História Os Herdeiros - Sua Morte está Próxima

O dia havia se passado muito rápido, mas presenciei momentos marcantes. Eu soube como era se sentir amada verdadeiramente por alguém que eu sempre amei. A Noite já havia chegado, então fui me deitar. Matthew havia mudado o turno do trabalho, e agora trabalharia de madrugada, mas receberia uma quantia maior. Eu estava com medo, muito medo mesmo, de ficar sozinha neste apartamento de madrugada. Ficava pensando nas possibilidades daqueles vultos aparecerem e acabarem comigo, aproveitando que eu estava sozinha.

O dia amanheceu e já estava na hora de eu ir trabalhar. Matthew ainda não havia chegado. Me arrumei e sai do prédio para ir até o trabalho. No caminho encontrei Christian, então fomos juntos.

- Então, é... Porque você faltou ontem? - Christian perguntou de modo curioso.

- Eu não estava bem... - forcei um sorriso.

- Ah, entendi... E por acaso isso tem a ver com... algo que você viu aquele dia no restaurante, quando estava comigo? - ele continuou perguntando, mas como se já soubesse de tudo.

- Ahm? O que? Pêra ai, como você sabe disso? Foi o Hamilton que contou para você? - perguntei espantada.

- Não sei, talvez... - ele fez uma cara suspeita e então começou a rir - Mentira, ninguém me contou nada. Eu só imaginei que fosse isso, mas agora me conta: O que foi que você viu lá? - ele continuou.

- E como vou saber que você é confiável? - eu perguntei.

- Bom, sei lá. Mas você nunca vai saber se não tentar me contar - ele sorriu.

- Certo - bufei - Acontece que... desde a morte dos meus pais, eu ando sendo perseguida por alguns “vultos”. Eles aparecem por toda a parte onde eu estou. E bom, sei la, mas eu sei que são reais e... - ele não esperou eu terminar de falar.

- Então você acha que esses vultos são seus pais? - ele perguntou confuso.

- Não! Eu acho que são pessoas que estão se escondendo por trás de mascaras e roupas pretas. Talvez essas pessoas estejam querendo algo de mim... - expliquei.

- Ahm... E o que eles poderiam querer? - ele perguntou.

- Eu... não sei - disse jogando as mãos pro alto.

- Certo. E você quer minha ajuda para descobrir? - ele se ofereceu.

- Como você poderia me ajudar? - eu perguntei.

- Sei lá. É... - ele riu - Pois é, não tem como te ajudar...

- É - lamentei.

- Mas e o Matthew? Ele sabe disso? - ele continuou perguntando.

- Sabe, mas ele não acredita. No começo ele também viu esses ‘‘vultos”, mas agora ele alega que isso é coisa da minha cabeça - disse irritada.

- Eu acredito em você, não tem porque você inventar isso... Deve ter alguém por trás disso! - ele disse me passando confiança.

Fomos para o nosso escritório. Christian ficava em um computador a minha frente e não parava de me olhar sorrindo, e fazia questão que eu percebesse isso, e eu apenas ria. Os telefones não paravam de tocar, eram muitas ligações à serem atendidas e eu já estava ficando irritada. Já estava quase na hora de ir embora, e eu já estava ficando aliviada. O telefone tocou novamente. Essa seria a ultima ligação que eu atenderia hoje:

“- Pronto, aqui é a Alyssa Grier do... - dizia ate que alguém do outro lado da linha me cortou.

- Alô Alyssa? É o Taylor. Bom, eu estou te ligando para... - Taylor dizia, ate que foi interrompido por chiados encobrindo sua voz e logo a ligação caiu.

- TU, TU, TU”.

- Nossa que ligação rápida em - Christian riu me observando.

- É que a ligação caiu - eu ri - Estranho, era o balconista do prédio onde eu moro. Como ele deve ter conseguido o telefone daqui? - perguntei confusa.

- Talvez ele seja um... Agente do FBI! - Christian disse zoando com a minha cara. O telefone tocou de novo:

“- Aqui é... - eu fui interrompida.

- Alyssa Grier, eu sei! - uma voz  que não identifiquei disse do outro lado da linha em um tom rude.

- E quem é você? - perguntei de modo sem educação.

- Eu sou seu pior pesadelo - a voz riu maleficamente.

- Ah Taylor, eu sei que é você! Para com isso vai seu bobo, não tem graça! - eu ri e a ligação caiu novamente”. O telefone toca mais uma vez.

“- Eu sei do seu futuro. E a sua morte... esta cada vez mais próxima - era a mesma voz, só que dessa vez mais assombrada. E A ligação caiu novamente.”

Meu coração gelou. Meu corpo inteiro estremeceu. Fiquei em choque. Comecei a tremer. Estava morrendo de medo. Acredito que aquilo não havia sido um trote do Taylor, ele não é de fazer essas coisas. Mas talvez tenha sido uma ameaça do mesmo, talvez ele seja o vulto, ou melhor, a pessoa que anda me perseguindo. Não tem sentido algum, mas e se for ele? Porque ele teria me ligado e logo em seguida ter feito um trote? Afinal, o que ele queria comigo? E o telefone toca novamente. Eu guiei minhas mãos lentamente até o telefone e o tirei do gancho, mas não disse uma palavra se quer, apenas escutei.

“- Temos um encontro marcado, hoje! Me aguarde... - a ligação se encerrou”.

Há um silencio na chamada. E então escuto sua voz. Algo em mim estremece. Há um suspeito no meio de nós.