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História Os Campeões de Izalith - Capítulo III - A Rosa sem Espinhos


Escrita por: CallMeAury e Heyaa

Notas do Autor


Aproveitando aqui para avisar que esse capítulo deveria sair amanhã as 09:00, mas como estarei indisponível nesse fim de semana eu estou adiantando ele. ( Mas para não ferrar meu planejamento o próximo vai sair do dia que devia mesmo — 21/08/2018 - 09h00.)
Eu vou viajar e estou sem meu PC aqui, mas tudo normalizará na segunda feira. Então qualquer comentário / MP não respondida fique calmo que eu não morri e nem muito menos esqueci de ti.

Capítulo 5 - Capítulo III - A Rosa sem Espinhos


Fanfic / Fanfiction Os Campeões de Izalith - Capítulo III - A Rosa sem Espinhos

A Noite caia sobre a capital. Muitos comércios fechavam, barracas eram recolhidas e pessoas retornavam de seus trabalhos. Homens voltavam a suas casas com algumas peças de prata e quiçá uma de ouro na mão, alguns muito sujos já outros nem tantos. Crianças se recolhiam das ruas com as peças de cobre que conseguiram fazendo favores a comerciantes.

A cidade era dividida em três níveis.

O nível exterior era onde ficavam as casas dos plebeus, o grande centro comercial, a Arena e toda a parte central de Izalith, e na parte encostada a montanha que protegia um dos lados da cidade ficava a periferia.

O nível mediano eram as casas dos burgueses e dos “semi-nobres” pessoas que tinha bem mais condição do que qualquer um do nível mais baixo. Era lá que ficavam as perfumarias mais caras, as lojas de chocolate, alguns parques e jardins floridos, e onde maioria esmagadora dos guardas andava. Guardas do Leão Real de Izalith eram presenteados com o direito de morar nessa parte da cidade, pois não deviam se misturar com a plebe. Além de suas rotas de trabalho ser basicamente ficar no castelo ou supervisionar os subordinados do nível mediano, sendo toda a escala muito bem programada e regulada.

A única vez em que um capitão tentou corromper isso para conseguir vantagens pessoais foi também a única vez em que um Leão Real fora executado em uma praça pública de Izalith.

Também havia guardas no nível exterior é claro, mas eram os descaradamente corruptos — ao ponto de aceitarem propina em frente às pessoas e ordenarem alto que seus subordinados fizessem algo definitivamente hediondo, os incapazes — que voltavam da guerra com feridas que não os permitiam serem tão eficientes em combate, os porcos rudes — homens que não conheciam a palavra educação e que muitas das vezes eram verdadeiramente analfabetos, ou os novatos que não haviam aceitado a proposta de “divisão” de salário que seu superior propusera e é desnecessário dizer que a rota desses últimos ficava bem ao pé da periferia, apesar de alguns dos corruptos passarem por lá para seu aumento salarial e os porcos rudes pelos bordéis

E o nível mais alto era o castelo, onde moravam o Rei e sua família mais próxima. Ele era enorme e imponente, todo construído de tijolos acinzentados e com um belo acabamento em suas torres tomadas pelas estátuas de gárgulas. Eram construções em cima de construções, torres em cima de torres, andares e mais andares. Era tão grande que quem estivesse aos seus pés quebraria o pescoço para olhar para seu cume, também conhecido como o quarto de vossa majestade.

Havia três acessos do nível mais baixo para o mediano, duas escadas que quase não eram vigiadas e um elevador de madeira bem resistente. Fora isso era como se fosse uma vila completamente diferente que estava uma parede de oito metros acima.

O motivo pelo qual não havia guardas nas escadas, pelo menos não durante o dia, era que tudo já estava muito bem organizado na cabeça das pessoas. No andar médio era proibido mendigar, brigar, vendas ambulantes e apesar de não regulamentado pessoas pobres também não eram bem-vindas por lá. Caso os guardas vissem alguém de aspecto empobrecido subindo o perguntariam por que estava subindo para lá, e caso não gostassem ou não acreditassem na resposta eles o levariam para algum beco e pediriam não educadamente que ele se retirasse, e quase nunca eles acreditavam nas respostas.

Quando anoitecia a segurança se acirrava, as lojas fechavam e eles acendiam as tochas muito bem posicionadas por toda a extensão do nível médio além de sempre pararem para checar o nível de óleo para ter certeza que não acabaria durante aquela noite e nem nas posteriores, até certo horário passavam de casa em casa para checar se tudo permanecia bem, um simples bater de porta e uma pergunta ao dono da casa era o suficiente para que eles seguissem para a próxima. Os que não desejavam por isso durante algum ou alguns dias iam ao quartel general dos leões e avisava que não estaria em casa, para que não se entrasse em modo de busca. Algumas plebéias eram contratadas para que durante a noite varressem as ruas pavimentadas de lá, mantendo assim as ruas limpas durante o amanhecer. Não só varriam como limpavam as placas e regavam os jardins, ficar fora de casa durante a noite era ruim, dormir de dia geralmente não faz bem para o organismo, mas o dinheiro pago estava levemente acima do justo, então funcionárias nunca faltavam.

No nível mais baixo a noite não significava descanso, significava liberdade. Enquanto no nível diretamente acima a segurança aumentava, naquele andar ela diminuía. E mesmo os poucos guardas escalados não mantinham seus postos visto que nenhum supervisor se daria o trabalho de ir checar aquilo, e houvera algumas vezes em que alguns deles abandonavam, iam para uma taberna ou bordel próximo, encontravam seu supervisor por lá e passavam a noite bebendo, reclamando de sua situação e contando histórias mentirosas sobre o quão forte eles eram.

Um desses bordéis era chamado “A Rosa Sem Espinhos”, não era o mais famoso de toda capital — sendo esse destaque para “O Libido da Rosa Mais Pura”, um dos poucos bordéis do nível médio — nem o mais famoso do nível inferior, mas era o que aqueles dois guardas e seu supervisor gostavam de freqüentar.

Amaral Del’castillo era um sargento incapaz de mais de trinta e oito anos no processo de tornar-se um porco rude, branco, cabelos negros mal arrumados e uma barba mal-feita. Havia perdido metade de um braço quando a montante de um mercenário que protegia cargas roubadas destruiu seu cotovelo, naquela época usava uma enferrujada armadura de ferro, e para garantir que não infeccionasse o médico encarregado fizera o corte de amputação pouco abaixo do seu ombro direito, e visto que ele era destro sua habilidade combativa havia decaído consideravelmente. Passados três anos de tal incidente ele estava perdido entre putas, bebidas e jogos. Sua moral corrompera-se e a depressão o alcançara, tornara-se rancoroso e grosso, sua esposa o largou pelo amante que arrumara quando seu marido se tornara nojento demais para ser alguém amável, seu filho de dezoito anos nem mais olhava em seus olhos por ter vergonha do que ele se tornara. E vendo tudo o que acontecia ele começou a entregar-se para tudo que jurou não se tornar. Só estava naquela mesa, pois se mostrava ainda um bom guerreiro, comparado aos outros daquela parte da cidade, e tinha estômago para o que fosse necessário.

Lewis Morotan era um corrupto assumido que tinha meros vinte e dois anos, e diferente de seus “companheiros de noitada” ele tinha pele escura e cabeça raspada. Entrara no exército fazia menos de sete anos, mas sua corrupção viera de berço. Filho de um comerciante de equipamentos saqueados e de uma prostituta, o pequeno Lewis aprendera a se virar das piores formas possíveis. Com seu pai aprendera sobre intimidação — mostrando-se muito efetivo nisso visto que herdara de seu pai tanto o porte de armário quanto a cara de psicopata, negociação — mais especificamente sobre propina, aproveitar-se de pessoas fragilizadas e como reconhecer quando alguém estava tentando lhe passar a perna. Já com sua mãe aprendeu sobre chantagem — como pressionar uma pessoa na medida certa e fazer ameaças indiretas, persuasão, lábia, manipulação e principalmente sobre mulheres. E todos esses atributos foram o que fez um rapaz tão jovem aproximar-se ao chefe da guarda do nível exterior.

Arnaldo Antunes, o tenente que chefiava a guarda noturna do nível exterior, era sem dúvida um dos maiores trastes que toda a capital tinha para mostrar, um exemplo a ser seguido por todos os porcos rudes daquela cidade, um corrupto que sentia orgulho de si mesmo por ganhar duas vezes mais que um capitão da guarda dos leões reais, mas que mal tinha onde gastar aquele dinheiro, pois não ia ao nível mediano para não arranjar problemas graças a sua fama e ninguém do nível exterior teria coragem de cobrar-lhe uma peça de cobre sequer, além de ter sido considerado um incapaz após levar duas flechadas em seu joelho esquerdo. Se havia alguém que exemplificava perfeitamente o que era ser um monstro era aquele homem. Já havia estuprado filhas de comerciantes que lhe deviam dinheiro, já havia quebrado todos os dedos de uma criança de três anos como forma de chantagear a mãe dela, já havia dado um soco na cara de um garoto de doze anos que pedira ajuda quando foi encurralado por meninos quatro anos mais velhos apenas por ser homossexual — além de nessa situação ter presenteado um dos agressores com um pedaço de madeira cheio de pregos tortos que havia acabado de usar para ensinar um senhor de mais de sessenta anos a não olhá-lo nos olhos caso não quisesse morrer: “Faça-o virar homem ou enfie isso na bunda dele para que sofra com a mulherzinha que quer ser”. Todo o tráfico de pessoas, armas e drogas que passava a dez quilômetros da capital era controlado por ele, além de ser o chefe de uma guilda de mercenários, oferecendo proteção jurídica em troca de algumas boas peças, e toda outra sorte de coisas tão ruins quanto que já havia feito e uma semana depois esquecido.

Tinha menos de um e oitenta de altura e estava um bocado acima do peso, seus longos cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo bem apertado. Usava a armadura da guarda, que não passava de uma simples armadura de aço com as cores do reino, azul e dourado, e um símbolo de autoridade marcado no peito. Em seu cinto pendurava-se uma pesada bolsinha de couro com muitíssimas peças de ouro, e ele nem se lembrava de onde cada vinha. Era conhecido em todos os bordeis por beber como um touro e não cair, transar como um coelho e não cansar, por ser extremamente abusivo e agressivo na cama, e ainda mais fora dela.

Os bordéis eram, em sua normalidade, regidos sob regras um tanto rígidas, o estatuto dos bordéis de Izalith permitia a prostituição desde que a mesma fosse feita em uma casa destinada a isso, sendo assim proibido que um homem deitasse com uma mulher pública na cama de seu lar, onde a ordem divina deveria ser absoluta. Permitia às mulheres reclamarem de clientes que tivessem sido violentos, em excesso, com elas — apesar de conhecidos serem por nome as casas de mulheres onde você poderia violentá-las ao seu bem entender e nada aconteceria. As armas eram obrigatoriamente entregues á segurança ou gerência do lugar, o que também era recomendado para jóias e objetos de alto valor, pois em um lugar tão conturbado quanto aquele os roubos podem não ser facilmente percebidos.

O “Rosa Sem Espinhos” era um bordel de quatro andares.

O primeiro andar era focado na recepção e no bar, era um lugar muito bem arejado com janelas ostensivas e plantas para decoração, a cor principal dos móveis era obviamente o vermelho — sendo esse o dominante nos sofás, roupas das funcionárias e nos carpetes do chão —, o rosa — presente nas paredes, nos bordados das roupas junto ao preto e nas almofadas — e o amarelo puxado para o dourado — que detalhava o papel de parede, os vasos de planta, brilhava nos acessórios das mulheres presentes e nos lustres presentes no teto. Ao lado da escada de acesso aos outros andares — que era vigiada por homens armados de espada, escudos e armaduras. — ficava o bar do salão principal, sua equipe era composta por três atendentes do sexo feminino e um do masculino que as supervisionava. As opções culinárias pairavam entre: Javalis à pururuca, que consistia no animal inteiramente assado — temperado por azeite e pimenta — deitado sobre folhas de alface e com uma maçã em sua boca; até pratos de coelho ou bacalhau. O cardápio etílico do bordel não era lá tão variado, compunha-se de: cerveja — que estava relativamente barata considerando o gosto, Hidromel — que para qualquer um que houvesse visitado Dorfanfang mais parecia água suja, e vinho — obviamente nenhum dos luxuosos que vinham de todas as partes de Izalith, mas sim os produzidos em uma vila próxima — que no máximo serviria para se embebedar. Além de algumas mesas dispostas pelos cantos do salão, que eram servidas por prostitutas que estavam de folga de seu trabalho principal, mas que obviamente usavam um uniforme que contava com um salto alto, as chamadas meias arrastão, uma saia curta que chegava até o meio de suas ostentosas bundas — mostrando a falta de uma roupa de baixo — e um espartilho que afinava a cintura e dava apoio aos seios que ficavam e fora, obviamente nenhuma “garçonete” teria mais que vinte e três anos.

No segundo andar havia as “salas de sexo”, um lugar espaçoso onde os homens entravam e se aliviavam em mulheres presas as paredes. Basicamente do lado da sala aberto ao público ficava a parte da cintura para baixo das prostitutas, e seus pés ficavam algemados logo acima o buraco de onde elas saiam — fazendo com suas pernas a posição de um “V”, porém um pouco mais aberto­ — e do lado que apenas as funcionárias tinham acesso elas estavam deitadas em confortáveis almofadas. Conversavam uma com as outras ali e viviam rindo dos homens com o pênis minúsculo que tentavam a todo custo arrancar alguma reação delas. A maldade dos freqüentadores daquele tipo de sala ficava iminente quando uma novata estava lá, eles faziam fila e deixavam dezenas de prostitutas ali sem uso algum apenas para que todos apenas fodessem a “virgem de bordel”. Chegavam a ter turnos quando percebiam que qualquer uma delas estivesse um pouco mais sensível, deixavam um cara fazendo com toda sua potencia por cinco, dez ou até quinze minutos e quando o que estava encarregado demonstrava qualquer cansaço ele era imediatamente substituído por outro, depois outro, depois outro e outro. Dessa forma três ou quatro homens podiam descansar bastante e tinham o sádico prazer de fazer aquela mulher transar por três, quatro ou mesmo cinco horas. Mesmo as que sentiam prazer com aquilo e conseguiam alcançar múltiplos orgasmos começavam a sentir uma dor alucinante depois de noventa minutos sendo usada de forma tão violenta e raivosa — na maioria das vezes eles apenas paravam quando ela deixava de demonstrar reações, tendo ela desmaiado ou mesmo acontecesse algo mais sérios, como quando em um bordel deixou que dezoito soldados fizessem isso — soldados esses que não pararam nem quando ela começou a sangrar e infelizmente morrer de hemorragia, e não era difícil imaginar quem os conduzira àquele bordel e muito menos àquela ideia.

A maior prova de que o prazer era o da dor pura é que eles nem chegavam a ejacular, apenas riam da coitada enquanto ela gritava mais e mais de dor, quando um deles sentia que gozaria simplesmente trocava mais cedo. E após terem acabado com a jovem eles simplesmente moviam-se para a puta mais próxima e trepavam por mais cinco minutos até que chegassem ao seu ápice.

No terceiro andar ficavam as suítes para sexo grupal, e a maioria delas estava sempre cheia. Eram quartos gigantes com camas proporcionais ao motivo do andar, o recorde atual era de dezoito pessoas em apenas um quarto, sendo cinco homens e trezes mulheres, sendo apenas doze delas prostitutas. Também não era difícil de imaginar quem estava entre os recordistas.

No quarto e último andar ficavam os quartos privativos, quartos alugados pelas próprias prostitutas e que cabia a elas seu completo rendimento e entrega em perfeito estado no dia seguinte.

—Ande Lewis, sei que sua mãe era uma vagabunda como essa, mas não deve se envergonhar em usá-las. Apenas segure uma com força e enfie o pinto, elas gostam disso. —afirmou Arnaldo balançando seu copo de cerveja.

—Deixe o garoto Arnaldo. —Amaral falou com a voz arrastada, e sem desgrudar a cabeça da mesa. —Imagine a merda que deve ser pensar na própria mãe toda vez que olha pra uma puta.

—Parem de falar merda. —Lewis protestou sentado despojado no sofá. —Eu vejo uma puta toda vez que olho uma mulher, a diferença das daqui de dentro para as lá de fora é que as daqui já se aceitaram como o que são. Na cama, todas são iguais. Já transei com mulheres o suficiente para perceber isso.

—Mas aqui não é mais fácil? Lá fora tem toda essa merda de rosas, poemas e agrados. Aqui você só faz o que quer e vai embora. E nós ainda nem precisamos pagar. —clamou o Arnaldo. Puxou uma das que passavam perto pela banda da bunda e forçou-a a sentar-se em seu colo. —Imagino que esse vinho seja nosso.

A garota sentia as mãos nojentas tocando seu seio e sua bunda, e mesmo o ferro da armadura dela não a impediu de sentir enjôo.

—Na verdade o homem da mesa ao... —desistiu do que falaria. —Sim, é de vocês, por minha conta.

Tirou o vinho da bandeja que carregava e o pôs na mesa, tentou levantar-se e foi puxada mais uma vez

—Só o vinho que é meu? —perguntou Arnaldo exibindo seus dentes podres e amarelados.

A vontade de vomitar foi grande, mas ela suportou, sentiu os dedos do tenente mais corrupto de toda Izalith passando por entre os buracos de sua meia e passar por toda a extensão de sua intimidade. O ferro gelado era sem dúvidas a melhor parte daquilo, deixava-a dormente, impedia-a de sentir aquilo por completo. O dedo indicador e o médio de seu abusador começaram a correr suavemente para um orifício um tanto mais exótico, o qual era ainda não havia sentido absolutamente nada entrar, pois da única vez que tentara chorara de dor incessantemente. E viu o sorriso cruel no rosto dele ao estremecer pela possibilidade. Mas não havia opção, ela teve de falar o que ele queria ouvir.

—Eu também sou toda sua.

—Toda minha? —perguntou entrando devagar com o dedo.

—Toda sua. —ela respondeu em meio a lágrimas que surgiam.

Ele arrancou o dedo com toda força e fazendo questão de dobrá-lo como um gancho, com o puro intuito de feri-la. Os dedos que “acariciavam” seus seios beliscaram seu mamilo com muita força e ela gemeu de dor. A mão que antes a estuprara acertou-lhe um soco no olho e ela então caiu no chão.

—Vá embora vagaba oferecida. E leve a merda desse vinho vagabundo. —falou ao pegar a garrafa pelo pescoço e quebrá-la na cabeça da pobre jovem. —Traga-me mais cerveja sua incompetente. Acredita nessa puta aleijadinho? —perguntou virando-se para Amaral.

Mas surpreendeu-se ao ver que seu companheiro dormia.

—Caralho pretinho. O bebum apagou. —falou olhando para Lewis.

E surpreendeu-se ainda mais ao ver que ele também estava apagado.

Olhou em volta e viu que todos estavam dormindo, menos ele e a garota que chorava pelos olhos e sangrava pela cabeça, completamente estarrecida no chão. Os que estavam nos bares haviam despencado sobre o balcão, os que estavam nas mesas haviam dormido em cima de suas mesas ou mesmo caído ao chão. As garçonetes caíram por cima dos sofás mais próximos, e incrivelmente nenhuma delas deixara nada cair.

Não haviam sido desmaiados, haviam caído no sono subitamente e Arnaldo sabia que era o único que poderia ter feito aquilo. O som do peculiar objeto era quase imperceptível, mas os ouvidos treinados daquele tenente podiam reconhecer uma ocarina em qualquer lugar, pois por uma ironia do destino aquele era seu instrumento favorito. E teve de admitir pra si mesmo:

“Até que você toca realmente bem.”

Sentia sono, um sono estranho, praticamente induzido. Mas de alguma forma sabia que não dormiria, e quando se determinou a isso o sentimento se tornara ainda mais completo.

Achou estranho que ele estivesse ali, afinal apenas roubava os nobres da parte mediana da cidade, havia ele mudado sua índole? Pretendia resgatar alguma amiga? Ou estava atrás de alguém específico?

Já havia algumas semanas que ele freqüentava aquele bordel, o suficiente para que um ladrãozinho projetasse que ele estaria ali naquele momento. E com sua bolsa cheia de peças de ouro o suficiente para uma vida aristocrática de um mês ou mais. Sorriu ao imaginar que ele seria o alvo, fechou seus olhos fingindo dormir e pensou:

“Venha Ruído Noturno, estou esperando você!”


Notas Finais


Foi bem nojento escrever esse capítulo mas como eu disse além dos personagens tenho que apresentar o mundo também, e Izalith é sem dúvida um lugar nojento. Me diga o que achou e suas expectativas pro próximo cap.
(relaxa que até terça estarei respondendo todo mundo.)


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