História Os Herdeiros (Park Jimin) - Um Noivado Simples

- Jimin?

- Hm, baby?

- Te amo.

- Angel?

- Hm baby?

- Quer casar comigo?

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POV Angélica

    Eu não sabia o que pensar! E muito menos o que dizer! Pulei num sobressalto e me coloquei sentada, de frente para ele, sentindo meus olhos já prontos para despejarem um milhão de lágrimas. O homem que eu amo mais do que tudo nesse mundo acabou de me pedir em casamento! É sério mesmo? Ou será que eu estou sonhando?

- Angel? Você tá bem, amor? - Jimin se sentou à minha frente na cama e acariciou meu rosto com os dedos.

- Não sei… Acho que estou sonhando… - Respondi, meio atônita.

- E o quê acontecia no seu sonho, amor?- Continuou me encarar, com um sorriso maroto nos lábios.

- Eu estava sendo pedida em casamento pelo homem que eu amo… - Olhei para ele e sorri.

- Quer que eu te dê um beliscão para você saber se é sonho mesmo?

- Sim…

    Jimin se aproximou mais um pouco de mim para me beliscar. Eu estendi um dos braços esperando pela dor mas ele foi um pouco mais ousado. Ele me deu um beliscão bem forte na bunda!

- AAIII!!! Doeu!!

- Isso é pra você ter certeza de que não está sonhando, entendeu, mocinha? - Jimin sorriu lindamente com o seu Eye Smile. - E então?

- E então o quê? - Perguntei, fingindo-me de desentendida.

- Você aceita casar comigo? Ser pra sempre a mulher da minha vida? Acordar todos os dias ao meu lado? Ter sete filhos comigo? Cuidar da nossa casa e da nossa família? Me amar e ser muito amada, até o fim das nossas vidas?

- Meu Deus! Pode ser só três filhos? CLARO QUE EU ACEITO!!

    Me joguei em cima dele e comecei a encher seu rosto todo de beijos. Logo esses beijinhos evoluíram para beijos mais quentes, que evoluíram para toques mais intensos e não demorou para começarmos tudo outra vez.

(...)

O dia já estava claro e quente quando nos levantamos. Minha mãe lia alguma coisa na internet e viu quando descemos as escadas em direção à mesa do café da manhã.

- Devia deixar vocês dois com fome! Onde já se viu?  Levantar quase na hora do almoço e ainda querer o café da manhã….

- Mãe… A senhora está muito reclamona, sabia? - Brinquei com ela, enquanto servia Jimin com um pedaço de melão.

- Não, amor. Vou tomar só um copo de leite. Preciso aparecer na empresa hoje e acho que você e sua mãe precisam conversar…

- Você não acha melhor estar comigo na hora de falar?

- Ei vocês dois! Eu estou aqui ainda, sabia? - Minha mãe quase gritou.

- Ok. Vou tentar chegar cedo e resolvemos isso, tá bom? - Jimin encerrou a conversa e saiu, me deixando um selar na testa.

Acompanhei Jimin até a grande porta da mansão e quando voltei, minha mãe estava encostada na subida da escada, à minha espera.

- E então? Não vai me dizer o que vocês dois estão tramando contra mim?

- Mãe! Que horror! Eu e Jimin não estamos tramando nada contra você!

- Então sobre o que vocês estavam conversando na mesa, antes dele sair? Não vai me contar?

- Digamos que é um assunto do Jimin… Então ele mesmo que conte, né? Não acho certo me meter nos assuntos dele…

- Angélica… Que assunto o Jimin teria comigo que não tivesse nada a ver com você? Se você descobrir um assunto qualquer que não te envolva, eu te dou tudo o que seu avô deixou de herança para mim! - Minha mãe falou, saindo em direção à cozinha e me deixou sozinha, ao pé da escada.

Enquanto ela saía, eu achava graça do que ela havia me dito. É bem verdade que Jimin não tinha nenhum assunto particular dele que precisaria da ajuda dela. O seu único assunto com minha mãe seria para falar de mim.

(...)

Jimin chegou em casa um pouco antes do jantar. Minha mãe estava na biblioteca, folheando um álbum de fotos do meu pai e de minha tia Hani, quando eu e Jimin entramos pedindo para conversarmos um instante.

- Podemos, tia Helena?  - Jimin sussurrou empurrando lentamente a porta do suntuoso cômodo.

- Claro, meu querido! Entra! Então… Resolveram me contar seus segredinhos??? Angélica, minha filha, vocês não vão me dizer que você está grávida né, minha filha?

- Tia Helena, calma… Não é isso que nós queremos falar… Mas digamos que é quase isso… - Jimin dizia olhando para as feições engraçadas que minha mãe fazia.

- Meninos… Pelo amor de Deus! Contem logo o que vocês querem de mim!

- Então… Eu queria pedir a mão da sua filha em casamento.

- Meu Deus! Então era isso?? Meus meninos!! Vocês não poderiam me dar maior alegria!! Vamos fazer as coisas do jeito certo não é mesmo?

    Dava pra ver as lágrimas se formando nos olhos da minha mãe. Ela estava feliz de verdade. E isso pra mim é a única coisa que me importava naquele momento. Eu e jimin estávamos de mãos dadas, em frente a ela, que chorava de emoção. Ela se levantou e me deu um abraço forte, para abraçar Jimin logo em seguida.

- Vocês têm a minha bênção. Eu vejo e sinto o amor que vocês têm um pelo outro e fico muito feliz em fazer parte disso. Que Deus abençoe vocês, meus filhos! Ah! Eu tô emocionada! Não sei nem o que dizer!

- Oh mãe!

    Foi um momento muito especial para todos nós. Eu e minha mãe chorávamos, enquanto ficávamos abraçadas. Jimin só sabia sorrir e me beijar. Eu havia, por fim, encontrado a minha felicidade.

- Vou pedir para servir o jantar. Jimin, você poderia ver alguma bebida especial para brindarmos esse momento maravilhoso para nós?

- Claro! Vou dar uma olhada na adega. Tenho certeza de que meu avô deve ter algum bom champanhe escondido por lá!

    Enquanto Jimin desceu para ir até a adega, eu e minha mãe fomos para a sala de refeições arrumar tudo para o nosso jantar especial de noivado. Logo ele voltou e começamos o nosso jantar.

- Bom… Mas agora precisamos falar sério, não é mesmo? Vocês vão se casar… E nada nesse mundo poderia me deixar mais feliz. Afinal de contas é a felicidade da minha filha!

- Tia Helena, a senhora não tem noção da minha felicidade! Desde que Angélica chegou em Seul, pela primeira vez, eu tive a certeza de que ela seria a mulher da minha vida! - Jimin fala para minha mãe, mas me olhando fixamente nos olhos. Foi uma verdadeira declaração de amor!

- Mas...

    Tinha que ter um mas, mãe?

- A gente precisa voltar para o Rio, minha filha….

- Mãe?

- Tia?

    Eu e Jimin nos alteramos ao mesmo tempo. Não era possível que minha mãe estava me dizendo isso. Bateu um pouco de desespero…

- Calma… Posso continuar? - Minha mãe estava estranhamente calma com a situação.

- Sim…

- Pode, mãe… - Mais uma vez, eu e Jimin respondemos ao mesmo tempo.

- Angélica… Calma, minha filha! Nós vamos, resolvemos toda essa confusão que se formou por causa da herança do seu avô e voltamos. Você acha que eu vou deixar você se casar sozinha, aqui em Seul? De jeito nenhum! Jamais!

     Nesse momento, eu e Jimin demos um suspiro de alívio.

- Eu posso ir com vocês? - Jimin soltou a ideia.

- Mas amor? E a empresa?

- Eu vou e fico só um tempinho… Volto logo pra não deixar tudo muito tempo parado por aqui… E vou adorar conhecer o Rio de Janeiro!

- Ótimo! Se estamos todos resolvidos, vamos logo comprar nossas passagens para o Brasil!

    Brindamos às nossas decisões tomadas e, principalmente é óbvio, ao nosso noivado. Ficamos ainda conversando um pouco sobre o casamento, como seria… Essas coisas, até que Jimin resolveu levantar. Não estava se sentindo muito bem.

Eu e minha mãe ainda ficamos mais algum tempo juntas conversando sobre tudo o que tinha acontecido em nossas vidas, até aquele momento. Mas… minha mãe, como uma excelente mãe, me pediu para irmos até o quarto do Jimin, para ver se ele estava precisando de alguma coisa. E estava.

Quando eu e minha mãe entramos, ouvimos um barulho vindo do banheiro. Logo eu fui até ele e o encontrei agachado, junto à louça, vomitando muito e suando frio. O ajudei a se levantar e tomar um banho. Minha mãe saiu correndo para fazer um chá que pudesse amenizar o mal-estar do meu querido.

Um tempo depois, Jimin já estava se sentindo melhor, mas ainda estava abatido. Nunca tinha o visto daquele jeito, completamente dependente. Fiquei ali com ele, enquanto ele parecia ressonar. Acabei por dormir abraçada a ele e eu senti que ele relaxou, quando eu o abracei.

***Continua***