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História Ops, presente errado, crianças - Presente na caixa


Escrita por: TVS095 e SquadFF

Notas do Autor


Estou postando ela com atraso, mas gostei do resultado <3
Quero agradecer a @Bakaahime pela betagem e a @Izayori pela capa tão fofinha <3 (Elas fizeram um ótimo trabalho!)
A fic faz parte do "desafio dia das crianças" do servidor do @SquadFF

Capítulo 1 - Presente na caixa


A pequena Kagura acordou toda pomposa e exuberante, feliz da vida, nem parece que os feixes de luz que invadiram o recinto, eram quase exageradamente cegueiros. Viu o pequeno Patsuan dormindo estatelado no seu futon com o edredom bagunçado tocando parcialmente no assoalho de madeira, mas não deu muita importância para ele. Arrumou-se toda e foi imediatamente até o quarto ao lado, o do seu pai Gintoki. Abriu a porta toda desengonçada e fez bico, chateada, quando não o viu, retornando para o quarto que divide com seu irmão.

 — Shinpachi — sacudiu-o, sentada no chão com as pernas dobradas. — Shinpachi…

 Ele acordou e logo cobriu-se dos pés a cabeça, devido a grande luminosidade do cômodo.

— Kagura, você sabe que horas são? — perguntou com a voz sonolenta e abafada por causa do cobertor.

— Oração é tipo rezar.

— Eu perguntei a hora e não o que é oração! — Descobriu-se corajosamente num sobressalto, enfrentando valentemente a luz da manhã.

— Ah… — Coçou dentro do nariz, limpando no futon do irmão, que estreitou os olhos não gostando do que ela fez. — São sete da manhã. Ela estava com uma expressão muito genuína e meiga para quem havia praticamente madrugado, em contrapartida, Shinpachi estava de mau humor.

— Por que me acordou tão cedo?

— Hoje é o dia das crianças, esqueceu? Gin-chan prometeu que vamos ganhar presentes dele.

O garoto jogou-se sobre o colchão, cobrindo-se com o edredom.

— Vou voltar a dormir.

— Não vai, não. Gin-chan não está em casa. Ele deveria estar aqui para dar os nossos presentes!

— Talvez ele tenha saído para comprar os nossos presentes — comentou Shinpachi, sonolento.

— Ah, verdade! Então vamos esperar ele chegar... Levanta daí. — Ela ergueu-se e puxou o irmão para fora do cômodo, que foi arrastado entre resmungos até a sala.

Gintoki chegou por volta das 10h da manhã, espantou-se quando se aproximou da sala e deu de cara com as crianças o esperando sentadas no sofá, ansiosas para vê-lo com os presentes em mãos. Kagura ligeiramente passou os olhos nas mãos do homem para ver se ele estava com sacolas. Sim, ele estava. Então correu até o de permanente natural, toda curiosa.

— O que comprou pra gente no dia das crianças?

Gintoki coçou as madeixas platinadas e olhou para Shinpachi como se pedisse arrego, mas o menino apenas observava a cena, também querendo seu presente, afinal, não ficou esperando pelo adulto à toa.

— Hoje é o dia das crianças? — retrucou como quem não quer nada e esboçou um sorriso amarelo.

— Sim, não vai me dizer que esqueceu? — afrontou a pequena, ficando chateada.

— C-claro que não esqueci, Kagura! Só estou fazendo suspense... — Começou a andar pelo cômodo em direção ao seu quarto.

— O que tem nessas sacolas, Gin-chan? Mostra! — pediu a menina num tom sapeca.

Percebendo a aproximação afobada da nanica, ergueu os braços para cima e tentou ser malabarista, se equilibrando para fazê-la desistir de saltitar e quase pisar em seus pés. Ser pai solteiro é difícil, afinal.

— Kagura, calma. Você está parecendo um animal faminto. Vou dar o presente para vocês, mas deixem o papai guardar essas sacolas no quarto, okay?

— Okay! — responderam em uníssono.

Gintoki guardou as sacolas no quarto rapidamente e voltou para a entrada da casa, mas quem dera a menina não fosse tão curiosa. Lançou um olhar malicioso de quem iria aprontar e chamou convidativa Shinpachi para entrar no quarto do adulto. As sacolas foram jogadas de qualquer jeito debaixo do futon e ela foi enxerida até o local, pegando as duas sacolas. A cara de decepção na face deles foi nítida quando retiraram revistas de dentro. Kagura sentiu aversão ao perceber o conteúdo das quais pegou, começando a soluçar, e Shinpachi ficou todo abobado vendo o novo volume do mangá que o pai estava acompanhando. Para acalmar a irmã que estava prestes a chorar, massageou as costas dela, dizendo que talvez esses não fossem seus presentes.

— Ops, presente errado, crianças! — gritou de repente, fingindo demência, arrancando das mãos dos dois, as revistas. — O presente de vocês está depois dessa porta, numa caixa. Vão lá.

— Por que naquelas revistas tem mulh…

— Shh! Sem perguntas, papai não vai te responder, Kagura. — Induziu a menina chorosa até a saída do quarto, aos assobios.

— Dessa vez não é nada errado, né? — retrucou Shinpachi, desconfiado.

— Confia no pai, meu filho, que dá tudo certo! Pode ir para sala, estou falando sério.

O menino saiu na companhia da irmã e Sakata pôde suspirar aliviado com suas revistas adultas e da shounen jump, nos braços. Mas logo caminhou para a entrada do cômodo para ver a reação das crianças com o conteúdo da caixa. Uma felicidade genuína brotou no rosto dos dois pequeninos ao verem uma penugem branca e fofa saindo da caixa de papelão. Sorriram empolgados quando surgiram orelhas, olhos e nariz, até que ouviram um latido fino e um balançar de rabo agitado, acompanhado de um olhar pidão. Levaram o filhote de cachorro ao colo e ficaram acariciando o canino com muito amor envolvido. O homem sorriu modesto, esperando que as crianças dissessem algo, além de demonstrarem animação com o pet, animação essa que o deixou muito contente e feliz.

— Onde conseguiu ele, Gin-chan? — perguntou em meio as risadas proporcionadas pelo cachorro que lambe sua bochecha como forma de beijo.

— Encontrei ele abandonado na rua dentro dessa caixa, então o dinheiro que iria gastar com vocês, gastei comigo.

— Gin-san, você continua sendo um trapaceiro, mas esse é um dos melhores presentes que já recebi — disse Shinpachi, recebendo um beijo do canino.

— Posso chamar ele de Sadaharu?

— Claro que pode, Kagura. Ele é de vocês agora!

O homem foi até às crianças para fazer carinho no chamado Sadaharu, o canino peludo fechou os olhos agradecido, mas estava tão contente que não resistiu e mordeu a mão de Gintoki inesperadamente, fazendo Kagura e Shinpachi rirem da cena. 



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