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História Os dois lados da mesma moeda - A vida sem Kuroko


Escrita por: Nia-nya

Capítulo 17 - A vida sem Kuroko


Fanfic / Fanfiction Os dois lados da mesma moeda - A vida sem Kuroko

Akashi sentia tudo passar por ele como se fosse um filme, os jogadores do time de basquete conseguiam notar a mudança. Kise que era mais invasivo expressava sempre sua preocupação e em troca ganhava apenas reclamações e cortadas pela parte do ruivo. Aomine tentara conversar com o mesmo e acabou suspenso de três jogos. Murasakibara fez alguns doces na tentativa de animá-lo e o pobre gigante viu o ruivo simplesmente jogá-los no lixo. Nem mesmo Midorima conseguia encontrar uma abertura na armadura do ruivo.

A cada semana que passava, a cada mês, a cada dia uma parte de Akashi ia morrendo e o imperador pouco a pouco tinha total controle do ruivo. Chihiro seu terapeuta não sabia o que fazer, Akashi parou de ir às consultas e quando o mesmo questionou o menor ganhou apenas uma resposta curta e grossa.

Sato não reconhecia o próprio filho, Seijuuro sempre fora frio e distante com ele, mas passou a distanciar-se de todos, nem mesmo com sua prima e futura esposa ele conversava mais. Seijuuro começou a passar todos os dias depois das aulas na empresa, saiu do time de basquete com exatos  6 meses desde a partida de Kuroko.

Tinham exatos dois anos desde a ida de Tetsuya, dois anos desde que Akashi permitira o imperador  tomar o controle de seu corpo, dois anos sem sorrir, dois anos sem que ninguém testemunhasse um brilho nos olhos heterocromáticos. Akashi apenas era uma casca vazia, não existia nada dentro dele, nenhuma ambição ou desejo, ele apenas assistia seu outro lado tomar decisões e escolher sua vida.

Finalmente o ruivo tinha completado seus 18 anos, o casamento com Sayuri seria realizado naquele dia. Os membros da Kiseki no Sedai ficaram preocupados, mas o ruivo nem ao menos ligava. Akashi estava comportadamente vestindo um terno preto desenhado por Alex enquanto aguardava a entrada da sua prima e noiva pela porta da igreja.

Sato não sabia se estava feliz ou algo do tipo, tudo acontecia de acordo com seu desejo; Seijuuro assumiu a empresa e aumentou os lucros exponencialmente em apenas um mês e agora casar-se-ia com uma bela dama. Sato apesar de tudo se arrependia agora e daria tudo para ver o brilho raro dos olhos do primogênito outra vez; se pudesse voltar no tempo teria permitido o relacionamento dos filhos, mas agora era tarde, Akashi e Sayuri tinham acabado de se casarem.

Sayuri estava feliz tinha conseguido o que ela queria, mas sabia que o coração do ruivo jamais seria dela; o coração de Akashi somente pertenceria ao dono de olhos azuis. Sayuri não esperava que o marido fosse carinhoso na noite de núpcias, era obvio que tinha mentido para Kuroko quando disse que tinha sido a primeira do ruivo; Sayuri era virgem ainda e Akashi não foi mais gentil ou carinhoso por isso. Pelo contrario o ruivo divertiu-se bastante com o corpo da jovem ruiva, como um bom sádico brincou até se cansar e quando enjôo simplesmente levantou-se e dormiu em outro quarto. Sayuri sabia que para o ruivo aquilo era apenas conveniência

Fazia cerca de dois anos que estava casado e quatro anos desde que Kuroko o largara, seu casamento estava bem. Sayuri aprendera a lidar com as emoções do ruivo e agora esperava um filho do mesmo. A noticia da chegada de uma criança começou a fazer efeito no dono dos olhos heterocromáticos; o brilho perdido pouco a pouco começava a retornar enquanto os meses de gestação passavam. Sayuri estava realizada, o pequeno ser que crescia dentro dela seria capaz de resgatar o antigo Seijuuro de volta a si.

Infelizmente o pior aconteceu, a gravidez de Sayuri foi de risco e provocou uma situação chamada eclampsia. Antes mesmo do bebe nascer Sayuri acabou morrendo grávida. Aquela situação desamparou a todos e fez com que o ruivo se escondesse mais por detrás do imperador.

Sato estava perdido, seu neto morrera antes mesmo de nascer levando consigo sua sobrinha era de fato triste. Akashi não reagiu a noticia, apenas por comodidade levava flores nas datas importantes, como no aniversario de Sayuri, na data do casamento e em feriados específicos. Não existiam sentimentos por de trás do gesto era apenas cômodo, sua vida virou um amontoado de conveniências.

Aos 26 anos Akashi Seijuuro era um nome mundialmente reconhecido, aos 24 o ruivo decidiu se separar das corporações Akashi e fundar sua própria empresa. Sato estava de certo modo orgulhoso, no entanto Akashi distanciar-se de vez do progenitor, não o visitava e nem dava noticias.

Com a idade veio a doença, Sato tinha descoberto que possuía um tipo raro de câncer, glioblastoma. Em base era um tumor no cérebro em uma região inoperável, o progenitor teria apenas 6 meses de vida; então decidido a tomar uma atitude ele começou a organizar os trâmites de seu testamento e ligou para Mei para informá-la da situação.

Mei ficara chocada, mas aceitou e concordou com a situação, ajudaria Sato naquilo, pois pela primeira vez na vida concordava com o pai de seu filho.

Sato sentia a morte chegar e por isso decidiu conversar com o filho, e esclarecer situações do passado. Akashi resolveu conceder o desejo de seu velho e visitá-lo, o ruivo teve vontade de rir da situação de seu pai; na humilde opinião de Akashi ele merecia morrer sozinho era o castigo a ser pago pelo sofrimento causado a sua mãe.

“O que quer velho?”-Akashi falou já não respeitava mais sua figura paterna

“Te contar a verdade”-Sato falou

“Sobre?”-Akashi perguntou

“Tetsuya”-Sato disse

“Eu não quero saber”-Akashi declarou

“Eu descobri sobre vocês”-Sato falou

“Sim e daí?”-O ruivo perguntou

“Ele não foi embora por que quis a situação era totalmente diferente”-Sato começou a explicar, mas antes de concluir sentiu o ar lhe faltar e uma compressão surgir em seu peito.

“Oe velho, não morra, o que você quer me dizer?”-Akashi perguntou mas nunca foi respondido, naquela noite de quarta Akashi Sato falecera.

O funeral foi rápido, não havia muitas pessoas e no intimo do seu ser Akashi esperava que Tetsuya aparecesse, mas o menor não deu sinal de vida. Quando Akashi tinha perdido a esperança viu uma cabeleira azulada se afastar entre os demais e correu em sua direção queria perguntá-lo que verdade era aquele que Sato sabia. Tão rápido como apareceram os fios azulados sumiram fazendo o ruivo acreditar que não passava de sua cabeça apenas criando lhe ilusões.

Na leitura do testamento o irmão também não aparecera mandara um advogado o representado. Momoi tinha virado próxima ao ruivo durante o tempo de colégio e trabalhava como assessora do mesmo; a dona de cabelos róseos sabia toda a verdade e sentia-se mal por mentir, mas Kuroko a pedira e ela guardaria segredo até a morte.

Akashi passava os dias enfurnado trabalhando e quase nunca saia, recebeu um convite de Furihata, um sócio seu, para uns drinks. Andavam distraidamente pelo shopping quando o ruivo decidiu comprar um livro  e acabou encontrado um garoto peculiar na sessão de literatura clássica. O menino era adorado e possuía uma heterocromacia como ele, só que um de seus olhos era azul e o outro dourado, o garoto também tinha cabelos tão azuis como o de seu irmão.

“Você está perdido?”-Akashi perguntou a criança

“Não, Oka-san disse para que eu escolhesse um livro”-O menino perguntou

“Posso te ajudar?”-Akashi perguntou

“Aimer*”-O garotinho respondeu e Akashi notou que o idioma utilizado era o francês

“Seu francês é muito bom”-Akashi elogiou

“Morei lá desde sempre, Oka-san resolveu se mudar a menos de dois meses”-O garotinho explicou

“Qual é o seu nome?”-Akashi estava curioso, aquele garoto o chamava atenção

“Tatsu”-o menor respondeu

“Belo nome”-Antes que o menino pudesse responder um garoto da sua mesma idade e com características semelhantes mudando apenas a tonalidade dos cabelos, no caso o do menino era ruivo apareceu

“Tatsu você não deve conversar com estranho, oka-san vai ficar preocupada”-O ruivinho falou

“Seichi você é muito preocupado”-Tatsu falou

“Sou responsável tem diferença”-Seichi devolveu

Akashi via a discussão dos irmãos que claramente eram gêmeos com diversão, fazia tempo que não se sentia assim. Mas Seijuuro teve que conter a cara de surpresa ao ver uma cabeleira azul celeste aproximar-se sem o mirar dos meninos.

“Eu disse para não brigarem, não sumam sem me avisar meninos”-Kuroko falou para os filhos

“Desculpe Oka-san”-Os gêmeos disseram juntos

“Tetsuya”-Akashi chamou ganhando atenção do azulado que agora encarava o ruivo em choque

“Akashi-kun”-Kuroko apenas pronunciou aquilo, não esperava encontrar o ruivo e nem estava preparado para isso.


Notas Finais


Aimer*- adoraria em francês


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