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História Operação: Mamãe Solteira (Dahmo) - Pirulito que bate bate, às vezes espanca


Escrita por: dahyunix

Capítulo 14 - Pirulito que bate bate, às vezes espanca


— E este é o meu escritório — Momo abriu a porta do lugar e deixou que Jinwoo olhasse por todo o canto

Como havia sido prometido na semana anterior, o primogênito estava fazendo a sua parte do acordo visitando assim a empresa de sua mãe. Hirai estava feliz, mostrar todo o império que ela mesma havia erguido com o passar dos anos para o filho era de certa forma algo para se gabar

— O que achou? — Perguntou ao deixar seu sobretudo por cima de um dos sofás do ambiente e seguir até sua poltrona

— É bem maior do que eu imaginei -Disse se aproximando da grande janela que era a responsável por trazer uma luz agradável ao ambiente — Você tem uma ótima visão de tudo aqui de cima

— Você acha?

— Você não?

— Na verdade, foram poucas as vezes que eu realmente olhei para o lado de fora

— Isto é impossível

— Estou falando a verdade, não tenho tempo pra reparar na vista

— Que desperdício — Murmurou o garoto -Você está perdendo a parte mais bonita de todo este prédio mas ainda sim não parece que você liga. Enfim, aonde eu fico?

— Por que não se senta naquela mesinha ali do lado?! Irei chamar Sooyoung para trazer alguns relatórios que ainda precisam ser separados e revisados

— Isto soa muito chato -Momo acabou rindo da maneira que o filho havia dito

— Não é chato, é trabalho

— Trabalho chato — Negando com a cabeça Momo simplesmente ligou para o ramal de sua secretaria e requisitou a última remessa de papéis para aquela semana

Sem demorar mais que dez minutos, Sooyoung bateu na porta algumas vezes e logo teve sua entrada permitida. Caminhou direto para a mesa da mulher e a estendeu os papéis

— Pode entregar para aquele rapazinho bem ali — Apontou com a cabeça para o garoto. Mesmo estranhando o pedido Sooyoung se aproximou com um sorriso simpático como o de costume — Park este é Jinwoo, meu filho mais velho. Jinwoo esta é Sooyoung, minha secretária

— Oh, é um prazer pequeno Hirai — Em uma tentativa de bons modos a mulher estendeu sua mão

— Olá — Disse simples enquanto aceitava de bom grado o cumprimento — Minha mãe decidiu me aprisionar aqui, então se você puder me arrumar o número da polícia eu agradeceria

— Jinwoo! Não ligue pra ele Sooyoung, Jinwoo tem um senso de humor muito único. Não é mesmo?

— Eu tive a quem puxar — Sorriu sem mostrar os dentes em um claro gesto irônico

— Eu já vou indo, qualquer coisa é só me chamar — Sooyoung disse à Hirai que assentiu lhe permitindo a saída

— Gostei dela — Disse Jinwoo — Seu sorriso é muito bonito. Acha que eu tenho chances?

— Você ainda cheira a biscoitos e leite Jinwoo. Diminua seu ego — Momo comentou em um sorriso

— O que eu tenho que fazer?

— É simples, separe os relatórios em valores. Casos de separação, disputa pela guarda, pensão atrasada... Estas coisas

— É o que você faz? Mexe com este tipo de julgamento? E quanto aos homicídios?

— Eu não fico nesta área Jinwoo. Minha função se trata mais da família e os problemas que as rodeiam

— Então quem fica com essa parte?

— Sana é a líder dessa do setor que envolve esta área

— E eu posso vê-la?

— Talvez em outro momento. Hoje você fica aqui comigo

— Sinto que o dia de hoje vai demorar bastante

— Talvez ele passe rápido se você não reclamar tanto. Agora faça seu trabalho e me deixe fazer o meu

— Tá, tá... Não entendo como você escolheu algo tão tedioso para fazer

Hirai encarou Jinwoo que já não lhe olhava de volta, estava com sua atenção focada na pilha de papéis em sua frente. Neste momento Momo pensou nas palavras do filho e quis gritar dizendo que não era ela quem havia escolhido viver daquilo, e sim que os outros lhe tinham induzido para tal cargo

Aos seus dezesseis anos Momo havia finalmente adquirido a coragem que precisava para contar seus objetivos de vida para os pais. Queria fazer faculdade de dança e assim poder realizar um de seus maiores sonhos ao abrir um estúdio onde ensinaria crianças e adolescentes a arte que era  a dança. Ela só não contava com um balde de água fria sendo despejado sobre sua cabeça

Foi uma das primeiras vezes que havia escutado seu pai gritar, pois havia sido a primeira vez que havia discordado de seus ideais. Ao que tudo indicava, o mais velho já tinha um plano de carreira para a filha e não abriria mão do sucesso e orgulho que ela lhe traria para permitir qualquer uma de suas bobagens passageiras

Momo se lembrava perfeitamente de como havia chorado naquela noite, alguém estava destruindo seu sonho e ela não poderia fazer nada para evitar. O pai por outro lado lhe abraçava de maneira rígida dizendo em um tom baixo mas ainda sim amedrontador, que ele fazia aquilo pelo bem, que queria o melhor da filha e que não a deixaria jogar sua vida fora daquela maneira tão imprudente

A jovem Hirai pensou que aquilo tudo era bobagem. Queria poder dizer ao pai como ele estava enganado, queria poder lhe mostrar a nova coreografia que havia preparado com tanto amor e que havia lhe resultado em tantas manchas roxas por suas pernas pelo esforço feito, mas naquele abraço desajeitado e sufocante Momo só conseguiu dizer que aceitaria o que quer que o pai lhe oferecesse. Se tornaria a garotinha de ouro que o homem sempre almejou e para que isto acontecesse ela estava certa de que não dançaria mais, se tornando assim a única responsável por desistir de seu próprio sonho

— Mãe? — Despertou de seus devaneios com um balanço em seu ombro — A senhora está bem? Está paralisada assim já faz mais de quinze minutos

— Eu estou bem. O que houve?

— Eu terminei

— Já? Fez tudo certo ou tudo correndo para terminar logo?

— Tudo certo — Revirou os olhos — Eu quero ir pra casa

— Jinwoo você chegou faz pouco tempo, você não quer seus instrumentos de volta? O trato é esse

— Que droga

— Hirai Jinwoo!

— Digo, que bobice

— Olha não é tão ruim assim quando você se acostuma

— Então se trata disto? Costume? E quanto ao amor pelo trabalho?

— Às vezes nós temos que ter certas condutas que vão além de apenas amor — Disse seriamente ao analisar o trabalho feito pelo garoto

— Podemos conversar um pouco sobre algo que está me deixando um pouco incomodado?

— Claro, sobre o quê?

— O que está acontecendo com você e Dahyun?

— Não entendi — Encarou o garoto com confusão

— Eu não sei, desde ontem vocês me parecem distantes

— Nós nunca fomos próximas Jinwoo

— É eu sei, mas estou me referindo ao fato de que nem se olhar vocês se olham mais. Vocês brigaram? Vai despedir ela? — A última pergunta pareceu um pouco mais desesperada e Momo se questionou por certos segundos se ele dividia da mesma opinião que Kyung

— Não irei despedir ninguém. Você também gosta dela, não é? Isto é novo

— Ela é diferente das outras babás que você contratava. Mãe, ela se importa mesmo com a gente e é bastante divertida — Sorriu de maneira boba fazendo com que Hirai quase sentisse um mini desespero interno

Não poderia e nem queria escutar muito sobre a garota, mas isto estava se tornando algo difícil quando além de suas próprias amigas lhe irritando com o mesmo assunto, agora ela tinha que lidar com seus filhos fazendo o mesmo

Toda vez que se pegava pensando demais na azulada, Momo também tinha a imagem clara de como ela ainda agia com Mina e em como ela havia beijado aquela garota na boate com tanta necessidade. Dahyun não tinha nada a perder com aquela aproximação, mas Hirai tinha e era exatamente por isto que não se arriscaria novamente

Não podia esquecer o fato de ter acabado de sair de um relacionamento de anos, a possível traição tinha transformado Momo em uma mulher um pouco mais insegura e ela não gostaria de entrar assim em um novo “rolo” ou uma nova relação com alguém. Ainda mais se este alguém fosse a Kim

— Você quer comer Jinwoo?

— Comer?

— É, nós podemos ir na lanchonete que tem aqui em frente. Esqueci que você ainda não almoçou

— Pensei que não fosse chamar, eu estou morrendo de fome — Hirai acabou rindo da empolgação do garoto, se Nayeon estivesse ali ela provavelmente diria que o mesmo era realmente filho de Momo pelo simples fato de ser mais um esfomeado de primeira

[...]

Enquanto Dahyun tinha facilidade com alguns, ela não poderia simplesmente dizer que era a favorita de Yura. Infelizmente não poderia agradar a todos

Conquistar a confiança da única filha de Hirai seria com certeza um desafio, se visarmos o fato de que Dahyun não suportava crianças que agiam de maneira mimada ou birrenta, tudo que Hirai Yura era. Por exemplo, agora a pequena garotinha brigava com Kyung por algo bobo como um pirulito

— Mas é meu

— Não estou vendo seu nome nele

— A mamãe deu pra mim!

— Achado não é roubado Kyung — Deu língua para o irmão que suspirou enquanto desistia de pegar o doce da mão da irmã

— Noona — Gritou por Dahyun que já observava toda a discussão fazia alguns minutos

— É sério isso? Vocês realmente estão brigando por um pirulito? — Perguntou com certo desgosto — Tá, Yura por que não devolve o que pegou de seu irmão?

— Porque não é mais dele

— Para com isso, apenas devolva

— Eu não quero! Você não manda em mim! — Bateu o pé irritada

Dahyun nunca foi uma pessoa muito agressiva mas de repente, por um mísero segundo em sua cabeça imaginou a possibilidade de dar uma bicuda naquela garota pela forma que ela dizia as coisas. Claro que isto foi um pensamento horrível, e Dahyun culpava o pequeno diabinho que sussurrava coisas em sua orelha esquerda por tais atitudes

— Yura, se você quer tanto um pirulito basta pedir para sua mãe. Tenho certeza que ela compraria uma fábrica de doces só porque você quer — Disse tudo em um sorriso totalmente forçado — Mas este que você tem em suas mãozinhas é do Kyung, você já comeu seu doce hoje

— Você quer? — Perguntou para Dahyun que suspirou e assentiu devagar — Então toma

A azulada não pode raciocinar, apenas observou o embrulho voando da mão de Yura e indo diretamente para seu rosto, mais especificamente no seu olho. Kim nunca imaginou que algo tão pequeno fosse doer tanto, assim como também nunca imaginou a possibilidade de levar uma pirulitada na cara e que de brinde a criança fosse tão boa em pontaria

— Ora sua pestinha — Murmurou Dahyun e ao tentar agarrar a garota a mesma acabou sendo mais rápida correndo para longe

— Ela te machucou noona?

— Tá tudo bem Kyung — Respondeu com uma de suas mãos cobrindo seu olho direito — Eu pelo menos salvei seu pirulito

— Ah pode ficar, acho que você precisa dele mais do que eu agora — O garoto sorriu acolhedor

— Eu acho que vai ficar a marca

— Olhe pelo lado bom

— Qual é o lado bom?

— Agora nós podemos brincar de piratas — Sua fala entusiasmada fez com que Dahyun sorrise, seria mais cômico ainda se não fosse tão trágico

Tentou ignorar o fato de que Yura havia lhe tratado mal para focar sua atenção em Minjun e Kyung. Ambos assistiam um desenho qualquer na televisão e Dahyun se sentia quase que obrigada a também assistir

O tempo passava devagar quando Jinwoo não estava ali, afinal, o garoto era responsável pelas conversas divertidas que ela tinha. Gostavam de conversar sobre shows e artistas favoritos que tinham em comum, fora que mesmo tendo uma grande diferença na idade Dahyun sentia certa conexão com o mais velho dos Hirai's

— Você e a mamãe estão bem? — Kyung perguntou ainda vidrado no desenho

— Estamos, por que a pergunta?

— Ah não sei... Vocês nem se falaram ou se olharam direito hoje

— Ela só estava apressada e eu nem notei na verdade — Claro que era mentira, mas Dahyun tinha dito a si mesma que se Hirai lhe trataria com indiferença, ela também o faria

— Mas você disse que gostava dela

— Certo, eu gosto dela assim como gosto de você e de seus irmãos. Temos uma convivência legal não é?

— Acho que sim, só que Yura...

— É ela vai dar trabalho — Dahyun resmungou ao tocar em seu olho — Mas tá tudo bem, amanhã eu vou tentar algo que eu acredito que ela vá realmente gostar

— Espero que sim — Disse por fim, deitando-se sobre o colo de Dahyun que resolveu afagar os fios negros do garoto

Kyung era um garoto especial, foi o primeiro que lhe acolheu e a tratou bem então era óbvio o carinho que Dahyun tinha pelo menino. Sempre sorridente, pulando e brincando por aí... Dahyun nem conseguia imaginar na possibilidade daquele tampinha de chorar, era precioso e possuía uma luz que iluminaria até mesmo os piores dias que Dahyun já havia vivido

Com a tarde chegando ao fim, não demorou muito para que Momo e Jinwoo aparecessem na casa. O segundo com uma cara de cansado, alegando que só queria um banho e sua cama atraindo as risadas dos irmãos e da própria Kim

— Chegaram mais cedo -Dahyun disse casualmente. Já estava agarrando seus pertences para sumir daquela casa

— Jinwoo estava dormindo e babando sobre meus relatórios, achei melhor trazê-lo logo

— Hm... Deu tudo certo?

— Ele até que fez muito para seu primeiro dia

— Que bom -Se limitou em dizer — Acho que eu já vou indo agora

— Ei, o que houve? — Assim que Dahyun encarou Momo a mesma notou a coloração mais escura bem próxima ao seu olho

— Ah isso? Foi um acidente um tanto quando diabético eu diria. Yura e Kyung estavam brigando por um pirulito e bem... Ele acabou voando no meu olho — Disse emitindo algumas verdades

— Eu não deveria estar surpresa

— Pelo menos quem ficou com o pirulito no final fui eu — Sorriu sem graça ao tirar o doce de seu bolso, este pequeno ato fez Momo sorrir e a chamar com o indicador até o sofá

— Eu vou dar um jeito nisso pra você

— Ah não precisa, eu só vou ser zoada pelos meus amigos já estou acostumada

— Senta logo. Meus filhos fizeram isto e eu acho que o mínimo que eu posso fazer é cubrir este estrago

E então Dahyun obedeceu, sentada no sofá esperou paciente pela volta de Hirai que havia saído para buscar seu kitzinho de emergência

— Vou passar uma pomada que vai lhe aliviar a dor e pelo menos clariar um pouco este roxo — Avisou para Dahyun que apenas assentiu conformada

Pegando um pouco do creme Momo começou a passar de maneira leve pelo rosto de Dahyun, que com o toque suave foi capaz de se permitir fechar os olhos. A mão de Hirai lhe acariciava tão bem que Dahyun se sentia segura com o breve carinho que lhe era fornecido

Momo por outro lado aproveitava daquele momento para observar melhor o rosto pálido que Dahyun possuía, sua feição calma era tão aconchegante que Hirai quis lhe comparar como um pequeno anjinho caído do céu

Naquele pequeno momento que dividiam juntas, ambas tinham emoções diferentes que corriam dentro de si mesmas. Dahyun se sentia acomodada, era um carinho bom mas que ao mesmo tempo ela ainda não conseguia imaginar como algo que ela gostaria de ter pra sempre. Já Momo estava confusa, seu coração estava acelerado e mais do que nunca ela gostaria de entender o motivo para tanto alvoroço por um simples toque feito

Dahyun então abriu os olhos, cortando qualquer tipo de pensamento que tinham. Colocou sua mão sobre a de Hirai e a levou até sua bochecha, a segurando ali. Revezando olhares entre os olhos e a boca Dahyun tentou mas não conseguiu resistir, lá estava ela tentando mais uma vez sentir o gosto dos lábios de Momo. O problema foi que desta vez a Hirai não cederia, estava tão inerte quanto mas ela não deixaria se humilhar tanto. Não faria aquilo consigo mesma de novo

— É... terminei — Disse assim que se afastou ao se levantar

— C-Claro, eu percebi. Obrigada Hirai — Agradeceu um pouco sem graça pelo ocorrido e também se levantou — Eu já vou indo

— Até amanhã

— Até

Dahyun esperou a porta da sala se fechar para fazer um bico triste. Poxa, ela queria tanto e sabia que havia prometido ser uma garota mais profissional só que quando ela via Momo, tudo parecia tão certo que ela nem mesmo ligava de quebrar sua própria regra

No final Kyung tinha razão, ser quase que esmurrada por um simples pirulito tinha lá suas vantagens 



Notas Finais


Hey nenéns

Tô atrasada mas eu cheguei, agr n sei se volto quinta feira que vem não amores mas eu volto aí

É isso, tô cansadita pra dizer algo... Até o próximo capítulo e comentem o que acharam que isso me incetiva a voltar mais rápido

Bjinhos e eu amo vcs ❤️
ps; o cabelo da dahyun era ruivo mas eu só fui perceber que troquei as cores no último cap então a partir de agr ela tá com o cabelo azul da era de fancy (icônico)


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