era em parte verdade. Pensei então em falar que se tivesse algo o incomodando ele podia conversar comigo, mas perdi a coragem quando lembrei da experiência da semana passada.

Alguns segundos de silêncio depois, Victor pediu pelo meu contato de celular e se podia me mandar mensagens de vez em quando, ao que respondi que sim. Ele ficou em silêncio por mais alguns instantes e comecei a notar certa timidez em seus trejeitos. Victor então perguntou se, quando ele estivesse se sentindo meio mal, ele podia falar comigo, o que me deixou surpreso e me fez não responder de imediato.

Perante meu silêncio, ele tentou se corrigir e dizer que na verdade não precisava, mas me apressei em dizer que ele podia falar comigo sempre que quisesse, que seria um honra. Eu então corei porque… Honra? Com tantas palavras eu tinha que escolher logo essa? Mas Victor riu, o que fez eu relaxar e pensar que a gente talvez pudesse mesmo se dar bem… Sermos amigos.

Durante o resto do tempo nós conversamos sobre nada específico, e quando o intervalo começou conversamos mais um pouco, até vermos as pessoas se organizarem para a roda.

Quando Victor deu conta do que estava para começar, sua preocupação tornou-se aparente. Perguntei se ele estava bem e ele disse que mais ou menos, e admitiu que não gostava de falar em público, ainda mais sobre si mesmo. E então prosseguiu dizendo que lamentavelmente não teria mais como evitar a roda, pois Yakov havia brigado com ele e seus sermões se mostraram mais sinistros do que a roda. Perguntei quem era Yakov, e vi Victor travar perante minha pergunta. Notando seu desconforto, falei que ele não precisava responder, mas que esperava que um dia ele pudesse me contar mais sobre ele. Victor sorriu e, depois de alguns instantes, olhou meio ansioso em direção ao grupo de pessoas que começavam a se organizar. Ele então perguntou, “Vamos?”, e eu o segui até as cadeiras.

Em sua primeira experiência na roda de conversa, Victor gaguejou (o que achei bonitinho, mas nunca que irei admitir isso pra ninguém). Ele ficou olhando para o chão por um longo tempo e então pediu desculpas pela forma como havia se comportado, e pediu o perdão de Minako, que a seguir também se desculpou pelas coisas que havia dito.

Apesar de tudo ter corrido relativamente bem, Victor não pareceu feliz quando tudo enfim acabou. Ele continuava nervoso, agitado. Quanto a mim, nada a declarar, já que tive uma semana relativamente boa.

Quando foi hora de partir, Victor me ofereceu carona, mas recusei, afirmando que minha mãe já me aguardava. Fui em direção ao portão, encontrando Leo e Guang no meio do caminho. Perguntei como Leo estava e ele disse que estava um pouco melhor, e então complementou dizendo que ainda não confiava em Victor. Tudo que eu disse foi que eu esperava que ele o desse uma chance, pois eu desejava que meus amigos se dessem bem, mas isso não pareceu ser suficiente para que Leo mudasse de ideia. Mas eu sabia que não adiantava pressionar, era melhor deixar as coisas simplesmente acontecerem como tinham de ser.

 


Notas Finais


Olá. Desculpem atrasar o capítulo, mas não tive como evitar. =/ Minha vida andou um caos nessa última semana... Mas sei que vocês não querem saber de desculpas, ou explicações, então tudo que espero é que tenham gostado do capítulo. :)
E ontem completamos 3 meses de fic! E eu só queria dizer que estou adorando escrever esta história, e que conheci pessoas maravilhosas graças a ela. <3 Espero que continuem comigo até o fim!
Agora, para não perder o costume... Que tal deixar um comentário? Eu adoraria ouvir a opinião de vocês a respeito do capítulo. O que acham da atitude do Leo (além dele estar OOC provavelmente k)? Vocês concordam com ele?
Bem, é isso. Desculpe atrasar. Semana que vem o capítulo vai sair no dia certo, prometo~
Até semana que vem!

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