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História Orgulho e Preconceito SasuSaku - Capítulo 21 - Especial NaruHina


Escrita por: Anya321

Notas do Autor


FELIZ ANO NOVOOOOO 🎉🎉🎉🎉
Espero q o réveillon de vcs tenha sido incrível e q o resto do ano também seja!!
Resolvi lançar um especial NaruHina hj pra aquecer o coração de vcs e devo avisar: tem cenas para maiores de 18 hihihi
Espero q gostem!!

Capítulo 21 - Capítulo 21 - Especial NaruHina


Hinata POV

Estou acordada há uns vinte minutos quando ouço o barulhinho estridente de meu despertador, que tocava ás exatas 5:00 da manhã para que eu pudesse praticar minha corrida matinal. Havia se tornado um hábito desde os meus quinze anos, quando meus seios cresceram exageradamente e as minhas inseguranças sobre o meu corpo aumentaram.

De certa forma, sempre me preocupei com o meu peso, mesmo que, atualmente, eu não seja gorda. Mas ao auge da puberdade, a balança começou a ultrapassar o número que eu achava tolerável e foi a partir dessa época que, todos os dias, acordo cedo para correr e passei a tomar cuidado com o que como. A maioria das meninas pensam que os seios grandes são um presente, mas tudo que eu pensava era que eles mudaram a minha silhueta e deixou o meu corpo com uma aparência mais rechonchuda.

É claro que essa insegurança é só minha, assim como a maioria das que eu tenho. Não teria coragem de contar isso a ninguém, nem mesmo minha irmã Sakura, a quem considero minha melhor amiga e confidente. Minha família, principalmente minha mãe, costumavam me dizer que eu era o “trunfo”, a mais bonita da casa e, de acordo com eles, de Konoha. Mas aqueles elogios nunca me fizeram me sentir melhor, na verdade, tornou-se uma pressão maior ainda.

Minha mãe tinha expectativas para mim. Ela não se importava muito com nossa educação, mas esperava que todas nós tivéssemos ótimos casamentos, e acreditava que eu teria o melhor de todos. Era sufocante e, devo dizer, aterrorizante lidar com toda aquela pressão. Eu não era como Ino, nunca fui vaidosa  e graciosa e, ao contrário de Sakura, não sou tão inteligente, muito menos comunicativa. Tudo que eu queria, por mais estranho que fosse, seria sair dos holofotes, ser deixada em paz para ser quem eu quiser, e comer o que eu quiser, sem ter que me importar em permanecer bonita ou em forma.

Visto minhas roupas e meu tênis, e saio para correr, percorrendo o mesmo trajeto de sempre. De fato, tinha algo de reconfortante em correr. Eu me sentia como se estivesse, literalmente, correndo dos meus problemas, da minha mãe, das minhas inseguranças, de tudo. Sentir o vento gelado da manhã no meu rosto, o impacto de meus pés contra o chão e o suor descendo pela minha testa tinham efeitos calmantes e aquilo parecia fazer sentido. Mesmo sabendo que eu estava correndo em círculos por um quarteirão, sentia como se estivesse realmente chegando a algum lugar.

Volto para casa às 6:00, encontrando meus pais acordados na cozinha. Mamãe tomava uma xícara que, se meu olfato não me engana, parecia ser de café, enquanto papai mexia em seu tablet em cima da mesa. Claro, ele detestava que usássemos celular durante as refeições, mas no caso dele não tinha problema.

– Bom dia. – falo ofegante, pegando um copo para ir beber um pouco d’água.

– Bom dia, querida. – meus pais respondem em uníssono.

– Então, quais são os planos com Naruto hoje, filha? – mamãe indaga, depositando sua xícara em cima da mesa, para poder prestar atenção exclusivamente a mim.

Naruto... estar com ele era tão maravilhosa e torturante ao mesmo tempo. Eu o amava. Não tenho dúvidas quanto a isso, o amo de todo coração. O jeito como ele está sempre emanando uma energia que transforma o dia mais frio de todo inverno em um dia alegre e quente de verão. Seu sorriso e o modo como estava sempre tentando arrancar o sorriso de outras pessoas, fazia meu coração aquecer. 

Mas saber que ele era exatamente o que minha mãe queria para o meu futuro era arrebatador. Naruto é bonito, rico e simpático, e poderia me sustentar a vida toda, se ele quisesse. Mamãe me pressiona todos os dias com perguntas sobre nosso relacionamento, esperando saber o quão “fisgado” ele estava e aquilo simplesmente me matava por dentro. Não conseguia me livrar da sensação de estar usando-o de alguma forma, mesmo que a última coisa que eu queira na vida seja ser sustentada por ele. Aquelas perguntas... aquela pressão me faziam questionar se os meus sentimentos eram verdadeiros ou se eu apenas o amo porque seria conveniente para mim e para minha mãe.

Abro o boca para responder, mas o que ouço é a voz de Sakura irrompendo a cozinha, já vestida com o uniforme da escola. Ainda era cedo, mas a rosada sempre ia primeiro tomar banho para não ter que esperar nossas duas outras irmãs.

– Mamãe, para de importunar a Hinata. – diz ela, de mau humor. – Ela não tem que contar os detalhes do relacionamento dela para a senhora.

– Ora, mas é claro que tem. – mamãe rebate, cruzando os braços. Ela odiava discutir com Sakura pois minha irmã sempre tinha um fundo de razão no que falava e, na maioria das vezes, deixava nossa mãe sem fala ao fim de seus discursos. – Ela é minha filha e vive embaixo do meu teto.

– O fato de ela ser sua filha não te dá o direito de se intrometer nos relacionamentos dela. Hinata já tem dezoito, ela é legalmente responsável pela vida dela e não deve satisfação a senhora, se ela não quiser. – Sakura despara, enquanto abre a geladeira para retirar os ingredientes para fazer o café da manhã. – E ela, claramente, não quer.

– Menina insolente. – mamãe murmura, derrotada pela própria filha. – Não tem sequer uma compaixão pelos meus nervos?

– Por favor, mulher, não venha com a desculpa dos nervos de novo, pelo amor de Deus. – papai reclama, tirando sua atenção do tablet finalmente.

Mebuki tinha uma obsessão estranha pelos nervos. Se alguma coisa dava errada ou não ia do jeito que ela queria, a mesma começava a reclamar de uma suposta doença – inventada por ela própria – que atingia seus nervos. Quando ela se metia a falar disso, encorporava uma verdadeira atriz teatral, com direito a monólogos dramáticos somados a uma pitada de tragédia, que fariam o próprio Shakespeare aplaudir de seu túmulo. Papai, obviamente, não aguentava mais os dramas dela.

– Kizashi! – ela exclama, em protesto.

Resolvo aproveitar a brecha para fugir dali e me trocar para poder ajudar Sakura com o café da manhã. Subindo as escadas, consigo escutar a voz indignada de mamãe reclamando o quanto é negligenciada e menosprezada por todos nesta casa.

 

                                (...)
 

Hoje era quinta-feira, o que significava: aula de educação física. De longe, era a pior aula de todas para mim. Na maioria das vezes, o professor Guy nos fazia percorrer o ginásio inteiro cinco vezes e depois mandava-nos jogar vôlei. Eu odiava vôlei com todas as minhas forças, pois nunca tive altura ou habilidade suficientes para ser boa naquilo. Além disso, o uniforme de educação física ficava desconfortável no meu corpo, justamente por ele não ser magro e esbelto como o das outras garotas.

– Eu juro, algum dia o professor Guy vai nos matar. – Sakura reclama, quase se arrastando enquanto dávamos a última volta pela quadra.

Aquela, para mim, era a parte menos difícil da aula, pois já sou acostumada a correr, embora correr naquela quadra fosse, de longe, bem pior do que correr na rua. O ginásio era fechado e bem abafado, com as únicas duas grandes janelas cobertas por lona – eram abertas apenas nos dias de campeonatos intercalasses – não permitia que nenhum vento ou brisa entrasse para que não nos sentíssemos sufocadas.

– Falar enquanto corre piora tudo, Saky. – respondo, mantendo o ritmo de meu passo.

– Quem se importa? A ideia de passar mal e ir ficar na enfermaria pelo resto da aula não me parece tão ruim, se quer saber.

– Ah, de jeito nenhum. – diminuo minha velocidade para acompanhar Sakura. – Você não vai me deixar aqui sozinha. Se fizer isso, nunca irei te perdoar.

– Mas... – Sakura ofega. – Mas a Tenten... está bem ali.

Olho ao longe e vejo Tenten correndo tranquilamente como se aquilo fosse tão fácil quanto amarrar um tênis. Nossa irmã caçula era a mais enérgica e atlética de todas nós e parecia adorar as atividades que o professor Guy nos passava. Durante as competições, a morena sempre era líder de seu time e ninguém sabia o que era pior: ser seu parceiro de equipe ou ser seu adversário, pois ela sempre era dura e agressiva com ambos, fazendo todos irem desistindo aos poucos.

– De jeito nenhum. – digo simplesmente e Sakura suspira.

– Você me paga, Hinata. – ela diz entredentes, tentando adquirir fôlego para continuar correndo.

Durante o jogo de vôlei, por alguma sorte, acabei torcendo meu tornozelo ao tentar arremessar a bola, mas Tenten esbarrou em mim para poder fazê-lo. Ela me pediu desculpas sinceras e me levou até a enfermaria – Sakura ficou furiosa por eu ter ido e ela, não –, onde a enfermeira me examinou e enfaixou o meu pé.

Resolvi me deitar naquela maca desconfortável e fiquei olhando o teto. A enfermaria era silenciosa e um pouco intimidadora, com as cortinas brancas cobrindo as janelas e vários armários contendo medicamentos e kits de primeiros socorros, eu presumo. 

Estava começando a me sentir entediada quando avisto, a alguns metros de meu leito, uma balança. Minha barriga se contrai. Me sento na maca e olho para os lados, analisando se tinha alguém por perto. A enfermeira precisou sair para atender uma ligação, por tanto eu realmente estava sozinha naquele lugar. Engulo em seco.

Me levanto e caminho, mancando devido ao tornozelo torcido, até a balança. Eu sabia que era apenas uma máquina estúpida, mas não conseguia fazer minhas mãos pararem de tremer. Respiro fundo e subo em cima dela, observando os números eletrônicos se embaralharem para encontrar o resultado do meu peso. Fecho os meus olhos, com medo.

Respiro fundo mais uma vez e tento encontrar coragem. Abaixo a cabeça e abro meus olhos, sendo o número a primeira coisa que vejo. 63,5 kg. Saio da balança imediatamente, sem conter um gemido de dor vindo do tornozelo. Estava 1kg mais magra do que à duas semanas. 

Volto para a maca, sentindo como se um grande peso tivesse caído dos meus ombros. Aos poucos, minhas batidas voltam a normalizar, assim como minha respiração. Era um alívio saber que não tinha engordado, aquele pensamento me causava crises de ansiedade toda vez que me encontrava a poucos metros de uma balança.

– Hinata! – a voz escandalosa de Naruto atravessa a enfermeira, quando ele entra e corre até mim, com uma expressão preocupada em seu rosto. – A Sakura me disse que você estava aqui, está tudo bem?

– S-Sim, está tudo bem. – respondo, com um sorriso singelo. – Esbarrei na Tenten e torci meu tornozelo, só isso.

Naruto suspira aliviado.

– Você me deixou preocupado! Tente ser mais cuidadosa da próxima vez, tá?

Assinto, ainda sorrindo. Era fofo saber que ele veio até aqui porque estava preocupado comigo. O modo como ele exagerava em suas reações era adorável e genuíno. Naruto era sincero em tudo o que fazia, todas as expressões e olhares, gestos... eu o admirava muito por isso.

 

                               (...)
 

Ao fim da manhã, Naruto insistiu em me carregar até a casa dele, pois era mais perto da escola. Eu cedi e ele foi o caminho inteiro me levando apoiada em seu corpo. Chegamos na mansão Uzumaki e o pai do meu namorado foi o primeiro a nos receber, preocupado ao ver meu estado.

– O que houve, Hinata-san?

– Ela caiu durante a educação física e eu resolvi trazê-la para cá, já que era mais próximo. – Naruto respondeu antes de mim.

O senhor Minato arqueia as sobrancelhas em compreensão. Ele se prontifica a apoiar meu outro braço em seu ombro e nos ajuda a entrar na casa, me direcionando à poltrona perto da lareira apagada.

 Eu me sentia intensamente constrangida por aquele excesso de atenção. A família do Naruto era muito acolhedora e gentil, o que me fazia pensar que não mereço todo aquele tratamento. Além disso, a minha timidez me impedia de expressar devidamente a minha gratidão e eu ficava constantemente com medo de parecer rude.

– Oh, o que temos aqui? – uma voz grossa e sarcástica irrompe na sala.

O irmão mais velho de Sasuke Uchiha está descendo as escadas com ambas as mãos no bolso e as feições em surpresa. Ele vestia um moletom cinza e uma camisa de frio, totalmente diferente da primeira vez em que o vi, na festa de dona Kushina.

– Você é a Hinata, certo? – ele indaga, cerrando os olhos como se estivesse com medo de ter errado o meu nome.

– É-É bom vê-lo de novo, senhor Uchiha... 

– Pelo amor de Deus, me chame de Itachi. Senhor Uchiha me faz pensar que sou o meu pai. – ele riu. – O que aconteceu com seu pé?

– Eu ia fazer essa mesma pergunta! 

Meu coração salta com o berro da senhora Uzumaki vinda do corredor da cozinha. Ela estava com os olhos arregalados enquanto segurava uma bandeja com chá que, pelo cheiro que eu conseguia sentir de onde estava, era de jasmim. A ruiva caminha apressadamente até mim, depositando a bandeja numa mesinha entre a poltrona e o sofá perto da lareira.

– Querida, como se machucou?

– F-Foi só um acidente. – digo, desviando meu rosto que deveria estar tão vermelho quanto um pimentão. 

E então, todos começam a se amontoar e a fazer perguntas e oferecer coisas, como “está se sentindo confortável?”, “quer comer alguma coisa?” ou “se quiser eu tenho uns comprimidos ali em cima que vão fazer você passar três dias sem sentir seu pé.” – esse definitivamente foi Itachi que ofereceu.

Não consigo evitar de me encolher na poltrona e olhar de relance para Naruto. O loiro dá um pulo e parece entender exatamente como eu estava me sentindo; ele se aproxima de mim, tocando o meu ombro num gesto de proteção e tenta afastar os três.

– Pessoal, vocês estão constrangendo a Hinata. – Naruto diz, com um tom que, pela primeira vez, parecia levemente irritado. 

Ao que parece, não sou a única que se surpreendeu com aquilo, pois Kushina, Minato e Itachi logo se silenciaram e olharam para o loiro, assustados. Os três saíram vagarosamente de perto de mim, tão constrangidos quanto eu. A senhora Uzumaki é a primeira a se desculpar, percebendo o seu erro:

– Sinto muito, Hina-chan. Realmente, estamos muito em cima de você.

– Ela tem razão, Hinata-san. – o senhor Uzumaki concordou. – Por favor, fique a vontade. O que acha de ficar para jantar? O Naruto pode levá-la em casa depois.

– Ah, por favor, não se desculpem! – me sobressalto, nervosa. – E-Esta é a casa de vocês, eu é que estou incomodando!

– Você sabe que não, Hinata. – Naruto protesta, ainda em tom esquisitamente irritado. – Mãe, vou levá-la para o meu quarto. Se ela precisar de alguma coisa, eu mesmo venho dizer.

Subitamente, Naruto me segura pelo braço e me põe de pé, delicadamente me guiando até a escada e me pegando em seus braços para que eu não tivesse que subi-las. Perco o fôlego naquele momento e meu coração dispara. Nem sequer sinto mais a dor do tornozelo, simplesmente não sentia nada. Só conseguia olhar naqueles incríveis olhos azuis-safira do loiro, que me olhavam gentilmente, me transmitindo tranquilidade. Ouço ao longe a voz de Itachi soltar um “Okay, isso foi estranho.” em relação a reação de Naruto.

Quando chegamos no primeiro andar, Naruto me pôs no chão e continuou me guiando até seu quarto. Enquanto ele abria a porta, mais uma vez eu me sentia nervosa. Nunca estive no quarto de um garoto antes, e tinha receio de como poderia ser. Sabia o quão íntimo aquilo era e não conseguia acalmar as batidas do meu coração.

A porta finalmente é aberta e ele me ajuda a entrar no cômodo. As paredes eram preenchidas com um azul-celeste muito parecido com a cor dos olhos de Naruto, além de conterem diversos pôsteres de bandas de rock e quadros de super-heróis. A cama era enorme e ficava logo de frente para a porta, devidamente arrumada. Ao lado da porta, uma televisão gigantesca estava pendurada, com uma estante de vidro abaixo contendo algumas revistas em quadrinhos, itens colecionáveis é um x-box. Na outra extremidade, um grande guarda-roupa de correr ao lado de uma outra porta que, eu supus, levaria ao banheiro.

Solto uma risada. Parecia o quarto de um garotinho de doze anos. E, ironicamente, eu não esperava que fosse diferente.

– Do que está rindo? – Naruto indaga, enquanto me leva para sentar em sua cama.

– É que o seu quarto... é exatamente como eu pensei.

– Ah, por favor não diga que parece o quarto de um moleque. – o loiro faz uma careta de tédio, inclinando a cabeça para o lado.

Assinto, timidamente.

– O Sasuke diz a mesma coisa, ele sempre fica enchendo o meu saco. 

– Ah, não entenda errado! Eu gostei do seu quarto.

Naruto, que antes parecia constrangido, se vira novamente com o rosto iluminado. Ele se senta ao meu lado na cama, com aquele seu enorme sorriso, e fica admirando seu próprio quarto junto a mim.

– Mesmo?

– Sim. – afirmo, sorrindo junto a ele. – É alegre e... reflete a sua personalidade. 

– Como assim?

– Bem, você é alegre, Naruto. – explico, dando de ombros. – Sabe, você tem sempre um bom humor que contagia as outras pessoas. É muito agradável ficar perto de você. Com você, eu esqueço os meus problemas e... eu não sei, viver parece mais fácil.

Naruto fica quieto, com um sorriso no rosto, que aos poucos vai se esvaindo, dando lugar a uma expressão triste e confusa. Seu cenho franze e ele se vira para mim, tocando a minha mão por cima da cama.

– Viver parece mais fácil? – repetiu. – Mas... por que viver seria difícil, Hinata? 

Me repreendo internamente por ter falado aquilo. Decido me fazer de desentendida.

– Hã? C-Claro que não! Não, não foi isso o que eu quis dizer—

– Então o que quis dizer?

– E-Eu...

Naruto suspira e segura meus ombros com as mãos, impedindo de desviar meu olhar. Ele me encara diretamente nos olhos e fala:

– Está tudo bem. 

Aquele azul de seus olhos gentis sempre me acalmavam e, neste instante, me traziam segurança e coragem suficientes para contar os meus segredos. 

– É que... desde pequena, minha mãe, e-ela... – pisco algumas vezes e suspiro. – Ela sempre se gaba nos lugares, dizendo que eu sou bonita. Sabe, é como se... eu não sei... o único valor que eu tivesse para ela fosse...

– A sua aparência?

Olho para ele em concordância. Meus olhos estavam marejados e um nó se formou em minha garganta. Naruto faz um carinho nos meus ombros com os dedos e está prestes a acrescentar alguma coisa, mas eu o interrompo. Precisava despejar logo aquilo enquanto tinha coragem.

– E-Eu nunca... me senti segura o suficiente para... – não consigo mais segurar as lágrimas. – Eu nunca relaxo. E-Estou sempre pensando que preciso me manter no peso certo e... sempre me preocupando com a minha aparência quando saio de casa.

– Hinata...

– Nunca contei isso para a Sakura. – solucei. – Nunca contei isso para ninguém, mas eu tenho medo. E-Eu tenho medo que... um dia a minha mãe perceba que eu não sou a menina perfeita que ela idealizava e... fique decepcionada comigo.

As mãos de Naruto apertam meus ombros e me trazem para perto de seu corpo, me envolvendo em um abraço. Afundo meu rosto no seu peito e choro por alguns minutos. O loiro nada diz até que eu me acalmasse, fazendo um leve cafuné nos meus cabelos e dando leves tapinhas nas minhas costas. Funguei algumas vezes, sentindo o cheiro de colônia de Naruto e finalmente percebendo que me abri para ele como nunca havia feito com mais ninguém. Contei a ele meu maior segredo e só o conheço há alguns meses.

Assustada, me distancio dele, surpreendendo-o. Fico nervosa, achando que Naruto pode não ter me entendido ou que, no fundo, esteja achando que eu sou ridícula por ter esse tipo de pensamento. Ele me, confuso, e se pronuncia, depois de alguns segundos de silêncio:

– Eu te entendo, Hinata.

– Me entende?

– Bem, não entendo. – explica. – Mas eu imagino como se sente. Sabe, eu conheço um cara que ficou com tanto medo de decepcionar a pessoa mais importante para ele, que fugiu de casa.

Naruto falava com uma voz sofrida, olhando para suas mãos em seu colo. Parecia estar se lembrando de um momento doloroso, e começo a me sentir preocupada. Em todos estes meses, nunca o vi demonstrar sentimentos negativos assim. Ele volta seus olhos para mim novamente, com um sorriso triste e termina:

– Mas quer saber? Eu acho que ele errou. – Naruto dá de ombros. – Os esforços dele só o levaram a decepcionar ainda mais a pessoa que ele amava, e a ele mesmo. Então, Hinata, vou te dizer o mesmo que eu já disse várias vezes a essa pessoa: você tem que encarar os seus medos.

– O-O quê?

– Conversar com a sua mãe. – ele fala, afinando a voz, com entusiasmo. – Dizer a ela que se sente pressionada e que, mesmo não querendo decepcioná-la, não quer ser vista apenas como um rostinho bonito.

Suspiro mais uma vez, dessa vez com um sorriso fraco. 

– Você realmente faz tudo parecer mais fácil... – murmurei, secando minhas próprias lágrimas.

– Ei, eu não disse que isso é fácil. – Naruto protesta. – Enfrentar suas próprias barreiras não é fácil para ninguém, são dificuldades que cada um tem que superar sozinho. Mas, bem... temos que estar dispostos a superá-las.

Olho para ele, incrivelmente surpresa. Agora percebo que, diferente do que todos parecem achar – e do que ele mesmo demonstra –, Naruto não era nenhum burro. Não, pelo contrário. Era realmente sábio, de uma maneira tão inocente que nem mesmo o próprio consegue notar. 

– Espero um dia poder ser igual a você. – digo inaudivelmente.

Naruto está sorrindo e se aproxima para me beijar, da maneira carinhosa e apaixonante como ele sempre faz. Sua mão, que antes repousava sob meu joelho, sobe alguns centímetros até minha coxa, acariciando-a. A outra mão continuava no meu ombro, e se movimenta até meus cabelos, puxando-os de leve.

Algo desperta dentro de mim, pois agora quero mais contato. Diminui a distância entre nós e agarrei firmemente seu pescoço, o beijo já não era tão carinhoso assim. Naruto solta pequenos gemidos que me excitam cada vez mais. Sua boca logo não está mais sugando a minha, e sim passeando pelo meu queixo e, em seguida, pescoço. A mão que puxava meus cabelos, agora acaricia meu seio esquerdo e eu solto um suspiro.

– Hinata... – Naruto geme.

Abro meus olhos – estavam fechados esse tempo todo – e vejo seu olhar intenso sob mim. Quando percebo, estou sentada em seu colo, beijando toda a extensão de seu pescoço enquanto sinto suas mãos agarrarem quase que desesperadamente minhas nádegas. Também consigo sentir algo duro em contato com a minha intimidade.

Gemi. Naruto desabotoa os botões de seu uniforme, e eu faço o mesmo, deixando meu sutiã branco a mostra. O loiro volta a chupar meu pescoço e ele vai descendo até a região de meu busto a mostra, depositando beijos e lambidas ali. 

– Ah... – suspiro, quando sinto seus dedos em contato com a minha calcinha por baixo da saia. Ele massageia minha intimidade enquanto eu tento conter meus gemidos ao beijar seus lábios, sedenta.

Num gesto brusco, Naruto se levanta comigo no colo e me deita na cama. Ele se apoia em ambos os braços e me beija, interrompendo apenas para desabotoar sua calça até ficar seminu. O Uzumaki tinha uma bela pele bronzeada, uma barriga magra com algumas protuberâncias de um tanquinho. E um volume enorme por dentro de sua box cinza. Ele volta a se deitar em cima de mim, se encaixando entre minhas pernas, roçando nossas intimidades. Eu gemia cada vez mais alto, mas ele conseguia me silenciar me beijando. Minhas mãos sobem automaticamente para seus cabelos, puxando-os.

Sua mão continua me massageando por cima da calcinha, até adentrá-la.

– Tão molhada... – Naruto murmura em meu ouvido, me fazendo suspirar.

Sem aviso, ele avança um dedo para dentro de mim e eu quase solto um grito, mas o loiro morde meu lábio. Naruto me olha com um olhar de cautela, para que eu tomasse cuidado. Ele se ajoelha na minha frente e retira minha calcinha, o tempo todo me encarando. 

Vejo-o jogar a peça de roupa no chão perto da cama, em seguida retirou minha saia. Eu estava completamente nua embaixo dele e, subitamente, começo a sentir um medo indescritível de que ele não gostasse do que via. Levo o braço até meus seios, cobrindo-os, e desvio o olhar.

– Hinata. – Naruto me chama, sua voz cautelosa e rouca. – Não se cubra. Me deixa olhar para você.

– E-Eu... me sinto constrangida...

A mão de Naruto segura meu braço e o retira de meus seios. O loiro deposita um beijo em cada um e me olha, carinhosamente. Ele toca meu queixo delicadamente e me dá um selinho.

– Eu te acho linda. – Naruto confessa, suas safiras com um olhar terno. – Cada pedacinho de você. E eu quero admirar você.

Naruto me beija novamente, dessa vez, apaixonadamente. Sua língua pede passagem e eu cedo imediatamente, sentindo seu gosto. O loiro segura minhas duas mãos, sem nunca interromper o beijo, e as mantém acima de minha cabeça, me deixando ainda mais exposta.

Ele se distancia e volta a me admirar. Respiro fundo e não faço protestos, permitindo que ele me analisasse. Aquilo de certa forma, era excitante e eu quase não conseguia conter a vontade de me soltar e simplesmente me entregar completamente a Naruto.

– Eu acho que não consigo mais me segurar. – Naruto fala, se aproximando e sugando meu seio direito, de maneira selvagem.

– Ah, Naruto... 

Sinto Naruto fazer uns movimentos bruscos e, então, sua cueca sai voando para fora da cama de casal. Ele esfrega seu sexo no meu clítoris, me masturbando até que eu gemesse ainda mais alto.

Não demora muito para ele sussurrar no meu ouvido:

– Você tem certeza disso?

Afirmo com a cabeça, sem conseguir falar. Tudo que eu pensava era em finalmente tê-lo dentro de mim, o que acontece naquele exato momento. Sinto uma dor inigualável a medida que ele entrava, e não contenho o grito.

– A-Ah... meu Deus... – gemo de dor.

– Está doendo muito? – Naruto indaga, preocupado. – Quer que eu... saia?

– N-Não... – respondo, abrindo os olhos, aos poucos me acostumando com o pênis dele dentro de mim. – C-Continue, devagar.

Naruto assente e faz um movimento lento. Sinto a ardência de novo, mas respiro fundo. Ele faz um vai e vem lentamente que, eventualmente, começa a doer menos. Sua mão desce até minha intimidade, onde o loiro volta a me masturbar com afinco.

– Talvez faça você esquecer a dor.

De fato, funciona e começo a sentir uma mistura de dor e prazer ao mesmo tempo. Naruto volta a soltar gemidos e passa a fazer movimentos mais rápidos e mais brutos, enquanto me masturbava com a mesma potência. Nós dois estamos suados e gemendo, as vozes se misturando pelo quarto. Já não ligávamos caso alguém nos ouvisse, só nos importávamos com o aqui e o agora.

Naruto sai rapidamente de dentro de mim e goza nos lençóis ao meu lado. Vendo aquilo, lembro que ele não tinha usado preservativo e um sentimento de apreensão me domina. Vendo que eu não tinha chegado ao clímax, o loiro volta a ficar por cima de mim e sua mão retorna a minha intimidade, onde ele deposita dois dedos e massageia meu clítoris com o polegar.

– Aaahh... – exclamo, finalmente gozando e sentindo um grande tremor em minhas pernas. Meu coração batia forte de cansaço e de paixão.

Naruto se deita, ofegante, ao meu lado. Minha respiração também estava descompassada, e eu viro meu rosto para olhar para ele. Seu rosto bronzeado brilhava com o suor e havia um leve rubor em suas bochechas. Seu antebraço descansava em sua testa, e seus olhos estavam fechados, enquanto ele tomava fôlego.

Naruto finalmente se vira para me ver e sorri apaixonadamente, como ele sempre fazia nos nossos encontros. Ele vira de lado, ficando cara a cara comigo, e seu olhar me deixa envergonhada mais uma vez. Cubro meu rosto com as mãos e o loiro ri, me abraçando.

Ficamos em silêncio. Meu coração volta a acelerar com o pensamento de que eu finalmente perdi a minha virgindade. E no quarto do Naruto, com a família dele lá embaixo. E que ele viu o meu corpo e também que não estava usando preservativo... meu Deus, o que direi a Sakura? E esse sentimento... isso que eu sinto pelo Naruto, e se for só eu? E se ele não sentir o mesmo, e eu tiver me entregado a um homem qualquer? E se meus pais descobrirem? E se os pais dele descobrirem? E se...

– Não pense em nada. – Naruto diz, seu queixo apoiado em minha cabeça. Prendo minha respiração. – Eu não quero ser uma das suas inseguranças, Hinata.

Naruto move a cabeça e retira minhas mãos do meu rosto, beijando-as e fazendo um carinho na minha bochecha. Seus olhos de encontro aos meus, me olhando como se eu fosse a coisa mais importante para ele. Meu pulso vai ficando mais calmo e eu começo a me sentir relaxada e sonolenta, devido ao sexo. Me sinto segura nos braços de Naruto e, acima de tudo, aceita. Era como se ele não quisesse que eu fosse de nenhum outro jeito, como se eu estivesse inteiramente... completa.

– Olha nos meus olhos. – ele pede, e eu o faço. – Eu gosto de você, exatamente do seu jeito. Pode duvidar até mesmo da cor do céu, mas não duvide dos meus sentimentos, okay?

Suspiro, derrotada por aquele loiro insistente.

– Okay.

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


E aí, oq acharam?
Gente, é o primeiro hot q eu escrevo e tentei deixar o mais realista e bem detalhado q eu pude, por favor sejam gentis comigo nos comentários tá? Eu vou melhorar aos poucos kkkk
Quero dizer mais uma vez q espero q 2021 seja um ano de esperanças para tds nós e q a gnt valorize mais as pequenas coisas, pois elas são mais importantes do q pensamos...
Vejo vcs no próximo cap!!


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