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História Os Anjos - Lúcifer Fanfic - Luci, escuta


Escrita por: vilacag

Notas do Autor


Ola amores!!!

Esse capítulo tá muito fofo e tem algumas surpresas. O final nem se fala.

Espero que gostem.

Ps.: Vocês já viram que eu tenho uma fanfic no Tom Ellis? Tá lá no meu perfil.

Boa leitura!

Capítulo 5 - Luci, escuta


É uma história muito longa e eu gostaria que você me escutasse – Amariel falou usando seu tom de voz mais doce.

-Te escutar? Você quer que eu te escute depois de você ter me abandonado? - Lúcifer levantou e ficou de frente pra irmã – Eu não esperava que nenhum dos nossos irmãos me seguisse, mas você? - ele apontou o dedo ela e seus olhos encheram de lágrimas - Eu tinha certeza que você me seguiria – ele gritou e os olhos dele também lacrimejaram.

-Sam... - Amariel ia chamar ele pelo apelido que sempre chamou, mas recebeu um olhar duro e engoliu seco - Lúcifer você não conhece a história toda, você não estava lá.

-É claro que eu não estava lá, eu estava no inferno, sozinho – a voz dele era tão carregada de mágoa que fez o peito de Amariel se apertar, e as lágrimas desceram por sua bochecha.

Ela sentia a energia pesada que emanava de seu irmão, uma energia triste e ela só queria abraçá-lo.

-Luci, escuta a Mari – Amenadiel falou chegando perto do Lúcifer e colocou a mão no ombro dele que desviou o olhar - Você realmente não conhece a história toda, não foi como você imagina.

-Lúcifer sua irmã veio até aqui para ajudar – Chloe falou chegando perto dele e tocou seus braços, o olhar dele ficou um pouco mais leve quando olhou para sua amada – E eu acho que ela merece ser escutada – ela levou a mão até a barba dele e fez carinho.

Então Lúcifer olhou para a irmã e assentiu, autorizando ela a falar. Amariel soltou a respiração que nem imaginava que estava segurando.

-Vamos sentar – Amenadiel disse e todos assentiram.

Chloe e Lúcifer sentaram nas poltronas, Amariel, Amenadiel e Linda sentaram no sofá, ela trouxe o carrinho de Charlie pra perto, e agora ele dormia em um sono profundo.

Amariel respirou fundo mais uma vez e começou a falar.

-Quando você foi expulso a minha primeira reação foi brigar com nossos Pais, eu gritei com Eles, pedi, implorei para Eles não fazerem isso, disse que você não merecia. Mas o que eu recebi de volta foi um olhar de desprezo da nossa Mãe, como sempre, e nosso Pai só disse que não era para eu me envolver nesses assuntos, que não era da minha conta. Então Eles ficaram um bom tempo sem ter contato conosco, era um clima pesado na Cidade Prateada.

Lúcifer olhou para Amenadiel para confirmar, e ele assentiu.

-Eu então comecei a bolar um plano para ir até você, eu não estava suportando ficar lá sem meu irmão favorito, sabendo que você estava sozinho. Primeiro eu achei que era só passar pelos portões, mas eles estavam trancados, ninguém saia ou entrava. Depois eu arrumei uma briga com os nossos irmãos que estavam protegendo os portões, e é claro que eu me dei muito mal, nós dois sabemos que eu não sou tão boa de luta - Lúcifer balançou a cabeça concordando – Eu me isolava a cada dia, e brigava com todos os nossos irmãos para tentar passar pelos portões, briguei inclusive com Amenadiel.

-Isso é verdade – ele deu um sorriso culpado e Amariel sorriu pra ele.

-Passei um bom tempo tentando, até que o nosso Pai decidiu intervir, mais uma briga entre nós dois, eu disse pra Ele que não iria parar de tentar, que eu queria ficar ao seu lado, porque você era o único que me amava de verdade. Mas ele continuou irredutível em sua decisão - ela respirou fundo ao lembrar de como se sentiu desamparada na época - Então Ele me colocou para dormir em um sono profundo, Ele literalmente me calou e me deixou sem escolha.

Lúcifer, Chloe e Linda arregalaram os olhos, sem acreditar, e Amenadiel abaixou a cabeça, ele estava lá e ajudou seu Pai a não deixar Amariel sair da Cidade Prateada.

-Como Ele pode fazer isso com você? - Lúcifer falou e sua voz tinha muita mágoa por seu Pai.

-Ele não queria mais problemas, queria paz de tudo que aconteceu, e eu não estava disposta a dar paz pra ninguém.

-Não tenta justificar o que Ele fez, você tinha que ter o direito de escolha – ela sorriu ao ouvir seu irmão a defendendo.

-Enfim – ela suspirou – Eu acordei muito tempo depois, quando eu precisava fazer o meu trabalho, lembro que Caim e Abel já estavam adultos naquela época. E você já estava há muito tempo no inferno, com uma grande mágoa de mim, então eu percebi que não valia mais a pena ficar tentando descer sem sucesso, e eu desisti. Aceitei que eu nunca mais veria você - a voz dela ficou embargada ao falar.

Lúcifer tinha um olhar surpreso e seus olhos brilhavam pelas lágrimas que estava segurando.

-Cada palavra que a Mari disse é verdade Luci, tudo isso aconteceu – Amenadiel falou, mas Lúcifer não desviou o olhar da irmã.

-Quando você chegou na Terra e eu soube, eu achei que era uma nova oportunidade de te ver mais uma vez, só que eu fiquei com medo de como você me receberia. Então eu decidi que só iria me contentar em ver você de longe, entre uma tarefa ou outra, eu passava pra te ver e depois ia embora – ela terminou de falar e ficou esperando Lúcifer ter alguma reação.

-Eu passei milênios achando que você tinha me abandonado – ele falou com a voz mais baixa.

-Eu nunca te abandonei, eu só não tive escolha.

Então Lúcifer levantou e deu a volta na mesa de vidro que fica no meio de sua sala, parou na frente da irmã e estendeu sua mão. Amariel não sabia o que o irmão pretendia, mas ela confiou nele e segurou sua mão. Ela levantou e ficou de frente ao irmão, e sem esperar, Lúcifer a puxou para um abraço apertado.

Amariel deu um suspiro aliviado e mais lágrimas desceram por sua bochecha, ela estava se sentindo protegida mais uma vez nos braços do irmão, e tinha muito tempo que ela não se sentia assim.

-Eu senti sua falta – ele falou baixo e ela sorriu.

-Eu também, todos os dias durante os milhares de anos.

Lúcifer os separou e olhou nos olhos de sua irmã. Ela sentia todo o amor que sentia quando os dois estavam no céu juntos. Lúcifer deu um beijo na testa dela e ela sorriu ainda mais.

-É bom te ter de volta Mari.

-É bom te ter de volta também Luci – os dois sorriram um para o outro.

O momento dos dois foi interrompido por um choro de bebê vindo do carrinho, Charlie tinha acabado de acordar e não estava reconhecendo o lugar. Linda na mesma hora pegou o filho nos braços, mas o bebê continuou chorando.

-Posso segurar ele? - Amariel perguntou timidamente se aproximando da mulher.

-Claro – Linda deu um sorriso gentil e entregou o filho para a Tia.

E para a surpresa dela, Charlie parou de chorar no mesmo instante, Amariel sorria para o sobrinho e o bebê olhava pra ela com olhos curiosos.

-Como você fez isso? - perguntou chocada e Amariel olhou pra ela confusa, então a anjo percebeu que não tinha explicado quem era.

-Ok, eu devo explicações pra vocês duas – ela falou olhando para a Chloe e Linda – Posso ficar com ele no colo?

-Por favor – Linda disse e ela riu.

Amariel sentou no sofá com o bebê no colo.

-Oi meu amor, eu sou a Tia Mari – Charlie sorriu pra ela que sorriu ainda mais – Ele parece com você - ela falou olhando para Amenadiel que sorriu para irmã.

Os dois nunca foram próximos durante os anos na Cidade Prateada, Amenadiel um anjo guerreiro, e muito cabeça dura, Amariel não é guerreia, e sempre foi sensível demais para se dar bem com o irmão. Ela nunca teve atenção dele como Remiel teve, e isso sempre os manteve afastados.

Mas olhando pra ele ali agora, ela sabia que Amenadiel estava diferente, conseguia ver pelo o olhar dele, e isso fez ela querer conhecer essa nova versão do irmão.

-Aquele calor que senti quando encostei em você tem uma explicação? - Chloe falou e Amariel levantou o olhar.

-Tem sim – ela se ajeitou no sofá segurando o sobrinho que mexia em seus fios loiros, quase branco.

Lúcifer pegou uma bebida e sentou perto de Chloe. As duas mulheres olhavam com curiosidade para a anjo que se preparou para a explicação.

-Eu sou a mais nova de todos os anjos, fui criada quando meu Pai decidiu criar a humanidade. Fui criada com o objetivo de unir almas gêmeas, de transmitir amor, por isso fui chamada de Portadora do Amor – as duas mulheres ficaram mais surpresas ainda – Por isso minhas asas são brancas, o meu cabelo é assim, minha aparência é assim, porque eu fui criada para ser o mais angelical possível.

-Você une casais? - Chloe perguntou.

-Não só casais, almas gêmeas não são necessariamente pessoas romanticamente envolvidas, pode ser mãe e filha, amigos.

-E como funciona isso? - Linda falou.

-Eu não posso falar muito, porque não sou autorizada – as duas assentiram – Mas quando eu sinto que chegou a hora dessas pessoas sentirem esse amor especial, eu vou até elas, claro que invisível.

-Você fica invisível? - Linda perguntou chocada e Amariel riu.

-Quando eu quero sim - então Linda fez um sinal para ela continuar falando – Eu vou até essas duas pessoas, toco nelas e elas sentem esse amor todo que se sente por uma alma gêmea.

-Por isso sua mão é quente? - Chloe perguntou.

-Exatamente, o poder do Lúcifer é através dos olhos, o meu é através das mãos. Eu uso a energia que a pessoa está sentindo, felicidade, amor, e faço essa energia ir até minhas mãos.

-Mari também consegue afastar a tristeza das pessoas através de seu toque - Lúcifer falou e a irmã assentiu.

-Do mesmo jeito que eu consigo sentir felicidade, amor, eu também consigo sentir tristeza, ódio. As energias me afetam – ela falava e as outras duas olhavam admiradas pra ela - É por isso que eu tive tanta certeza que o Michael estava tramando alguma coisa, eu senti algo na energia dele.

-Uau, isso é incrível - Chloe falou e ela sorriu.

-É por isso que o Charlie está tão quietinho, ele está sentindo amor no seu colo – Linda olhou para o bebê que agora dormia sereno no colo da Tia - Você pode ir na minha casa quando quiser – ela falou e todos riram.

-Vou ficar feliz em visitar meu sobrinho – ela passou os dedos pelo rosto do sobrinho – O fato de eu ser uma portadora que me aproximou tanto de Lúcifer, nós dois nos entendíamos, com nossas diferenças - Lúcifer deu um sorriso para a irmã.

-Eu treinei a Mari, ensinei ela a como lidar com seus poderes, passamos bons anos juntos nessa tarefa – ele falou.

-Ela parece mais ser sua gêmea do que o Michael – Linda constatou.

-Nem me fale – ele passou a mão no rosto ao se lembrar de seu irmão e tudo que ele tem aprontado.

-Posso te pedir para fazer seu poder em mim? - Chloe falou e Amariel a olhou.

-Claro que sim – ela levantou e colocou Charlie no carrinho.

-Será que ela é imune aos seus poderes também? - Lúcifer falou interessado no assunto e levantou também.

-Acho que não, ela sentiu quando me tocou.

Chloe assentiu, as duas ficaram frente a frente. E Lúcifer ficou observando.

-Eu vou precisar que você pense em memórias que te fazem feliz, que te fazem sentir amor.

Chloe assentiu e fechou os olhos. Então as memórias começaram a vir a sua mente, muitas lembranças de sua filha, o sorriso de Trixie fez a mulher sorrir, também se lembrou de vários momentos com Lúcifer, os beijos que trocaram, a noite que se amaram, a manhã seguinte.

Amariel sentia a energia dela aumentando, uma energia cheia de amor e felicidade, então se concentrou para absorver essa energia e passar ela pelas mãos.

Por fim ela levou sua mão direita até o colo de Chloe, as duas de olhos fechados, as duas sentindo uma sensação maravilhosa. Uma sensação de felicidade plena.

Amariel tirou sua mão e Chloe abriu os olhos extremamente surpresa.

-Uau – ela falou para a cunhada que sorria – Eu senti tanta felicidade, tanto amor, é como se minha energia tivesse sido renovada com apenas um toque.

A mulher de branco a sua frente deu um sorriso tímido.

-Ela tem esse efeito nas pessoas - Lúcifer disse piadista como sempre, e as duas reviraram os olhos – Olha vocês reviraram os olhos juntas – ele falou rindo.

O clima naquela sala era de felicidade, um clima leve que todos estavam precisando depois de dias tão tensos que Michael causou.

Mas um barulho estrondoso interrompeu tudo, era barulho de um trovão que parecia rasgar o céu no meio, no mesmo momento nuvens pretas e pesadas fecharam o céu ensolarado de Los Angeles.

Amariel com sua sensibilidade aguçada sentiu um arrepio tão forte pelo corpo que a fez tremer. Os dois irmãos olharam pra ela preocupados.

-Alguma coisa está errada na Cidade Prateada – ela disse por fim.

E todos se olharam com olhares assustados.


Notas Finais


E agora????
Algum palpite?

Beijos e até o próximo 😘


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