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História Opposite - O pior dia da vida de Kyungsoo (pt. 2)


Escrita por: M1WH

Notas do Autor


Adivinha quem voltou?
Euzinha
Desculpem pela demora a
É época de provas e etc dai eu fiquei muito ocupada
Mas compensando a demora ta aqui um cap de 2.000+ palavras pra vocês nenes

Capítulo 2 - O pior dia da vida de Kyungsoo (pt. 2)


 

De fato, o dia estava sendo ruim para mim, um dos piores, se não o pior dia da minha vida. Eu me atrasei, perdi minhas lentes, e pra piorar tudo, a professora de biologia não veio. Biologia. A matéria que eu fiz meu trabalho. O trabalho que durou muito tempo. O trabalho que eu terminei ás quatro da madrugada. O trabalho de biologia.

Caminho até a minha carteira meio mole, e me sento colocando a mão em minha testa, encarando o chão. Era muita coisa pra um dia só, era muita coisa pra mim. Provavelmente eu estou dando uma de drama queen, mas pra mim não é o que importava no momento, o que importava era o quanto eu estava chocado.

- Você tá bem...? – A mesma voz que me acompanhou pelo caminho se fez presente, com o mesmo vocabulário desleixado e porco se fez presente, perto demais do meu ouvido. Viro meu rosto para JongIn e o olho bem, fazendo uma expressão raivosa inconscientemente. Se eu não estava no limite da minha raiva, aquela pergunta me deixou.

- Não! – Eu falei, jogando meu caderno e meu estojo na mesa, fazendo um baque alto ecoar na sala. Olho pra frente e percebo que a professora não estava mais ali. Ótimo, ela vai buscar todos os outros alunos pra sala pra eles verem a minha crise de raiva. – Minha manhã tá sendo um lixo, e quando eu pensei que uma pessoa legal tava me ajudando eu percebo que é só um maconheiro!

Me arrependo da minha fala no momento que a termino, tapando minha boca com as mãos. Meu Deus, eu sou um idiota ingrato. Olho Kai e ele não estava ofendido, por incrível que pareça.

- Calma aí, eu sei que o seu dia tá horrível e tal, e você vai descontar na primeira pessoa que você ver, que no caso sou eu. – Ele coloca a mão no peito e sorri. – E não precisa se repreender, eu sou maconheiro mesmo. Agora vamos tomar uma água.

Ele se levanta e me puxa pra fora da sala, vendo que agora o corredor estava cheio como normal. Quer dizer, mais ou menos. Todas as garotas estavam em um bolinho, olhando pro mesmo ponto, que era um cara. Eu entendo o motivo da curiosidade, apenas com uma olhada rápida eu vi cabelos claros e olhos nem tão escuros. Será que é um estrangeiro? Nunca tivemos um branco na escola. Queria parar e olhar melhor, mas Kai ainda me arrastava.

E ele continuou me arrastando até o bebedouro e quando chegamos ali, ele cruzou os braços e ficou me olhando, esperando que eu tomasse agua. Que cara estranho...

De qualquer jeito, eu não liguei muito e só me inclinei pra tomar agua.   

Pelo canto do olho eu via Kai observando um ponto especifico, com uma expressão de confusão total.

-Quem é o novato?

Eu dei de ombros e continuei a tomar agua, até eu sentir uma presença atrás de mim. Me virei, esperando ver uma colega ou um colega meu, mas ao invés disso eu vi o aluno novo, cujo Kai falava até dois segundos atrás. Ele me assustou, de fato, e eu me apoiei no bebedouro num salto, molhando as mangas do meu tão amado moletom cinza.

Não acredito que Kai ficou encarando esse sujeito, ele me dá medo. O “garoto”, entre aspas, por que ele já parecia um homem feito, tinha cabelos tingidos de laranja meio desbotados e os olhos cor de âmbar. Ele é mestiço, só pode. Isso é uma coisa importante, pois todo mundo aqui segue um certo padrão, só algumas pessoas se destacavam de fato.

- Com licença... - O garoto tinha uma voz grossa, com um leve sotaque americano.

Ao invés de falar algo eu só dei alguns passos e virei no corredor mais próximo. Ali e me encontrei com um dos meus únicos amigos, Huang Zitao. Ele é um intercambista chinês, e um aluno muito esforçado, sempre dizia que estudava demais só pra ser rico no futuro e comprar roupas de grife, o que me soava meio bobo. Mas aquilo custava a sanidade mental dele, tenho certeza, por que todo dia eu via ele com olheiras fundas e enormes, o deixando parecido com um panda, e pra completar o look, um copo de café sem açúcar em uma das mãos que não paravam de tremer. A única diferença entre nós é que o tom de pele se aproximava mais ao tom de pele de Jongin.

-Você viu o aluno novo?! – Ele praticamente grita, animado. Huang tem um sotaque muito forte, e também ele erra algumas palavras, fazendo ele ser motivo de bullying.

Colo minha mão na boca dele, até por que o “corredor mais próximo” fica literalmente do lado do bebedouro.

- Sim, eu vi. Em que sala ele vai ficar? De onde ele veio? Por que ele é tão estranho? – Pergunto tudo de uma vez, coçando minha cabeça. Ao fazer isso senti a manga molhada do meu moletom roçar na minha nuca, me deixando arrepiado. – E qual o nome dele?

- O nome dele é Oh Sehun, ele veio da América, do norte, não a do sul, a mãe dele é branca e eu acho que ele é esquisito por que ele é um demônio, mas o meu amigo disse que é por que ele é um vampiro, então a ainda gente tá na dúvida. – Ele fala rápido e toma um gole de café. É isso que eu tô falando com "perdendo a sanidade".

- Como você sabe de tudo isso? – Levantei a sobrancelha, lentamente tirando o copo de café da mão dele.

- Ah, umas meninas da sua sala me contaram... – Ele fala calmo e sorri.

Eu tinha mais dúvidas, mas o sinal tocou novamente, sinalizando o termino da pausa entre os períodos.

- Te vejo no intervalo! – Tao pega o café da minha mão novamente e vai pra sala dele.

Faço o mesmo, indo pra minha classe e me sentando ali.

Após todos se sentarem devidamente, a professora de artes começou a caminhar entre as mesas, com um sorrisinho.

- Então, queridos e queridas... Pra alegria e felicidade de todos...- Ela volta para a mesa do professor e tira algo da bolsa que estava pendurada na cadeira, olhando pra turma. – Teremos uma prova surpresa!

Ela estava de fato animada, nem parecia que iria ferrar com a vida de vários jovens. Sádica ela, não é?

- Sem consulta, sem dupla. Só vocês e a cabecinha de vento de vocês. – Ela começa a entregar as provas com o cartão resposta pra todos, começando da minha fileira até acabar de entregar todas. – É sobre a dança, mas eu espero que ninguém dance, okay?

Vários alunos riram, não por que a piada teve alguma graça, mas por que eles precisavam de nota. Eu não ri, pois estava confiante que a minha nota iria ser uma das melhores. Péssima decisão, Kyungsoo, péssima.

Resolvo acabar logo com aquela idiotice e começo a ler a prova, para responde-la. Mas quanto mais eu lia, mas eu me sentia perdido e burro. Não me julgue, a prova estava de fato difícil.

Passaram-se minutos e mais minutos, aos poucos as pessoas saiam da sala após entregar as provas junto aos cartões resposta. Em um certo ponto, eu estava sozinho na sala, sem nenhuma alternativa marcada. Após ler e re-ler a prova eu sentia que tinha a decorado, então comecei a marcar qualquer alternativa, o mais rápido possível apenas para não entregar as folhas em branco.

Suspiro e dou as folhas pra professora, saindo da sala. Me escoro na parede ao lado da porta olhando pro chão. Eu sabia que a nota das provas iriam ser liberadas em poucos minutos, mas isso não ajuda o meu nervosismo. Felizmente na minha sala não tem mais que 20 alunos, e o sistema de correção das provas era extremamente rápido, então logo alguém iria vir até o corredor e colocar as notas num mural.

Como prometido, isso acontece logo depois de eu ter pensado. Estava desanimado, mas mesmo assim, fui olhar o ranking da nossa turma relativo a prova.

Como eu não sou o cara mais alto do mundo, eu não consegui ver tudo perfeitamente, então eu usei meu óculos de lupa e tentei ler os nomes da melhor forma possível. Comecei pelo topo, não esperando ver meu nome lá, mas também não ver o de Kai, porém ele estava lá, ao contrário do meu. Kim JongIn e Oh Sehun, um logo abaixo do outro, ambos com a nota máxima. Corri meus olhos pela lista, querendo logo ver meu nome. Os nomes dos poucos alunos de nossa turma me pareceram os da escola inteira, se estendendo eternamente até o meu estar lá, por último.

Olhares de viraram pra mim, chocados e com um leve ar de pena. Eu não queria me mostrar preocupado com aquilo, mas por dentro eu estava gritando igual um idiota. Ter boas notas é importante pra mim, eu não tenho talentos marcantes, não sou importante, se eu não for a pessoa que tira as melhores notas eu não sou ninguém.

Eu não queria mais olhar pra aquele canto, qualquer lugar, menos pra lá. Nesse ato de varrer os olhos pelo ambiente, vi os alunos citados sorrindo um para o outro, se cumprimentando com um aperto de mão.

No mesmo instante meu corpo começou a ir para lá, enquanto eu tomava coragem para fazer o que para muitas pessoas é algo normal, mas que pra mim é como cometer suicídio.

✧✧✧

- Deixa eu ver se eu entendi... Você quer que eu e o Sehun – O Kim aponta pra si mesmo e para o estrangeiro – te ajudemos a passar na prova final de artes que vai acontecer no evento de finalização do ano do colégio, e se nós te ajudarmos você vai nos dar dinheiro. É isso?

Por ainda estar nervoso eu apenas aceno positivamente a cabeça, sem de fato olhar os dois.

- Pois eu tenho uma idéia melhor. – Eu levantei minha cabeça, confuso. – Aqui, vamos esclarecer as coisas um pouco. Sehun já tem dinheiro o bastante, e eu não preciso. Mas tem uma coisa que eu preciso, e você é a única pessoa que pode me ajudar a conseguir essa merda. Eu tô falando de nota.

Ainda com aquela expressão confusa olho para Sehun, que suspira e cruza os braços, com a expressão plana de sempre.

- Olha, garoto, Kai precisa de nota pois ele ficou de vagabundagem o ano inteiro, ele que disse. E eu preciso de nota por que eu entrei no final do ano. Nós te ajudamos em artes, e você nos ajuda no resto. Entendeu?

O tom que ele disse tudo me deixou ofendido, parecia que ele estava me chamando de burro, mas eu tinha pegado a ideia agora.

Eu estou desesperado, e não consigo pensar em mais ninguém que me ajudaria no momento. Se conseguir passar de ano com todas minhas notas, sem exceção, impecáveis, significa ser professor particular de dois marmanjos eu tenho que começar a me preparar.

- Eu... Eu aceito a proposta.

Tentei parecer o mais confiante possível, mas não era muito convincente, já que eu estava tremendo.

- Ótimo. Me encontra naquele lugar que a gente se esbarrou, o Sehun vai estar lá também.

Solto o ar que eu estava prendendo e volto pra sala, sendo acompanhado deles.

O resto da aula passou normalmente, sem testes surpresa, sem pessoas caindo em mim, só eu e os meus cadernos, e claro, um chinês ao meu lado no recreio me falando teorias da conspiração sobre o aluno novo.

Quando eu sai da escola tudo ocorreu normalmente, eu peguei meu ônibus e sentei no fundo, olhando a rua. Quando eu passei pelo beco vi Kai entrando, ele sorria de forma animada, como se estivesse entrando em seu lugar favorito, o que me fez sorrir. Aquele lugar não pode ser tão ruim como dizem.

Quando eu cheguei em cama me olhei no espelho do banheiro, me vendo de óculos, qual eu não usava fazia muito tempo. Olho para o meu par de lentes reserva no balcão e as ignoro, resolvendo usar meus óculos mais um pouco.

Chego em meu quarto, me jogando na cama. O dia foi longo hoje, eu estou exausto. Abro meu notebook e me deparo com o site que eu estava olhando um anime aleatório e resolvo rolar a tela um pouco mais pra baixo.

Se lembra que eu disse que tinha terminado de assistir ele? Então... Eu pensava o mesmo, até eu olhar com mais atenção e ver que tinham mais 5 temporadas para eu assistir.

Merda.


Notas Finais


eh isto
da próxima vez eu vou tentar atualizar mais rápido anjos
bjos


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