Estava frio. Entretanto, isso não era problema algum para ele. Nem para ele, nem sua irmã que, graças ao seu "trabalho maravilhoso", tinham adquirido uma resistência insana ao frio, além de ambos terem a temperatura do corpo meio anormal. E com anormal queria dizer elevada. Ao ponto de pessoas normais acharem que eles estavam com um “começo” de febre. Lá estava ele, dormindo apenas de bermuda e sem camisa quando ouviu a porta do quarto abrir com violência. Torcia para que fosse Meredy quem estava vindo em sua direção para dizer com sua voz fina e sedosa um "Tive um pesadelo. Posso dormir com você?" Mas... ele tinha aprendido no decorrer de sua vida que nem tudo eram flores e é claro que não era isso. Uns segundos depois, Natsu sentiu seu lençol ser puxado com a mesma violência em que a porta foi aberta. Não era Meredy. Ela não faria isso, só restava agora Erza. Torcia para que já fosse de manhã ou que ela estivesse irada pelo fato dele ter feito alguma besteira no dia anterior como... esquecer a toalha molhada em cima da cama. Mas... é claro que não era isso.
— Natsu, acorda. — Ela falou. O sono na sua voz era perfeitamente perceptível.
— Por favor... Não — resmungou feito uma criança. — Não tem nada pra hoje. Me deixa dormir.
— Acha que eu queria me levantar agora? — Erza falou visivelmente alterada. Claro que ela não queria estar ali. — Levanta. Tem quinze minutos. — Nesse momento Natsu ouviu o barulho abafado da porta se fechando.
— Malditos... — Natsu murmurou. — Me deixem dormir, desgraçados.
Se sentou na cama pondo os pés no chão frio. Se espreguiçou e em seguida foi em direção ao banheiro do quarto. Bateu algumas vezes na porta para ver se Jellal estava por ali, já que ele tinha reparado que o azulado não estava na cama perto da janela. Talvez estivesse ali mas, como ninguém respondeu, ele entrou. Natsu suspirou pensando se estava ou não pressionando Jellal demais. O azulado provavelmente estava assistindo algum programa de culinária para fazer um bolo decente. Sorriu com esse pensamento enquanto falava um "Força Jellal" para si mesmo. Embora estivesse sorrindo mais com o pensamento de que era óbvio que a sobremesa não importava mais. Mas o azulado não tinha a mínima noção disso, obviamente.
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Saíram de casa e como Natsu pensava, Jellal estava na sala assistindo. Mas ainda bem que era domingo ou ele estaria frito na hora de ir para a escola na manhã seguinte. Se bem que ele ficar acordado de madrugada era bom, estava fazendo ele se acostumar com a nova vida. Até por que a maioria de seus trabalhos aconteciam de madrugada. Os poderes das bruxas ficavam maiores na noite e por isso, elas evitavam atacar de dia por que, se fossem pegas por Erza, ou principalmente pelo próprio Natsu, com certeza seriam presas. Presas? Por que não mortas? Simples. Não podiam matar nenhuma. Ordens do Conselho. Natsu matou a Lucy por que tinha uma "história" de longa data com ela mas, é claro que o conselho não gostou nem um pouco. Entretanto, ninguém tinha coragem de ir reclamar com o Rei Vermelho.
— São duas e meia. — Natsu olhou o relógio. — Espero que valha a pena acordar a essa hora. — Ele estava com olheiras enormes abaixo dos olhos. Estava se sentindo a Tomoko do Watamote.
— Se quer matar alguma coisa, pode ir perdendo as esperanças. — Erza bufou. — É um exorcismo simples.
— Que merda. — Natsu só faltava gritar de raiva. — Em todo o caso... Quem vai fazer o exorcismo sou eu. E me deixe reclamar com aquele padre ridículo. Estou precisando descontar minha raiva em alguém.
— Não faça isso, irmão. — Erza falou com uma gota na cabeça. Uma visível expressão de incredulidade.
Erza entendia o por que dele estar assim, e se sentia da mesma forma. Seu irmão era apenas mais espontâneo. Eles eram os reis mais fortes e até o presente momento, eles não haviam encontrado bruxa ou demônio algum que representassem alguma ameaça em potencial para eles. A única coisa que faziam, era prender as bruxas que estavam matando gente pela cidade. Ou causando algum tipo de tumulto ou desordem. Isso era o que mais estressava Natsu em seu trabalho ridículo. Entretanto, nem sempre eles conseguiam impedir alguém de ser morto. Tanto é que as mortes agora totalizavam 39 mas, os assassinatos pararam aí. O que era muito suspeito. As bruxas não parariam de matar de uma hora pra outra, deveria ter algum motivo por trás disso. Nos últimos dias, Natsu vinha revisando em sua mente os rituais de bruxaria e necromancia que conhecia e que já tinha visto para ver se lembrava de algum que requeresse 39 ou 40 pessoas mas não tinha encontrado nenhum. Isso era muito estressante. Estavam andando agora pela cidade. Não tinha sequer se nenhuma alma viva por ali. Claro, que tipo de perturbado iria estar pela rua passeando de madrugada? Ninguém. Até mesmo as Valkyries que moravam na cidade, estavam em suas casas.
— Onde a gente tem que ir? — Natsu perguntou. Estava vestido com uma camisa preta sem mangas e um capuz. Bermuda branca que ia até um pouco abaixo dos joelhos e umas sandálias simples.
— Acho que... — ela olhou o endereço. Estava vestindo uma blusa branca com aquelas gravatas parecidas com as que usava no uniforme escolar. Vestia uma saia azul escuro e umas botas da mesma cor. — ...no hospital.
— Sempre. E eu ainda pergunto. Vejamos... — bufou. — Foi na ala para pessoas com problemas mentais?
— O Instead do padre falou que era no bloco de doenças terminais. — Ela respondeu e Natsu acenou demonstrando seu descontentamento. Geralmente os que apareciam na ala de problemas mentais eram mais poderosos.
Os Instead eram a escolta pessoal dos padres. Eram treinados em combate para que pudessem escoltar algum padre quando ele precisasse sair a noite. Não podiam depender sempre dos Reis. Até por que não eram todos que estavam dispostos a colaborar com o Conselho. Insteads eram bons seguranças e se encontrassem com uma Corff no meio da rua, dependendo do treinamento que tiveram, poderiam até vencê-la mas, se fossem Orchids já não tinham essa certeza. Os únicos que realmente podiam contra uma Orchid eram os cinco Reis e as Priests. Bruxas enfrentando outras bruxas. Isso realmente era normal? Bem... Digamos apenas que as Priests e Orchids tinham ideais diferentes e isso era o que as fazia lutar. Priests eram de excelente ajuda e algumas até chegavam a ajudar os Instead quando precisavam. Entretanto, mesmo que ajudassem, elas agiam independentes da igreja. Não gostavam de ser controladas. Depois de andar por um tempo, finalmente chegaram. Ao fazer isso, viram um garoto em pé na porta do hospital. Parecia estar esperando alguém. O garoto tinha os cabelos pretos e parecia ter uns doze anos de idade mas, não se engane pela aparência...
— Irmão — o garoto o chamou. Irmão? Sim. De consideração.
— Como vai, Romeu? — Natsu acenou. Romeu era um Instead que tinha passado um ano sendo treinado por Natsu antes dele se mudar da Romênia pra lá. Tanto é que Romeu veio junto com ele para iniciar os trabalhos dele como Instead. Seja por ser talentoso ou pelos treinamentos de Natsu serem muito rigorosos, Romeu tinha sido o mais jovem Instead da história. Se Romeu continuasse a evoluir daquela forma, Natsu não ficaria surpreso se seu aprendiz conseguisse matar uma Orchid quando estivesse mais experiente. — Qual a situação?
— Não sei muito bem... — ele acenou em negação — mas parece que os rituais de exorcismo normais não funcionam nele.
— Claro... Amarrar uma pessoa em cima de uma cama, jogar água benta e murmurar textos bíblicos em latim? — Natsu bufou estressado. — Isso não funciona.
— Funciona as vezes. — Erza sorriu e em seguida perguntou. — Alguma ligação com bruxas? — O garoto negou mais uma vez.
— Na verdade não. Ao que tudo indica, as pessoas daí nem sabem que elas existem. — ele falou mais uma vez. — Agora vamos. Vou levar vocês até lá.
Eles entraram. Começaram a subir as escadas e, graças a falta de elevadores no local, demoraram bastante até chegarem no quinto andar. Nem precisaram perguntar qual era o quarto, perguntaram apenas qual era o bloco do hospital. Além de que, tinham Romeu para lhes guiar então, apenas seguiram até o local em que um pequeno grupo de pessoas estava. Chegaram na porta do quarto até que alguém falou:
— Isso não é um passeio escolar. Voltem pra casa pirralhos. — Um homem que parecia ter por volta dos quarenta anos falou. — O padre disse que viriam pessoas capacitadas, não crianças.
Quem olhasse para eles pensaria a mesma coisa. Do jeito que eles estavam vestidos, pensariam, no mínimo, que eles eram um casal indo passear no parque. Fazer o que, né? Natsu e Erza eram adolescentes então, vestir roupas de velhos não era com eles. Natsu encarou o homem e Erza sentiu um arrepio na espinha. As coisas que Natsu fazia quando estava estressado não eram muito legais. Você podia fazer qualquer coisa com ele, que o rosado não ia fazer nada, mas se mexesse com alguém importante para ele ou o acordasse as duas da manhã no seu dia de folga, ele realmente parecia virar outra pessoa. Nesse momento, o homem segurou Natsu pela gola da camisa.
— Sumam daqui. — Ele rosnou e Natsu segurou a mão dele.
— Beleza, vou poder aproveitar meu domingo em paz. — Natsu disse com uma expressão sádica no rosto enquanto apertava o pulso do homem, que tentava puxar a mão a todo o custo. Parecia estar sentindo dor. Erza teve a sensação de ouvir uns estalos de algo quebrando e torcia com todas as forças que não fossem os ossos do indivíduo. Quando viu que o homem não estava mais aguentando a dor, Natsu soltou. A mão do homem parecia meio mole. — Vamos embora, minha irmã. Se virem com o pacote aí otários. — Ele se virou pra ir embora mas Erza o segurou pela gola da camisa.
— Volta aqui. — Ela disse segurando Natsu. — Acaba logo com isso que a gente ainda tem compromisso pra hoje.
— ... — Natsu bufou de raiva. — Me dê as chaves das algemas. — Depois de quase ter sua mão esmagada, o homem não hesitou em fazer o que ele disse. Lhe entregou as chaves.
Entraram no quarto. As paredes estavam rabiscadas até o teto com coisas que pareciam ser desenhos de pessoas sendo mortas ou mutiladas, os lençóis da cama estava rasgados e tinha uma mesa de metal partida ao meio em um dos cantos do quarto. Cacos de vidro estavam espalhados pelo chão juntamente com restos de livros. As janelas estavam abertas e a luz da lua estava batendo sobre uma cama no centro do quarto e nessa cama estava uma mulher presa por algemas pelos braços e pernas. Ela parecia dormindo.
— Saiam daqui por favor. — Romeu falou para os curiosos que estavam ali. Conhecia muito bem os métodos de exorcismo do seu mestre e eles não eram nada agradáveis para pessoas normais.
Romeu disse mas todos continuaram lá, talvez as pessoas ainda não estivessem acreditando que esse era o trabalho deles. Natsu deu de ombros e fechou todas as janelas e cortinas, fazendo com que o quarto ficasse completamente escuro. Então, ele foi até o interruptor e acendeu as luzes do quarto. Erza ficou ao lado da porta para impedir qualquer ação vinda dos outros que estavam ali.
— Vamos lá. — Natsu tirou as sandálias e ficou em pé em cima da cama com uma perna de cada lado do corpo da mulher amarrada. — Tragam uma lanterna, quanto mais forte, melhor. — Ele disse e uma enfermeira saiu às pressas para pegar. Natsu se abaixou e, com uma perna de cada lado, sentou em cima do corpo da mulher. A mulher não reagiu. — Ei peste, acorda. — Natsu disse estalando os dedos frente ao rosto da mulher. — Acorda. — Ele começou a puxar as bochechas da mulher.
A mulher continuou dormindo, então Natsu começou a sacudir o corpo dela. As pessoas sussurravam coisas como: "Ele sabe mesmo o que está fazendo?" ou "Temos que chamar padres de verdade." Já Erza, apenas sorria da cena. Depois de um tempo sacudindo o corpo da mulher e não ter obtido nenhuma resposta, Natsu perdeu a paciência. Na verdade, ele estava sem paciência desde que tinha sido acordado por ela.
— Acorda porra. — Natsu deu um soco no rosto da mulher fazendo-a se remexer com força. Tinha acordado. Algumas pessoas fizeram menção em interromper o que Natsu estava fazendo, mas Erza os impediu.
— É assim que se acorda uma dama? — A mulher que estava possuída falou. Em alguns momentos, a voz dela parecia que mesclava a uma outra. Como se houvessem duas pessoas ali. — Você não tem paciência?
— Sinto muito, mas minha paciência acabou quando um inútil de um padre foi me acordar por que um merda como você estava causando problemas. — Natsu disse sarcástico. — E francamente. Um hospital? Não tinha outro lugar mais perto da minha casa pra aparecer não? — Disse com uma expressão cansada. — Andar uma distância dessa cansa. Tá ligado?
As pessoas olhavam pasmas para aquilo. Murmúrios como: "Ele está conversando com um demônio?" ou "Esse garoto é louco" podiam ser ouvidos.
— Mais perto da sua casa? — A mulher falou sarcástica. — O que ia fazer? Ia me estuprar, seu padre?
E por que eu estupraria você? Você é nifomaníaca por acaso? — Natsu comentou com um olhar sacana. — Eu até poderia, mas você não faz meu tipo. Além de... você ter uma voz horrível. Seus gemidos devem parecer os urros de uma besta fera.
— Ah eu sei muito bem qual é seu tipo. — A mulher sorriu. — Aquela rosada peituda da sua que tá lá na sua casa, não é? — Natsu deu outro soco no rosto dela. — Adoro o jeito como ela dorme pelada. — Natsu deu outro soco. A cama fez um estalo.
— Não fale dela com a sua boca suja, seu merda. — Natsu disse estalando os dedos da mão. — E não me coloque no mesmo nível de padres inúteis.
— Você tem mãos tão macias. — A mulher provocou Natsu. — E não pense que eu me esqueci do Jellal, viu? Sua vaca de cabelos vermelhos. — Disse olhando pra Erza.
Ao ouvir ele falar de Jellal, Erza fez um esforço enorme pra não pegar sua katana e partir aquele demônio ao meio, mas se fizesse isso a mulher acabaria morrendo. Era em horas como essa que Erza realmente admirava o auto controle de Natsu. O demônio apenas mencionou Jellal e Erza já ficou brava, então ela não se surpreenderia se seu irmão arrancasse a cabeça da mulher com as próprias mãos e a pendurasse no estandarte na frente do hospital. Mas Natsu não era um exorcista, era um Rei e já tinha destruído mais demônios e bruxas do que tinha trocado de roupa. Ele não ia ceder às provocações de uma criatura como aquela.
— Talvez eu deva mesmo estuprar você, não? — Natsu colocou o dedo no queixo como se estivesse pensando. — Você está merecendo uma boa punição.
— Não precisa estuprar, eu faço com prazer. Já que aquela vagabunda deve estar com medo de você agora. — O demônio provocou e a paciência de Natsu explodiu. — Ela deve achar você um monstro. Assassino. Matou o próprio pai.
— A conversa acabou.
Natsu saiu de cima da mulher e foi até a mesa de metal que estava partida ao meio em um canto do quarto. A mesa era de metal reforçado, para aumentar sua durabilidade e impedir que alguém a quebrasse. Ele arrancou duas das pernas da mesa e, com as mãos nuas, as envergou facilmente assustando quem estava assistindo tudo aquilo. Ele pegou uma cadeira e subiu em cima, pegou as barras de ferro que tinha entortado e as fincou no teto formando duas alças. Ele abriu as algemas, pegou a mulher pelo pescoço e a tirou da cama. Levou até as alças que tinha feito com os ferros e algemou a mulher ali, fazendo com que ela ficasse pendurada no meio do quarto.
— O que você viu na rosinha, hein? — O demônio continuava provocando. — Não me diga que eu encontrei a fraqueza do Rei Vermelho?
— Me deem a lanterna. — Natsu pediu mas a mulher hesitou em entregar. — RÁPIDO PORRA! — Ele realmente estava furioso.
Ele pegou a lanterna, colocou-a apoiada num banco que estava por ali e apontou o facho de luz diretamente para o corpo da mulher.
— Essa lanterna não vai me fazer sair. — O demônio disse. — Outros padres já fizeram o mes... — ela ia falar mas foi interrompida por um chute na barriga. Tão potente que o quarto estrondou. Ela cuspiu uma grande quantidade de sangue.
— VAI MATA-LA! PARE COM ISSO. — Um homem gritou. Ia tentar impedir Natsu mas quando olhou direto nos olhos do garoto, deu um passo atrás. Não sabia o por que, Natsu não falava nada mas os instintos do homem avisavam apenas uma coisa: "Se der mais um passo, morre". — ... — ele calou a boca.
Natsu fez um aceno de mão e uma espada apareceu na mão dele. As pessoas olhavam aquilo sem reação, de onde ele tinha tirado a espada? Era a pergunta que muitos faziam uns aos outros. Nesse momento Natsu apagou todas as luzes do quarto. A lanterna começou a tremer como se quisesse sair do banco, mas Erza foi até lá e a segurou. Erza segurou a lanterna de frente para a mulher, a luz a atingia completamente fazendo com que sua sombra fosse projetada na parede atrás dela. Mas, não era a sombra de um humano que aparecia ali, era uma sombra estranha, uma sombra que lembrava um enorme morcego, era a sombra de um demônio. Natsu chegou perto da parede e fincou a espada na cabeça da sombra do demônio, fazendo com que sangue jorrasse da parede naquele ponto, nesse momento a mulher gritou.
— O que está fazendo com ela. — As pessoas começaram a gritar. — Pare com isso, vai matá-la.
— CALEM A BOCA! — Natsu gritou.
Ele tirou a espada da cabeça e, com um movimento rápido, fez um enorme corte em vertical na sombra e mais uma grande quantidade de sangue jorrou da parede. A mulher continuava gritando, mas agora, a voz dela saía misturada, como se uma voz masculina estivesse saindo no lugar da sua voz. Natsu enfiou a espada no chão e começou a, literalmente, enfiar as mãos dentro da sombra. As mãos de Natsu entraram até a parte do cotovelo. A mulher agora se debatia e gritava, uma voz grossa saía de sua boca e seus olhos estavam completamente negros. Natsu aos poucos, começou a retirar o braço da sombra e assim que ele retirou, algo saiu de lá. Natsu segurava pelo pescoço algo que parecia ser um grande morcego com traços de um ser humano, era uma coisa realmente bizarra, tanto é que as pessoas com o estômago mais fraco acabaram desmaiando naquele recinto. Outros corriam dali e outros tinham acabado de vomitar sangue. O demônio se debatia tentando voltar para a sombra mas Natsu era mais forte, então ele bateu com o demônio no chão do quarto, fazendo o mesmo rachar e ele parar de se debater. O demônio estava fora do corpo mas a mulher ainda continuava se debatendo.
— Eu não tenho medo de você seu maldito. — O demônio deu um soco de direita, atingindo o lado esquerdo do rosto de Natsu. O quarto tremeu com a força.
— E acha que eu tenho de você? — Natsu sorriu assassino. Mesmo que o soco do demônio o tivesse acertado em cheio, ele não tinha sentido nada. Natsu ergueu o demônio. — Agora faça um favor para todos.... — Natsu deu um soco na barriga dele. Dessa vez atravessou. — Vá pra casa.
Natsu disse seco vendo sua mão atravessada no tórax do demônio que parou de se debater. Aos poucos o demônio foi se transformando em sombras e depois de um tempo ele sumiu. Nesse momento a sombra da mulher voltou ao normal e ela parou de se debater. Natsu fez um aceno com a mão e a espada que estava no chão, sumiu no ar. Ele então se levantou e, sem dizer nada a ninguém, foi em direção à saída.
— Podem tirá-la daí. Ele tirou o demônio dela. — Erza disse.
— Muito obrigado. — O homem agradeceu. — E desculpe por duvidar de vocês.
— Não tem problema, acontece muito isso. — Erza disse calma. — Se houver algum outro problema, nos chame. Espera um pouco ai. Cadê o Natsu?
— Ele e o outro garoto saíram... — uma enfermeira falou. — Disseram que estavam com fome e que iriam comer algo no refeitório.
— Nossa... São rápidos. — Ela sorriu. — Bem... Acho que vou ligar para a Meredy. O treinamento do Jellal começa hoje.
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