História Os Filhos da Outra - Capítulo 17 - 15 horas de Inferno no Céu Azul

Pov's Naruto

Quase uma hora esperando aquele idiota na pista de pouso, e até agora nada, dentro do jatinho tem um quarto com uma cama de casal com equipamentos médicos preparada especialmente para a Ino, a única a me acompanhar é uma mulher de cabelos negros, com uma tatuagem de três vírgulas em triângulo no pescoço, ela tem o olhar de uma psicopata, o barulho de hélices em movimento me chama atenção, saio para fora do jatinho, e visualizo um helicptero pousando. 

Minato sai de dentro e a mulher corre para perto dele, e logo depois sai o mesmo rapaz que acompanhou Minato no hospital, cabelos negros e espetados,esse orientava os segurança a trazer a maca de Ino com agilidade e cuidado, foram menos de 10 minutos para acomodar Ino no jatinho, me aproximo de Minato. 

- Qual é o seu problema, não poderia esperar ela acordar? _ falo alto. 

- Não, tenho negócios para resolver no Japão, não posso esperar Ino acordar. 

- Você vai matá-la. _ falo segurando ele pela a gola da camisa com a mão direita. _ E se isso acontecer, eu mato você! 

- Controle as suas emoções._ me responde retirando minha mão da goka. _ Ino vai chegar bem ao Japão, e não ouse amarrotar minha camisa novamente. _ sai andando e me deixa pra trás.

- Seu filho de uma puta.

- O que disse? 

- Ta surdo? _ respondo entrando no jato, me encaminho para o quarto, mais o cabelinho rebelde bloqueou minha passagem. _ Algum problema? 

- Você não está permitindo a entrar no quarto da paciente, somente a equipe médica. _ ele me responde em japonês, bem arrogante. 

- Eu quero ver minha irmã. _ respondo no idioma dele. 

- Sente em uma poltrona, e aguarde o vôo.

- Você não é ninguém para me dizer nada. _ partir pra cima dele, mais Minato me segurou. 

- Obedeça Naruto. 

- Não vou sair daqui enquanto não ver a minha irmã. 

- Depois você vê ela, agora vá sentar, o vôo já vai decolar. _ fico parado. _ Naruto? 

- Já disse que não vou sair daqui. _ ele parece pensar. 

- Você tem 30 minutos. 

- 1 hora. 

- Está bem, 1 hora, Sasuke também ficará com você no quarto, por favor tentem não se matar. _ ele se retira e senta na poltrona. 

- Com licença. _ passo por Sasuke, e entro no quarto, sento na pontinha da cama de Ino, ela está respirando com a ajuda de aparelhos novamente. _ Eu achei que ela não precisasse mais dos aparelhos. _ falo em japonês para Sasuke. 

- E não precisa, mais por conta da altitude, ela vai ter um pouco de dificuldade em respirar, o aparelho vai ser apenas uma ajuda durante o vôo._ fala sempre muito sério e frio, sem mudar a fisionomia em nenhum momento. 

- Ei mana, eu quero muito que você acorde, sinto muito a sua falta, apesar de quando você acordar, e ver nossa nova vida, você com certeza irá querer ficar em coma pra sempre. _ falo no meu idioma com Ino, retiro uma mecha do olho dela, e coloco detrás da orelha. _ Vai ser muito difícil pra você, acordar em outro pais, e descobrir que não pode mais ser animadora, saber que papai e mamãe morreram, e que você não pode ir ao enterro, e nem visitá-los no cemitério. _ beijo a mão dela. _ Minato não deixou você se despedir da nossa família, dos nossos amigos, dos nossos pais, nosso irmão, eu sei que você vai sentir muita raiva do Minato, e ao mesmo tempo muita tristeza pela a mamãe e o Jiraiya, acorda logo Ino, não me deixa sozinho nessa estrada escura. 

- Vocês são gêmeos não é mesmo? _ sasuke pergunta, e confirmo com a cabeça. _ O cabelo dela é lindo.

 "* que tipo de homem elogia o cabelo de uma mulher ao invés da beleza? Existe doido pra tudo!"

- Lembrei que tenho que falar sobre algo importante com Minato.

- Seu pai. _ a mulher psicopata fala.

- Errado, pai é o que cria, e não o que gera e abandona. _ levanto e saio do quarto, caminho pelo o jatinho até encontrar Minato sentado em uma poltrona remexendo o notbook da Apple, sento de frente pra ele._ Aí velhote. _ ele faz um sinal pedindo 1 minuto. _ De boa, pode mexer aí no seu instagram, cabeça de gelo. _ ele arqueia uma sombrancelha.

- O que seria " cabeça de gelo"?

- Kkk, significa paciência, ta interado? 

- Não, e vou me lembrar de reeducar seu linguajar. 

- Kkk, ah fala serio, você ta fora da casinha? _ ele arqueia a sombrancelha novamente. _ Você é maluco? 

- Maluco eu estaria se permitisse você falar esse tipo de gíria na presença de pessoas influentes. 

- Escuta aqui oh velhote, nem eu e nem minha irmã vamos morar na sua casa, não queremos estragar a sua " família perfeita", então consiga outro lugar para morarmos. 

- Eu acho, que agora quem ta fora da casinha é você! Vocês vão morar comigo querendo ou não, e não adianta reclamar, eu estou no comando, e minha palavra é uma ordem. 

- Opa, então deixa eu gravar pra me não esquecer da voz de deus! Pai idiota, preferia milhões de vezes o Jiraiya. _ cuspo as palavras na cara dele. _ Espera só minha irmã acordar, ela vai ter um discurso maravilhoso pra você, lembrando que você tirou ela do país dela, sem poder se despedir de ninguém, nem da mamãe no cemitério, mais é assim mesmo, o dinheiro fala mais alto, e que se dane os sentimentos alheios, não espere que vivemos sobre o mesmo teto que você como uma família feliz, viveremos sobre a mesma casa, mais nós dois seremos dois estranho pra você, e você um desconhecido para nós, você jamais vai conhecer o nosso coração, e a nossa mente, tá ligado. _ saio e deixo ele sozinho, volto pro quarto e sasuke me impede, então soco a cara dele. _ Você tem alzheimer? O pai palhaço disse 1 hora, eu só passei 15 minutos aqui dentro. _ Sasuke tenta revidar, mais a mulher intervém. 

- Calminho aí garoto. 

- Eu estou calmo Anko. 

- Não esquenta sua cabeça com pouca coisa, lembra que você está aqui a trabalho. 

- Você tem razão, a garota precisa da minha ajuda.

- Isso, relaxa, vai até a janela, aprecia a vista, as nuvens. 

- Não me compare com o preguiçoso do Shikamaru, eu não sou um amante de nuvens. 

- É já estou vendo que esse vôo vai ser 15 horas de inferno em um lindo céu Azul. 

"* Se depender de me, a temperatura do inferno só vai aumentar, porque agora que eu estou começando."

*

*

5 horas depois 

*

Minato pov's

Mais será possível? Parece que as horas não passam, e que dor de cabeça horrível, o Japão nunca ficou tão longe, onde diabos eu tava com a cabeça? 

- Naruto, pare com esse barulho, já tem 3 horas que você toca esse maldito violão. _ ele se faz de surdo. _ Tenha pelo ou menos um mínimo de consideração por sua mãe, honre o seu luto. 

- Eu tenho consideração pela a minha mãe, eu não tenho consideração é por você, e outra, a minha mãe sempre dizia que a vida é bela, e que não queria ninguém chorando no funeral dela, eu só estou cumprindo sua vontade. _ e ele volta a tocar novamente, o pior é que Tsunade vivia falando essa frase. 

- Paciência. _ levanto e vou até ao quarto. _ Anko, providência um lanche americano para o Naruto, mais coloca dois diazepam na bebida dele, e me traz uma aspirina, porque eu não aguento mais esse barulho. 

- Sim senhor. 

- Ele vai cair que nem fruta podre. _ Sasuke comenta. 

- Essa é a ideia. _ me aproximo de Ino. _ Como ela está indo de viagem? 

- Bem, nenhuma alteração, os batimentos estão normal, a pressão regulada, e a respiração sendo ajudada por aparelhos, ela vai chegar bem. _ Sasuke explica lendo um livro sentado em uma poltrona. _ Ela também é barulhenta como irmão? 

- As vezes, só quando está alterada, nervosa, com raiva, Ino ainda tem controle, ao contrário do irmão que não abaixa a crista pra ninguém. 

- Traduzindo, um é pior do que o outro. _ confirmo. 

- Enquanto Ino estiver em coma, tudo vai correr bem. 

- E quando ela acordar? 

- Aí meu inferno começa, ela inteligente e esperta, vai dar um jeito de tentar voltar pra LA. 

- Com qual dinheiro? 

- Com o que eu mandei em todos esses 17 anos de pensão pra eles, de acordo com Tsunade, ela não usou um dólar do dinheiro, tudo foi armazenado em uma conta no banco, e só quem tem acesso era ela, Naruto e Ino, eles podem sacar de qualquer banco, em qualquer país. 

- Então é melhor você começar a procurar pelo o número e senha da conta.

- Primeiro vamos deixar a poeira baixar. _ Anko retorna. _ E então? 

- Ele está comendo, e aqui está a aspirina. _ ela me entrega a aspirina e um copo com água, tomo e fico olhando da porta do quarto. 

- Quanto tempo pra fazer o efeito Sasuke? 

- 10 minutos no máximo. 

- Então enquanto esperamos, Anko, peça para servir nosso jantar. 

- Aleluia, achei que havia esquecido de comer! _ fala se retirando. 

- Venha Sasuke, vamos esperar o jantar. 

- Não obrigado, eu vou fazer a refeição aqui mesmo, assim posso monitora Ino. _ confirmo, e volto para minha poltrona, logo depois Anko retorna e senta a minha frente, a aeromoça serve o jantar.

- Itadakimasu. _ falamos juntos em agradecimento, mais um barulho se faz presente, olhamos para o fundo do jatinho, e Naruto já havia adormecido. 

"* Graças a Deus".

*

*

9 horas mais tarde. 

*

Pov's Naruto

Acordei ainda meio sonolento, meus olhos ainda estava ardendo, como se tivesse pimenta dentro. Levantei e caminhei até ao banheiro, com o corpo meio dormente, fiz minha necessidade, lavei as mãos, e saí procurando por Minato, o encontrei remexendo o notbook novamente. 

- Colocou sonífero na minha comida? _ ele me olhou sério. 

- Boa noite pra você também, e não, eu não coloquei nada. 

- Eu não acredito em uma palavra que sai da sua boca. 

- Você quem sabe se quer acreditar. 

- Falta quanto horas pra essa geringonça pousar? 

- Falta menos de 1 hora, porque você não senta e espera? 

- Porque eu nasci sem paciência, não sei esperar. 

- Um defeito da sua mãe. 

- Pra me não é um defeito, apenas uma qualidade. _ deixo ele sozinho, e me sento novamente em meu lugar, ainda não me sentia bem. 

Pego o celular e começo a jogar enquanto escuto música, as horas parece que tinha parado no tempo, 1 hora parecia um 1 ano, respirei aliviado quando essa droga pousou, guardei o celular e levantei aos poucos. 

Saímos do jatinho, e o clima estava um pouco nublado, mais não estava frio.

- Vai se acostumando. _ Anko se aproxima, olho ao redor e vejo três carros pretos, e logo depois um helicptero, os seguranças vão retirando Ino do jatinho e colocando dentro do helicptero. 

- Naruto, você vem comigo, Anko, você vai no carro, junto com as bagagens. _ Anko confirma. _ Vamos Naruto. _ me aproximo do helicptero e entro, Sasuke já se encontrava dentro, não demorou muito pro helicptero decolar, o que demorou foi pra pousar, mais de 30 minutos. 

- Essa coisa não sai do lugar não? 

- Sai, mais não podemos ir mais rápido. 

- Porque? Estamos sobrevoando, não tem trânsito. 

- Você esqueceu de Ino? Temos que ir com calma. _ mais 20 minutos e o helicptero começou a sobrevoar baixo sobre uma mansão, depois ele pousou no enorme jardim da residência. _ Chegamos. _ pela a janela do helicptero deu pra vê três pessoas ruivas na faixa de entrada. _ Sua nova família. 

- Trocava tudo pela a minha antiga. _ descemos do helicptero, e avisto Anko. _ Se eu soubesse que ela iria chegar primeiro, tinha vindo de carro. 

- Disse alguma coisa? _ Minato pergunta.

- Não. _ os seguranças retiram minha irmã, e vou levando pra dentro da residência, uma empregada vai orientando o caminho. 

- Vamos. _ Minato caminha, e eu vou seguindo seus passos, ele se aproxima da esposa e dos filhos, que recebem ele com um abraço, e a esposa com um beijo, eu apenas coloco as mãos no bolso do moleton. _ Kushina, esse é Naruto. 

- Seja bem vindo Naruto, esses são seus irmãos, Karin e Gaara. _ ela fala em japonês, olho para o casal de irmãos, eram mais velhos que eu. _ Ele não sabe falar em japonês Minato? 

- Sabe, fale alguma coisa Naruto. 

- Me obrigue. _ Sasuke se aproxima, e Karin pula em cima dele, beijando e abraçando. 

- Vamos entrar, preparei um jantar maravilhoso. _ Minato vai me empurrando a entrar. 

- Primeiro vou acomodar as crianças, depois descemos para jantar. _ Minato fala subindo as escadas, passamos por vários corredores. _ Esse é o quarto da Ino. _ ele mostra uma porta, e depois abre a do lado. _ E esse é o seu, suas malas já estão no quarto, tome um banho e desça para jantar. 

- Eu não quero jantar, não sou fã da gastronomia japonesa. 

- Ah você vai querer sim

- Eu não sou obrigado a nada. 

- Por favor não crie mais conflitos. 

- Se não queria conflitos, deixasse nós em LA, eu sou e sempre serei americano. _ entro no quarto e tranco a porta.