História Os filhos do Imperador - Capítulo 8

Os filhos do Imperador

Aizawa desviou o olhar do pintor para sua mão trêmula, seus filhos sorriam para Toshinori – o pintor – que finalizava o quadro. Quadro esse que o moreno conhecia muito bem. O mesmo quadro que foram ver no museu no dia em que foram enviados para o passado.

Ele não deveria ter ficado surpreso quando Yagi apareceu, na verdade ficou feliz em vê-lo, até que o loiro se ofereceu para pintar um quadro, naquele momento o imperador quase expulsou o homem a pontapés. Porém seus filhos insistiram que gostariam de uma pintura.

- Até mais, papai. – Denki beijou sua bochecha e saiu da sala, os outros Ômegas fazendo o mesmo.

- Até. – olhou para o homem que no futuro seria conhecido como Símbolo da Paz – O quadro ficou perfeito.

- Obrigado, Majestade. – o homem magricela sorriu – Espero que seja um bom presente para o aniversário dos príncipes.

- ... É sim. – o moreno suspirou, sua preocupação com os filhos ainda lhe levaria à morte.

...

- Izuku! – Todoroki correu até o Alfa – Sabe que dia é hoje?

Midoriya sorriu, era impossível não saber, afinal era o dia em que realizariam uma festa em homenagem ao aniversário de dezesseis anos dos príncipes. Porém o esverdeado sabia que Shouto estava com expectativa para outra coisa, uma certa promessa que fizeram alguns anos atrás...

- Claro que sei, Alteza. – tocou o rosto do menor – Feliz aniversário.

- Obrigado. – sorriu animado – Você vai dançar comigo hoje?

- Não quero pisar no seu pé.

- Não se preocupe com isso. – suspirou ao abraçar o mais velho – Hoje é para ser um dia feliz.

- Sim... – murmurou – Um dia feliz.

...

Denki notou o quanto seu pai parecia tenso, ao contrário do que a maioria pensava, os príncipes eram extremamente espertos, o trio percebeu que naquele dia haviam mais guardas no castelo do que o normal.

- Estamos esperando um ataque, Shin? – perguntou ao homem que caminhava ao seu lado.

- Claro que não. – o Alfa respondeu com calma – Apenas medidas de segurança, haverá muita gente aqui hoje, principalmente porque os príncipes decidiram abrir os portões para o povo.

- O papai está estranho.

- Vossa Majestade está como sempre esteve.

O Ômega se forçou a relaxar, era um dia de comemoração, ele não queria se preocupar com nada, hoje era o dia em que seria apresentado à sociedade.

- Espero que tudo fique bem. – olhou para o mais velho e sorriu – Quero que dance comigo.

Hitoshi engoliu em seco.

...

- Eu aposto que vocês não conseguem animar essa festa. – Katsuki desafiou os irmãos, se arrependeu quase imediatamente quando os dois riram.

- Tire seus sapatos. – o bicolor aconselhou enquanto corria para algum canto.

- Eu vou achar o Eijirou para você. – disse Kaminari já se afastando.

Bakugou franziu o cenho, lentamente retirou os sapatos, alguns nobres o olhando como se estivesse louco, não pôde evitar sorrir quando a música se tornou mais animada. Era a música que os plebeus estavam acostumados a dançar, viu o meio-ruivo puxando uma roda no meio do salão.

- Dançaria comigo, Alteza? – olhou surpreso para o ruivo à sua frente.

- Claro. – sorriu quando Kirishima se curvou levemente ao segurar sua mão.

Começaram a dançar pelo salão entre nobres e plebeus, Aizawa os observando de longe, cada príncipe estava dançando com seu guarda pessoal, os garotos estavam descalços e não pareciam se importar com tal coisa.

Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios ao observar seus filhotes se divertindo, não podia acreditar que eles cresceram tão rápido. Rápido demais na sua opinião...

Franziu o cenho ao ver Shinsou colocar a mão na cintura de Denki, que ousadia toda era aquela de seu ex-aluno para com seu bebê? De repente a ideia de que os Ômegas cresceram desapareceu de sua cabeça.

- O que vai me dar de presente? – Katsuki perguntou próximo ao ouvido do maior.

- Depois eu lhe entrego, Alteza. – se aproximou para sussurrar no ouvido do loiro – Quando estivermos sozinhos.

As bochechas do menor ficaram coradas, porém o mesmo apenas riu e continuou dançando.

... ... ...

Aizawa acordou assustado, olhava para os lados sem entender onde estava.

- Aizawa-sensei! – ouvia alguém lhe chamar, mas não conseguia se concentrar o suficiente para descobrir quem estava lhe chamando – Se acalme, por favor!

- OS MEUS FILHOS!

Quem estava gritando? Era ele?

- Se acalme!

Uraraka, Iida e o professor Yamada tentavam segurar o homem que se debatia na cama, o moreno havia acordado após uma semana em coma e se debatia como um louco. Naquele dia o trio havia ido visitar ele e os três alunos que estavam desacordados desde a visita ao museu.

- ME SOLTA! – Shouta gritou, quem estava lhe segurando? – EU PRECISO SALVAR OS MEUS FILHOS.

Hizashi suspirou aliviado quando finalmente uma enfermeira apareceu e aplicou algo em seu amigo que o fez voltar a dormir, mesmo durante o sono o homem parecia angustiado.