QUIOTO- CADEIA
Após sua prisão Thomas enfim saía de sua cela pela primeira vez para tomar um banho de sol junto aos outros presos no pátio.
- Estenda as mãos. - Disse o policial tirando as algemas dele. - Pode ir e cuidado, estamos vendo tudo. - Falou saindo e Thomas enfim via o céu de novo, ele esfregou as braços vermelhos das algemas e foi andar pelo pátio e na sala de visitas um dos presos recebia uma.
- Alí. - Disse o policial apontando pra quem o esperava e o preso se aproximou.
- Quem é você o que quer comigo?
- Preciso de um servicinho seu.
- Mais eu não te conheço.
- E nem precisa, só saiba que meu nome é Kurata e que eu posso te pagar muito bem pelo que quero. - Disse tirando um pacote de dinheiro da manga de sua blusa. - Aqui está e de onde esse saiu tem muito mais eu só preciso de um serviço seu pra já, senta aí que eu te explico tudo.
- Porque você tá usando máscara, porque essa não é sua cara é?
- Não, estou disfarçado mais isso não vem ao caso, senta aí que eu te falo o que quero de você. - Então o homem sentou para ouvi-lo, e na casa de Davis ele estava prestes a receber uma boa notícia.
- Davis, Davis meu amor teu celular tá tocando.
- Já tô indo. - Falava chegando às pressas pegando o celular. - Alô, Satsuma?
- Davis! Que bom ouvir sua voz como está?
- Melhor e mais feliz que nunca e você?
- Ansioso, temos uma série de jogos importantes, e eu quero muito que você e o Taichi se encaixem já no time.
- Sério? Isso é ótimo.
- Não é? Eu vou te explicar tudo e você passa pro Taichi pode ser?
- Tá bom, pode ser sim pode falar. - Comemorava animado e Satsuma contava tudo a ele e no hospital a espera continuava.
- Meu Deus que demora sem a gente saber de nada, quando essa cirurgia acaba?
- Calma dona Nancy tenta ficar tranquila assim que acabar eles nos avisam. - Falava Sora a consolando e Yoshino as observava sem saber o que falar e Ishida percebeu Nishijima muito triste.
- Não fica assim Nishijima.
- Me perdoa senhor ishida me perdoa eu não queria que isso tivesse acontecido, eu não queria…
- Eu sei que não, eu sei o quanto você ama meu filho e agora você pode ver que ele te ama também, que é capaz de tudo por você.
- Sim eu vi que sim, o Takeru me ama, mais eu não precisava dessa prova tão cruel pra ver isso não precisava. - Falou chorando se levantando nervoso e Ishida foi até ele o abraçando.
- Fica calmo vai ficar tudo bem, meu filho é forte e você também, vai ficar tudo bem tá. - Falava deitando a cabeça de Nishijima sobre seu peito acariciando seus cabelos e enquanto isso na cadeia após aproveitar um pouco do sol Thomas decidiu entrar ao perceber alguns olhares estranhos, mais ele foi enterrompido.
- Hey, rapaz espera.
- Pois não?
- Você poderia me ajudar e retirar algumas coisas que chegaram agora?
- Algumas coisas?
- Sim, comidas, produtos de limpeza sempre é a gente que descarrega os carros. - Falava já o levando até uma porta separada e ao entrarem Thomas foi surpreendido.
- Vem cá bonequinha.- Falou outro preso puxando Thomas pelos cabelos e o homem que o levou lá logo estendeu a mão pra trás e outro dos homens que estavam ali o entregou uma faca e Thomas não entendia.
- O que houve? Porque estão fazendo isso?
- Agora sim chegou a sua hora, sinto muito mais me pagaram muito bem pra te eliminar.
- Isso é brincadeira não é?
- Não... Isso é sério.
- Então você vai mesmo me matar? Me diz. Quem mandou, quem?
- O senhor Kurata.
- Kurata?
- Sim, ele veio disfarçado e me pagou pra acabar com você, porque você garoto sabe demais, e por isso ele quer seu fim. - O homem deu um soco na barriga de Thomas o derrubando, deu vários chutes em suas costas e os outros presos foram pra cima dando socos no rosto dele, na barriga puxavam seus cabelos e todos batiam nele a vontade e Thomas implorava.
- Socorro, por favor, vão me matar aqui! - Gritava desesperado e todos continuavam a bater o deixando em um poça de sangue até que o que foi pago deu a ordem. - Chega! Se afastem. - Falou se aproximando. - O que foi menino, eu soube que você era tão bravo e adorava causar, viu como é que se causa?
- Por… Por favor, eu já... Já aprendi eu já paguei... - Implorava chorando sem forças nem pra levantar.
- Não… Você não pagou, Kurata me pagou e por isso eu vou acabar com você de uma vez, olha trouxe um presente pra você. - Disse mostrando a faca. - Tenha uma boa viagem… - Falou se aproximando dele e mesmo sem forças, Thomas tentava se arrastar pra longe dele mais via que nada adiantaria então suplicou.
- Me perdoa Deus, me perdoa por tudo, por favor, recebe minha alma para que eu possa descansar em paz, por favor, meu Deus… - Sussurrava sem forças e o homem foi até ele o segurando pelos cabelos e com toda sua força e enfinhou a faca em sua barriga.
- Aaaaaaaaaaaaaaaahhhhh! - Gritava Thomas desesperado em meio às lágrimas e sangue e longe dali após a tensa conversa com Keenan e Kouki, Taichi e Yamato seguiam até o carro para irem pra casa.
- Nossa que desnecessário o que acabou de acontecer lá dentro Yamato.
- Eu também achei, não precisava tratar o Kouki daquela forma.
- Você sabe que estou falando de você, a forma como falou com Keenan.
- É sério que nós estamos discutindo por um estranho de novo?
- Não, por um não, por dois porquê o Kouki você defende.
- Assim como você com esse Keenan, eu gosto do Kouki.
- E eu do Keenan! Eu posso? - Enquanto os dois discutiam, o celular de Taichi tocou.
- Vai atende, pode ser o Keenan né? Eu aguardo no carro com o Chimato. - Disse saindo e Taichi atendeu.
- Davis?
- Taichi eu tenho boas notícias.
- Fala.
- É o técnico, ele acabou de me ligar e você não acredita, ele quer que a gente viaje com ele por trinta dias para vários jogos.
- O quê?
- É isso mesmo, um mês fora jogando por várias cidades e nós podemos levar um acompanhante, o Ken já topou.
- Davis isso é surreal, eu topo também.
- Perfeito, nós temos uma reunião com ele, mais isso depois eu te falo tudo direito só queria dar a notícia mesmo.
- Tá bom então, muito obrigado por tudo Davis.
- Por nada a gente se ver. - Falou desligando e Taichi seguiu até o carro mais mesmo feliz não falou nada, apenas o ligou e seguiu com Yamato e o bebê.
NOITE
Após janatar mais uma vez sozinho, Damon retirava a mesa para lavar sua louça até que seu telefone tocou.
- Alô.
- É da casa do senhor Marcus Damon?
- Sim, é ele quem fala?
- Aqui é da cadeia da cidade senhor Damon, e eu liguei para avisar sobre o detento Thomas Norstein.
- Thomas o que tem ele?
- Ele está gravimetria ferido no hospital da cidade, alguns presos agridiram ele com socos e chutes e ele foi esfaqueado e como o senhor foi o único que deixou um contato aqui eu liguei pra visar porque acho que ele não passa dessa noite. - Ao ouvir aquilo Damon largou o telefone no chão e uma lágrima de dor e tristeza desceu pelo rosto porque ele sabia que agora sim poderia perder o Thomas e a esperança de uma mudança dele para sempre…
Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.