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História Os Estudantes Transferidos - Conhecendo os Novatos (Editado)


Escrita por: Izayoi_Sakamaki

Notas do Autor


Estou de bom humor e estou prestes a ir lavar os pratos agora... "Ah Izay, você deixa tudo pra última hora?" Não... Só que a paz da madrugada me ajuda a pensar com mais clareza e elaborar novos caps mais rápido. Por causa desse meu costume estranho fui apelidado de "Morcego" por alguns amigos. Ah... só vou lavar os pratos agora para não precisar acordar cedo...
Bom cap...

Capítulo 4 - Conhecendo os Novatos (Editado)


— Bem... Eu estudo aqui também. — Um garoto de cabelos rosa respondeu. — Caso não se lembre.

Ele estava escorado em uma mesa em frente à Meredy, que olhava para ele com o rosto ruborizado por conta do papelão que tinha prestado uns segundos atrás. Estava nervosa... Desde que tinha o conhecido no dia anterior, vinha se sentindo estranha. Como se algo nesse estrangeiro a atraísse. Natsu estalou um dos dedos da mão direita.

— Eu sei, é que... — Meredy tentava esconder o rubor nas bochechas. — Espera um pouco aí. Cadê todo mundo? — Meredy reparou que o sol estava se pondo. Devia ser por volta das cinco horas da tarde e a sala estava completamente vazia. Vazia. Exceto, é claro, pelos dois.

— A aula acabou faz um tempo e eu não gosto de andar pela escola no meio da multidão. — Natsu respondeu. — Você dormiu durante a prova. Deve ter um desempenho excepcional pra estar tão confiante assim. — Brincou ele.

— Olha aqui o meu desempenho excepcional. — Disse sorrindo e entregando a bola de papel amassado a ele. Ele desamassou a folha e olhou.

— Oh... É realmente excepcional. Tem certeza que ainda está no segundo ano? — Natsu amassou de volta o papel e o arremessou para trás. Meredy achou que ele tinha jogado no chão, mas antes de cair, a bola de papel bateu na parede e caiu dentro da lixeira que estava perto. Meredy assobiou. — Mas é sério... Por que não fez com seus amigos? — Perguntou a olhando nos olhos. Por algum motivo, isso a fez corar. — Teria mais chances de passar se fizesse isso. Não acha?

— É que... Pra falar a verdade, eu não tenho muitos amigos. O Jellal foi pra sala de informática e a Lisanna é tão burra quanto eu. Então... — Deixou o final da frase no ar, se sentando e colocando as mãos na cabeça em seguida.

— Você não tem muitos amigos? — Perguntou ele sério e Meredy apenas balançou a cabeça em sinal de negação. — Bem... Senhorita Fernandes...

Ao ouvir o garoto a chamar pelo nome sentiu uma onda de felicidade enorme percorrer seu corpo. "Ele sabe o meu nome... Pelo menos meu sobrenome". Pensou ela corada enquanto sorria de cabeça baixa. Estava se sentindo uma boba sem noção por estar se deixando levar pelo momento enquanto falava com ele. Tinha o conhecido no dia anterior então, não podia estar sentindo tanta coisa assim tão rápido. Nesse momento o garoto se separou da mesa na qual estava apoiado.

— Prazer em conhecê-la. — Ele estendeu a mão para ela. — Espero que possamos ser amigos.

Meredy levantou a cabeça e viu uma cena que parecia ter saído de um daqueles clichês de filmes de romance. Um garoto bonito, parado em sua frente, estendendo a mão para ela, os dois sozinhos numa enorme sala de aula banhada apenas pelo por do sol. O momento era perfeito, é claro que ela não iria recusar uma proposta dessas. Não que tivesse segundas intenções com isso. Só estava aceitando de bom grado a amizade do garoto estrangeiro.

— Claro, Senhor Dragneel... — Ela apertou a mão dele e se levantou.

— O que é isso? — Ele sorriu de leve. — Meu nome é Natsu. — Falou tirando alguns fios de cabelo da frente dos olhos. — Não precisa de tal formalidade. Dessa forma me faz sentir um velho.

"Ele diz que não precisa de formalidades, mas age de forma formal. Que fofo." — Meredy pensou sorrindo. — Já que é assim... — ela disse encostando as pontas dos dedos por causa da vergonha — chame-me apenas de Meredy. E você... Diz para não ser formal e age de forma formal. Isso é estranho. — Ela sorriu para ele.

— Certo. Perdoe-me. — Natsu respondeu. — É que minha mãe me diz para ser sempre respeitoso com todos. — Sorriu. — Oh, o toque de recolher é daqui a uma hora. Temos que ir, não? Seu irmão deve estar lhe esperando lá em baixo.

— Claro... Mas ele é meu primo. — Meredy acenou que sim, mas uma dúvida apareceu em sua mente. — Se sabe do toque de recolher, por que ainda está aqui há essa hora? — Não queria ser taxada de intrometida com alguém que tinha acabado de conhecer, mas a curiosidade era maior. Além de ser um assunto que envolvia a segurança de todos, inclusive dele.

— Eu e minha irmã estávamos terminando de organizar a biblioteca. Os alunos daqui fazem muita bagunça nos livros. Ficamos felizes que os leiam, mas, ficaríamos ainda mais felizes se eles fossem mais cuidadosos. — Respondeu estalando os dedos das mãos. Era algum tipo de hábito? Meredy pensava. — Eu estava andando pela escola quando a vi dormindo.

 — Ah sim... Eu só achava, na verdade esperava que fosse um professor me acordando. — Ela pegou sua bolsa com os materiais e passou o braço pela alça.

Ambos começaram a andar em silêncio. Tinham acabado de se conhecer e não tinham sobre o que conversar. Meredy estava bastante incomodada – incomodada? Estava mais para constrangida e nervosa por estar perto dele. Mas isso não vem ao caso – com esse silêncio, já Natsu, parecia não se importar. Olhava cada canto da escola como se fosse a primeira vez que a via. Espera... Realmente deveria ser a primeira vez. Ou não. Já que fazia uma boa quantidade de dias que tinham chegado. Meredy suspirou até que se lembrou de algo.

— E sua irmã? — Ela se lembrou da garota que estava com ele. — Bem... Como se pronuncia o nome dela? — Perguntou meio corada, entretanto, não era culpa dela se o nome da garota era difícil de pronunciar. Tinha ouvido algumas vezes, mas, não tinha prestado muita atenção.

— Ah... — ele deu um sorriso divertido. — O nome dela é Erza. Você pronuncia Errza. Como se tivessem dois “R” ao invés de apenas um. — Explicou enquanto andava. — Bem... Ela está por aí. Queria conhecer a escola, então deve estar vagando pelos locais. — Ele falou enquanto descia as escadas ao lado dela.

— Ela também não gosta de multidões? — Meredy perguntou enquanto passava a mão pelo corrimão das escadas.

— Não é das multidões que não gostamos, é das pessoas que ficam nos pressionando com perguntas aleatórias sem ao menos nos conhecer. — Disse encostando o dedo indicador no queixo como se estivesse pensando. — Por onde eu passo, tem sempre alguém que me pergunta: Ah, seu cabelo é de verdade? Posso tocar? Você veio de onde? Tem muitas pessoas com o cabelo assim onde você mora? — Disse com uma expressão cansada.

— Hum.

— Desculpe, acho que estou irritando você com meus assuntos pessoais. Perdoe-me. — Disse Natsu ao ouvir a garota murmurar.

— Ah não. De forma alguma. Não é isso. É que... Eu estava pensando que tinha as mesmas dúvidas. — Ela sorriu sem graça.

— Tch, acho que vou pintar meu cabelo. Ele atrai atenção demais e eu não gosto disso. — Ele parecia realmente sem paciência. — Rosa não é o tipo de cor de cabelo que fica boa em um homem.

— NÃO. — Sem perceber, Meredy falou rápida e Natsu a olhou sem entender. — Não pinte. Quer dizer... Seu cabelo é lindo assim. Cabelos rosados são uma raridade. — Ela puxava alguns fios rosados do seu cabelo enquanto sentia seu rosto cada vez mais quente. Natsu puxava uns poucos fios seus com seus dedos.

— Obrigado. — Natsu disse soltando os fios que segurava. — Os seus também são muito bonitos. Você é a segunda pessoa que vejo com essa cor de cabelo. A primeira fui eu mas é claro que essa cor fica melhor em você do que em mim. — Ele falou e Meredy apenas acenou em agradecimento.

Eles andaram mais um pouco... Meredy sorriu. Ele era diferente do que ela imaginava. Ela achava que ele era mais sério ou mais reservado, já que nerds, em sua maioria, costumam ser muito retraídos. Ela sabe disso por que literalmente mora com um deles. Jellal. Fora Meredy e Lisanna, ele não falava com ninguém e evitava até em falar com os outros. Ela achava que Natsu era do mesmo jeito já que ele era bastante inteligente. Até mais que seu primo, se fosse comparar um ao outro. Meredy olhou para cima. O céu estava quase escurecendo.

— Posso te fazer uma pergunta?

— Você já fez. — Disse sorrindo e a garota inflou as bochechas de forma levemente irritada. — Brincadeira. Pode sim.

— Você não sente fome? Quer dizer, você passou o dia todo sem comer.

— Pra falar a verdade sim, mas nem eu nem a Erza temos tempo de fazer o almoço quando estamos em casa. — Disse de forma cansada. — Ficamos muito ocupados estudando. Em geral nós comemos o macarrão instantâneo que vende perto de casa.

Andaram mais um pouco até que passaram pela sala dos professores e viram o professor Freed corrigindo as provas. Os olhos de Meredy encontraram os do professor e ela pôde jurar que viu um sorriso macabro se formando nos seus lábios. Claro... Ele tinha conseguido ferrar ela naquela prova, então teria que dar um jeito de aprender os assuntos ou não ia reprovar numa prova, ia reprovar o ano. E isso era algo pelo qual ela não estava disposta a passar.

— Eu estou frita. O resultado da prova sai amanhã. Posso até ver meu nome na lista de reprovados. — Riu da própria desgraça.

— Não perca as esperanças. Estamos na metade do ano ainda. — Disse sorrindo. — Você vai conseguir recuperar os pontos perdidos. Eu tenho certeza.

— Ouvir isso de você me conforta bastante. — Ela disse e Natsu sorriu.

Chegaram em frente a sala de informática. Por uma pequena janelinha, era possível ver que Jellal estava sentado em frente a um computador de dois monitores, enquanto mexia em alguns programas. Jellal era bastante inteligente quando se tratava de computadores. Tinha vezes em que ele resolvia problemas que nem mesmo os próprios professores conseguiam. Tal fato fazia Meredy duvidar da capacidade que os professores dali tinham para lecionar. Meredy entrou na sala. Natsu ficou do lado de fora sentado em um banco.

— Muito trabalho? — Meredy perguntou ouvindo os cliques do mouse. — Achei que tinha me esquecido lá em cima.

— Algum engraçadinho desinstalou os drivers de rede, áudio e vídeo. — Jellal falava sem desviar o olhar do computador. — Fora o vírus exterminador que colocaram aqui. Se eu não tirar em cinco minutos, ele vai apagar tudo.

Para Meredy, Jellal parecia estar falando grego.

— Você consegue resolver? — Meredy perguntou.

— Claro... Com quem acha que está falando? — Jellal sorriu desafiador. — Vão precisar de muito mais que isso pra me derrotar.

Jellal era inteligente. Podiam até o chamar de hacker. Quando tinham alguns problemas “barra pesada” como esse, os professores até pagavam pra Jellal resolver. Não foi uma figura de linguagem. Eles realmente pagavam pelos serviços de Jellal. Depois de uns dois minutos, ele conseguiu tirar o vírus, então desligou a máquina. O restante dos afazeres podiam esperar pelo outro dia. Jellal pegou sua mochila e a colocou nas costas, deixando uma alça livre. Já tinha virado um hábito para ele andar carregando a mochila apenas por uma alça. Não importa o quão pesado estivesse ele sempre carregava por uma. Depois de um tempo, finalmente saíram da sala de informática.

— Desculpe. Deixei você esperando. — Meredy se desculpou com Natsu que estava sentado no banco, lendo um livro. Jellal tinha terminado de fechar a porta e parou ao lado de Meredy. Ele tinha uma expressão sorridente que dizia “Já?”.

— Que foi? — Ela perguntou olhando para Jellal, o mesmo sorriu em resposta.

— Não tem problema. — Natsu falou. — E eu também estou esperando a Erza.

Como se esperasse a deixa, a garota veio da direção em que ficava o refeitório. Provavelmente ela estava olhando o lugar. Meredy a olhou impressionada. Não tinha reparado, mas Erza tinha uma presença bastante forte. Ela era o tipo de pessoa que quando chegava em um lugar, todos paravam pra olhar. Ela tinha uma expressão séria. Meredy sentiu um calafrio ao ver Erza se aproximando. Quando Erza chegou a uns cinco metros de distância dela, Meredy instintivamente recuou um passo. Natsu sorriu com isso. Parecia ser divertir ao ver sua irmã agindo assim.

— Não faz isso, Erza. — Natsu sorriu. — Tá assustando eles.

Meredy e Jellal olhavam para Erza como se estivessem olhando para uma fera. Natsu sorriu mais ainda. Sua irmã desde pequena causava esses efeitos nas pessoas. Tanto é que quando ambos chegaram naquela escola, os alunos quase não falaram com ela, falavam mais com Natsu... Entretanto, sua personalidade não era nada condizente com sua aparência. Erza parou de andar quando chegou perto de Natsu. Meredy a encarou. Ela estava muito diferente da vez que eles se encontraram na biblioteca, mas, ela se lembrou de que Erza odiava multidões e teve que passar o dia com um punhado de garotas se espremendo para falar com Natsu. Ela provavelmente estava estressada. Bastante estressada. Dava para sentir seu mau humor de longe.

— Lá vem... — Natsu deu um suspiro cansado e provavelmente, nem Meredy e nem Jellal entenderam o porquê daquilo.

— Você... — Erza falou com a voz firme e apontando para Meredy.

— Eu? — Meredy se perguntou se tinha feito algo de errado com ela. Revirou suas memórias de forma rápida e não achou nada que pudesse ter feito de mal.

— Se for mais uma daquelas galinhas que estão atrás do meu irmão, pode ir embora. — Ela falou séria.

— O que? — Meredy e Jellal se perguntaram. Natsu pôs sua mão direita na cabeça como se falasse um “Meu Deus”.

— “O que?” Nada... Nem tente me enganar. — Ela falou fazendo Meredy se assustar.

Tem certeza que ela era irmã? Estava mais pra “Namorada Ciumenta”. Bem... Meredy até entendia já que Natsu tinha passado o dia sendo assediado por mulheres que ele nem conhecia. Deve ter sido por esse motivo que as garotas pararam de falar com ele de uma hora pra outra umas horas antes. Erza deve ter posto todas pra correr e Meredy estava quase fazendo o mesmo. Estava assustada. Não tinha feito nada demais com Natsu e sua irmã já agia dessa forma, imagina se ela realmente tentasse alguma coisa. A situação iria ser bem pesada.

— Ah... Eu... Não tenho segundas intenções. — Ela estava nervosa. — Eu apenas estava dormindo na sala de aula e ele me acordou. Foi apenas isso. — Ela explicou rápido enquanto suava frio.

— Hmmmm... — Erza olhou nos olhos de Meredy como se procurasse alguma mentira. — Então não tem problema. — Ela estendeu a mão para Meredy. — Me chamo Erza. Prazer em conhecê-la.

Erza sorriu de forma meiga. Extremamente diferente da aura assassina que ela carregava uns segundos atrás. “Que mudança... Talvez seja bipolar. Ou apenas tenha muitos ciúmes do irmão” Meredy pensou. Provavelmente seria a segunda alternativa. Ela sorriu e apertou a mão de Erza. Ela parecia ser legal. Meredy só precisaria tomar cuidado com os assuntos que conversaria com Natsu enquanto Erza estivesse por perto. Não queria ter que encarar essa irmã ciumenta nem tão cedo.

— Prazer. Me chamo Meredy. — Ela sorriu.

— E eu Jellal. — O azulado acenou. Meredy o olhou torto. Jellal nunca se apresentava a não ser que fosse obrigado. Principalmente se fossem garotas. Ela soltou um sorriso sádico. Teria como encher a paciência dele depois.

— Sinto muito em estragar o clima, mas precisamos ir. — Natsu olhou o relógio em seu pulso. Faltava meia hora para o toque de recolher.

— Sim. — Todos concordaram.

Todos se foram. Enquanto conversavam no meio da rua, descobriram que Natsu e Erza moravam umas ruas depois da casa de Meredy, ou seja, o caminho era o mesmo para ambos. Durante os minutos de conversa que tiveram, Meredy percebeu que Erza era muito legal, só tinha raiva das garotas que se aproximavam do seu irmão. Depois de um tempo, eles chegaram à casa de Meredy. Natsu e Erza se despediram e continuaram seu caminho.

— Eles são diferentes do que eu imaginava. — Jellal falou enquanto olhava Natsu e Erza sumirem no final da rua.

— Haha... Vai precisar ser muito macho pra conquistar aquela garota. — Meredy sorriu divertida. — Você tá ligado, né?

— Não fale coisa com coisa. — Jellal falou entrando em casa. Nesse momento o sino tocou. 18hrs... Hora de trancar as portas.


Notas Finais


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