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História Orgulho e Preconceito SasuSaku - Capítulo 6


Escrita por: Anya321

Notas do Autor


Relouuuuu, cap novo hoje!!
Espero q gostem!

Capítulo 6 - Capítulo 6


Sakura POV

Estaciono o carro em frente ao casarão Uzumaki e, assim que saio do veículo, vejo a scooter de mamãe. Eu tinha vontade de chutar e esquartejar aquele projétil de moto ridículo que Mebuki fez questão de emprestar a Hinata.

Respiro fundo e aperto a campainha, que acabou por ser mais alta do que eu imaginei, fazendo-me dar um pequeno pulo de susto. Continuo esperando, impaciente, quando escuto o grande portão de madeira se abrir, revelando quem eu menos queria ver naquele momento.

– Olá, Haruno. – cumprimenta o moreno.

– Onde está Hinata? – indago, ignorando seu cumprimento.

Ele suspiro e faz um sinal com a cabeça, indicando que eu entrasse. Assim o faço e sou contemplada pelo enorme jardim daquela casa. Havia um vasto gramado e os muros que dividiam a mansão da calçada eram cobertos por samambaias e pequenos arbustos com flores. Andávamos por um caminho de pedras que levava da porta até o portão.

Logo chegamos a porta e o moreno a abre, me dando espaço para entrar em um corredor com alguns quadros e pinturas. Em seu final, encontrava-se a sala de estar, que possuía uma mobília impecável e um lustre bem grande no centro. Aquele lugar parecia um castelo.

Por último, percebo um casal naquele cômodo. O homem, que era simplesmente idêntico a Naruto, estava sentado no grande sofá enquanto mexia em um tablet, concentrado. A mulher, de pele alva e ruiva, sentava-se em uma poltrona bem ao lado do sofá e perto de uma mesinha com abajur, lendo um livro e sorrindo. Ela parecia graciosa.

– Tio, tia, esta é a irmã de Hinata. – Sasuke Uchiha chama a atenção.

Os dois tiram a concentração de suas respectivas leituras e me olham, um tanto surpresos. Curvo minha cabeça e os cumprimento:

– Desculpe incomodá-los, é um prazer conhecê-los.

A mulher continua com seu sorriso no rosto e se levanta bruscamente, caminhando até mim com feições simpáticas. O homem, que eu supunha ser seu marido, também sorri e devolve o cumprimento de cabeça.

– Não é incômodo algum, minha querida! – ela fala, segurando minhas mãos. – Nós é que nos desculpamos pelo incidente de sua irmã. Estamos tentando deixá-la o mais confortável possível.

– Oh não, senhora! Não é culpa de vocês, de jeito nenhum! – digo, gesticulando com as mãos. – Eu é que não deveria tê-la deixado vir na scooter, eu sinto muito!

A mulher ruiva ri, porém discorda com a cabeça. Ela põe a mão no meu ombro e se apresenta.

– Meu nome é Kushina Uzumaki, sou a mãe do Naruto. – ela aponta para seu marido. – E aquele é o pai dele, Minato, embora eu ache que você já tenha notado isso. A gente carrega nove meses na barriga para o filho vir idêntico ao pai.

Rio educadamente e devolvo o cumprimento.

– Meu nome é Sakura Haruno. 

– É ótimo conhecê-la. – diz o senhor Uzumaki. – Imagino que queira ver sua irmã, certo? Ela está no quarto de hóspedes, Sasuke vai levá-la até lá.

Me viro e vejo o moreno com uma expressão passiva. Ele faz um sinal com a cabeça para que o seguisse. Olho novamente para os pais de Naruto e peço licença.

Sigo Sasuke por uma escada de mármore que é razoavelmente longa, me fazendo chegar ao topo um pouco ofegante. Ele me leva por mais um corredor e para na última porta, virando-se para mim.

– Sua irmã está neste quarto. – ele indica, me fitando no fundo dos olhos.

Prendo a respiração e faço esforço para não corar. De raiva. Definitivamente de raiva, apenas raiva.

Seguro a maçaneta e a giro, abrindo a porta a minha frente. Adentro o quarto, cujas paredes eram brancas e havia uma janela grande, bem de frente a cama de casal onde encontro Hinata deitada, coberta até o queixo com vários lençóis.

Vou até seu leito e me sento. Ela acorda e me olha, cansada.

– Saky...

– Como você está?

– Além de extremamente envergonhada? – ela diz, rindo fraco. – Eles estão me tratando tão bem, eu nem sei o que dizer quando sair daqui. Você conheceu os pais do Naruto?

– Sim, eles estavam lá embaixo quando eu cheguei. Parecem pessoas ótimas.

– E eles são. – Hinata solta um espirro. – Como está a mamãe?

Respiro fundo e fecho os olhos.

– Depois falamos sobre ela. 

Escuto batidas na porta e então vejo Naruto entrar sorrateiramente, me olhando com cautela. Ele aponta para Hinata e pergunta baixinho:

– Ela ainda está dormindo?

– Não, está acordada. – digo sorrindo e ele assume sua postura normal, vindo para mais perto da cama. – Muito obrigada por ter cuidado dela, Naruto. Significa muito.

– É um prazer. – ele ri, mas para subitamente. – Quer dizer, não é um prazer que ela esteja doente. É um prazer que ela esteja aqui. Doente. Ah, não espera...

Não consigo controlar o riso, até que outra pessoa adentra o quarto. Sasuke Uchiha para ao lado de Naruto, balançando a cabeça em negativa, provavelmente porque ouviu a confusão de palavras que o loiro acabara de falar.

– Tia Kushina disse para deixarmos Hinata descansar e está convidando Sakura para se juntar a nós no jantar. – ele avisa.

Meus olhos se arregalam, em surpresa.

– Essa é uma ótima ideia! O que acha, Sakura? 

– Err... – olho para Hinata, que faz um sinal para que eu concordasse. – Tudo bem.

                                  (...)
 

Eu não sabia dizer o quão constrangida estava me sentindo. Aquelas pessoas eram boas demais, muito mais do que eu havia imaginado. Não apenas haviam cuidado de Hinata o dia inteiro, como me convidam para jantar sem motivo algum, apenas por eu estar aqui. Era estranho e eu não era acostumada com esse tipo de simpatia.

A Sra Uzumaki havia preparado a mesa de jantar, gigantesca por sinal, com pratos que nem mesmo eu havia provado antes. O jantar naquele casarão era bem diferente do da minha casa, mas a família de Naruto tentava me deixar o mais a vontade possível.

– Então, Saky-chan, nos conte sobre você. – pediu dona Kusinha, enquanto colocava vegetais no prato do filho, que fazia uma careta como uma criança birrenta.

– Contar sobre mim?

– Conte como foi a infância aqui em Konoha. – explicou. – Nós chegamos a pouco tempo, e mesmo sendo uma cidade pequena, ainda não sabemos muito sobre este lugar.

Arqueio as sobrancelhas.

– Er... bem... – minha mente começa a dar voltas. Eu não via Konoha com bons olhos, mas mesmo assim não queria falar mal da cidade para os Uzumaki. Afinal, até eu sabia que aqui não era ruim de tudo e, além disso, eles não haviam me pedido para falar de coisas ruins, disso eu tinha certeza. – Eu cresci aqui, portanto nada para mim é grande ou importante suficiente para contar. 

– Sakura, preciso que me dê sugestões de lugares para encontros. Não faço a mínima ideia de onde levar Hinata quando ela melhorar.

Todos à mesa riram, exceto Sasuke Uchiha, que parecia nem estar prestando atenção à conversa.

– Eu não saberia dizer, Naruto. – respondo. – Nunca fui a um encontro. Mas os meus amigos geralmente vão à praça no centro da cidade ou, em alguns casos, vamos à festas na cidade de Suna, que não é muito longe daqui.

– Nunca foi a um encontro?! – Naruto pergunta alto, como se houvesse parado de prestar atenção depois do que eu havia revelado sobre mim mesma.

– Sim, nunca.

– Não tem namorado, Saky-chan? – indagou a Sra Uzumaki, que havia posto a mão no meu ombro. Ela fizera questão de pedir que eu sentasse ao seu lado, o que não era problema nenhum. O Sr Minato sentava-se à ponta da mesa, ao lado dela, com Naruto ao seu outro lado e Sasuke Uchiha logo depois. Bem à minha frente.

– Não, senhora.

– Ora, mas isso é perfeito! – ela fala, batendo palmas. – Hina-chan sai com o Naruto e você com o Sasuke! Poderiam ir a um encontro-duplo!

Escuto Sasuke Uchiha tossir ao ouvir a fala da madrinha. Olho para ele, não disfarçando meu desagrado, embora eu esteja corada. Me seguro para não perguntar se essa mulher havia ficado louca, afinal eu e o moreno nem sequer trocamos olhares. Era nítido que não nos gostávamos, então por que ela havia dito aquilo?

Tento esconder meu rubor bebendo um gole do suco que estava a minha frente.

– Não fale besteiras, tia. – disse o moreno.

A mulher ruiva arqueia as sobrancelhas, surpresa, e cruza os braços.

– Como assim “besteiras”?!

Sasuke pigarreia e me olha de esguelha. Sinto minhas bochechas corarem ainda mais e desvio o olhar, fitando apenas minhas mãos em meu colo.

– Está constrangendo-a. – ele diz.

– A Kushina gosta de bancar a casamenteira, senhorita Sakura. – o Sr Minato fala, sorrindo simpático. – Não precisa levar a sério tudo que ela diz.

– Mas eu falei sério! Acho que a Sakura e a Hinata são ótimas meninas para os meus dois meninos!

– Er... talvez, huh... o Sasuke não seja o tipo da Sakura? – Naruto tenta aliviar o assunto, eu só não sabia dizer para quem.

Quando menos percebo, todos estão olhando para mim, incluindo o Sr Uzumaki, que parecia estar neutro naquele assunto, como se esperassem uma resposta minha. O que eu poderia dizer? Que o Uchiha realmente não fazia meu tipo e que eu preferia ir para o inferno do que a um encontro com ele?!

– B-Bem, talvez eu também não seja o tipo do Sasuke. – respondo, sem fazer contato visual com ninguém. – Ele deve preferir alguém mais...

– Bonita? Nem pensar! – diz a mãe de Naruto. – Você, minha querida, é deveras mais linda do que qualquer garota de Tóquio que eu já tenha conhecido. 

– Obrigada...

– Talvez ela tenha querido dizer “prendada”? – indaga Naruto, de boca cheia. – As pessoas chamam as mulheres de prendadas, mas eu nunca entendi o que é isso.

– Não fale de boca cheia, garoto. – diz Kushina, irritada.

– Mulheres prendadas, geralmente, são aquelas que tem talento para coisas consideradas femininas, filho. – explica o Sr Uzumaki. – Quando sabem cozinhar, bordar, falar outros idiomas  e serem graciosas e educadas ao mesmo tempo. Eu diria que esse adjetivo é um pouco ultrapassado, visto que qualquer pessoa, homem ou mulher, pode fazer essas coisas.

– Concordo, Sr Minato. – sorrio para seu comentário.

– O senhor pode estar certo, tio. – Uchiha se pronuncia. – Qualquer pessoa pode fazer essas coisas, mas eu acho que nem todos conseguem. Conheço várias mulheres talentosas,  inteligentes e educadas, mas se “prendadas” se refere a ter todos os requisitos que o senhor acabou de falar, eu diria que só conheço, no mínimo, meia dúzia de mulheres definitivamente prendadas.

– Não me admira que você só conhece seis mulheres prendadas. Fico até surpresa de que conheça alguma. – deixo escapar.

A sala de jantar entra em um silêncio constrangedor. Meu coração batia rápido. Que merda eu acabei de falar? Eu realmente vou dar início a uma discussão com o afilhado dos anfitriões dessa casa?! Durante o jantar?!

O silêncio é quebrado pelo próprio Uchiha.

– Você é exigente quanto a seu próprio sexo, Haruno? – ele indaga, mas não parecia ser com sarcasmo. Soava como se realmente estivesse curioso.

Respiro fundo e tento procurar palavras corretas para que, ao menos, não parecesse que estávamos trocando farpas justamente na frente do Sr e da Sra Uzumaki.

– Eu só... nunca vi tal mulher. – respondo. Decido colocar um pouco de humor na conversa. – Talvez nem seja muito agradável aos olhos.

Naruto começa a rir, mas parecia forçado.

Com isso, a senhora Uzumaki inicia outro assunto, completamente diferente do qual estávamos conversando. Meu coração ainda estava acelerado com o nervosismo, portanto nem sequer consigo prestar atenção no que ela falava. Decido me focar apenas em comer.

Quando terminamos de jantar, ajudo Kushina a tirar a mesa. Ela era uma pessoa realmente gentil e bondosa, e, se é que eu possa dizer, pelo pouco que a conheço, sabia que ela era uma mulher durona. Isso a tornava ainda mais legal aos meus olhos.

Naruto e o pai ficaram responsáveis pela louça, enquanto a senhora daquela casa me levava novamente até o quarto onde minha irmã mais velha descansava. Enquanto subíamos as escadas, a ruiva falava um pouco sobre o estado de Hinata.

– Ela sofreu uma torção no tornozelo, mas eu consegui enfaixá-lo direitinho e estamos mantendo-o coberto com compressas de gelo. – ela explica. – O inchaço já diminuiu bem desde hoje de manhã até agora.

– É bom saber disso, obrigada.

Chegamos ao quarto e entramos silenciosamente, caso ela estivesse dormindo. Ao atravessar o cômodo, sento no canto de sua cama, sem acordá-la.

A senhora Uzumaki havia trago um termômetro consigo e o deposita embaixo do braço dela, com cuidado. Um minuto depois, ela o pega novamente e o analisa. Sua expressão não estava muito boa quando a mesma se vira para mim.

– 38 graus. – ela diz. – Saky-chan, eu insisto que ela passe a noite aqui. A Hina já está dormindo, acordá-la seria um crime. Além disso, lá fora está frio e eu não acho uma boa ideia que ela respire ar gelado.

– Mas, Sra Kushina...

– Estou insistindo, Saky-chan. – ela me interrompe, com uma voz autoritária. – E também insisto que você passe a noite aqui também.

– Eu?

Ela confirma com a cabeça. – A Hina vai se sentir mais confortável se souber que você está aqui com ela. Então, o que me diz?

Olho da ruiva para a morena e respiro fundo. Pelo visto, o plano de mamãe havia saído exatamente como ela planejou. 

Suspiro derrotada.

– Onde posso dormir?

 

                              (...)
 

– Este é seu quarto. 

A porta à minha frente é aberta, revelando um quarto razoavelmente grande, com as paredes pintadas de branco. Havia uma pequena varanda, com cortinas cinzas que voavam a medida que o vento batia contra elas. Uma cama de casal logo ao lado, com lençóis brancos e uma muda de roupas em cima.

– Tia Kushina deixou um pijama em cima da cama para que você possa dormir. – diz Sasuke Uchiha.

Entro no quarto, passando a mão pelos móveis e analisando o cômodo. Era neutro, porém muito bom. Me viro para o moreno, com a intenção de mandá-lo se retirar. Ficar sozinha com ele me deixava desconfortável.

– Eu agradeço. Por me trazer até o quarto. – digo. – Então... boa noite.

Dou as costas para ele e caminho até a cama, onde me sento e desdobro a muda de roupas que, supostamente, eram pijamas. 

Mas percebo que Sasuke Uchiha ainda não havia se retirado. Olho para ele, esperando que ele dissesse algo ou saísse do quarto.

– Eu não sei se poderia chamá-la de prendada, Haruno. – ele diz, e minhas sobrancelhas automaticamente se franzem. Mas então ele completa sua fala. – Mas feminina e inteligente... isso, com certeza, você é.

Dito isso, ele se vira e fecha a porta antes que eu pudesse dizer alguma coisa. Não que eu conseguisse falar algo naquele momento.

 


 


Notas Finais


E aí, o que estão achando??


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