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História Os dois lados da mesma moeda - Depois da calmaria, uma tempestade


Escrita por: Nia-nya

Capítulo 16 - Depois da calmaria, uma tempestade


Fanfic / Fanfiction Os dois lados da mesma moeda - Depois da calmaria, uma tempestade

Sato estava agitado em seu escritório, aquela foto dos filhos ainda o perturbava; a cada instante que fechava os olhos começava a imaginar tudo que os  meninos tinham aprontado pelas sua costas. Sato de imediato lembrou-se da manhã do brunch e da bagunça do quarto de Akashi, eles realmente tinham transado debaixo do seu teto e o mesmo nem notara.

Akashi chegou à casa contente e nem imaginava a tempestade que o aguardava, dirigiu-se  ao escritório do pai a fim de lhe contar as boas novas. Seijuuro olhou atentamente a postura rígida que o outro ruivo adotara, era feroz e parecia que Sato arrancaria sua pele.

“Algum problema?”-Akashi perguntou

“Nenhum”-Sato disse, não abordaria Akashi, visto que isto resultaria no efeito oposto ao que procurava

“Tetsuya irá ficar por aqui mais uns tempos”-Akashi informou e viu seu pai trincar o maxilar, algo estava muito estranho

“Eu já sabia”-Sato disse tentando controlar-se para não dar a surra que acreditava que o filho merecia

“Era só isso”-Akashi ia sair da sala

“Amanhã irei me ausentar da empresa, preciso que falte a aula e vá em meu lugar a uma reunião”-Sato disse

“Tudo bem”-Akashi respondeu, estava acostumado com reuniões chatas e nada abalaria seu bom humor.

Sato falará com Mei mais cedo e pedirá a ela que liberasse Kuroko das aulas para que o mesmo pudesse conversar com ele. Mei insistiu em saber do que se tratava, mas Sato apenas disse que era importante e assim ganhando o consentimento da azulada.

Pela manhã Kuroko encontrava-se no escritório do pai, encontrara o namorado mais cedo naquele dia usando um terno, e o azulado teve que admitir que o ruivo era tremendamente sexy. Sato analisava seu caçula, como pode se deixar levar pela falsa inocência de seus olhos e pelo sorriso gentil; se fez de cego e agora aquele era o preço a se pagar.

“Oka-san disse que queria conversar”-Kuroko quebrou o silencio

“Sente-se Tetsuya”-Sato ordenou

“É de extrema importância que faça exatamente o que eu digo”-Sato disse

“Tudo bem”-Kuroko falou

“Quero que aceite ir para Paris com sua mãe”-Sato declarou

“Por quê?”-Kuroko estava assustado

“É melhor dessa maneira”-Sato falou

“Mas o senhor mesmo disse que queria recuperar o tempo perdido”-Kuroko falou

“Claro esse era meu desejo, até descobrir que você e Seijuuro transam loucamente enquanto eu estou fora”-Sato disse seco

“Como?”-Kuroko estava em choque

“Haizaki tirou uma foto de vocês se beijando e me mostrou. Você tem noção do que aconteceria se isso caísse em mão erradas, o transtorno causado por decisões malucas e imaturas que vocês dois fizeram seria irreparável”-Sato falou vendo o menor encolher

“Eu te acolhi em casa, te tratei igual ao Seijuuro e você me retribui dessa maneira, infiltrando-se na cama do meu primogênito”-Sato continuou o discurso

“Seijuuro é meu sucessor, tem um futuro pela frente, uma noiva, esse escândalo iria destruir a vida dele. “-Sato disse

Kuroko sentia a culpa o remoer, esperava aquela reação do maior tinha sido avisado, mas não imaginava que as coisas tomassem aquela proporção

“Eu sinto muito”-Kuroko disse sentindo as lagrimas inundarem seus olhos

“Sentir muito não vai adiantar. Onde vocês estavam com a cabeça, são irmãos isso é no mínimo doentio”-Sato finalizou

“Eu não quero prejudicar o Akashi-kun”-Kuroko declarou

“Ainda bem que pensa dessa maneira, sabe esse romance de vocês é um empecilho na vida de Seijuuro e na sua. Continuar com isso apenas machucara os dois, por que eventualmente você tornara-se um estorvo Tetsuya”-Sato declarou

“Por quê?”-Kuroko disse baixo

“Pelo simples fato de que se não aceitar meu acordo e continuar a insistir nisso eu irei deserdar Seijuuro; sem falar que sua mãe é uma estilista iniciante um telefone as palavras certas no ouvido da pessoa certa e ela nunca mais desenhara um vestido na sua vida”-Sato disse

Kuroko sentiu o medo apossar-se do seu corpo perante a ameaça, ele não iria destruir a vida das pessoas que mais amava, nem que para isso ele precisasse se sacrificar no lugar

“O que devo fazer?”-Kuroko perguntou e Sato acalmou o coração tinha conseguido o que desejava

Kuroko chegou transtornado em casa e foi direto abraçar a mãe; Mei olhava o filho sem saber o que fazer, imaginava o quão grave teria sido a conversa que Sato tivera com seu menino

“Está tudo bem meu amor?”-Mei perguntou

“Não, mas vai ficar Oka-san”-Tetsu disse

“O que Sato queria?”-Mei perguntou

“Ele apenas queria me desejar boa viagem Oka-san”-Kuroko falou

“Como?”-Mei perguntou incrédula

“Eu irei com a senhora para Paris, pode organizar tudo para amanhã”-Kuroko falou e Mei consentiu não iria perguntar ao menor nada

Akashi sentia um aperto no peito e não fazia ideia do que era seu coração estava angustiado e só conseguia pensar no pequeno ser azulado. Tentou ligar para o menino diversas vezes mais não conseguiu que o irmão o atendesse. O jeito seria ir vê-lo amanhã

Kuroko avisou os amigos lhes contado toda a historia, nenhum deles concordava com aquilo, mas ninguém ousou dizer; Kuroko já parecia bastante transtornado sem que alguém o repreendesse imagine se o fizessem. Kuroko pediu segredo aos amigos e eles concordaram ninguém contaria ao capitão o real motivo do afastamento do jogador fantasma do Japão.

Naquela manhã Kuroko despedira-se dos amigos e pegara seus documentos na escola em conjunto com o pedido de transferência. Seu coração sangrava e ele sabia que nunca amaria alguém como amava o ruivo; sentiria saudade do cheiro de Akashi bem como suas raras risadas, seus olhos heterocromáticos, seus ataques de ciúmes, sentiria falta de tudo e lhe restaria apenas as lembranças dos momentos que passaram juntos.

Akashi chegou ao colégio a procura do irmão, ninguém lhe informara onde o menor tinha se metido então resolveu ir na direção para saber se o mesmo avisara que iria faltar. Qual não foi o susto que o ruivo levou ao descobrir que o azulado pedira transferência para uma escola parisiense e que o vôo do mesmo sairia em cerca de uma hora.

Sem pensar duas vezes Akashi rumou em direção ao aeroporto, aquela sensação de perda fazia-se presente em seu coração. O azulado iria abandoná-lo depois de tudo que viveram, de todas as juras de amor, de todos os carinhos, depois dele ter permitido amar alguém era muita crueldade.

Kuroko antes de entrar na fila de embarque escutou seu nome ser pronunciado de maneira alta e firme; sabia quem era conhecia aquela voz autoritária em qualquer lugar. Mei olhou para o filho e não sabia o que fazer, aquilo devia ter dedo de Sato, o menor não iria deixar uma pessoa que amava naquele estado desesperado em que o ruivo encontrava-se.

“Ele merece pelo menos um adeus, você deve isso a ele”-Mei falou ao filho

Kuroko então afastou-se e tentou manter o controle, não poderia fraquejar ali, não depois de ter dado a sua palavra, não depois de ter tomado uma decisão, não depois de saber que estragaria a vida de todos que amava com um desejo egoísta.

“Você não pode ir”-Akashi disse exaltado

“Minha mãe precisa de mim Akashi-kun”-Akashi identificou a mentira

“Isso não é verdade”-Akashi declarou

“As circunstância mudaram, eu não posso ficar”-Kuroko falou

“Nada mudou, eu te amo tanto quanto você me ama, seja o que for resolveremos juntos”-Akashi falou

“Não podemos ficar juntos, mas isso não significa que não te amo”-Kuroko falou

“Não ouse terminar tudo Tetsuya, não assim”-Akashi falou

“Isso é um adeus Akashi-kun, eu sempre vou te amar”-Kuroko falou tentando controlar as lagrimas

“Se você entra nesse avião nunca mais volte, esqueça tudo que tivemos, porque se você fizer isso eu jamais vou te perdoar”-Akashi falou e sentiu uma lagrima solitária escorrer pelos seus olhos ao ver o azulado voltar para a fila de embarque sem nem mesmo hesitar.

Akashi sentia seu coração doer, as pessoas dizem que se parte o coração, mas para o ruivo todo corpo parecia destruído. O menor o deixara, ele  dizia que o amava e nem hesitou em abandoná-lo. Nunca sentiu tanta dor como sentia no momento nem mesmo a morte de sua mãe o afetará daquele jeito.

“Você é fraco”-O imperador que dormia dentro de Akashi falou

“Talvez eu seja, apenas quero que a dor suma”-O Akashi principal falou

“Troque de lugar comigo e eu lhe prometo tudo irá desaparecer”-O imperador falou

“Eu aceito”-O Akashi principal falou

Quando o ruivo abriu os olhos, já não residia ali mais nenhum traço gentil ou que sabia o que era amor, sua personalidade extra havia  assumido todo o controle e ele não ligava. Ao chegar a casa Sato notou a mudança no ruivo, ele estava mais frio e parecia mais ameaçador, perguntava-se se tinha feito o certo, todavia era tarde demais para mudar de ideia

“Sobre o noivado com Sayuri, informe a sua família que eu o aceito”-Seijuuro disse seco e subiu as escadas em seguida

Sato constatou que o primogênito não era o mesmo, algo havia quebrado e mudado, pelo menos dessa forma as coisas ocorreriam como o planejado. Seijuuro assumiria a empresa e se casaria com Sayuri; Sato não podia ter desejado nada melhor, então porque sentia como se tivesse cometido o pior erro da sua vida.



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