1. Spirit Fanfics >
  2. Origem >
  3. Conhecendo a Capital

História Origem - Conhecendo a Capital


Escrita por: Ckjima

Notas do Autor


Expire,
A verdade é que todos temos desejos, proibidos, imorais ou profundamente angustiantes...
Nada ficará escondido...

Capítulo 2 - Conhecendo a Capital


Fanfic / Fanfiction Origem - Conhecendo a Capital

            Através de estudos profundos as pessoas foram sendo redirecionadas ao trabalho, os critérios no começo foram confusos e questionados pela maioria dos habitantes, mas foram anos de trabalho até chegarmos à realidade que vivíamos, os pais trabalhavam, as crianças nasciam e iam para a escola e, nelas permaneciam até o final da adolescência e, assim, iriam para a capital para os testes e serem direcionadas à carreira profissional que seguiriam. Consegui controlar meus impulsos e quando finalmente saí do banheiro Liam, Nat e seus seguidores estavam à minha espera eu saí andando paralelamente e alcancei minha pilha de livros e os carreguei e devolvi às prateleiras enquanto todos me observavam silenciosamente. Saí da biblioteca com aqueles olhos me seguindo e finalmente respirei aliviado quando me dei conta que estávamos somente os três.

            A verdade era que os seguidores de Nat eram tão discretos que se misturavam aos habitantes então, suas presenças passavam geralmente despercebidas. Olhei para Liam que me encarava com aquele olhar curioso e penetrante eu sabia que ele me desejava e nós já havíamos ficado diversas vezes, não era ruim, não era bom, era aquele desejo que surgia entre nós e que acabou nos colocando em estado de alerta, esse era outro problema, se um casal resolvia assumir a relação perdiam o direito aos testes, eram automaticamente desclassificados e passavam a fazer parte do grupo trabalhador. Eu não queria perder a chance de fazer meus testes e por isso, acabei me afastando de Liam antes que resolvessem nos enquadrar e nos rebaixar ao grupo trabalhador.

            Não haveria tempo para despedidas, voltei à minha casa e peguei minha mochila com os documentos e deixei uma carta de despedida direcionada a meus pais e minha irmã, ela estava na escola e, só voltaria à noite. Olhei a foto pendurada na parede eu, Nat e Liam na escola...

            Era proibido carregar qualquer item pessoal para dentro dos centros de treinamento, nunca questionaram os motivos, eu também não, queria sobreviver, queria estudar, fazer algo de bom para minha irmã e meus pais, era isso que eu pensava quando saí de casa e parti rumo à capital, eu estava confuso sobre os meus sentimentos em relação a Liam e a Nat, eu desejava estudar, desejava descobrir meu lugar, ao mesmo tempo, eu tinha aquele sentimento estranho de estar perdendo algo que era raro, que eu deveria preservar e, manter longe do estado. Aquele temor se dissipou quando vi a cidade, era uma enorme vitrine cheia de invenções, pessoas andavam por todos os lados, era um ritmo frenético e meu nome estava em uma placa eletrônica, andei em direção a ela como todos os outros, enquanto andávamos pela escadaria a mulher parou e me apontou uma dessas vitrines cheias de protótipos de aeronaves.

—Sua família ofereceu grandes feitos na aviação civil, você tem interesse nessa área? – Paramos em frente à vitrine enquanto eu observava os protótipos e não me sentia atraído por eles.

—Não – respondi enquanto ela caminhava e continuava tagarelando sobre uma área ou outra. Nesse momento eu vi uma vitrine de protótipo de automotores e havia um rolls-royce e dele surgiu abrindo a porta um homem decapitado, sua cabeça rolou e parou a poucos centímetros de nós enquanto os jovens que estavam observando aquele lugar começaram a gritar e o homem saía correndo atrás de sua cabeça... Ficamos parados esperando que a polícia interviesse, mas o homem apenas apertou dois botões da camisa e sua cabeça real se materializou diante dos nossos olhos e ele se apresentou como o Dr. Smith, especialista em clonagem.

—Isso assusta você? – a mulher me observava a curta distância enquanto eu observava os alunos rindo e se acalmando diante da brincadeira —Para dizer a verdade, eu não imaginava esse tipo de comportamento por aqui... De onde viemos, éramos obrigados a esquecer do humor e levar as coisas a sério, não temos o direito a rir, correr ou namorar sem que o estado interfira e nos tire o direito de fazer os testes, portanto, ao ver essa brincadeira, eu me assustei como a maioria se assustou, mas não demonstrei pois não estamos acostumados a essas brincadeiras de onde venho, lá a morte realmente é real, essas brincadeiras são casos de polícia.

—Muitas pessoas gostam de humanas, mas são raras as pessoas que seguem nessa área e se dedicam a essa área, desejo-lhe sorte, como procedimento padrão você vai aos chuveiros, pegue o elevador, saía dele, encontre o prédio 23 sala 23942 você terá 45 minutos para fazer isso.

            A mulher me levou até a entrada do prédio e me entregou uma espécie de chave em formato circular com o número 23, havia um código de barras e a porta de entrada havia esse leitor eu pressionei o círculo e a porta se abriu, passei por ela e quando olhei para trás ela estava se distanciando da porta. Andei pelo corredor até a entrada principal, utilizei novamente o código para ter acesso ao salão onde havia pessoas distribuindo kits para quem entrasse e apontava os chuveiros vazios. Despi minhas roupas e entrei no chuveiro, abri o kit e usei o sabonete líquido e esfreguei meus pés com o produto indicado, me enrolei na toalha e saí do chuveiro enquanto todos passavam por uma espécie de portal onde éramos revistados por uma espécie de raio-x e depois encaminhados aos elevadores até o andar que deveríamos procurar a sala. Passei pelo portal e entrei em um dos elevadores que estava vazio, logo depois ele se abriu do lado oposto e um homem entrou. Ele estava de costas para mim, uma vez que o elevador abria a porta para os dois lados eu fiquei olhando aqueles ombros e aquele cabelo que me lembravam Liam.

—Liam – balbuciei enquanto ele olhava para trás sem girar o corpo e me reconhecia —O quê você está fazendo nesse elevador? – Liam parecia assustado demais para perceber que o teste já havia começado —Você vai fazer a entrevista no prédio 23? – perguntei olhando para a chave em sua mão.

—Sim e, você? – Liam perguntou enquanto o elevador mudava a iluminação interna para um tom arroxeado e uma voz avisava que o elevador estaria parado devido à falta de energia. Ficamos olhando um para o outro e ele começou a rir —Me desculpe, mas nunca imaginei ficar preso em um elevador apenas usando uma toalha e, você comigo, parece um sonho... – Liam se aproximou enquanto eu erguia os dedos e tocava seus ombros.

—Uau... – Foi tudo que eu consegui dizer sentindo a textura da pele de seus ombros contra meus dedos.

—Como poderiam saber dos nossos desejos? – Liam balbuciou colando a boca em minha orelha enquanto eu sentia minha respiração alterando.

—Droga, você fez isso de propósito – murmurei olhando em seus olhos enquanto ele me empurrava contra um dos cantos do elevador e começamos a nos esfregar um no outro, eu sentia sua ereção contra minha coxa e eu me toquei sentindo minha excitação aumentar e comecei a me masturbar sentindo minha ereção aumentar e os dedos dele tocaram meu pênis, era uma maldita toalha que impedia que fizéssemos aquilo que nossos corpos desejavam, entretanto, se o fizéssemos teríamos que voltar sem o privilégio de conseguir fazer os testes, nos afastamos um do outro e nos encaramos seria aquilo que era a vida na capital? Poderíamos finalmente nos tocar e fazermos tudo que desejávamos? Estava confuso, excitado e surpreso diante de tudo que acontecera entre nós.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...