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História Opostos Complementares (YoonMinABO) - Capítulo 12


Escrita por: louiselobo_

Notas do Autor


Boa noite, meus amores 🥺

Capítulo 12 - Capítulo 12


Fanfic / Fanfiction Opostos Complementares (YoonMinABO) - Capítulo 12

Yoongi não estava nada satisfeito em ter que participar daquele jantar, principalmente quando viu Jimin aparecer na junto aos outros funcionários quando Sohyun mandou que o jantar fosse servido.

Não era sua função estar ali, mas alguém tinha faltado e, como fora ensinado, ele tinha que estar pronto caso fosse necessário.

Jimin tentou não focar tanto em Yoongi. Ele só precisava fazer seu trabalho certinho e voltar para a cozinha, não pensar na moça bem vestida, seu pai e sua mãe, carregada de jóias, conversando com a mãe de Yoongi.

Yoongi, porém, não conseguia ser tão discreto quanto ele. O alfa seguia cada movimentação de Jimin com o olhar e estava tão distraído que, por vezes, Sohyun teve que chamar sua atenção.

— Estamos animados também — Sohyun falou, numa de suas entradas na sala de jantar, para levar o segundo prato. — Não sabemos quantos convidados serão, ao certo, mas é bom decidirmos o local. Precisamos escolher qual hotel vamos usar.

Taehyung sorriu para o ômega e agradeceu pelo que ele havia trazido e Yoongi pressionou os lábios numa linha fina ao ver aquela comunicação pequena.

Não conseguia ficar confortável em ver Jimin servindo-os e vendo tudo aquilo, principalmente quando ele se aproximava de Chaeyoung, já que Jimin sabia que se tratava da pessoa a quem Yoongi estava prometido.

Jimin estava mais nervoso do que parecia, ainda que tentasse fazer tudo certo e, ao ouvir uma reclamação de Sohyun, dizendo que ele estava fazendo tudo lento demais, tentou retirar a louça da mesa mais rápido.

No processo, Jimin deixou cair uma taça, com um resto de vinho tinto, mas foi rápido o suficiente para não deixá-la cair no chão.

Ele pediu desculpas e limpou a mesa, mas a senhora Min ainda comentou sobre ele não ser adequado para aquela parte da casa.

— Ainda bem que não derrubou no vestido de Chaeyoung. Nem com seu salário de um ano conseguiria pagar algo assim — Sohyun comentou, com um sorriso de desdém em seu rosto. — Ainda mais com o valor sentimental que tem.

Jimin olhou para ela, quase desesperado, mas Chaeyoung sorriu.

— Sim, foi o vestido que Yoongi me deu de aniversário.

Sohyun concordou com ela, orgulhosa.

— Imagine os presentes de aniversário de casamento — ela continuou, fazendo os pais de Chaeyoung rirem também, exceto Yoongi e Taehyung.

Jimin se desculpou mais uma vez, curvando-se para eles e deixou a sala de jantar.

Yoongi queria levantar, mas sabia que seria questionado.

— Não lembro de ter comprado um vestido no seu aniversário, Chae — o alfa disse, olhando para a garota. — Eu não sei escolher essas coisas.

— Ah, quem escolheu fui eu, meu bem — Sohyun disse, tocando a mão do filho. — Até porque, eu ficaria surpresa se você soubesse escolher um vestido. Mas foi pago por você, então acaba sendo a mesma coisa.

— Uau, Chaeyoung — Taehyung falou. — É bom ficar perto da sua sogra, então. É capaz de meu irmão não lembrar das datas importantes de vocês! — Yoongi olhou para ele, irritado. — Com licença, preciso ir ao toilette.

Taehyung se levantou e Yoongi fez o mesmo.

— Depois de mim, Taehyung. Eu preciso atender uma ligação.

Os outros convidados não entenderam.

— Eu disse que vou ao toilette, hyung. Você espera aqui. Afinal, são seus convidados.

O mais novo sorriu, fingindo cordialidade, mas Yoongi não esperou. Pediu licença e foi atrás de Jimin.

Sohyun tentou apaziguar a situação, dizendo que os dois eram assim mesmo sempre que bebiam vinho.

Os dois alfas seguiam a passos pesados pelo corredor. Taehyung tentava alcançar Yoongi, mas o mais velho travava seu caminho.

— Volte para o seu jantarzinho, Yoongi. Eu vou ver como ele está.

— Você está me tirando do sério, Taehyung.

— Ah, que coincidência.

Yoongi virou para o irmão e o empurrou contra a parede, prendendo Taehyung com seu antebraço.

— Está me provocando porque sabe que os pais de Chaeyoung estão aqui.

— Mesmo se não estivessem, você não faria nada. — Taehyung falou e soprou uma risada.

O mais velho o largou e continuou andando para longe da sala de jantar.

Não queria dar o braço a torcer, mas de certa forma, Taehyung tinha razão. Yoongi havia percebido a forma como Jimin tinha ficado e precisava dar seu conforto a ele.

O alfa foi para a cozinha, mas o encontrou, então Jihye acabou contando que ele tinha voltado ao anexo. A pessoa que estava faltando havia chegado e Jimin, por sorte, podia ir embora.

A governanta o alcançou, no entanto, antes que deixasse a casa.

— Não pode deixar o jantar! Yoongi! A sua mãe — ela alertou, segurando o braço forte do alfa e puxando-o.

Yoongi negou com a cabeça.

— Não posso deixar que ele se sinta desprezado, nem que acredite que eu fiz aquilo por Chae.

— Também não pode pedir a ele mais tempo, esperando por você.

— E o que quer que eu faça, Noona?! Que eu diga a ele que fique com Taehyung? Eu amo Jimin e vou fazer o que for preciso para ficar com ele.

A ômega olhou para ele, um tanto chocada. Era até natural que alguma paixonite surgisse, mas amor era sério demais.

— Não precisa me responder — Yoongi continuou. — Eu sei o que eu tenho que fazer.

O alfa correu para fora da mansão, encontrando Jimin já perto do anexo.

— Jimin! — chamou, então o ômega apressou os passos. — Espera, me escute.

— Não temos nada pra falar, senhor Min.

Yoongi o segurou, mas ele puxou seu braço de volta, estavam na lateral do anexo, no escuro, longe dos olhos alheios.

— Dá pra parar com isso?!

— De tratá-lo como meu patrão? Não posso, é o que você é.

O alfa suspirou.

— Não… você sabe que não é assim.

Jimin negou com a cabeça.

— Yoongi, eu não vou ficar entre vocês. Eu não vou ser a pessoa que entrou na sua vida e na dela para fazer uma bagunça.

— Não é isso que você é, Jimin.

— Eu sou só um empregado. — Sorriu triste. — E você quer saber a verdade? Este é o melhor emprego que eu já tive.

Yoongi segurou o rosto dele e negou com a cabeça.

— Não é só isso. Não quero que seja só isso. Eu vou conseguir contornar essa situação. Você vai estar comigo, ao meu lado, como meu marido.

Jimin negou, de olhos fechados, se desvencilhando dele, ainda que doesse fazer aquilo.

— Quem estamos querendo enganar? Eu nunca vou ser aceito no mundo de vocês. Eu não sou como vocês.

— Isso é besteira, são apenas detalhes.

O ômega soltou o ar, pesadamente, mas negou.

— Me desculpe. Eu não posso fazer isso.

— Jimin.

— Não, senhor. Eu agradeço por ter conseguido o emprego. Serei sempre grato por isso, mas nós temos que aceitar. É apenas isso.

Yoongi negou, mas Jimin se afastou.

— Volte para lá, por favor. Não quero problemas com a senhora Min.

Ele se virou e entrou no anexo, indo direto para o quarto. Trancou a porta e deixou o choro chegar, copioso e ressentido.

Não adiantava o que quer que Yoongi fizesse. Ele sabia que não era como eles, algumas coisas não tinham como mudar.


Depois de algum tempo, Yoongi voltou para a sala de jantar, sendo recebido com alegria, mas seu rosto trazia uma seriedade que não condizia com a situação.

Antes de se sentar, Yoongi se colocou atrás da cadeira em que estava sentado, limpando a garganta para olhar para os pais de Chaeyoung.

— Me desculpem pela demora, precisei resolver algo importante.

 — Que bom que voltou, Yoon — Sohyun disse sorrindo, mas seu olhar tinha um quê de repreensão. — Estávamos esperando você para…

— Me desculpem, mas não posso fazer isso. — Taehyung olhou para ele, surpreso, mas ainda irritado. — Eu sei que meu pai prometeu, mas eu não posso casar com Chaeyoung, eu sinto muito.

Os pais da garota se olharam, mas depois riram, achando que aquilo era uma piada.

— O que está dizendo, Yoongi? — O senhor Park foi o primeiro a questionar.

— Sinto muito, mas não posso me casar com Chaeyoung. Eu vou manter minha palavra e dar um jeito de arrumar toda a bagunça que será causada por minha culpa, mas não posso me casar com ela, dar uma marca a alguém que eu não amo.

— Min Yoongi! — Sohyun brigou ao ver a forma como a garota tinha se encolhido.

— Não adianta — Yoongi soprou uma risada. Nervoso, mas finalmente leve. Sabia que o peso do mundo cairia sobre ele em seguida, mas naquele momento, ele parecia estar voando. — Isso tudo, esses jantares, os eventos. Do que vão adiantar? É um casamento por contrato, nós não nos amamos! Só estamos perdendo tempo.

O Min mais velho olhou para Chaeyoung ao tempo de ver uma lágrima escapar de seus olhos grandes.

— Você é uma ômega linda, Chae. E eu não tenho dúvidas de que será uma esposa excelente, mas não vou prender você a mim. Me desculpe.

Yoongi se curvou para a mãe e para os pais dela, então saiu, indo para seu quarto.

A reação de quem ainda estava na mesa foi ficar sem reação. Os pais de Chaeyoung ainda estavam chocados e só descongelaram quando a moça começou a chorar realmente, cobrindo o rosto para que não a vissem desabar.

A mãe da garota foi consolá-la e Sohyun pediu desculpas, tentando controlar a situação. Taehyung saiu da sala de jantar e foi para a cozinha, procurando por Jimin.

Ele olhou rapidamente e seguiu para o anexo depois de não encontrá-lo e bateu na porta, apressado.

Jimin estava trancado em seu quarto, dividido entre o medo de ser demitido ali mesmo ou de ver Yoongi novamente.

Não estava em condições de conversar com o alfa. Estava magoado e se sentindo diminuído, mas também não queria se meter em algo que já estava feito antes dele conhecer o Min.

— Sou eu, Taehyung. Por favor, abre aqui. Eu só quero conversar, eu juro.

Ele ouviu o alfa mais novo chamá-lo. Não queria falar com Taehyung também. Sabia que acabaria fazendo o outro confundir as coisas e também não queria aquilo. Ele só queria um pouco de paz.

Taehyung ouviu o som do carro dos pais de Chaeyoung saindo da mansão e logo em seguida, os gritos de sua mãe.

— Por favor. Eu sei que está chateado, mas eu preciso de um lugar para me esconder também.

Jimin estranhou a forma como a voz grave havia saído mais trêmula. Ele pensou mais um pouco, quem sabe Taehyung fosse embora também, mas não aconteceu. As batidas continuaram enquanto Taehyung chamava seu nome.

O ômega levantou e seguiu para a entrada do anexo. Taehyung soltou a respiração com alívio assim que o viu. Jimin abriu a porta e ele entrou, mas o ômega ainda conseguia ouvir a discussão que acontecia dentro da mansão e ficou preocupado.

— O que houve lá? — perguntou e Taehyung fez careta.

— Yoongi fez um caos.

Jimin esperou com expectativa que ele continuasse. Taehyung teve poucos segundos para pensar no que faria, ele poderia se declarar para Jimin e investir nele antes que soubesse sobre o noivado quebrado de seu irmão ou contar a verdade.

Park ainda esperava a resposta dele, ansioso e aqueles olhos diziam mais do que Taehyung gostaria de enxergar.

— Ele confessou que quer terminar o acordo de casamento com a Chaeyoung, então… foi um caos.

Jimin estava processando a informação ainda, mas Taehyung teve certeza de ver seus olhos pequenos brilharem, a respiração ficou mais rápida e ele umedeceu os lábios. Taehyung abaixou a cabeça, sentido. Não tinha como se enganar, Jimin não olhava daquela forma para ele.

— P-por que ele fez isso? — a voz doce saiu num sopro quase inaudível.

— Acho que você sabe a resposta — Taehyung disse com um sorriso triste.

O ômega desviou o olhar do dele e andou para a cozinha do anexo, indo até a geladeira e pegando uma garrafinha de água.

— Isso… isso não está certo. A sua mãe, ela deve estar furiosa com ele.

— Ela está — o alfa afirmou. — Por isso eu não quero ficar lá. Essa vai ser uma noite complicada.

Jimin negou com a cabeça, sem acreditar que Yoongi tinha feito aquilo tão de repente, mesmo depois do que ele já tinha dito. Porém, também queria saber como o alfa estava, se Yoongi ficaria bem depois de ter abdicado daquilo.

Ele se virou para Taehyung, vendo o Min mais novo perdido dentro daquele pequeno espaço.

— Por que você não está lá com eles?

Taehyung olhou para ele e deu de ombros.

— Não é assunto meu. Yoongi sempre foi bem claro sobre me manter no meu lugar. Ele é o primogênito, eu sou apenas o segundo filho da família, ninguém nunca está realmente se importando comigo. — Seu sorriso retangular apareceu, mas Jimin sabia que ele não era verdadeiro. — Mas, e você?

— O que tem eu?

— Você vai ficar com ele agora?

Jimin negou imediatamente.

— Eu nem sei se ele está livre, realmente. E mesmo se estiver, eu não o “tipo certo” para a sua família, Taehyung. Chaeyoung é. Delicada, elegante… eu sou um ômega que nem conhece a própria linhagem. Não sei de onde eu vim, nem pra onde vou. Vocês não. Vocês já tem um destino escrito para vocês mesmo antes de nascerem.

Taehyung concordou com ele, mas não entendia porque seu destino tinha que ser tão ruim. Apaixonado por alguém que não está apaixonado por ele.

— Bom, não vão sentir minha falta. Quando essas discussões acontecem, eu costumo pegar o carro e sair sem rumo.

Jimin assentiu. O máximo que podia fazer numa situação como aquelas era que na manhã seguinte ainda tivesse um emprego. O alfa notou sua expressão aflita e a forma como ele cutucava os cantos dos dedos. Taehyung foi até ele e pegou sua mão.

Park Jimin podia não ser apaixonado por ele, mas ele ainda sentia tudo dentro dele.

— Acho que ninguém vai sentir sua falta também — ele disse, sorrindo mais largo.

— O que está planejando, Taehyung?

— Sair daqui com meu amigo.

Jimin não teve tempo de argumentar, mas a verdade era que ele talvez também quisesse aquilo. Sair de lá, esquecer da sua vida por pelo menos uma noite inteira.

Então ele entrou no carro com Taehyung, desejando que ninguém sentisse falta deles até o dia seguinte.

[...]


Na mansão, Sohyun não tinha terminado de gritar o quanto Yoongi estava sendo mesquinho e irresponsável, sobre o quanto Chaeyoung estava magoada e como aquela brincadeira de mau gosto poderia prejudicar todo o negócio da família.

— Ligue para ela amanhã, peça desculpas e diga que não passou de um surto momentâneo. Você não pode quebrar uma promessa desse jeito.

— A promessa não foi minha! Eu só a mantive por causa do meu pai. Ele me pediu isso no leito de morte e eu era um garoto! Eu não pude escolher, eu não tive o direito de dizer não!

— Você deu a sua palavra. Agora cumpra, como um Min sempre cumpre!

— Eu não vou me casar com ela não estando nem um pouco interessado. — Yoongi não conseguia parar de andar pelo quarto, passava as mãos pelos cabelos descoloridos nervosamente, quase arrancando-os no processo.

— Está falando de amor? Isso você faz acontecer, meu amor. Você escolhe por quem decide sentir, o amor apaixonado é tão raso… o amor que se constrói é o que vale.

Yoongi franziu as sobrancelhas, olhando para ela. Como conseguia diferir? Para ele, não havia mais como dividir.

— Eu não posso. Não posso marcá-la. Chaeyoung só vai sofrer, meu coração já é de outra pessoa.

Sohyun ouviu aquilo e viu Yoongi ir até a janela, respirar melhor. A mulher ficou calada e Yoongi estranhou, mas Sohyun apenas estava pensando.

— Não me diga que… O empregado? Aquele omegazinho que limpa a piscina? — Yoongi virou para ela, imediatamente e viu o nojo em seu olhar. — Você já fez escolhas ruins, Yoongi. Você já se deixou levar demais pelas suas emoções, mas isso, isso é ridículo!

— O que eu sinto é ridículo? Como pode ser? — Ele riu. — Mãe, essa é a primeira vez que me sinto assim.

Sohyun negou com a cabeça.

— Amanhã mesmo eu terei o prazer de colocar esse qualquer para fora da minha propriedade.

— Ah, não, não vai fazer isso.

Ela forçou uma gargalhada.

— Você acha que pode me impedir? Esta casa é minha!

— Metade dela é, a outra metade é minha e de Taehyung. Além do mais, eu administro quem fica e quem sai da folha de pagamento. Jimin vai continuar trabalhando aqui.

— Isso é o que nós vamos ver!

Sohyun saiu do quarto do filho e foi para o seu.

Yoongi estava sendo desaforado, mas ela daria um jeito naquele ômega. Se ela não conseguisse tirá-lo de lá à força, faria com que ele desejasse nunca ter entrado em seu caminho.



Notas Finais


Espero que estejam gostando!
Me digam o que acharam e até o próximo capítulo 💜
Obrigada por lerem e comentarem 🧡

Amo vocês,
Loui 👑


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